Destaques

terça-feira, 18 de outubro de 2016

Aumento e ingerência nos planos de saúde são criticados em audiência pública

Representantes da Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social (Fenasps) protestaram nesta segunda-feira (17), em audiência na Comissão de Direitos Humanos, contra o aumento "abusivo" das contribuições cobradas pela Geap Autogestão em Saúde, a operadora de plano de saúde mais comum entre os servidores públicos federais.
Além dos aumentos abusivos das contribuições dos trabalhadores, representantes da Fenasps criticaram a ingerência e a indicação política de pessoas incapacitadas para assumirem cargos dentro da operadora de planos de saúde. De acordo com Cleuza Maria Faustino, diretora da Fenasp, o governo vem demitindo todos os gerentes regionais da empresa para empregar apadrinhados políticos.
- A Geap acabou com o controle social nos estados. Nós tínhamos conselhos regionais que contribuíam para levar as reivindicações dos assistidos até a empresa. O controle social é melhor forma de a Geap chegar mais perto dos seus assistidos – explicou.
Ana Luisa Dal Lago, diretora da Fenasps, afirmou que os trabalhadores não podem permitir que a Geap faça novo reajuste e que expulse de dentro do plano o restante dos contribuintes. Ana Luisa afirmou que, se não houvesse corrupção e desvio de verba dentro da instituição, não seria necessário um reajuste tão alto como o que foi feito em 2016.
- A gente vem aqui, senador, pedir ajuda tanto na questão do aumento do per capita como para acabar com a ingerência dos governos dentro da Geap, acabar com premiação de cadeira para afetos do governo que vão lá para dentro e fazem aplicações erradas – disse.
Reajuste
Representando a Geap, Adilson Moraes da Costa, afirmou que a instituição luta diariamente para oferecer o menor reajuste de preço. Adilson explicou que a entidade não tem fins lucrativos e o que arrecada é para pagar os custos assistenciais. Segundo ele, no ano de 2016, os beneficiários tiveram que arcar com um reajuste maior da contribuição em função da própria inflação dos custos médicos.
- A inflação do custo médico é muito maior do que a inflação comum, inflação de alimentos, por exemplo. Tivemos também multas, ações judiciais, tudo isso conta para elevar os preços dos planos. Além disso, a Geap é obrigada a aguardar recursos para garantir sua sustentabilidade – ponderou.
A diretora de controle de qualidade da Geap, Luciana Rodriguez de Carvalho, afirmou que houve um aumento expressivo no valor das multas da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e ressaltou que 49% da carteira de beneficiários é composta por pessoas na faixa etária acima de 59 anos, o que acaba ocasionando um custo maior.
Ana Luisa Del Lago ressaltou que a empresa paga multas justamente porque não tem redes de atendimento suficientes nos estados. Segundo ela, tudo é consequência da ingerência de governo dentro do plano de saúde.
Já Paula Avila, assessora jurídica da Fenasps, afirmou que utilizar o argumento das ações judiciais para justificar os aumentos abusivos no bolso do contribuinte é colocar a culpa na vítima.
- Se existem ações judiciais é porque existem vítimas. Pessoas que trabalharam uma vida contribuindo para um plano de saúde, não conseguem migrar para outro e não têm alternativa a não ser se manter, às duras penas, nesse plano – afirmou.
Jefferson Rudy/Agência Senado

Paraná vai apoiar produção de alimentos para atender populações vulneráveis

Compra Direta Paraná vai garantir a aquisição dos alimentos de quem produz

O Governo do Paraná vai apoiar a implantação e modernização de restaurantes populares a partir do ano que vem e a Secretaria da Agricultura, como gestora do Fundo Estadual de Combate à Pobreza, vai comprar alimentos de agricultores familiares e associações. Segundo o secretário Norberto Ortigara, o programa já tem o nome provisório de Compra Direta Paraná, e vai garantir a aquisição dos alimentos de quem produz e do outro lado distribuí-los a entidades que atendem pessoas carentes.

