O alerta tem como objetivo
evitar erros de vacinação, considerando que as quatro vacinas têm
características de uso diferentes.
A Anvisa publicou, nesta
segunda-feira (21/6), um alerta com as principais informações sobre as vacinas
contra a Covid-19 que são utilizadas no Brasil atualmente.
Trata-se
de uma atualização do Alerta GGMON 142021/2021,
publicado no dia 4 de maio, que tinha o mesmo objetivo: prevenir
eventos adversos pós-vacinais, visto que há diferenças sobre as condições de
armazenamento, dose e diluição, informações importantes para o
sucesso da vacinação.
As atualizações incluem
informações sobre a vacina da Janssen, que tem previsão de distribuição pelo
Programa Nacional de Imunização do Ministério da Saúde ainda nesta semana.
Foi
incluída também a informação sobre o prazo de armazenamento da vacina
da Pfizer, que passou de 5 para 31 dias, a uma temperatura de
2 a 8 graus Celsius.
Notificação de evento
adverso pós-vacinação (EAPV)
Erros no processo de vacinação
deverão ser notificados, ainda que não se tenha informação sobre a ocorrência
de reações adversas.
Profissionais de saúde e
cidadãos
Os eventos adversos deverão
ser notificados seguindo o fluxo estabelecido pelo Protocolo de Vigilância
Epidemiológica e Sanitária de Eventos Adversos Pós-Vacinação. O sistema para
notificação definido entre a Anvisa e o Ministério da Saúde
é o e-SUS
Notifica.
Cidadãos e profissionais
de saúde sem vínculo institucional podem notificar pelo formulário web do VigiMed. Mais
informações estão disponíveis na página do VigiMed, no portal da Anvisa.
As queixas técnicas ou
desvios de qualidade referentes a problemas observados em vacinas,
seringas, agulhas e outros produtos para saúde utilizados no processo de
vacinação deverão ser notificados pelo Sistema
de Notificações em Vigilância Sanitária (Notivisa).
Empresas detentoras
de registro ou de autorização temporária de uso emergencial
Em relação a eventos adversos,
as empresas deverão utilizar o VigiMed, conforme
as RDCs 406/2020 e 475/2021. Mais informações podem ser
encontradas na página do VigiMed, no portal da Anvisa.
Já as queixas técnicas ou
desvios de qualidade relativos a problemas observados em vacinas,
seringas, agulhas e outros produtos para saúde utilizados no processo de
vacinação deverão ser notificados pelo Notivisa.
Uma das tecnologias envolve um
sensor eletroquímico que permite fazer uma análise quantitativa da proteína
spike (espícula) na saliva do paciente. “Esse é um modelo de teste rápido e
portátil. Tem grande sensibilidade e se assemelha aos dispositivos que medem a
quantidade de glicose [glicosímetro], utilizados por diabéticos. Nele, um
sensor eletroquímico capta a proteína spike e o resultado pode ser acessado, em
questão de minutos, por meio de um aplicativo de celular”, conta Ronaldo Censi Faria , pesquisador do Centro
de Ciências Exatas e de Tecnologia da UFSCar e coordenador do projeto.
Uma grande vantagem em relação
aos testes de antígeno já disponíveis é o fato de o novo método dispensar a
coleta de secreção por swab nasal (cotonete longo inserido pelo nariz).
O outro teste desenvolvido
pela equipe detecta na saliva o RNA do vírus com precisão semelhante à do
RT-PCR – exame considerado padrão-ouro para diagnóstico da COVID-19. No
entanto, trata-se de um método mais rápido e econômico, pois usa menos
reagentes.
Outra vantagem da inovação
está em permitir que mais amostras (de diferentes pacientes) sejam verificadas
ao mesmo tempo. Para tanto, foi adaptada a plataforma ELISA (ensaio de
imunoabsorção enzimática, na sigla em inglês), amplamente utilizada em
laboratórios de análises clínicas de todo o Brasil.
Essa técnica é geralmente
usada para fazer testes imunoenzimáticos, que permitem a detecção de anticorpos
específicos para um determinado patógeno. A plataforma é composta por uma placa
com 96 pequenos poços nos quais fica aderida uma proteína viral capaz de ser
reconhecida pelo sistema imune humano, o que permite analisar amostras de 96
indivíduos ao mesmo tempo, garantindo agilidade no diagnóstico.
“O pulo do gato da técnica que
desenvolvemos foi adaptar o equipamento, geralmente usado para detecção de
anticorpos, para fazer a leitura de material genético [RNA] do vírus. Isso é
uma novidade que nunca tinha sido desenvolvida. Como o método ELISA é muito difundido
e está disponível em qualquer laboratório de análises clínicas do país, seu uso
traria maior capilaridade e agilidade no diagnóstico da COVID-19. No futuro,
pretendemos aproveitar essa inovação no desenvolvimento de testes para outras
doenças”, diz o pesquisador à Agência FAPESP.
Faria ressalta que a agilidade
também está relacionada com o fato de o novo teste pular algumas etapas do
RT-PCR, método que requer a extração do material genético, depois um processo
de transcrição do RNA em DNA e, por último, a amplificação (multiplicação) do
DNA.
