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terça-feira, 25 de julho de 2023

Ministério da Saúde evita descarte de vacinas e poupa R$ 251,2 milhões

Ações de gestão dos estoques, retomada das campanhas de vacinação e adoção de estratégia inovadora para ampliar cobertura vacinal no país salvou 12,3 milhões de doses

Foto: Julia Prado/MS

O Ministério da Saúde está comprometido com a minimização das perdas de estoques de insumos estratégicos e, neste ano, evitou o desperdício de R$ 251,2 milhões em vacinas. O valor equivale a mais de 12,3 milhões de doses que, sem a adoção por parte da atual gestão de ações emergenciais e para ampliar a cobertura vacinal no país, poderiam ter sido descartadas.

Diante do risco de perda de inúmeras vacinas, logo no início do ano foi instituído um comitê permanente para monitorar a situação e adotar medidas para mitigar perdas. Esse trabalho foi organizado pela Secretaria Executiva do Ministério da Saúde, em conjunto com a Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA). Além das ações emergenciais, já estão sendo adotados métodos para compra planejada e aperfeiçoamento da gestão dos estoques.

No caso das vacinas, somam-se a essas ações, a retomada das campanhas de vacinação e adoção de estratégia inovadora para ampliar cobertura vacinal no país, o microplanejamento. Também foi antecipada a campanha de multivacinação, voltada para crianças e adolescentes, em alguns estados.

“Com o microplanejamento, por exemplo, nós já fomos a três estados, Amazonas, Acre e Amapá, e fizemos uma grande campanha de multivacinação. Com essas ações e outras medidas de gestão, o Ministério conseguiu salvar R$ 251 milhões em vacinas. Isso é algo que temos que comemorar porque conseguimos vacinar nossa população, nossas crianças e adolescente e conseguimos economizar e atuar de forma responsável com o dinheiro público”, destaca a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel.

O microplanejamento para a vacinação leva em conta as particularidades de cada região com a participação das lideranças locais que, com o conhecimento que têm sobre sua comunidade e condições socioeconômicas, são capazes de adaptar as ações de saúde pública para a sua população. Equipes do Ministério da Saúde e dos municípios fazem reuniões técnicas para identificar os desafios naquela região e elaborar, conjuntamente, ações regionalizadas.

Desde que assumiu, a atual gestão do Ministério da Saúde tem buscado solucionar as questões críticas de estoque de vacinas e insumos estratégicos herdados da gestão anterior.

Comitê permanente para mitigar perdas de estoque

Entre as ações adotadas pelo Ministério da Saúde para evitar o desperdício de recursos públicos e em respeito à população, destacam-se:

- Pactuação junto aos estados e municípios para racionalizar a distribuição do estoque atual, dando prioridade aos itens de menor prazo de validade;

- Articulação via cooperação internacional para doações humanitárias;

- Retomada das campanhas de vacinação com adoção de nova estratégia, microplanejamento, e antecipação da multivacinação em estados do Norte do país.

Confira a fala da Secretária Ethel Maciel sobre o tema:

Assessoria de Imprensa

Ministério da Saúde

quarta-feira, 5 de julho de 2023

17ª CNS - Participação do Presidente Lula

 


terça-feira, 27 de junho de 2023

Ministério da Saúde recebe 400 mil doses de insulina de ação rápida para tratamento de pessoas com diabetes pelo SUS

Quantitativo é resultado da antecipação da entrega após o pregão concluído na última terça (20). Cerca de 67 mil pessoas que vivem com diabetes mellitus tipo 1 utilizam medicamento pelo SUS


Foto: Internet

O Ministério da Saúde recebeu nesta segunda-feira (26), no almoxarifado em São Paulo (SP), mais de 400 mil unidades de insulina análoga de ação rápida. A antecipação, após cinco meses de intensivas ações junto ao setor farmacêutico, vai permitir a continuidade do tratamento de 67 mil pessoas que vivem com a diabetes mellitus tipo 1 e retiram o medicamento pelo SUS em todo o Brasil. O quantitativo é resultado do pregão eletrônico, cujo contrato foi assinado na última terça-feira (20), depois de duas tentativas de aquisição frustradas por falta de propostas e adoção de medidas emergenciais por parte da pasta. A previsão é que a remessa seja distribuída para todos os estados e Distrito Federal nos próximos dias. Esta segunda (26) também marca o Dia Nacional da Diabetes.

“Nós estamos trabalhando desde janeiro para resolver a questão da insulina. Mantivemos o diálogo com as pessoas que vivem com diabetes, familiares e entidades da área. Essa compra nos permite ter mais de 400 mil unidades de insulina análoga de ação rápida. E em julho nós teremos o resultado da compra internacional garantindo assim, que não haja, de maneira efetiva o desabastecimento do medicamento. O problema ocorreu em decorrência do desabastecimento internacional, que é uma pauta central do Ministério, que é a nossa autossuficiência desses produtos tão importantes. É uma preocupação do Governo Federal e das pessoas que usam o medicamento. Nós não vamos deixar ter desabastecimento”, destacou a ministra da Saúde, Nísia Trindade, nesta segunda (26).

Pelas regras do pregão, a empresa pode fazer a entrega do produto em até 60 dias após a assinatura do contrato. No entanto, diante da dificuldade de aquisição do medicamento e risco de desabastecimento, o Ministério da Saúde antecipou a entrega, garantindo o recebimento da insulina de ação rápida em menos de um mês após a conclusão do processo de compra.

Desde a incorporação da insulina análoga de ação rápida ao SUS, o Ministério da Saúde realiza sua aquisição de forma centralizada. No entanto, a Pasta vem enfrentando, nos últimos anos, dificuldade na compra do medicamento – reflexo também da escassez mundial do produto. Dois pregões para compra do medicamento com registro no país, o primeiro realizado em agosto de 2022 e o segundo em janeiro de 2023, não receberam propostas.

Saiba mais: Ministério da Saúde conclui compra de insulina e antecipa entrega de 400 mil doses no SUS 

Outras ações

A partir do diálogo constante com as Secretarias Estaduais de Saúde e do Distrito Federal e do monitoramento intenso dos estoques, o Ministério da Saúde, em parceria com o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), promoveu ações de remanejamento do medicamento entre os entes federados, para manter o abastecimento igualitário na rede pública de saúde. Os estados também foram autorizados a comprar diretamente o insumo, com garantia de ressarcimento pelo Governo.