Outra ação prevista, ainda para este ano, é ampliar o banco de alimentos da Ceasa, que recolhe os produtos sem comercialização e distribui para quem precisa em situações de calamidade pública e também atendimento às famílias cadastradas no banco. “Em 2017 estaremos investindo cerca de R$ 20 milhões ao ano com a finalidade de melhorar as condições da população mais vulnerável, especialmente neste momento de crise econômica”. Outra frente de trabalho é a estruturação de pequenas agroindústrias familiares para transformação da produção e agregação de renda.

Dia mundial da alimentação

A garantia de uma alimentação de qualidade e em quantidade tem a ver com o desempenho do campo, e hoje, mais que produzir, o grande desafio é explorar o solo preservando os recursos naturais. Neste domingo (16) é celebrado o Dia Mundial da Alimentação, e o tema deste ano, escolhido pela FAO (Organização das Nações Unidos para Alimentação e Agricultura) é “O clima está mudando. A alimentação e a agricultura também”, numa alusão à necessidade de boas práticas agrícolas que preservem o meio ambiente.

Segundo o secretário estadual da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, o Paraná é rico em experiências bem sucedidas de agricultura conservacionista, mas precisa melhorar ainda mais a capacidade de produzir alimentos seguros voltados para atender a população, especialmente os mais vulneráveis, com uma alimentação de qualidade.

Agricultura conservasionista 

O planejamento em microbacias, o plantio direto na palha, o manejo integrado de pragas e dos recursos naturais, a integração lavoura/pecuária/florestas formam a base de uma agricultura conservacionista praticada no Paraná. A Secretaria conduz atualmente 26 projetos estruturantes, implantados em seis grandes áreas regionais, englobando dez cadeias produtivas.

Entre os projetos, Ortigara destaca um novo foco que é o incentivo e apoio à produção de hortifrutigranjeiros em todas as regiões do Estado para atender ao mercado, aos programas institucionais e a alimentação escolar. “Queremos aumentar a produção nas áreas em torno de Londrina, Maringá e também no Sudoeste. A mudança de hábitos alimentares dos consumidores para uma vida mais saudável abre uma forte demanda para estes produtos”, diz Ortigara. Ele lembra ainda que o Paraná é o primeiro estado da federação a cumprir a lei da alimentação escolar, sendo o estado que mais aplica em proporção de sua densidade populacional.

Eixos estratégicos 
Os quatros eixos estratégicos trabalhados pela Secretaria estão relacionados diretamente com os objetivos aprovados pela Cúpula das Nações Unidas sobre desenvolvimento sustentável: promover a qualidade de vida das populações urbanas e rurais; segurança alimentar para dar acessibilidade da população a alimentos necessários; melhorar a renda no campo; e explorar o solo utilizando boas práticas para o meio ambiente.

Segundo Roseli Pittner, presidente do Conselho de Segurança Alimentar do Paraná, neste mês de outubro diversas atividades estão programadas com o objetivo de conscientizar a população sobre as mudanças que estão ocorrendo com o clima, a alimentação e a agricultura. “O Núcleo Regional de Educação do município de Pitanga, por exemplo, estará desenvolvendo atividades nas escolas como cartazes, paródias, poemas, redações, desenho e músicas sobre este tema,” informa Roseli. Durante o mês de outubro o Coresan (Conselho Regional de Segurança Alimentar e Nutricional) de Ivaiporã, o Consórcio de Segurança Alimentar e Desenvolvimento Local (Consad), Paraná Centro, a Amocentro e o Território da Cidadania Paraná Centro estão mobilizando seus associados e colegiados para a promoção de diversas atividades com o objetivo de conscientizar a população sobre as mudanças que estão ocorrendo com o Clima, a alimentação e a agricultura.

Diversas entidades estão envolvidas com as ações de conscientização e alerta entre elas o Núcleo Regional de Educação de Pitanga e a Secretaria de Educação que estão desenvolvendo diversas atividades nas escolas como cartazes, paródias, poemas, poesias, redações, desenhos, charges, tirinhas e músicas. Após a elaboração serão escolhidos os 3 melhores trabalhos de cada escola.

