Destaques

sábado, 24 de maio de 2014

Seguridade aprova proposta de regulamento para ouvidorias do SUS

A Comissão de Seguridade Social e Família aprovou na quarta-feira (21) proposta que regulamenta o funcionamento de ouvidorias do Sistema Único de Saúde (SUS) em todo o País.

Dr. Rosinha alterou o projeto após consultar  gestores do SUS.







O texto aprovado é um substitutivo do relator, deputado Dr. Rosinha (PT-PR), para o Projeto de Lei 5028/13, do deputado Décio Lima (PT-SC), que pretende criar um número único, o 222, para todas as ouvidorias.

Rosinha afirmou que optou por um novo texto depois de consultar gestores do SUS sobre o tema das ouvidorias. “Recebemos um estudo realizado pela assessoria jurídica da Comissão Intergestores Tripartite (CIT) que, em síntese, sugere que a lei federal defina normas gerais a respeito das ouvidorias do SUS”, disse o relator.

Ele descartou o uso do número 222, optando pelo 136. “Uma vez que já existe o serviço Disque-Saúde 136, em uso desde 2011, a lei definiria as normas gerais para a implantação e funcionamento das ouvidorias do SUS, visando à harmonização desse serviço a todos os cidadãos do País”, sustentou.

Sistema nacional


Pelo texto aprovado, os serviços de ouvidoria do SUS devem ser estruturados nas administrações federal, estadual, distrital e municipal de forma a compor o Sistema Nacional de Ouvidoria. Esses serviços deverão facilitar a participação do usuário do SUS no processo de avaliação permanente dos serviços de saúde, por meio de sugestões, denúncias, reclamações e opiniões.

Entre as competências do Sistema Nacional de Ouvidoria do SUS previstas no texto estão:– apurar permanentemente as necessidades e interesses do usuário;– detectar, por procedimentos de ouvidoria ativa e direta, a avaliação dos serviços de saúde;

– encaminhar as denúncias aos órgãos competentes para as providências necessárias.

Em relação ao funcionamento dos serviços de ouvidoria, o substitutivo determina o zelo por agilidade e qualidade nas repostas às demandas do usuário, objetividade e imparcialidade no tratamento das informações, além do direito ao anonimato nas denúncias recebidas pela Ouvidoria.

Pelo texto, integram o Sistema Nacional de Ouvidoria do SUS entidades privadas, conveniadas ou contratadas que participam de forma complementar do SUS.

Tramitação

O projeto, que tramita em caráter conclusivo, já foi aprovado pela Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática e ainda será analisado pelas comissões de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.
Íntegra da proposta:

§  PL-5028/2013

Reportagem – Murilo Souza
Edição – Marcos Rossi

Agência Câmara Notícias

Operação Medicaro Combate Fraude em Aquisição de Medicamentos

Ação é resultado da investigação de esquema de fornecimento de orçamentos falsos, destinados à instrução de processos judiciais

Polícia Federal cumpriu nesta sexta (23) três mandados de busca e apreensão em farmácias de Santa Maria-RS. A ação é resultado da investigação de um esquema de fornecimento de orçamentos falsos, destinados à instrução de processos judiciais movidos contra o estado do Rio Grande do Sul e a União. Os orçamentos tinham o objetivo de obter medicamentos por via judicial. As diligências buscaram, em especial, documentos que comprovem estas fraudes.

Para solicitar os remédios, a Justiça exige que o requerente junte ao processo três orçamentos de farmácias diferentes. O juiz, então, determina que o estado ou a União, conforme o caso, adquira o medicamento da farmácia que oferece o menor preço. Ao fazer a defesa em tais processos, a Procuradoria-Geral do Estado (PGE) verificou que determinadas farmácias constituem grupos que apresentam diversos orçamentos, visando anular a concorrência. A PGE, assim, encaminhou essas informações à Polícia Federal para investigação.