Em seguida, diante do risco de desabastecimento do produto no SUS, e depois de dialogar com o setor farmacêutico, o Ministério da Saúde realizou compra emergencial e assinou contrato de aquisição internacional de 1,3 milhão de unidades de insulina análoga de ação rápida com a empresa Globalx Technology Limited. Essa compra foi autorizada pela Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa) no dia 05 de junho, por unanimidade, e seguiu normativa prevista na Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) n° 203/2017 da Anvisa, que dispõe sobre os critérios e procedimentos para importação, em caráter de excepcionalidade, de produtos com registro em renomadas agências internacionais vigilância sanitária.

A primeira remessa do medicamento deve começar a ser entregue ao Ministério da Saúde até o dia 09 de julho de 2023. As mais de 400 mil doses de insulina complementarão o abastecimento da rede, juntamente com as 1,3 milhão de doses da aquisição emergencial internacional. Com as duas aquisições, mesmo em um cenário de escassez mundial, o Ministério da Saúde garante o abastecimento ao SUS e o atendimento de todos os pacientes.

Diabetes

É uma doença causada pela produção insuficiente ou má absorção de insulina, hormônio que regula a glicose no sangue e garante energia para o organismo. O diabetes pode causar o aumento da glicemia e as altas taxas podem levar a complicações no coração, nas artérias, nos olhos, nos rins e nos nervos. Em casos mais graves, o diabetes pode levar à morte.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes, existem atualmente, no Brasil, mais de 13 milhões de pessoas vivendo com a doença, o que representa 6,9% da população nacional. A melhor forma de prevenir é praticando atividades físicas regularmente, mantendo uma alimentação saudável e evitando consumo de álcool, tabaco e outras drogas.

Tratamento

O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece medicamentos de graça para tratar a diabetes no Brasil. São seis medicamentos financiados pelo Ministério da Saúde e liberados nas farmácias credenciadas ao Programa Farmácia Popular, são eles:  insulina humana NPH – suspensão injetável 1 e insulina humana regular, além de outros três medicamentos que ajudam a controlar o índice de glicose no sangue: Glibenclamida, Metformina 500mg e 850mg. Além disso, as pessoas que vivem com a doença também são acompanhadas pela Atenção Básica. Para monitoramento do índice glicêmico, também está disponível nas Unidades Básicas de Saúde reagentes e seringas.

Em março de 2017, a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (CONITEC) incorporou ao SUS duas novas tecnologias para o tratamento do diabetes. A caneta para injeção de insulina, para proporcionar a melhor comodidade na aplicação, facilidade de transporte, armazenamento e manuseio e maior assertividade no ajuste da dosagem e a insulina análoga de ação rápida, que são insulinas semelhantes às insulinas humanas, porém com pequenas alterações nas moléculas, que foram feitas para modificar a maneira como as insulinas agem no organismo humano, especialmente em relação ao tempo para início de ação e duração do efeito.

Atendimento à imprensa

Telefone: (61) 3315 3713 ou 9255

E-mail: imprensa@saude.gov.br

Ministério da Saúde

quarta-feira, 24 de maio de 2023

Ministério da Saúde informa que Brasil não registra casos de Influenza Aviária em humanos e reforça vigilância

Até o momento, 38 amostras coletadas de pessoas do Espírito Santo e do Rio de Janeiro que tiveram contato com aves deram negativo para a doença. Quatro casos suspeitos seguem em análise.

O Ministério da Saúde acompanha os casos de Influenza Aviária de subtipo H5N1 em aves silvestres no Brasil registrados pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). Nenhum caso da doença em humanos foi confirmado no país e a vigilância epidemiológica segue monitorando as notificações de contato com as aves contaminadas e os casos em investigação. 

Até esta terça-feira (23), quatro amostras de casos suspeitos (pacientes sintomáticos) de moradores do Espírito Santo aguardam resultado. Todos os outros 38 exames realizados em pessoas do Espírito Santo e do Rio de Janeiro que tiveram contato com aves doentes deram negativo para o H5N1. 

Em relação à saúde pública, o cenário é de alerta e monitoramento. É importante ressaltar que a transmissão ocorre por meio de contato com aves doentes, vivas ou mortas. De acordo com o que foi observado no mundo, o vírus não infecta humanos com facilidade e, quando isso ocorre, geralmente a transmissão de pessoa para pessoa não é sustentada. 

O Ministério da Saúde reforçou, por meio de nota técnica, as orientações para vigilância diante de Casos de influenza aviária em humanos após o alerta do MAPA dos primeiros casos confirmados de Influenza Aviária em aves silvestres. Na declaração de emergência zoossanitária por 180 dias, o MAPA segue alertando a população para que não recolha as aves doentes ou mortas e acione o serviço veterinário local

Como funciona a vigilância em Saúde para Influenza Aviária

Assim que o Mapa é notificado sobre um caso provável da doença em aves pelo serviço veterinário oficial, imediatamente as ações de vigilância epidemiológica na região são iniciadas localmente pelas secretarias municipais e estaduais de saúde, coordenadas pelo Ministério da Saúde. Além das coordenações de vigilância epidemiológica, os Centros de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS) presentes em todos os estados atuam na busca ativa para identificação e monitoramento das pessoas que tiveram contato com as aves, para garantir que elas sejam testadas, monitoradas e isoladas, em caso de desenvolverem sintomas gripais. 

As amostras coletadas são analisadas pelo Laboratório Centrais de Saúde Pública e depois enviadas para confirmação do resultado pelos laboratórios de referência e na Fiocruz. 

Situação do monitoramento em Saúde para Influenza Aviária em humanos no Brasil (dados até 23/05) 

Ao todo, 42 pessoas que tiveram contato com aves doentes no Espírito Santo e Rio de Janeiro foram monitoradas e tiveram amostras coletivas pelas equipes de saúde locais e do Ministério da Saúde. Deste total, 38 já tiveram resultado negativo para H5N1 confirmado e outras quatro amostras estão em análise.

No Espírito Santo, os resultados negativos abrangem 33 amostras de funcionários do Parque Fazendinha, onde uma das aves foi encontrada, e outro de uma servidora do Instituto de Pesquisa e Reabilitação de Animais Marinhos (IPRAM). Outros quatro exames de moradores do norte do Rio de Janeiro deram negativos. 