Os selecionados farão parte da exposição de trabalhos apresentados no Encerramento das atividades que será no dia 9 de novembro em Pitanga no Seminário de Territorial sobre Segurança Alimentar e Nutricional com o tema: “O clima está mudando. A alimentação e a agricultura também”. Roseli Pittner, presidente do Consea/PR.


Equipamento revolucionário para diagnóstico do câncer de mama

Fotoacústica e ultrassom
O novo exame será mais preciso, evitará falsos positivos e não submeterá a mulher à radiação. [Imagem: University of Twente]
Engenheiros e médicos da Universidade de Twente (Holanda) estão chefiando um consórcio europeu para aperfeiçoar um novo aparelho de imagem para o diagnóstico do câncer de mama.
O novo equipamento não apenas permitirá capturar imagens por ultrassom e fotoacústica, como também será capaz de combinar as imagens geradas pelas duas técnicas.
As técnicas atuais para a detecção do câncer de mama - a mamografia de raios X, o ultrassom e a ressonância magnética (MRI) - têm deficiências, a principal delas sendo que nem sempre é possível distinguir claramente um tumor de um tecido saudável ou de uma anomalia benigna, de modo que, ou tumores não são detectados, ou há falsos positivos além do aceitável.
Mamografia sem radiação
O novo aparelho deverá diminuir substancialmente o tempo necessário para um diagnóstico preciso, e também será apropriado para mulheres mais jovens, para as quais a mamografia de raios X geralmente não tem um bom desempenho.
Outra grande vantagem é que o aparelho não usará radiação e nem meios de contraste, que apresentam riscos potenciais, e não causará qualquer dor para a mulher.
"As imagens das duas técnicas serão combinadas. Isto irá resultar em informação tridimensional simultânea sobre o contraste óptico específico da doença, bem como sobre as propriedades do ultrassom, que fornecem informação anatômica dentro da mama. Além disso queremos fazer isso combinando as imagens em tempo real," disse o professor Srirang Manohar, responsável pelo projeto
A União Europeia acaba de conceder um financiamento equivalente a R$15 milhões para a construção do protótipo do aparelho, que os pesquisadores esperam colocar no mercado em quatro anos.
Diário da Saúde

Ervas da Medicina Tradicional Chinesa contra Alzheimer

Saber milenar
Com diversos estudos confirmando a eficácia real de vários tratamentos da Medicina Tradicional Chinesa, uma equipe de pesquisadores da China e da Austrália decidiu ir buscar na fonte informações que possam ajudar a tratar uma doença crescente e para a qual a medicina ocidental ainda não tem tratamentos: a doença de Alzheimer.
Também já se sabia que o chá verde protege contra Alzheimer e câncer - milenarmente usado no oriente, hoje o chá verde já se tornou de uso diário também no ocidente.[Imagem: Wikimedia]
Para isso, Charlie Xue e seus colegas fizeram uma pesquisa extensiva na "Enciclopédia da Medicina Tradicional Chinesa", que reúne textos clássicos e lista milhares de doenças, sintomas e as plantas usadas em seus tratamentos - não é uma enciclopédia no sentido editorial, mas um conjunto disperso de manuscritos históricos.
Foram encontradas 1498 citações de demência e problemas de memória associados à idade, semelhantes aos associados à doença de Alzheimer, em 277 manuscritos e livros escritos a partir do ano 363 D.C.
E, esta é a melhor notícia, foram encontrados vários ingredientes à base de plantas utilizadas há séculos para tratar essa perda de memória.
Plantas medicinais para Alzheimer
Os pesquisadores pegaram cinco das plantas medicinais identificadas e realizaram estudos experimentais que confirmaram que elas têm atividade biológica relevante para a doença de Alzheimer.
Embora as intervenções variem em nomenclatura, "cinco espécies aparecem consistentemente como ingredientes em múltiplas fórmulas para problemas de memória ligados à idade":
  • Poria cocos (Fu ling)
  • Polygala tenuifolia (Yuan zhi)
  • Rehmannia glutinosa (Sheng di huang)
  • Panax ginseng
  • Acorus (Shi chang pu)
Estes resultados iniciais acabam de ser publicados em um artigo na revista científica The Journal of Alternative and Complementary Medicine (DOI: 10.1089/acm.2016.0070), dando informações a outros pesquisadores para que esses compostos possam começar a ser utilizados em maior escala e melhor pesquisados em busca de tratamentos para Alzheimer.a