A partir da análise de aproximadamente 50 processos judiciais, a Polícia Federal, com o apoio da Brigada Militar, identificou a existência de cinco grupos de farmácias. A investigação revelou que um único estabelecimento fornecia os três orçamentos, inviabilizando, assim, a aquisição dos produtos demandados por preços menores. Há também casos em que o medicamento tem seu valor majorado quando a farmácia é informada de que o produto será adquirido pelo estado ou pela União.

A manipulação dos orçamentos favorece os grupos que adotam essa prática, gerando grandes prejuízos aos cofres públicos. Os responsáveis pela emissão dos orçamentos falsos poderão ser indiciados pelos crimes de falsidade ideológica e associação criminosa.

Fonte:
Polícia Federal

AGU sugere aperfeiçoamento jurídico em direito à saúde

GESTÃO EM SAÚDE
Dentre as propostas, estão a proibição de acesso a medicamentos sem registro e priorização ao atendimento do Sistema Único de Saúde

As sugestões enviadas pelo Advocacia-Geral da União (AGU) para o aperfeiçoamento da prestação jurisdicional em termos de direito à saúde foram acatadas pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para integrar os Enunciados à Saúde Pública, apresentados durante a I Jornada de Direito da Saúde, realizada na última semana, em São Paulo. Dentre as propostas da AGU, estão a proibição de acesso a medicamentos sem registro e quanto ao atendimento ao Sistema Único de Saúde (SUS).

Os advogados da Procuradoria-Regional da União da 4ª Região (PRU) propuseram diversas medidas relacionadas aos problemas inerentes à judicialização da saúde. O evento debateu o assunto e, com base nas sugestões da AGU e de outros órgãos, apresentou enunciados interpretativos sobre o direito à saúde. Embora os enunciados não tenham efeito vinculante, são material de orientação e podem ser utilizados nas fundamentações das decisões e nas peças judiciais.

A equipe da Coordenação de Medicamentos da PRU4 reuniu-se por diversas ocasiões com Consultoria Jurídica do Ministério da Saúde com a finalidade de propor medidas para o aperfeiçoamento da prestação jurisdicional em termos de direito à saúde. 

Dentre as posições defendidas pela AGU presentes nos enunciados destacam-se o descabimento do deferimento de medicamentos sem registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária ou experimentais, a necessidade de observância, além de outros enunciados que priorizam o atendimento do SUS, bem como a repartição de atribuições administrativas entre os entes federativos.

O evento faz parte das ações do Fórum Nacional do Judiciário para a Saúde, criado em 2010 pelo CNJ para o monitoramento e a resolução das demandas de assistência à saúde. A iniciativa foi idealizada após se observar o elevado número e a ampla diversidade dos litígios referentes ao acesso à saúde, bem como do forte impacto nos gastos públicos.

Fonte: 

sexta-feira, 23 de maio de 2014

Workshop


27 de maio - Resíduos Industriais Farmacêuticos é tema de simpósio com participação do Deputado Carlos Minc

Resíduos Industriais Farmacêuticos é tema de simpósio do Vital Brazil

No dia 27 de maio, o Instituto Vital Brazil realiza a terceira edição do Simpósio de Resíduos Industriais Farmacêuticos. O tema desse ano é “A Consolidação da Gestão Ambiental nas Indústrias Farmacêuticas”. O simpósio tem como objetivo discutir a gestão ambiental no setor farmacêutico e em toda área de saúde. O evento é gratuito e conta com a participação do Deputado Carlos Minc como um dos palestrantes do dia. O Simpósio acontece no auditório da Dirigentes Lojistas (CDL) de Niterói, a partir das 8h30.
O encontro reúne profissionais das áreas de saúde e ambiental e estudantes em debates sobre a rotina das organizações farmacêuticas, conceitos técnicos relacionados às legislações e ações desenvolvidas no gerenciamento de resíduos sólidos de saúde. “Compartilhar experiências fortalece o engajamento das indústrias da área de saúde, em especial do setor farmacêutico, na adequação de processos e rotinas de modo a atender a legislação vigente. Além disso, ajuda a propagar o conceito de responsabilidade socioambiental”, disse Paulo Bravo, Diretor Administrativo do Instituto e coordenador do evento.