Ministério da Saúde

sexta-feira, 12 de maio de 2023

Presidente Lula sanciona lei que abre crédito de R$7,3 bi para o Piso da Enfermagem

Medida foi publicada no Diário Oficial da União desta sexta-feira (12) e impacta a realidade de 2,8 milhões de profissionais do setor


Foto: Agência Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou o Projeto de Lei nº 14.581, de 2023, que abre crédito especial de R$7,3 bilhões no orçamento do Fundo Nacional de Saúde para garantir a estados e municípios o pagamento do piso nacional dos trabalhadores da enfermagem. A medida foi publicada no Diário Oficial da União desta sexta-feira, 12/5, Dia Internacional da Enfermagem. 

O novo piso salarial dos enfermeiros contratados sob o regime da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) é de R$4.750, conforme definido pela Lei nº 14.434. Os técnicos de enfermagem recebem no mínimo 70% desse valor (R$3.325) e os auxiliares de enfermagem e as parteiras, 50% (R$2.375). O piso vale para trabalhadores dos setores público e privado. 

O levantamento mais recente do Conselho Federal de Enfermagem aponta que, atualmente, há mais de 2,8 milhões de profissionais do setor no país, entre 693,4 mil enfermeiros, 450 mil auxiliares de enfermagem e 1,66 milhão de técnicos de enfermagem. 

Em relação às parteiras, estimativas do Ministério da Saúde indicam que existem cerca de 60 mil em todo o Brasil, contribuindo para 450 mil partos por ano. As parteiras são responsáveis por cerca de 20% dos nascimentos na área rural, percentual que chega ao dobro nas regiões Norte e Nordeste. 

Dia Internacional da Enfermagem 

Dia Internacional da Enfermagem homenageia Florence Nightingale, nascida em 12/5/1820. Enfermeira pioneira no tratamento a feridos de guerra, sua obra revolucionária e avançada para a época, teve profundo impacto na saúde e na reorganização dos serviços de saúde em âmbito mundial, sendo considerada um marco na profissionalização da enfermagem moderna. 

No Brasil, além do Dia da Enfermagem, entre 12 e 20 de maio comemora-se a Semana da Enfermagem, instituída em meados dos anos 40, em homenagem a Florence Nigthingale e a Ana Néri, enfermeira brasileira nascida em 13/12/1814. Ana colocou-se à disposição do Exército Brasileiro para ir à Guerra do Paraguai como auxiliar do corpo de saúde. É considerada a primeira enfermeira voluntária do Brasil. 

Ações em série

Desde que tomou posse, o Governo Federal tem trabalhado para valorizar o papel dos profissionais que atuam na área da saúde. Em janeiro, o presidente Lula sancionou o Projeto de Lei nº 1.802, que ajusta a legislação e define que agentes comunitários de saúde e agentes de combate às endemias são profissionais de saúde. 

A medida fortalece a atenção básica, estabelece direitos e valoriza a importância dos profissionais que atuam na ponta, próximos à realidade da população. No país, são 265 mil agentes comunitários, que atuam no campo da Saúde da Família, na prevenção de doenças e na promoção da saúde em ações domiciliares, comunitárias, individuais e coletivas. Além deles, outros 61 mil profissionais de combate às endemias atuam na vigilância epidemiológica, na prevenção e controle de doenças e promoção da saúde. 

Adicionalmente, o Governo Federal retomou o Mais Médicos e prevê a contratação de 15 mil profissionais até o fim do ano. Um primeiro edital para seis mil vagas em todas as Unidades da Federação já foi publicado. As bolsas são de cerca de R$12,8 mil, acrescidas de ajuda de custo de moradia. O investimento previsto por parte do Governo Federal é de R$712 milhões neste ano. 

Na semana passada, o Governo Federal reforçou também a política de atenção à prevenção e ao tratamento odontológico. O Brasil Sorridente foi integrado ao SUS como política nacional de saúde bucal, que prevê investimentos públicos de cerca de R$136,9 milhões para a contratação de 3.685 novas equipes de saúde bucal que atuarão em todo o Brasil.  

Com informações do Planalto

Ministério da Saúde

quarta-feira, 26 de abril de 2023

Na Semana de Vacinação nas Américas, Ministério da Saúde reitera importância de ampliar coberturas vacinais

Brasil possui ações em andamento, como a imunização contra a Covid-19 e contra a influenza, além da realização do Mês de Vacinação dos Povos Indígenas


Foto: Sesai/MS

‘Mantenha-se em dia. Cada vacina conta’. Esse é o chamado da 21ª Semana de Vacinação nas Américas (SVA) - juntamente com a 12ª Semana Mundial de Imunização (SMI) - que acontece entre 22 e 29 de abril, com o objetivo de promover a equidade e o acesso à vacinação em todos os países da região das Américas. O Brasil participa com a imunização contra a Covid-19, vacinação contra a influenza, além da realização do Mês de Vacinação dos Povos Indígenas (MPVI) nos 34 Distritos Sanitários Especiais Indígenas, no período de 15 de abril a 14 de maio.

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, lembra que, atualmente, o Brasil conta com uma cobertura vacinal das mais baixas da história desde a criação do Programa Nacional de Imunizações. “Já tivemos 95% de cobertura em relação a vacinas como a da poliomielite, e agora não chegamos a 60% de crianças vacinadas. Esse quadro tem que mudar. Para isso, de uma maneira muito clara, temos de combater o negacionismo em relação a essa proteção dada pelas vacinas e às fake news que, infelizmente, têm sido veiculadas de uma forma irresponsável e criminosa”, afirma.

Ainda de acordo com a ministra, o Brasil se uniu à agenda da Vacinação nas Américas e no mundo. “É preciso que haja mobilização de todos os governos, instituições públicas, privadas e também de toda a sociedade civil. É papel dos governos conscientizar a população sobre a segurança e a eficácia das vacinas”, acrescenta.

A Semana de Vacinação nas Américas é uma iniciativa da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas/OMS, em conjunto com os territórios da região das Américas e seus parceiros. No centro desta iniciativa estão os esforços incansáveis dos países para levar a vacinação a populações vulneráveis com pouco ou nenhum acesso a serviços de saúde de rotina, como periferia urbana, áreas rurais ou fronteiriças e comunidades indígenas.

A secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel, explica que a atual gestão do Ministério da Saúde trabalha em soluções conjuntas com os estados e municípios, para evitar novos desperdícios, incluindo a distribuição imediata e acelerada dos insumos. “A ação representa uma oportunidade para fortalecer as mensagens sobre a segurança das vacinas, bem como descrever os processos de fabricação e aprovação, demonstrando a importância de tomar todas as doses indicadas”, disse.