Presidente Michel Temer chega ao Japão

A visita é uma oportunidade para a renovação do interesse do Brasil e do Japão na ampliação dos fluxos bilaterais de comércio

Foto: Beto Barata/PR

Presidente Michel Temer chega a Tóquio, no Japão
O presidente da República, Michel Temer, chegou ao Japão nesta segunda-feira (17) para visita oficial de trabalho - terça-feira (18) no horário local.
Em Tóquio, o presidente será recebido pelo Imperador Akihito e terá reunião com o primeiro-ministro Shinzo Abe. Participará, ainda, de encontro com lideranças empresariais nipônicas e de evento com os setores privados do Brasil e do Japão.
A visita dá seguimento ao recente encontro bilateral, à margem da Cúpula do G-20 (Hangzhou, 5 de setembro), entre o presidente Temer e o primeiro-ministro Abe, e indica a prioridade mútua que o Brasil e o Japão atribuem à intensificação de sua parceria estratégica.
"Nossos países mantêm rica agenda de trabalho conjunta, marcada por tradicionais laços de cooperação e fortes vínculos humanos. A visita constituirá oportunidade para a renovação do interesse do Brasil e do Japão na ampliação dos fluxos bilaterais de comércio e investimentos, por meio do aprofundamento da cooperação em ciência, tecnologia e inovação, assim como o estabelecimento de parceria em novas frentes dos setores de infraestrutura, indústria e energias renováveis", divulgou o Itamaraty em nota.
O Brasil e o Japão participam de projetos conjuntos em terceiros países, na América Latina e na África, bem como integram o G-4, ao lado da Índia e da Alemanha, em defesa da ampliação do número de membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU. Juntos se coordenam em questões de interesse global, tais como desenvolvimento sustentável, mudança do clima e desarmamento e não proliferação.
Em 2015, o intercâmbio comercial entre os dois países foi de US$ 9,7 bilhões. Nesse mesmo ano, os investimentos diretos japoneses no Brasil alcançaram US$ 2,8 bilhões.

O círculo virtuoso da colaboração entre universidade e empresa

Pesquisadores do Aché Laboratórios Farmacêuticos e do Centro de Biologia Química de Proteínas Quinases da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) preparam o primeiro artigo a ser publicado em parceria. Eles trabalham juntos em dois projetos de investigação sobre o funcionamento de quinases – enzimas responsáveis pela regulação de diversos processos biológicos do corpo humano –, buscando moléculas que possam modelar sua função e indicar caminhos para o desenvolvimento de novas drogas.
Centro de Biologia Química de Proteínas Quinases (SGC-Unicamp) e Aché Laboratórios investigam moléculas com potencial para o desenvolvimento de fármacos (Foto: Léo Ramos/Revista Pesquisa FAPESP)