As inscrições já estão abertas. Basta preencher o formulário na página www.vitalbrazil.rj.gov.br. A Câmara de Dirigentes Lojistas fica na Rua General Andrade Neves, 31, Centro.

O Instituto Vital Brazil (www.vitalbrazil.rj.gov.br) é uma empresa de ciência e tecnologia do Governo do Estado do Rio de Janeiro ligado à Secretaria de Estado de Saúde. É um dos 21 laboratórios oficiais brasileiros, um dos quatro fornecedores de soros contra o veneno de animais peçonhentos e produtor de medicamentos estratégicos para o Ministério da Saúde. Fica sediado na Rua Maestro José Botelho, 64, Vital Brazil, em Niterói. 




terça-feira, 20 de maio de 2014

Fortalecer a cadeia de valor da saúde


Patricia Marrone[1]
O setor de materiais e equipamentos médicos e diagnóstico in Vitro, também conhecido como indústria de “produtos para saúde” é um dos mais dinâmicos. A receita de vendas dessa indústria em todo o mundo foi estimada em cerca de US$250 bilhões de dólares, com crescimento anual perto 6%. O Brasil é o segundo maior mercado entre os países emergentes e consome US$12 bilhões desses produtos ou 5% da demanda mundial. O mercado brasileiro cresce à taxa de 10% ao ano!
Mas o pleno aproveitamento do potencial desse mercado no Brasil não está ocorrendo. As compras do Sistema Único de Saúde (SUS) respondem por 35% a 65% do mercado, dependendo do produto. E a má gestão diminuiu o ritmo das compras, além de acarretar enormes desperdícios ao sistema.

O Relatório Sistêmico de Fiscalização da Saúde, do Tribunal de Contas da União (TCU), divulgado em março de 2014 trouxe fortes evidências de grande desorganização no fluxo de pacientes, equipamentos e insumos entre as redes de atenção básica, hospitalar, emergências e UTIs.

A superlotação dos leitos de internação foi verificada entre os 114 hospitais visitados. E há mais problemas: superlotação das principais emergências hospitalares, com pacientes atendidos ou internados nos corredores das unidades, em macas ou aguardando a realização de cirurgia, quartos com número de pacientes acima do planejado e a permanência de pacientes em leitos após a alta médica. A principal causa da superlotação das emergências apontada foi a baixa resolutividade da atenção básica, que leva a população a buscar atendimento nos hospitais.  A dificuldade de acesso a consultas ambulatoriais com especialistas, exames de diagnóstico e cirurgias eletivas desvia os pacientes para o atendimento de emergência.

O TCU entendeu que se a atenção básica cumprisse suas funções na Rede de Atenção à Saúde (ser base, ser resolutiva, coordenar o cuidado e ordenar as redes), a demanda por atendimentos nas emergências hospitalares seria menor e, consequentemente, o custo para o Sistema Único de Saúde também seria reduzido. A falta de vagas em leitos de UTI no  SUS também foi observada na maioria dos 116 hospitais visitados e decorre da inexistência dessas unidades, da falta de profissionais ou equipamentos e da gestão/regulação inadequada dos leitos existentes.

O relatório também mostrou a assustadora dimensão da insuficiência de medicamentos e insumos e falta de infraestrutura física, de manutenção de equipamentos e da má administração operacional dos estoques de materiais.  Nesse sentido, a restrição na realização de procedimentos devido à falta de insumos e a utilização de medicamentos e insumos de alto custo para substituir materiais de baixo custo, que se encontravam em falta na unidade, foram verificados. Falhas no processo de licitação e compras foram os motivos mais apontados pelos gestores de hospitais entrevistados para essas ocorrências. O desperdício de medicamentos e insumos foi confirmado em 39% das unidades visitadas. A carência de instrumentos de gestão na área de medicamentos e insumos foi levantada por 53% e a falta de instrumentos e mobiliários básicos foi relatada em 48% dos casos.

