Destaques

Mostrando postagens com marcador Medicamento. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Medicamento. Mostrar todas as postagens

quinta-feira, 13 de maio de 2021

Anvisa prorroga regras para importação de dispositivos e medicamentos

Objetivo é manter por mais dois meses procedimentos que tornam mais rápida a importação de produtos necessários ao enfrentamento da Covid-19.

A Anvisa prorrogou por 60 dias a vigência da Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) 483/2021, que trata, de forma extraordinária e temporária, dos requisitos para a importação de dispositivos médicos novos e de medicamentos identificados como prioritários para uso em serviços de saúde, em virtude da pandemia de Covid-19. A prorrogação está na RDC 496/2021, publicada no Diário Oficial da União (D.O.U.) desta quarta-feira (12/5). O objetivo da medida é manter, por mais dois meses, procedimentos que tornam mais rápida a importação de produtos necessários ao enfrentamento do novo coronavírus (Sars-CoV-2).     

Para saber mais  

Em março deste ano, a Anvisa publicou um documento com orientações para o setor regulado a respeito da RDC 483/2021, esclarecendo sobre os procedimentos definidos na norma. De acordo com as recomendações, a empresa importadora de dispositivos médicos e de medicamentos deve estar devidamente regularizada para a atividade de importar. Isso significa ter Autorização de Funcionamento de Empresa (AFE) para importação emitida pela Anvisa, exceto unidades de saúde, que devem apresentar licenciamento emitido pelo órgão de vigilância sanitária competente ou Alvará Sanitário – instituições públicas ficam dispensadas desse documento.   

Caso o objeto da importação seja algum produto sujeito ao controle especial da Portaria SVS/MS 344/98 e suas atualizações, é necessária também a Autorização Especial de Empresa (AE), independentemente do importador.   

Confira as informações sobre as orientações:   

quarta-feira, 5 de maio de 2021

Medicamentos doados pelo Governo da Espanha começam a chegar nos estados

Ação faz parte do esforço contínuo do Ministério da Saúde para evitar o desabastecimento dos insumos no Brasil

Mais de 500 mil unidades de medicamentos de Intubação Orotraqueal (IOT) já estão sendo distribuídos para 14 estados e Distrito Federal pelo Ministério da Saúde. A maior parte dos lotes com os chamados “kit intubação” foram doados ao Brasil pelo Governo da Espanha e irá apoiar os esforços nacionais no enfrentamento à pandemia da Covid-19.

Os quantitativos enviados foram determinados a partir do estoque de cada um dos medicamentos. O Ministério da Saúde levou em consideração também o Consumo Médio Mensal da cobertura referente a semana 44 atualizada pelo Conselho Nacional de Secretário de Saúde (Conass), além do quantitativo a ser entregue na distribuição anterior. 

A doação foi realizada por meio da Agência Espanhola de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento (AECID). A Agência Brasileira de Cooperação (ABC) do Ministério das Relações Exteriores coordenou a operação em parceria com o Ministério da Saúde, da ANVISA, da Receita Federal, das Embaixadas do Brasil em Madri e da Espanha em Brasília.

ENTENDA A DISTRIBUIÇÃO

Para que os medicamentos de intubação cheguem na ponta, é necessário o comprometimento de todos os envolvidos na gestão do SUS. O caminho dos produtos começa nos municípios: são os hospitais do SUS que informam o consumo médio mensal e os seus estoques aos estados. Elas, por sua vez, consolidam estas informações e, por meio do Conselho Nacional dos Secretários de Saúde (Conass), enviam ao Ministério da Saúde – duas informações essenciais para a consolidação do processo de divisão dos medicamentos pelo País. 

O Ministério da Saúde tem atuado sempre alinhado com o Conass e Conasems para ampliar a oferta e a produção dos medicamentos de IOT. Esses dados são apresentados e discutidos em reuniões tripartites que ocorrem três vezes por semana, com a participação da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS/OMS). A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) também colabora no processo, com o monitoramento da produção nacional dos medicamentos da indústria farmacêutica.