A publicação do artigo será o primeiro produto da associação da empresa com o Centro, formalizada no início de 2016. “A meta é identificar um alvo biológico com potencial aplicação terapêutica”, resume Paulo Arruda, pesquisador da Unicamp responsável pelo Centro.
A investigação é feita em formato aberto e consorciado. O Centro integra o Structural Genomics Consortium (SGC), uma parceria público-privada que reúne mais de 400 cientistas de universidades, indústrias farmacêuticas e entidades sem fins lucrativos, envolvidos na descoberta de novos fármacos. Além da Unicamp, o SGC conta com centros em Oxford (Inglaterra), Toronto (Canadá), Carolina do Norte (Estados Unidos), Estocolmo (Suécia) e Frankfurt (Alemanha). “Os avanços obtidos no âmbito do SGC são compartilhados com a comunidade para estudo”, sublinha Arruda.
O SGC Unicamp foi constituído em 2015 no âmbito do Programa Pesquisa em Parceria para Inovação Tecnológica (PITE) da FAPESP. “Operamos como uma mini-indústria farmacêutica: temos equipe qualificada, alvo, infraestrutura para biologia estrutural e ensaios celulares e biblioteca de moléculas”, descreve Arruda.
“Já temos 60 quinases clonadas e em fase de purificação”, detalha Arruda. Esse número é significativo e as perspectivas promissoras: das 500 quinases identificadas no genoma humano, apenas 40 foram bem estudadas e já resultaram em 31 medicamentos, a maior parte deles utilizados no tratamento de câncer.
Recentemente, o SGC-Unicamp firmou parceria com o AC Camargo Cancer Center com o objetivo de identificar quinases candidatas a alvo. “Teremos um pós-doutorado dedicado a essa investigação e, também nesse caso, seguiremos o modelo de ciência aberta”, afirma Arruda.
Os centros SGC em Oxford, Frankfurt e da Carolina do Norte trabalham em parceria com o da Unicamp para desenvolver, num prazo de cinco anos, sondas químicas para 27 quinases. Sondas químicas são pequenas moléculas que se ligam com especificidade a uma determinada quinase, modulando ou silenciando sua função. São disponibilizadas pelas indústrias parceiras – entre elas a GlaxoSmithKline, Novartis, Bayer e Pfizer – e utilizadas para o entendimento da biologia de proteínas-alvo e para avaliar as consequências da inibição dessas proteínas em células e tecidos.
O Aché é o primeiro laboratório brasileiro a integrar o SGC. “O Aché entrega essas sondas químicas para que pesquisadores do SGC testem a modulação das quinases em diversos ensaios. Essas sondas são uma espécie de chave e o alvo biológico – as quinases, no caso –, a fechadura. Precisamos encontrar uma chave específica para cada fechadura”, diz Cristiano Guimarães, diretor da Área de Inovação Radical do laboratório farmacêutico.
A validação de uma “chave” é o primeiro passo para o desenvolvimento de um fármaco. Até chegar ao novo medicamento é exigida, ainda, uma série de testes pré-clínicos e clínicos em humanos para atestar sua eficácia e segurança. Esses testes, aí sim, são realizados de forma proprietária pelas indústrias. “Quando se chega a um candidato a fármaco, entra em cena um empreendedor e a molécula é apropriada”, diz Arruda.
“Quando Aled Edwards, CEO do SGC, e Paulo Arruda nos mostraram a oportunidade de associar a Unicamp ao SGC foi fácil ver que havia ali enorme potencial para pesquisa avançada na interface empresa-universidade e num modelo radicalmente novo de ciência aberta. Ficamos especialmente satisfeitos quando a Aché, reconhecendo os benefícios possíveis, se juntou ao grupo de empresas associadas ao Centro, demonstrando visão de futuro e estratégia inovadora”, afirmou Carlos Henrique de Brito Cruz, diretor científico da FAPESP.
“Para a indústria, participar desse processo é importante, já que pela primeira vez ela terá acesso ao que ocorre nessa fase fundamental da pesquisa; para os pesquisadores na academia, é a chance de utilizar uma molécula em primeira mão”, completa o responsável pelo SGC-Unicamp.
Edwards, CEO do SGC, reconhece esse círculo virtuoso de colaboração adotado na fase pré-competitiva na relação do SGC Unicamp com o Aché. “A equipe do SGC em Campinas beneficia-se da oportunidade de trabalhar com os excelentes químicos do Aché que, por sua vez, aprendem sobre o desenvolvimento de fármacos orientado pela estrutura tridimensional da quinase. Ao final do projeto, beneficia-se também o domínio público, já que o laboratório compartilhará o conhecimento de um composto valioso, sem restrições”, ele afirma. E acrescenta: “Essa forma de parceria está disponível para qualquer empresa disposta a comprometer-se com a ciência aberta.”
Claudia Izique  |  Agência FAPESP