Mas, como organizar esse sistema caótico? Ajustes radicais na gestão deverão ser feitos através do fortalecimento da cadeia de valor de saúde. Com esses ajustes, fabricantes de produtos farmacêuticos, materiais, insumos e equipamentos médico-hospitalares, distribuidores, hospitais e farmácias poderiam diminuir os seus estoques, reduzir custos e ainda prover informações necessárias para o avanço tecnológico e aumento do valor adicionado dos produtos fabricados no Brasil.

Um estudo da consultoria McKinsey, intitulado “Fortalecendo a cadeia de suprimentos da saúde” e dois livros de Lawton R. Burns, da famosa escola de negócios Wharton, mostram a importância da informatização nos pontos de uso do sistema de saúde para o melhor planejamento. Apontam também para a importância da definição de padrões comuns de classificação de produtos e processos nesse setor, para que a partir das informações sobre o uso dos produtos possam ser feitas estatísticas e o planejamento operacional. A colaboração entre os integrantes dos elos da cadeia também seria fundamental para o sucesso desse plano.

[1] Economista e sócia da Websetorial, consultoria econômica e de política industrial para entidades de classe patronais. Atende a ABIIS – Aliança Brasileira da Indústria Inovadora em Saúde. E-mail: pmarrone@websetorial.com.br

Campolina participou de audiência pública na Câmara dos Deputados - laboratório SIRUS, ampliação do Síncroton, reator multipropósito para radiofármacos e na nanotecnologia o navio SISNANO, são prioridades

Ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação apresenta prioridades para 2014

O Ministro de Ciência, Tecnologia e Inovação, Clélio Campolina Diniz, participou na quarta-feira, 14 de maio, de audiência pública na Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática (CCTCI) da Câmara dos Deputados. Ele apresentou o balanço das ações realizadas pelo MCTI em 2013 e as prioridades planejadas para 2014.

O Ministro fez uma breve introdução dizendo que educação, ciência e tecnologia são os elementos estruturantes para o processo inovativo do ponto de vista econômico e social e só através desta combinação o Brasil poderá lograr crescimento econômico com justiça social e sustentabilidade. Para ele, o programa de C&T deve ser orientado para reduzir a defasagem que existe entre o Brasil e as nações mais desenvolvidas, para melhorar a produtividade e a capacidade de competição internacional, e para reduzir as desigualdades regionais do país.

Antes de falar sobre as atividades de C&T no país, o Ministro mostrou qual é a posição do Brasil na ordem global. O Brasil é um país que ocupa 6% da área geográfica do mundo, tem 2,8% da população mundial, seu PIB subiu para 2,1% do PIB mundial, suas exportações representam 1% das exportações totais mundiais. Apesar de ainda representar um montante pequeno do peso global, o Brasil vem avançando e apresenta grande potencial para se destacar no cenário global, e por isto tem participado da concertação da ordem global.

Outro indicador importante para o Brasil que mostra o avanço que vem alcançando é que no ano 2000 o País ocupava a 12a posição da produção industrial do mundo. Em 2010 passou para a 6a posição, ou seja subiu de 1,7 para 2,8 da produção industrial do mundo.

O Brasil está com menos de 2% da população de pesquisadores por milhão de habitantes e cerca de 1% em relação ao PIB de gasto com ciência e tecnologia. Os países que estão na fronteira, como Estados Unidos e China, gastam de 3 a 4% do seu PIB em C&T. Para ele, sem um profundo esforço em C&T não há saída adequada para os países que estão em processo de desenvolvimento. Este é um indicador que mostra a dificuldade em que o Brasil ainda se encontra embora esteja avançando.

Desafio regional - Em relação à inserção regional do Brasil, só 27% do comércio internacional é feito entre os países da América Latina, diferentemente da América do Norte onde 50% do comércio internacional é feito entre os países norte-americanos, da Europa (70%) e da Ásia (54%). É o desafio da integração regional como uma condição para melhoria da posição do país em relação à ordem global. É um indicador que mostra a fraqueza do Brasil em relação à integração regional.

