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quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Seminário discute a política de serviços de saúde mental

O encontro conta com participação de representantes de mais de 20 países e mais de 30 associações de usuários de serviços de saúde mental e seus familiares
O Ministério da Saúde realiza nesta terça-feira (15), a I Reunião Regional de Usuários de Serviços de Saúde Mental e seus Familiares, que acontecerá na sede da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), em Brasília. O evento pretende reunir mais de 100 participantes que discutirão - até quinta-feira (17) - a construção de uma rede de usuários e familiares. Além do Ministério da Saúde, o encontro tem apoio da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da Republica e da OPAS Brasil.
A proposta de o Brasil sediar um evento deste porte se justifica pela vanguarda dos movimentos de usuários de serviços de saúde mental e seus familiares no país, principalmente quanto a constituição de associações de usuários e familiares, iniciativas fundamentais para processos da reforma psiquiátrica. 
Durante a reunião, mais de 30 associações de usuários de serviços de saúde mental e seus familiares, grupos produtivos, economia solidária e os representantes dos movimentos da luta antimanicomial vão discutir novas propostas para ampliar e melhorar a assistência na área de saúde mental.
E serão discutidos nos três dias de evento, o fortalecimento da participação dos usuários e familiares nas decisões políticas relacionadas ao campo da saúde mental; a política pública de saúde mental da região, e outros temas de relevância para área, além promover o intercâmbio de experiências pessoais e institucionais.
Para Roberto Tykanori, coordenador da área de Saúde Mental do Ministério da Saúde, este primeiro encontro da região das Américas é histórico por reunir associações de usuários e familiares da saúde mental e os representantes de mais de 20 países. “Todos estão aqui para debater e compartilhar suas experiências e conhecimentos nas diversas formas de luta e organização para a conquista de melhores serviços e de cuidados, e de aprimoramento das políticas existentes na área de saúde mental nos diversos países”, disse.  Segundo ele, a expectativa é de “ao final do encontro obter um conjunto de consensos que orientem as politicas da Organização Pan-Americana de saúde e dos países membros”, completou.
O encontro servirá também para o lançamento do QualityRights, importante metodologia de avaliação de serviços de saúde mental, por equipes mistas de trabalhadores, usuários e familiares.
REDE – Atualmente, a atenção especializada em Saúde Mental é oferecida, no Sistema Único de Saúde (SUS), por meio de uma rede de equipamentos que visa atender de maneira diferenciada pacientes que precisam deste tipo de cuidado.
Para atender esta demanda a rede conta hoje com de 2.020 de Centros de Atendimento Psicossocial (CAPS) que estão sendo implantados em todos os estados brasileiros. Essa quantidade de centros é quase quatro vezes maior que em 2002, quando o país contava com 424 unidades.
As equipes que atuam nos centros são formadas por médicos psiquiatras, enfermeiros, psicólogos, assistentes sociais, terapeutas ocupacionais e outros profissionais de saúde.
Juntos, os centros podem realizar 40,7 milhões de atendimentos por ano. Desse total, os CAPs Álcool e Drogas podem realizar mais de 7,87 milhões a cada 12 meses (em 2011 essa capacidade era de 6,2 milhões de procedimentos – aumento de 25%).
Além dos CAPS, a rede de atenção integrada em saúde mental também conta com os atendimentos oferecidos por meio das Equipes de Saúde da Família (mais de 34 mil equipes em todo o país), das 60 Unidades de Acolhimento Adulto e Infantis e 84 Consultórios nas Ruas.
Na rede hospitalar ainda estão disponíveis mais de 32 mil leitos. Todos eles recebem recursos financeiros do governo federal

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