Desse modo, são elaboradas as pautas de distribuição dos medicamentos.  Assim que os insumos chegam ao Ministério da Saúde, o Departamento de Logística da pasta age prontamente para executar o transporte, para a entrega dos medicamentos nos estados.  

É importante ressaltar que a compra dos medicamentos IOT é de responsabilidade dos estados e municípios. No entanto, devido à crise instalada entre a oferta e a demanda e o cenário de emergência em saúde pública, o Ministério da Saúde tem atuado para apoiar a rede de Atenção à Saúde no enfrentamento da covid-19 em todos os estados.  

Os medicamentos que compõem o “kit intubação” são analgésicos, sedativos e bloqueadores neuromusculares, e seus adjuvantes.

Veja o quantitativo distribuídos aos estados:

Estados                                          Quantitativo

Alagoas                                                4.140

Amapá                                               15.930

Amazonas                                              780

Bahia                                               101.600

Distrito Federal                                        70

Goiás                                                19.390

Mato Grosso do Sul                         39.328

Minas Gerais                                  155.760

Pará                                                  20.380

Paraíba                                               4.785

Rio de Janeiro                                  66.500

Rio Grande do Norte                       12.440

Rondônia                                         68.639

Roraima                                            3.161

Sergipe                                           12.900

TOTAL                                         525.803

LEIA TAMBÉM - Saúde fecha abril com a maior distribuição de medicamentos para intubação desde o início da pandemia

Bruno Cassiano

Ministério da Saúde
(61) 3315-3580 / 2351


quinta-feira, 29 de abril de 2021

Covid-19: Fiocruz inicia teste clínico com medicamentos para hepatite C

CristinaAzevedo (Agência Fiocruz de Notícias)

Dois medicamentos usados contra a hepatite C se mostraram eficazes ao inibir a replicação do Sars-CoV-2 em estudos com células em laboratório, com a pesquisa entrando agora em sua fase 2: o teste em pacientes. Os resultados desta primeira fase do trabalho, liderado por pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), foram publicados (21/4) em artigo na Journal of Antimicrobial Chemotherapy, da Oxford Academic. Os resultados da fase 2 possivelmente serão conhecidos no segundo semestre deste ano. 

O estudo, iniciado no ano passado, partiu de semelhanças entre o novo coronavírus e o vírus da hepatite C. Se esses dois medicamentos eram eficazes contra um, também poderiam apresentar resultados contra o outro, explica Thiago Moreno, pesquisador do Centro de Desenvolvimento Tecnológico em Saúde (CDTS/Fiocruz) e coordenador do estudo que resultou no artigo Atividade antiviral in vitro dos medicamentos anti-HCV daclatasvir e sofosbuvir contra Sars-CoV-2, o agente etiológico da Covid-19

A pesquisa mostrou que o daclatasvir foi pelo menos sete vezes mais potente do que o sofosbuvir e que, inclusive, ajudou o segundo a ganhar potência. O sofosbuvir inibe a síntese de RNA viral por agir diretamente na enzina que ajuda no processo de multiplicação do vírus. Já o daclatasvir não só inibiu a síntese de RNA viral, como atrapalhou o processo em que o vírus multiplica seu material genético dentro da célula. “Ele facilitou que certas estruturas do RNA viral, que precisam estar bem modeladas, se dispersassem. Com isso, essa enzima que faz a multiplicação do material genético do vírus não conseguiu funcionar adequadamente”, observa Moreno. 


Imagens mostram a atuação do sofosbuvir e do daclastavir na célula infectada pelo Sars-CoV-2 

 Na fase 2, em andamento em colaboração com o grupo do HCor e a Coalizão Covid, está sendo administrada em pacientes a mesma dosagem utilizada contra a hepatite C. Mas os pesquisadores já sabem que pode ser necessária uma dose maior. Com a atual, a taxa de inibição da replicação ficou entre 90% e 50% - considerando o pico do medicamento e seu índice mais baixo, quando se aproxima o horário da dose seguinte. O ideal é chegar a inibir 99,99%. 