Semana de Vacinação nas Américas

Nos últimos 20 anos, a Semana de Vacinação nas Américas tem sido uma estratégia para complementar os esforços dos programas nacionais de imunização. Desde a sua criação, mais de 1,09 bilhão de pessoas de todas as idades foram vacinadas.

A estratégia teve sucesso em levar as vacinas contra a Covid-19 e contra a gripe a milhões de pessoas, inclusive em comunidades de difícil acesso, bem como ofertar serviços de promoção da saúde e cuidados preventivos, para além da vacinação.

Desafios

Em 2021, mais de 2,7 milhões de crianças menores de um ano nas Américas – ou seja, quase um quinto da população dessa faixa etária –  não receberam todas as doses de vacinas, deixando-as suscetíveis a doenças como paralisia infantil, tétano, sarampo e difteria. O risco de surtos novos e reemergentes na região é alto.

O Brasil é um dos países que oferece o maior número de vacinas, de forma gratuita, no Calendário Nacional de Vacinação. Com quase 50 anos de existência e 47 diferentes imunobiológicos ofertados, o PNI é um dos maiores programas de vacinação do mundo.

Ações

O Movimento Nacional pela Vacinação é uma das prioridades do governo federal para reconstrução do Sistema Único de Saúde (SUS), da confiança nas vacinas e da cultura de vacinação do país. Lançado em 27 de fevereiro, foi uma das primeiras medidas adotadas pela nova gestão do Ministério da Saúde em 2023. A partir de um amplo pacto social e federativo, foi elaborada não apenas uma campanha, mas um conjunto de ações, divididas em várias etapas ao longo do ano.

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Ministério da Saúde

quinta-feira, 20 de abril de 2023

Nova versão do Sistema de Informações sobre Orçamentos Públicos em Saúde está disponível

Estados e municípios já podem informar dados relativos ao primeiro bimestre de 2023

Estados e municípios já podem enviar dados referentes ao primeiro bimestre de 2023 para o Sistema de Informação de Orçamentos Públicos em Saúde (SIOPS). Os arquivos de estrutura para preenchimento dos dados e a nova versão do software foram disponibilizados nesta terça-feira (18).

Para baixar o arquivo de estrutura, é preciso usar o navegador Edge e buscar o link na página do Módulo de Gestores. A nova versão do software está disponível na página de Downloads.

Recomenda-se a realização de backup de arquivos antes de iniciar a atualização, para que não haja perda de dados. O usuário deverá acessar a Unidade de Sistema C:/ Arquivos de Programas/SIOPS e fazer uma cópia da pasta XML em outro local da máquina ou em dispositivo de armazenamento externo.

O Ministério da Saúde está à disposição para esclarecimento de dúvidas ou outras orientações por meio da coordenação do SIOPS pelos telefones (61) 3315-3173 / 3172 / 2901 / 2823, ou pelo e-mail siops@saude.gov.br.

Clique para saber mais.

Ministério da Saúde

quarta-feira, 29 de março de 2023

Na abertura da Marcha dos Prefeitos, Ministério da Saúde reforça construção conjunta para fortalecimento do SUS

Pasta disponibiliza estandes no evento, onde gestores poderão tirar dúvidas sobre ações que envolvam o Sistema Único de Saúde


- Foto: Julia Prado/MS

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, participou, nesta terça-feira (28), da abertura da XXIV Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios. O encontro reúne prefeitos de milhares de cidades brasileiras, ocasião em que são apresentadas demandas dos municípios e debatidas ações para construção de políticas públicas.

Na abertura do evento, o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, falou em nome do governo federal e dos ministros presentes. Alckmin citou ações do governo no campo da saúde, como a pactuação para zerar as filas de cirurgias e exames eletivos e conclamou os prefeitos para que estimulem a vacinação das populações de suas cidades.

“O ministério que mais recebeu recursos foi a da Saúde e quem vai ser mais bem atendido será o município, no atendimento primário. Quanto mais fortalecermos o governo local e mais próximos da população estivermos, mais ganha a sociedade”, declarou Alckmin aos mandatários.

A solenidade de abertura da marcha dos prefeitos foi realizada no Centro Internacional de Convenções do Brasil, em Brasília (DF). No local, o Ministério da Saúde disponibiliza estandes para tirar dúvidas de demandas dos municípios que envolvam o Sistema Único de Saúde (SUS) e as principais ações do governo federal, como o lançamento do edital do Programa Mais Médicos, que vai acontecer em breve. Também estão sendo distribuídas cartilhas detalhando o funcionamento das secretarias.

O encontro nacional de prefeitos também debate o pacto federativo, ou seja, a forma em que a União se organiza e estabelece a divisão de poderes, tarefas e toda a moldura jurídica que envolve os estados brasileiros, além de questões sobre a administração tripartite (municípios + estados + União), que é o caso do SUS.

Entre as autoridades que participaram da abertura do evento juntamente com a ministra Nísia Trindade, estão o presidente da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), Paulo Ziulkoski, e o presidente em exercício do Senado, Veneziano Vital do Rêgo, além de ministros e parlamentares.

Mesa de debate

Nesta terça, segundo dia do encontro, o Ministério da Saúde, por meio da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA), também participou da mesa de debate “SUS para o futuro: reorganização e financiamento”. Durante a apresentação, o secretário substituto da secretaria, Mauro Sanchez, destacou algumas das ações da pasta para o ano de 2023.

De acordo com Sanchez, entre as prioridades da SVSA, estão o plano de ação do recém-criado Departamento do Programa Nacional de Imunizações (PNI) e o regramento para o cálculo da Assistência Financeira Complementar da União aos Agentes de Combate às Endemias (AFC).

“O Ministério da Saúde também trabalha para realinhar a aproximação com o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems). Com isso, esperamos elaborar uma definição conjunta de políticas públicas", acrescentou.

A programação de atividades da 24ª Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios segue até quinta-feira (30).

Nathan Victor
Ministério da Saúde

Vacinas contra a Covid-19 não aumentam risco de miocardite e morte. Entenda por que você pode confiar

Imunizantes são comprovadamente seguros e salvam vidas. É justamente a vacinação que evita mortes e casos graves pela doença

É comum se deparar com informações falsas que circulam pelas redes sociais e aplicativos de mensagens questionando a eficácia e segurança das vacinas contra a Covid-19. As afirmações mentirosas constantemente relacionam a imunização contra a doença com casos graves de miocardite, uma inflamação no músculo do coração, e até a morte. Outros áudios ainda relatam que um grupo de idosos teriam perdido os movimentos das pernas após reação grave ao imunizante contra a Covid-19. Não se engane, essas informações são falsas. As vacinas são comprovadamente seguras e altamente eficazes para a proteção contra casos graves e óbitos pela Covid-19.