Ministério da Saúde vai financiar mais 1 mil bolsas de residência

Instituições interessadas em expandir as vagas de residência devem enviar proposta até final de novembro
Profissionais de saúde terão mais oportunidades de especialização. O Ministério da Saúde vai financiar mais 1 mil novas vagas de residência, sendo 400 de residência médica e 600 de residência em área profissional da saúde (ênfase nas residências multiprofissionais). A expansão será feita por meio do Pro-Residência, programa que incentiva a formação de especialistas por meio do financiamento de bolsas. As instituições interessadas podem enviar proposta a partir desta segunda-feira (17) por meio do Sistema de Informações Gerenciais do Pró-Residência (Sigresidência), no endereço http://sigresidencias.saude.gov.br.

O prazo para envio de propostas de expansão vai até o dia 30 de novembro deste ano. Podem concorrer aos editais instituições públicas estaduais, municipais e do Distrito Federal, e instituições privadas sem fins lucrativos, exceto as instituições federais vinculadas ao Ministério da Educação (MEC) e instituições privadas com fins lucrativos. O financiamento das bolsas poderá ser solicitado tanto para vagas novas, decorrentes da criação de novo programa de residência, quanto para vagas novas decorrentes da expansão de programa existente em situação regular junto à Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM).
Uma novidade dos dois editais é a priorização de propostas de programas de residência que considerem as necessidades do Sistema Único de Saúde (SUS) para responder demandas decorrentes da “tríplice epidemia” – Zika, dengue e chikungunya – e do cuidado às pessoas com microcefalia. Na análise das propostas, os programas de residência em regiões com maior concentração de casos da doença, segundo dados estatísticos referenciais, terão prioridade. As regiões beneficiadas pela inclusão deste critério são Nordeste, Norte e Centro-Oeste Centro-Oeste, nesta ordem de prioridade.
Outro critério constante nos editais a ser usado na concessão das bolsas é a área de especialização. No caso de programas de residência médica, serão priorizadas as especialidades de maior relevância para o SUS, como Clínica Médica, Ginecologia e obstetrícia, Neurocirurgia, Pediatria, Psiquiatria, entre outras. Já na residência em área profissional da saúde, serão priorizadas áreas de concentração como a Atenção Básica/Saúde da Família, Atenção Clínica Especializada com ênfase em Infectologia, Enfermagem obstétrica, Neonatologia, Reabilitação, Vigilância em Saúde, etc.
MAIS MÉDICOS – Os profissionais brasileiros formados no exterior selecionados no atual edital de reposição do Programa Mais Médicos devem confirmar a participação no módulo de acolhimento até a próxima quarta-feira (19). Esses profissionais foram alocados nas 217 vagas remanescentes da fase anterior, localizadas em 169 cidades.
Esse edital de reposição, lançado em julho, já selecionou, em uma primeira fase, brasileiros com registro no país, e agora está no processo de chamamento de futuros intercambistas brasileiros (com diploma estrangeiro) para as vagas restantes. Esses profissionais passarão por um processo de avaliação e treinamento, e devem iniciar as atividades a partir do dia 28 de novembro.
Criado em 2013, o Programa Mais Médicos ampliou a assistência na Atenção Básica fixando médicos nas regiões com carência de profissionais. O programa conta com 18.240 médicos em mais de 4 mil municípios e 34 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI), levando assistência para cerca de 63 milhões de pessoas.
Além do provimento emergencial de médicos, a iniciativa prevê ações voltadas à infraestrutura e expansão da formação médica no país. No eixo de infraestrutura, o governo federal está investindo na expansão da rede de saúde, com foco em unidades básicas e UPAs. Já as medidas relativas à expansão e reestruturação da formação médica no país, que compõem o terceiro eixo do programa, preveem a ampliação das vagas de graduação e residência.
Por Priscila Silva, da Agência Saúde 