"Será que é suficiente para combater a Covid-19? Não sei, esse ensaio clínico vai revelar”, diz Moreno. Se a dosagem regular não funcionar, outras serão propostas, mas isso pode fazer a pesquisa dar um passo atrás e voltar à fase 1 para garantir que existe segurança e tolerabilidade em doses mais altas. 

O uso de um medicamento conhecido — o chamado reposicionamento de droga — traz vantagens e desvantagens ao tentar adaptá-lo a outra enfermidade. “É como se uma roda do carro estivesse caindo porque perdeu um parafuso. Você acha um outro, que não é exatamente o mesmo, e tenta usá-lo para a roda não cair, mas não tem certeza absoluta de que vai funcionar”, diz Moreno. 

Praticidade e preço  

Por outro lado, entre as vantagens estão o preço e a praticidade. Os pesquisadores buscaram medicamentos na forma de comprimidos, para que sua administração fosse mais fácil, podendo ser usado em tratamento ambulatorial. Além disso, anos atrás, a empresa que o produz o daclatasvir abriu mão da patente, possibilitando a fabricação de genéricos. O tratamento com o medicamento produzido na Índia sai em torno de US$ 5 (cerca de R$ 27), observa Moreno. No momento, o daclastavir está sendo usado em pacientes hospitalizados e com alta carga viral para melhor acompanhamento dos resultados. 

Em termos de comparação, o remdesevir, aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para o uso contra a Covid-19, é aplicado de forma intravenosa, em uso hospitalar, utiliza uma tecnologia mais cara e é propriedade de uma empresa farmacêutica, o que também pesa no seu preço. 

Apesar de a publicação final ter sido agora, o estudo já foi discutido com Anvisa ao longo de todo o segundo semestre de 2020, e no começo deste ano recebeu sinal verde para começar o ensaio clínico com o HCor e o Grupo Coalizão Covid. “É provável que para o segundo semestre deste ano a gente já tenha os resultados da fase 2 e até da fase 3”, diz, referindo-se ao aumento do teste em escala, com mais pacientes. 

A divulgação em 2020 do estudo em uma pré-publicação atraiu grande interesse internacional. Além dos grupos do CTDS/Fiocruz, do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), do Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos/Fiocruz), do Instituto D’Or de Ensino e Pesquisa (Idor) e da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), foram fechadas parcerias com as Universidades de Columbia (EUA) e Liverpool (Reino Unido), que desenvolviam pesquisas complementares: a instituição britânica fez as predições das doses e a americana realizou os experimentos enzimáticos. “É um estudo que é muito completo, fornecendo várias camadas de evidências para o efeito dessas drogas”, diz Moreno.

Saúde abre consulta pública sobre incorporação medicamento para artrite psoríaca

População tem até 17 de maio para opinar sobre inclusão do Certolizumabe Pegol no tratamento da doença que afeta as articulações

O Ministério da Saúde quer ouvir sua opinião sobre um novo medicamento para o tratamento da artrite psoríaca. Está aberta uma consulta pública sobre a incorporação ao Sistema Único de Saúde (SUS) do Certolizumabe Pegol no tratamento da doença que ataca as articulações e causa inflamação.

Qualquer pessoa ou instituição pode contribuir na consulta, com sugestões, relatos de experiências pessoais ou conteúdo científico. As pessoas que convivem com a doença são bem-vindas para contribuir, além de especialistas, pesquisadores e profissionais de saúde. As manifestações podem ser enviadas até 17 de maio. Clique aqui para participar.

A proposta de incorporação do medicamento foi enviada a Conitec (Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde), que faz a análise baseada em evidências científicas, eficácia, efetividade e segurança dos medicamentos, além da avaliação econômica e de custo.

Novo medicamento

A artrite psoríaca está associada, geralmente, a pacientes com psoríase, doença autoimune em que as próprias células de defesa atacam a pele causando placas ou lesões, causando dores e limitação dos movimentos.

De acordo com os estudos, o Certolizumabe Pegol apresentou eficácia no tratamento da doença removendo total ou parcialmente as lesões dos pacientes estudados.

Nathan Victor

Ministério da Saúde

(61) 3315-3665

Calendário Agenda