O Ministério da Saúde alerta sobre a circulação de notícias falsas que prejudicam as iniciativas para ampliar as coberturas vacinais no país, além de ser um desserviço para o irrefutável benefício das vacinas no controle e redução de casos graves da Covid-19. Vacinas salvam vidas. A pasta orienta que a população busque informações nos canais oficiais do Ministério da Saúde para evitar desinformações relacionadas à vacinação.

Entenda melhor:
Todas as vacinas têm a eficácia e segurança comprovadas e validadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e seguem orientações da Organização Mundial de Saúde (OMS) e do Ministério da Saúde para aplicação. Os imunizantes também passam por um rigoroso processo de análise antes de serem incorporadas ao SUS, levando em conta a segurança, eficácia, custo-efetividade e outros aspectos importantes para a saúde pública brasileira.

É importante esclarecer que os imunizantes podem causar eventos adversos - o nome técnico para o termo popularmente conhecido como "reação à vacina" - mas a maioria deles sem gravidade. Essas reações são raras e ocorrem, em média, em um caso a cada 100 mil doses aplicadas. Se comparado, o risco de complicações pela própria Covid-19 é muito superior ao risco de reações graves pela vacinação. A doença já matou quase 700 mil pessoas no Brasil desde o início da pandemia. Portanto, o benefício de se proteger dos casos graves e mortes pela doença pela vacinação é consideravelmente maior.

A mesma lógica vale para a miocardite (inflamação do músculo do coração). A doença é rara e mais frequente em crianças e adolescentes que contraíram a Covid-19. Ou seja, a maior preocupação não está relacionada com a vacinação, mas com os casos em que as crianças têm formas graves da doença.

Isso porque a miocardite está relacionada com a Síndrome Inflamatória Multissistêmica (SIM-P) - uma condição grave e rara, em que crianças com Covid-19 desenvolvem uma inflamação que afeta diferentes órgãos do corpo, incluindo o coração. A vacina contra a Covid-19 protege contra os casos graves da doença, o que inclui a síndrome que pode levar à muitas complicações para o resto da vida. Mais uma vez, o benefício trazido pela vacinação é muito maior.

Movimento Nacional pela Vacinação
Para retomar as altas coberturas vacinais de todos os imunizantes disponíveis no SUS e reforçar a proteção contra a Covid-19, o Ministério da Saúde lançou o Movimento Nacional pela Vacinação, que tem o objetivo de mobilizar o Brasil para que o país volte a ser referência em vacinação. Quem ainda não completou o ciclo vacinal ou está com alguma dose em atraso, pode procurar uma unidade de saúde para se vacinar. Tanto as vacinas bivalentes quanto as monovalentes, disponíveis em todas as unidades de saúde, são igualmente eficazes e protegem casos graves de Covid-19.

Mesmo diante da chegada das vacinas bivalentes, a pasta reforça que as vacinas monovalentes disponíveis atualmente em todo o país seguem eficazes e protegem contra casos graves e óbitos por Covid, e continuarão disponíveis para imunização da população. O esquema vacinal completo, incluindo as doses de reforço, é fundamental para o controle da doença.

Brasil contra Fake
No último sábado (25), o governo federal lançou a campanha Brasil contra Fake, com o objetivo de combater a desinformação disseminada nas redes sociais. Com o tema "Quem espalha fake news espalha destruição", a campanha aborda o impacto do problema no dia a dia da população. A ideia é retratar os mais variados perfis de pessoas para mostrar que estamos todos do mesmo lado e qualquer um pode se tornar vítima de uma notícia falsa.

Na página gov.br/brasilcontrafake será possível checar se um conteúdo recebido é fake news, antes de repassar adiante. No site também está disponível para consulta um passo a passo para denunciar, nas próprias redes sociais, os conteúdos de desinformação.

 Ministério da Saúde

sexta-feira, 10 de março de 2023

Quem está com doses em atraso pode se vacinar ao mesmo tempo que grupos prioritários

Objetivo é alavancar coberturas vacinais em quem não tomou a segunda dose e a dose de reforço


Foto: Julia Prado/MS

O Movimento Nacional pela Vacinação está mobilizando a população brasileira desde 27 de fevereiro com ações de caráter contínuo. Neste primeiro momento, os esforços estão concentrados na retomada das altas coberturas vacinais contra a Covid-19, por esta ser a atual emergência global de saúde.

O foco inicial está nas pessoas com maior risco de desenvolver formas graves da doença, como idosos acima de 70 anos, pessoas imunocomprometidas, funcionários e pessoas que vivem em instituições permanentes, indígenas, ribeirinhos e quilombolas. Mas esta também é uma oportunidade para quem não faz parte do grupo prioritário e ainda não completou o esquema vacinal primário, com duas doses, ou não recebeu a dose de reforço. Nesse sentido, o Ministério da Saúde enfatiza a necessidade da imunização complementar.

Ter o esquema vacinal completo é fundamental porque, com o passar do tempo, o organismo pode perder a memória imunológica contra o vírus. Estudo realizado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) com mais de 1,5 mil pessoas revelou que seis meses depois da segunda dose, os anticorpos haviam caído entre os pesquisados. Com o reforço na imunização, eles voltaram a subir consideravelmente.

A complementação do esquema primário ou a aplicação da dose de reforço nas pessoas que não estão incluídas nos grupos prioritários desta etapa do Movimento Nacional pela Vacinação está sendo realizada com a vacina monovalente, da seguinte forma:

  • uma dose de reforço, a partir de 4 meses da segunda dose do esquema primário, para pessoas na faixa etária de 5 a 39 anos; e
  • duas doses de reforço para pessoas na faixa etária de 40 a 59 anos.

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Esclareça as principais dúvidas sobre o Movimento Nacional pela Vacinação; entenda porque é importante se vacinar 

Nathan Victor
Ministério da Saúde

quinta-feira, 2 de março de 2023

Esclareça as principais dúvidas sobre o Movimento Nacional pela Vacinação; entenda porque é importante se vacinar

Mobilização tem objetivo de unir todo o Brasil para retomada das coberturas vacinais


Foto: Myke Sena/MS

O Movimento Nacional pela Vacinação está mobilizando brasileiras e brasileiros para retomar as altas coberturas vacinais, reconstruir a cultura de vacinação no país e a confiança nos imunizantes. Para atingir a meta de 90% de cobertura em todos os grupos, o governo federal aposta no comprometimento e união da sociedade. O diretor do Departamento de Imunizações e Doenças Imunopreveníveis, Eder Gatti, explica o ponto a ponto dessa mobilização e quais são as orientações do Ministério da Saúde neste momento.