Deputados pedem mudanças na área de saúde e na carreira médica

Antonio Augusto / Câmara dos Deputados
Médicos participaram da sessão solene no Plenário da Câmara

Durante sessão solene em homenagem ao Dia do Médico (18 de outubro), deputados criticaram o atual sistema de saúde e pediram mudanças em vários setores.
Autor do requerimento para a homenagem, Izalci (PSDB-DF) defendeu a criação de carreira de Estado para esses profissionais e criticou o programa Mais Médicos.
Segundo ele, o programa “financia a ditadura cubana". O deputado criticou ainda o atendimento, pela rede pública, à população do Distrito Federal
Hiran Gonçalves (PR-RR), que é oftalmologista, apontou a necessidade de debater o Sistema Único de Saúde (SUS). “O SUS não é igual para todos, não dá para fazer medicina como está previsto na Constituição, o dinheiro não é suficiente.”
O deputado criticou proposta de formação de peritos em áreas da saúde, como fisioterapia, terapia ocupacional e psicologia, que, segundo ele, são privativas de médicos.  
Em mensagem enviada à sessão, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, disse que os médicos se submetem a condições de trabalho estressantes e enfrentam precariedades, como falta de material. “Esses profissionais se dedicam anos na faculdade, fazem residência, em alguns casos trabalham em jornada dupla para compensar os baixos salários, e ainda assim se devotam integralmente aos seus pacientes”, elogiou

Reportagem - João Vitor Silva
Edição - Rosalva Nunes

Ministério da Saúde habilita novos serviços no Ceará

A secretária de Gestão Estratégica e Participativa do Ministério da Saúde, Gerlane Baccarin, assina nesta terça-feira (18), às 10 horas, portarias de habilitação de novos serviços de saúde para o estado do Ceará, na Secretaria de Estado da Saúde, em Fortaleza/CE. Os credenciamentos permitirão a destinação de mais recursos para a ampliação dos atendimentos de média e alta complexidade realizados no estado.
A liberação dos recursos e expansão dos serviços são resultados das medidas de gestão adotadas pelo Ministério da Saúde nos primeiros 100 dias de governo e que levaram a uma economia de R$ 1 bilhão. Esse valor está sendo realocado na melhoria da saúde para a população.
Assinatura de portarias de novos serviços no Ceará
Data: 18 de outubro (terça-feira)
Horário: 10 horas
Local: Auditório Waldir Arcoverde, da Secretaria de Estado da Saúde – Avenida Almirante Barroso, 600 – Praia de Iracema, Fortaleza/CE

Assessor em viagem: Sócrates Bastos

Workshop sobre o Controle de Vetores da OMS, em Genebra, Suíça

MIRTHA SUSANA YAMADA TANAKA, Especialista em Regulação e Vigilância Sanitária, da ANVISA, participará do Workshop sobre o Controle de Vetores da OMS, em Genebra, Suíça, no período de 24/10 a 30/10, incluído o trânsito.

VI Reunião do Grupo de Trabalho Regional de Regulação Dispositivos Médicos e VIII Conferência Panamericana para Harmonização de Regulamentação Farmacêutica (CPARF), em Cidade do México, México

MÁRCIA CRISTINA DE MORAES REIS RIBEIRO, Especialista em Regulação e Vigilância Sanitária, da ANVISA, com a finalidade de participar da VI Reunião do Grupo de Trabalho Regional de Regulação Dispositivos Médicos e VIII Conferência Panamericana para Harmonização de Regulamentação Farmacêutica (CPARF), em Cidade do México, México, no período de 17/10 a 22/10, incluído o trânsito.

Estratégia de Vigilância e Controle das Arboviroses, promovido pela OPAS/OMS, em Havana - Cuba

EDUARDO HAGE CARMO, Diretor do Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis, da Secretaria de Vigilância em Saúde, do MS,  participará de Reunião Regional para Estratégia de Vigilância e Controle das Arboviroses, promovido pela OPAS/OMS, em Havana - Cuba, no período de 18 a 23 de outubro de 2016, inclusive trânsito.

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