“O teste que desenvolvemos é mais direto. Detectamos o material genético por meio de partículas magnéticas atraídas por ímãs e, ao adicionar o reagente, obtemos uma cor que vai indicar se é positivo ou negativo”, explica.
Tanto o teste eletroquímico
rápido quanto o modelo colorimétrico, que possui a precisão do RT-PCR,
utilizam partículas magnéticas atraídas por ímã. “Modificamos essas partículas
de tal forma que elas conseguem ‘pescar’ o alvo, seja a spike, seja o RNA
viral. O método que captura a espícula é eletroquímico, uma resposta de
corrente é gerada quando a proteína do vírus é detectada. Já no outro, depois
da captura do RNA, utilizamos um reagente que vai gerar cor à amostra quando o
resultado for positivo”, conta.
De acordo com Faria, essa
estratégia confere maior sensibilidade ao teste. “É ela que possibilita o
diagnóstico mesmo com concentrações baixas de material genético na amostra. As
partículas magnéticas são o cerne dos métodos que desenvolvemos”, diz.
Os dois projetos tiveram apoio
da FAPESP e da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior
(Capes).
Uma fábrica de novos testes
O Laboratório de Bioanalítica
e Eletroanalítica (LaBiE) da UFSCar tem desenvolvido uma série de outros
testes. De acordo com Faria, a metodologia usada no caso da COVID-19 é uma
adaptação de dispositivos que estão sendo criados para diagnosticar doenças
como câncer, leishmaniose, hanseníase, zika e Alzheimer.
“O teste eletroquímico é
praticamente uma adaptação para a COVID-19 de outro dispositivo que
fizemos para detectar Alzheimer. Já o teste colorimétrico, que se compara em
precisão ao RT-PCR, é uma tecnologia completamente nova, não tínhamos pensado
ainda nesse modelo para nenhuma outra doença”, conta.
O pesquisador conta que
costuma trabalhar em parceria com médicos e especialistas de outras áreas. O
dispositivo para detecção do Alzheimer, por exemplo, foi uma colaboração com a
professora Márcia Cominetti , do
Departamento de Gerontologia da UFSCar. Já os testes de COVID-19 foram
desenvolvidos com o grupo da professora
Ester Sabino , docente da Faculdade de Medicina e do Instituto de
Medicina Tropical da Universidade de São Paulo, além de Matias Melendez, hoje pesquisador no Hospital
Infantil Pequeno Príncipe, em Curitiba.
Antes de terem as patentes depositadas, os dois testes para detecção do SARS-CoV-2 foram validados em amostras de saliva de pacientes atendidos em hospitais de São Carlos e São Paulo, ambos chegando a uma sensibilidade superior a 90%. Os pesquisadores agora pretendem criar parcerias para utilizar o método colorimétrico em escolas das duas cidades.
O Ministério da Saúde Pública tem um estudo de eficácia e segurança da vacina em andamento para o SARS-CoV-2, por uma equipe interdisciplinar. Seu objetivo é monitorar a eficácia da vacinação anti-SARS-CoV-2 na prevenção de infecções, doenças graves e mortalidade por SARS-CoV-2.
O relatório está anexado.
Baixe todas as imagens (.zip ~ 1,98 MB)
Relatório
de eficácia da vacina - atualizado em 8 de junho de 2021 (.pdf 135 KB)
Relatório
de eficácia da vacina - atualizado em 25 de maio de 2021 (.pdf 431 KB)
Jogadores e delegação serão testados a cada 48 horas; estádios não receberão torcedores
Foto: Myke Senna
Os detalhes do plano de ação
para evitar contágio da Covid-19 foram anunciados à noite, em entrevista
coletiva, pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e dirigentes médicos da
Conmebol e da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), estes de forma remota.
“Será um ambiente sanitário
controlado e monitorados pelas autoridades sanitárias dos estados e municípios
onde acontecerão essas competições", garantiu o ministro. "Estaremos
vigilantes em relação ao transcurso da competição e relação às condições
sanitárias do evento, como um todo", completou Queiroga.
A competição será composta por
28 jogos. Serão 10 seleções, com 65 membros, cada, incluindo atletas e
delegação. Além disso, está prevista a participação de aproximadamente 450
pessoas trabalhando à disposição da Conmebol. As partidas serão sediadas em
Cuiabá (MT), Brasília (DF), Goiânia (GO) e Rio de Janeiro (RJ).
Também haverá um esquema
rigoroso para vigilância e isolamento no transporte, nas viagens, nas
hospedagens, nos treinos e nas partidas. Os jogadores e os membros das
delegações ficarão em quartos separados. Os trabalhadores que estiverem em
contato com as comitivas também serão monitorados e submetidos a testes de
detecção de Covid-19.
À medida que as seleções forem
eliminadas, estas retornarão a seus países de origem, de modo a reduzir o
volume das comitivas nas cidades-sede. Antes da saída do país, também passarão
por testagem.
As entidades de futebol no Brasil e na América do Sul apresentaram ao Ministério da Saúde os protocolos de outras competições, que já aconteceram ou estão em andamento, como todos os estaduais, todas as divisões do Campeonato Brasileiro, Taça Libertadores da América, Sul-Americana e Eliminatórias da Copa do Mundo de 2022.