“Hoje o Brasil está numa situação muito perigosa, com risco do retorno de doenças como a poliomielite, sarampo e meningites. Então a gente precisa recuperar, com urgência, as coberturas vacinais e proteger nossas crianças, nossos idosos e nossas gestantes contra doenças que são imunopreveníveis, são evitáveis por vacinação”, ressalta o diretor.

As ações do Movimento Nacional pela Vacinação incluem vacinação contra a Covid-19 e outros imunizantes do calendário nacional, em várias etapas.

Para saber mais, confira as perguntas e respostas.

  • Qual é a principal mensagem desse movimento?

Queremos mobilizar a população para que o Brasil volte a ser referência em altas coberturas vacinais. Os índices de imunização caíram consideravelmente nos últimos anos e isso aumenta o risco de doenças. Então é importante reforçar: o Programa Nacional de Imunizações (PNI) está presente em todos os postos de saúde de todos os municípios do Brasil. São mais de vinte imunobiológicos disponíveis. As vacinas são acessíveis e gratuitas, por isso é fundamental ir até o posto de saúde atualizar a caderneta de vacinação. O Movimento Nacional pela Vacinação está aí para alertar que vacinas são seguras e protegem contra doenças que matam.

  • Quem pode se vacinar neste primeiro momento?

Neste primeiro momento, serão vacinadas com doses de reforço bivalentes contra a Covid-19 as pessoas com maior risco de desenvolver formas graves da Covid-19, como idosos acima de 70 anos, pessoas imunocomprometidas, funcionários e pessoas que vivem em instituições permanentes, indígenas, ribeirinhos e quilombolas.

  • Quem está na próxima etapa?

A inclusão de novos grupos vai acontecer conforme o avanço da campanha. De acordo com o cronograma de entrega de doses para os estados, outros grupos serão vacinados, como as pessoas entre 60 e 69 anos, as pessoas com deficiência permanente, os trabalhadores da saúde, gestantes e puérperas e a população privada de liberdade. Esses grupos precisam ficar atentos às informações de seus municípios para saber o momento de procurar uma unidade de saúde.

Mas é importante dizer que o SUS tem vacina para diversas doenças. Qualquer pessoa pode procurar os postos de saúde para atualizar a caderneta de vacinação, a qualquer momento, falando do calendário vacinal como um todo. Especificamente sobre a Covid-19, quem ainda não completou o ciclo vacinal ou está com alguma dose em atraso, pode procurar a unidade de saúde mais próxima hoje mesmo para se vacinar, mesmo que não esteja no grupo prioritário.

  • Como foi esse planejamento?

Na troca de governo nós constatamos uma grave desorganização da vacinação contra a Covid-19. A gente não tinha vacina para as crianças, por exemplo. Também não tinha quantitativo suficiente das vacinas bivalentes, então não daria para montar uma estratégia de vacinação estruturada. Só que a gente tem consciência de que a Covid-19 hoje é a doença infecciosa que mais mata. A pandemia ainda não acabou, apesar de estarmos em um outro patamar e a vacinação é a melhor ferramenta de proteger as pessoas. Nesse cenário, nós tivemos que fazer um trabalho para regularizar os estoques e estruturar uma ação de imunização, garantindo que as vacinas contra a Covid-19 sejam ofertadas para toda a população.

  • Como foi a escolha desses grupos prioritários?

Nós temos vacinas de diversos tipos e para todas as faixas etárias. Cada vacina tem indicações específicas para grupos específicos. A vacina bivalente tem componentes para dois tipos de vírus SARS-CoV-2 e o grupo técnico especialista do Ministério da Saúde recomendou que essa vacinação fosse direcionada às pessoas que tem maior risco de desenvolver formas graves da doença e morrer. Vale lembrar que as vacinas monovalentes são igualmente eficazes, protegem contra a Covid-19 e estão disponíveis para quem não completou o ciclo vacinal ou está com doses em atraso.

  • A vacina bivalente é diferente das outras?

Todas as vacinas disponíveis hoje no Brasil cumprem um papel fundamental: salvam vidas. As vacinas bivalentes são as chamadas segunda geração do imunizante, ou seja, são aquelas que possuem em sua composição a cepa original e subvariantes da Ômicron. Serão aplicadas nos grupos prioritários que já receberam pelo menos duas doses monovalentes prévias.

Tanto as bivalentes quanto as monovalentes agem do mesmo modo no organismo, estimulando o sistema imunológico a produzir anticorpos protetores e células de defesa contra o vírus Sars-CoV-2. Quando infectada pelo vírus, a pessoa vacinada conseguirá combatê-lo rapidamente, pois já tem imunidade.

  • O reforço deverá ser repetido ano que vem?

Esse é um momento de transição da pandemia, nós não sabemos como a Covid-19 vai se comportar nos próximos anos. Ainda assim, entendemos que, nesse momento, as pessoas com maior risco de morrer devem receber a dose de reforço, independentemente do número de doses que tiveram previamente. Ou seja, um reforço, independentemente da quantidade de reforços que a pessoa tomou. Basta ter as duas doses do esquema básico e ela recebe o reforço da bivalente, que é o reforço do ano.

Se ano que vem a gente vai elaborar outro tipo de campanha, tudo vai depender de como a pandemia vai evoluir. Por isso estamos acompanhando de perto os indicadores epidemiológicos da Covid-19. Estamos de olho no que está acontecendo em outros países e na produção da ciência, para saber como vai se desenhar o cenário de 2024. A ciência voltou ao Ministério da Saúde e estamos caminhando juntos.

  • Como será feita a distribuição das vacinas para estados e municípios?

Para fazer uma ação de vacinação desse porte a gente tem que respeitar duas coisas: a capacidade do produtor disponibilizar a vacina para o Programa Nacional de Imunizações e a capacidade dos estados e municípios estocarem vacinas. Nós estamos falando de vacina de RNA mensageiro, que demanda um estoque muito diferenciado, câmaras frias com tipos específicos de temperatura, ou seja, é um estoque difícil de ser feito. Então não é possível mandar grande quantidade de doses, elas precisam ser enviadas por etapas. Por isso existem etapas e fases no Movimento Nacional pela Vacinação, priorizando os grupos com maior risco e maior dificuldade de se vacinar. Os grupos prioritários serão priorizados, mas, em razão dessa logística, vamos por etapas, respeitando a capacidade de estoque de estados e municípios.