Em seu entendimento, há uma janela de oportunidade agora para o Brasil se inserir na fronteira cientifica e tecnológica. Ou se insere nesta fronteira ou perde novamente a corrida. O Brasil tem muitos nichos de modernidade que nos permitem inserir em várias destas fronteiras.

O momento de um novo ciclo tecnológico, com forte complementaridade entre várias dimensões, como a dimensão científica, tecnológica, ambiental e humana, exige maior integração. Esse novo ciclo, entretanto, além de oportunidades, traz também incertezas e riscos. Quem não conseguir se inserir na ordem global vai aumentar a desigualdade e não conseguirá conectá-la com os objetivos sociais e humanos. O ministro ressaltou que C&T tem que estar a serviço da humanidade e não a humanidade a serviço da CT.

Em relação ao dispêndio em C&T no Brasil. Gasta-se relativamente pouco, ou 1,7% do PIB, dado de 2012. Se o Brasil não conseguir aumentar seu gasto em C&T não terá condições de se aproximar da fronteira tecnológica e fazer uma alteração profunda de seu desenvolvimento econômico, social e ambiental e melhorar sua inserção na ordem global.

O orçamento total do MCTI é de 7,2 bilhões , sendo 3,4 do FNDCT e 3, 8 do MCTI. O Ministério tem 31 instituições ligadas a ele., tais como CNPq, Finep, INPE, AEB INPA, entre outras. Estão todas englobadas neste orçamento. É portanto um orçamento limitado para um conjunto de instituições. O programa Ciência sem Fronteiras (CsF) também está inserido neste montante, pois está incluso nos recursos do FNDCT.

Fomento - O ministro destacou as ações de fomento, tais como as bolsas do CNPq e o programa Ciência sem Fronteiras que já enviou 62 mil estudantes para o exterior. Informou sobre os editais que o Ministério publica, tal como edital Universal, os editais dos INCTs, e o Programa Inova Empresa implementado pela Finep e pelo BNDES. Também informou que a Embrapii, que será empresa de apoio à pesquisa e à inovação industrial, já tem três projetos piloto sendo desenvolvidos e que agora o edital está aberto para novos projetos.

Campolina ressaltou que está sendo negociado que um conjunto de infraestrutura compartilhado seja incluído no PAC, tais como recursos para a implantação do laboratório SIRIUS, que será a ampliação do Laboratório Nacional de Luz Síncrotron em Campinas. Para ele, não há como ter suporte à ciência sem uma infraestrutura para C&T estruturante e robusta. O segundo grande investimento é o reator de multipropósito que será uma peça decisiva inclusive na produção de radiofármacos para dar impacto a toda área de diagnóstico e saúde. O Programa de Nanotecnologia, o Sisnano, o navio de pesquisa com a Marinha que está sendo construído na China, entre outros.

Acrescentou ainda a proposta que está sendo construída com a Presidência da República, com o Ministério do Desenvolvimento (MDIC) e com o Ministério da Educação (MEC), que são as Plataformas Científicas e Tecnológicas para elevar o padrão científico e tecnológico brasileiro.

O Ministro reforçou que vários desses programas já têm mostrado resultados significativos. O Programa Inova Empesa, por exemplo, já lançou 12 editais (até março de 2014), sendo que já foram contratados 18 bilhões de reais através da Finep e do BNDES e 23 bilhões estão prontos para contratação. Segundo ele, os resultados ainda serão mais significativos e isto se deve a parceria entre políticas públicas e o setor empresarial.

- Um dos assuntos que está tramitando no Congresso Nacional que o Ministério considera prioridade é a modernização do marco regulatório de ciência, tecnologia e inovação, o PL 2177/2011, o antigo Código de CTI, que está para ser votado no Plenário da Câmara e a PEC 290/2013 que agora está aguardando a apreciação do Senado. No Senado há também o PLS 619/2011, proposição que também trata do Código Nacional de CTI. Essas três proposições constituem o aperfeiçoamento legal que é o arcabouço decisivo para o avanço da CTI e a ponte entre órgãos de fomento e o sistema produtivo empresarial. Esses são mecanismos decisivos para que se dê um salto na área de CT no Brasil.

