Ex-ministro ressalta criação do Mais Médicos, que levou profissionais às regiões mais carentes, além da ampliação do acesso a medicamentos e introdução da vacina contra o HPV
Leia em anexo o discurso de despedida do Ministro Padilha
O ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha transmitiu o cargo nesta segunda-feira (3) ao novo titular da pasta, o médico Arthur Chioro. Em seu discurso, Padilha fez um balanço das ações desenvolvidas durante os três anos à frente do Ministério da Saúde, com destaque para o Programa Mais Médicos, lançado no ano passado com objetivo de ampliar o número de profissionais nas regiões mais carentes e que já conta com mais de 6,6 mil médicos em atuação, além do maior acesso a medicamentos no Sistema Único de Saúde (SUS) e a recente introdução da vacina contra HPV.
“O Mais Médicos é o ato mais corajoso tomado por um Presidente da República para resgatar o compromisso com a Saúde de quem mais precisa. Neste mês de fevereiro, já vamos chegar a mais de nove mil profissionais do programa Mais Médicos. Até o final de março, serão 13 mil”, afirmou Alexandre Padilha, que fez agradecimentos à presidenta Dilma Rousseff e ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Além do Mais Médicos, o ex-ministro ressaltou outros avanços direcionados à atenção básica, com o investimento de mais de 15% do orçamento da pasta nesta área de assistência, o que permitiu a expansão do Brasil Sorridente, por exemplo. Voltado à atenção em saúde bucal, a iniciativa já atinge quase 80 milhões de brasileiros.
“Pela primeira vez, os municípios puderam obter recursos do governo federal para estruturar suas unidades básicas de saúde. Também criamos o Melhor em Casa, que leva cuidado em casa aos pacientes do SUS. Criamos novos sistemas de gestão e começamos a levar banda larga às unidades básicas. Reforçamos, como nunca, o Brasil Sorridente e a política de promoção de atividade física e hábitos alimentares saudáveis”, declarou Padilha.
INCLUSÃO DE TECNOLOGIA – O ingresso do Ministério da Saúde no Conselho Nacional de Política Industrial, que possibilitou a ampliação de parcerias para o desenvolvimento de tecnologias na área da saúde, além da introdução da campanha de vacinação em 2014 contra o vírus do HPV, também foi citado durante a cerimônia por Padilha.
“Nestes três anos, mostramos que o Ministério da Saúde é capaz, sim, de coordenar uma política industrial, talvez a mais inovadora de todas neste período, que garante segurança aos pacientes, economia para as famílias, empregos de alta tecnologia e, sobretudo, sustentabilidade para nossos passos no futuro”, declarou.
Padilha destacou também do aumento na distribuição de remédios de graça para hipertensão, diabetes e asma no programa Farmácia Popular, além da redução de internações por estas causas. O ex-ministro comentou sobre as ações desenvolvidas em outras áreas importantes, como as redes de urgência e emergência, câncer, saúde mental, além de comemorar indicadores importantes conquistados durante sua gestão, como a redução dos casos de malária e os óbitos da dengue.
A modernização do SAMU 192, a criação da Força Nacional do SUS, o controle da Tuberculose, o compromisso com a eliminação da Hanseníase, a redução da mortalidade infantil e o combate à Aids, com a nova estratégia de diagnostico rápido e tratamento precoces, também foram apontadas pelo ex-ministro como essenciais para o avanço da saúde no país.
MUDANÇA – Nesta segunda-feira, durante o discurso da posse do novo ministro da Saúde, Arthur Chioro, a presidente Dilma Rousseff explicou que a mudança de ministros faz parte do calendário democrático e são inevitáveis, uma vez que alguns ministros optaram por concorrer a cargos eletivos nas eleições de outubro.
No entanto, a presidente ressaltou que as mudanças não alteram a linha de atuação do governo. No discurso de agradecimento ao médico Alexandre Padilha pelo tempo em que ficou à frente do Ministério da Saúde, a presidente agradeceu pelo trabalho frente da pasta e relembrou alguns programas implantados.
“O grande destaque mesmo desses programas é o Programa Mais Médicos que tem o papel fundamental de resgatar a essência do Sistema Único de Saúde (SUS) desde sua concepção e criação pela Constituição de 1988, principalmente na oferta de garantia de saúde e tratamento humanizado a todos os brasileiros”, ressaltou a presidente.
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