  • O cronograma é fixo?

A ideia é que a vacinação seja fluida. Isso significa que, se o estado vacinou um determinado grupo, ele não precisa esperar uma data para passar para o próximo. Fluidez é a palavra. O estado pode pedir mais vacina e pode, inclusive, ultrapassar para próxima etapa, se tiver imunizante disponível. O Ministério da Saúde vai enviar imunizantes constantemente para garantir o avanço da estratégia de vacinação.

  • Então outros grupos podem acabar se vacinando mais rapidamente?

O Ministério da Saúde recomenda que ninguém perca a oportunidade de se vacinar. Os frascos de vacina são multidoses, ou seja, têm mais de uma dose no mesmo vidrinho. Uma vez que o frasco é aberto, precisa ser utilizado rapidamente. Se tiver uma pessoa de outro grupo, como por exemplo, de uma etapa seguinte, que está ali presente para ser vacinado, o município, obviamente, tem que usar o bom senso, aproveitar a dose do frasco que foi aberto e vacinar. Então embora existam etapas, a gente insiste na fluidez da vacinação. Um fluxo fluido baseado tanto no estoque dos estados e municípios, como na oportunidade de se vacinar.

  • Crianças de que idade precisam tomar dose de reforço?

Algumas vacinas são específicas para crianças. Por exemplo, estamos utilizando a vacina de vírus inativado, popularmente conhecida como Coronavac, que é a vacina do laboratório Sinovac em parceria com Instituto Butantan, aqui do Brasil. Essa vacina é indicada para crianças de 3 anos ou mais. Também existe a vacina de RNA mensageiro, que é do laboratório Pfizer, utilizada de 6 meses até 5 anos de idade. Essa é conhecida como Pfizer baby. E ainda tem a Pfizer pediátrica, aplicada em crianças de 6 anos até menores de 12 anos.

  • E como é o esquema vacinal para as crianças?

Crianças de 6 meses a 5 anos, que receberam Pfizer Baby, já tem o esquema básico de três doses, com intervalo de quatro semanas após a dose 1 e oito semanas entre a dose 2 e dose 3. Crianças de 6 anos ou mais devem receber um esquema básico de duas doses, além de um reforço. A vacina Coronavac possui duas doses, recomendação que vai em bula e é regulamentada pela Anvisa. As crianças de 3 a 5 anos que receberam, por exemplo, Coronavac, duas doses, devem receber um reforço, uma dose a mais de Pfizer, que é a de RNA mensageiro. Os profissionais do SUS estão aptos a tirar dúvidas como essa.

Confira o esquema vacinal por faixa etária

  • Crianças de 6 meses a menores de 5 anos:

Vacina Pfizer
1ª dose, 2ª dose, 3ª dose
Intervalo: 4 semanas após a dose 1 e 8 semanas após a dose 2

  • Crianças de 3 anos a menores de 5 anos:

Vacina Coronavac
1ª dose, 2ª dose e reforço
Intervalo: 4 semanas entre dose 1 e dose 2 e reforço 4 meses após a dose 2, feito preferencialmente com a vacina da Pfizer

  • Crianças de 5 anos a 11 anos:

Vacina Pfizer
1ª dose, 2ª dose e reforço
Intervalo: 8 semanas entre dose 1 e dose 2 e reforço 4 meses após a dose 2, feito preferencialmente com a vacina da Pfizer

Vacina Coronavac
1ª dose, 2ª dose e reforço
Intervalo: 4 semanas entre dose 1 e dose 2 e reforço 4 meses após a dose 2, feito preferencialmente com a vacina da Pfizer

  • Pessoas do público geral que estão com dose em atraso podem procurar os postos de vacinação ao mesmo tempo que os grupos prioritários da nova etapa?

Com certeza. Quem não completou o esquema vacinal deve procurar a unidade de saúde mais próxima de casa e colocar a caderneta de vacinação em dia a qualquer momento.

  • E quais serão os próximos passos?

Agora, estamos focados em vacinar os públicos prioritários e retomar as coberturas vacinais das crianças e adolescentes contra a Covid-19. A previsão é que em abril comece a quarta etapa com campanha da Influenza e, a partir de maio, a quinta etapa terá chamamento para atualização de caderneta de vacinação com as vacinas de todo o calendário nacional, com ações nas escolas do país.

Marco Guimarães
Ministério da Saúde

terça-feira, 28 de fevereiro de 2023

Criação de Comissão Interministerial de Gestão da Educação na Saúde foi pauta de reunião nesta segunda (27)

Equipes voltarão a se reunir para elaboração de uma minuta da proposta


Foto: Walterson Rosa/MS

Formação acadêmica, residência médica e multiprofissional, abertura de novos cursos e Revalida foram algumas das pautas da reunião desta segunda-feira (27), entre a ministra da Saúde, Nísia Trindade, e o ministro da Educação, Camilo Santana. O encontro também reuniu secretários e assessores dos ministérios para somar forças e definir prioridades comuns para as duas pastas.

“Queremos trabalhar pautas voltadas para a educação, direcionadas para os objetivos principais do Sistema Único de Saúde (SUS). A ideia é fortalecer o campo da ciência, tecnologia e inovação, que são pautas comuns aos dois ministérios. Também foi momento de discutirmos a criação de uma Comissão Interministerial para Gestão da Educação na Saúde”, pontuou a ministra Nísia.

O ministro da Educação agradeceu a oportunidade de reunir as equipes como forma de aproximação, integração e reconstrução. “Vamos, juntos, definir estratégias importantes nessas duas áreas que mexem com a vida dos brasileiros no dia a dia. Este trabalho conjunto vai trazer importantes frutos para melhorar a qualidade da atenção, não só na formação, mas, claro, na saúde”, resumiu Camilo.

Ministério da Saúde

Cura e controle da leucemia dependem de diagnóstico e intervenção precoces

Doença prejudica o funcionamento do sistema imunológico e pode ocorrer em qualquer fase da vida


Foto: Internet

Até 2025, o Brasil deve ter 34,6 mil novos casos de leucemia, de acordo com estimativas do Instituto Nacional de Câncer - Inca. O número compõe as várias formas dessa doença que afeta cada vez mais o mundo. No mês de conscientização para prevenção, diagnóstico e combate à leucemia, Fevereiro Laranja, o tema é evidenciado para promover o acesso a informações e um olhar de superação de estigmas, uma vez que a maior parte das leucemias, quando identificadas precocemente e tratadas, podem ser curadas ou controladas.

As leucemias são formas de câncer que podem ocorrer em qualquer fase da vida, podendo ter manifestações agudas ou crônicas. De acordo com o Inca, em comum, elas têm como característica afetar a medula óssea, comprometendo sua função, e tendo como repercussões o prejuízo ao sistema imunológico, o que leva à ocorrência de infecções potencialmente severas, além de anemia e risco de sangramentos espontâneos, por comprometer a produção dos glóbulos vermelhos e das plaquetas, respectivamente.

Em 2020, 6.738 pessoas morreram em virtude da doença, porém, parte dos óbitos poderia ser evitada, como explica o chefe do serviço de hematologia do instituto, o médico Ricardo Bigni. “Existem leucemias mais agressivas, que demandam tratamento intensivo e rápido, mas também existem os quadros que são curáveis e, quando não é possível, temos muitos casos de pacientes que, com o tratamento, conseguem manter o câncer sob controle”, explica.

Ele conta que, ao contrário de outros tipos específicos de câncer, em que determinado fator mostra relação direta com o desenvolvimento da doença, nas leucemias, na maioria das vezes, não é possível estabelecer essa relação. “Todos estamos em risco de desenvolver alguma doença em um dado momento da vida”, diz.

Evolução e tratamento

Em crianças e adultos jovens, normalmente a condição aguda é mais frequente, ou seja, com evolução mais rápida da doença. Por outro lado, em pacientes acima dos 50 anos predominam as leucemias crônicas. As manifestações clínicas mais comuns são:

  • Aumento de volume de linfonodos, popularmente chamados de ínguas;
  • Cansaço e astenia decorrentes de anemia;
  • Manifestações hemorrágicas, como sangramento de mucosas (como gengiva) ou manchas roxas na pele, devido à queda acentuada de contagem de plaquetas no sangue.

Essas alterações devem ser observadas e motivar investigações mais profundas.

Para os diagnósticos de leucemia, o tratamento é baseado no emprego de quimioterapia e imunoterapia, com abordagem que varia em função do tipo específico de leucemia.

“É esperado que os pacientes também necessitem de transfusões de sangue como suporte à terapia, o que faz com que a conscientização da população quanto à importância da doação de sangue seja fundamental. Também deve ser lembrado que, para algumas formas de leucemia, pode ser necessário o emprego do transplante de medula óssea para obtenção da cura, quando o tratamento quimioterápico não consegue proporcionar este resultado”, afirma Ricardo Bigni, reforçando a importância das pessoas a se disponibilizarem como doadores.

Juliana Oliveira
Ministério da Saúde

“Se tiver próxima dose, eu venho também, vacina é vida”, diz João, de 90 anos, durante lançamento do Movimento Nacional pela Vacinação

Neste primeiro momento, serão vacinados idosos acima de 70 anos, pessoas imunocomprometidas e outros grupos prioritários contra a Covid-19


Foto: Julia Prado/MS

“Estou muito feliz e me sentindo muito bem por ter recebido essa vacina. Se tiver a próxima dose, eu venho também. Vacina é vida”. Foi com essa felicidade e disposição que João Pereira da Silva, de 90 anos de idade, compareceu ao Centro de Saúde Nº 1 do Guará, região administrativa do Distrito Federal, para receber a dose bivalente da vacina contra a Covid-19. Ele foi um dos primeiros vacinados durante o lançamento do Movimento Nacional pela Vacinação nesta segunda-feira (27).

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, também recebeu a dose bivalente da vacina contra o coronavírus para marcar o início da mobilização nacional para reconstrução das altas coberturas vacinais. “Tomar vacina é um gesto de responsabilidade e de garantia que você vai passar para sua família [...] Eu tomo vacina porque eu gosto da vida”, disse o presidente.

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, comemorou a volta do Zé Gotinha. “Vamos proteger nossas vidas. Esse movimento tem que ser do governo federal, dos governos estaduais, municipais, de toda a sociedade. É o movimento em defesa da vida. União e reconstrução. Viva o SUS. Viva a volta do Zé Gotinha”, declarou.

A emoção por receber mais uma dose do imunizante foi compartilhada por Odete da Silva, de 83 anos de idade, que não deixou o prazo para dose de reforço passar. “Se vacinar é muito importante para a saúde”, explica. Odete encerrou a entrevista para o Ministério da Saúde fazendo um convite: “Pessoal, podem vir tomar a vacina, é muito bom”.

Odete recebeu a dose bivalente da vacina contra A Covid-19 de Fátima Lúcia, técnica de enfermagem, que trabalha no Centro de Saúde Nº 1 do Guará há 40 anos. Fátima relata o sentimento por fazer deste momento. “É muito gratificante, estou muito contente. As pessoas têm que se vacinar, todas as vacinas salvam vidas, desde bebê até os idosos”, diz. “Não vamos mais deixar nenhuma doença tomar conta da nossa população”, finaliza.

Vacina é vida

O lançamento do Movimento Nacional pela Vacinação aconteceu nesta segunda-feira (27), no Guará, região administrativa do Distrito Federal a 16 km do centro de Brasília. Neste primeiro momento, serão vacinados contra a Covid-19 os idosos acima de 70 anos, pessoas imunocomprometidas, funcionários e pessoas que vivem em instituições permanentes, indígenas, ribeirinhos e quilombolas.

Em seguida, conforme o avanço da campanha e o cronograma de entrega de doses, outros grupos serão vacinados, como as pessoas entre 60 e 69 anos, as pessoas com deficiência permanente, os trabalhadores da saúde, gestantes e puérperas e a população privada de liberdade. Esses grupos precisam ficar atentos às informações de seus municípios para saber o momento de procurar uma unidade de saúde.

É importante reforçar que, para quem faz parte do público-alvo, é necessário ter completado o ciclo vacinal para receber a dose de reforço bivalente, respeitando um intervalo de quatro meses da última dose recebida. Já quem ainda não completou o ciclo vacinal ou está com alguma dose em atraso, pode procurar uma unidade de saúde para se vacinar, mesmo que não esteja no grupo prioritário.

Marco Guimarães
Ministério da Saúde

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