Em relação ao Regime Diferenciado de Compras - RDC que foi retirado o capítulo do PL 2177 e que neste momento está em discussão e avaliação da Casa, o ministro afirmou que não há grandes divergências político ideológicas sobre a importância da C&T, e por isto está sendo dada sequência às políticas que estavam formatadas, pois já há um amadurecimento. A 4a Conferência Nacional de Ciência e Tecnologia já estabeleceu a estratégia nacional de C&T, a articulação com o setor empresarial, e com os reitores.

Editais - O edital universal já foi lançado com 200 milhões. O edital dos INCTs da nova versão será lançado brevemente. O MCTI e o MEC irão lançar edital conjunto para infraestrutura de pesquisa das universidades, reator de multipropósito e o Sirius e, por fim, o lançamento das plataformas científicas e tecnológicas combinando atividades e setores de fronteira do conhecimento, projetos que sejam de importância estratégica para o desenvolvimento do país e projetos que tenham capacidade de gerar efeitos econômicos e sociais positivos.

O MCTI, MDIC e MEC têm trabalhado de forma conjunta para articular as políticas de ciência, tecnologia, inovação com as políticas de comércio exterior e com as políticas educacionais, para integrar e otimizar os esforços governamentais. Algumas plataformas científicas e tecnológicas serão desenvolvidas com os ministérios setoriais, tal como a Plataforma de C&T para a saúde, a Plataforma de C&T para agricultura, a Plataforma de C&T para as comunicações. Há a intenção também de integrar as políticas federais com as estaduais, de modo a haver complementaridade.

Por fim, o fortalecimento da articulação com o setor empresarial para a promoção da inovação, pois quem inova são as empresas. Para concretizar todas estas propostas, o ministro reforçou que a parceria com o Parlamento é fundamental, pois é quem define regras e leis para a construção de políticas consistentes.

Beatriz Bulhões / Especial para o Jornal da Ciência

TCU apresenta diagnóstico inédito sobre a saúde no Brasil

O Tribunal de Contas da União (TCU) concluiu o relatório sistêmico de fiscalização da saúde, com a compilação dos trabalhos mais relevantes na área, realizados em 2013. Neste trabalho pioneiro, o tribunal avaliou o sistema de saúde brasileiro por meio de indicadores e constatou significativas desigualdades, tanto na comparação do modelo público com o privado, quanto dentro do próprio Sistema Único de Saúde (SUS), quando comparadas as regiões do país e as capitais e o interior.

O número de médicos por mil habitantes nas capitais do País é, em média, de 4,56, enquanto no interior, esse indicador cai para 1,11. Há variações significativas entre os estados brasileiros: no Maranhão, estado com menor número relativo, há 0,71 médico por mil habitantes; já no Distrito Federal, o número sobe para 4,09, um índice comparável ao da Noruega.

No que se refere ao tema da Assistência Hospitalar no SUS, o tribunal realizou amplo diagnóstico em 116 hospitais públicos, que concentram aproximadamente 27.614 leitos (8,6% do total de leitos na rede pública), em todos os estados da Federação. Foram identificados problemas graves, complexos e recorrentes, relacionados a: insuficiência de leitos; superlotação de emergências hospitalares; carência de profissionais de saúde; desigualdade na distribuição de médicos no País; falta de medicamentos e insumos hospitalares; ausência de equipamentos ou equipamentos obsoletos, não instalados ou sem manutenção; inadequada estrutura física; e insuficiência de recursos de tecnologia da informação.

O TCU verificou que 64% dos hospitais visitados apresentam taxa de ocupação da emergência maior do que a capacidade prevista, e em 19% essa situação ocorre com alguma frequência. Em apenas 6% não ocorre essa superlotação.

Ainda foi verificado que em 81% dos hospitais o principal problema é o déficit no quadro de profissionais. Em 63% dos hospitais, a constante falta ao trabalho dos profissionais provoca impactos substanciais na prestação dos serviços.

Além disso, foi apontado que o aumento de demandas judiciais – com o objetivo de garantir o fornecimento de medicamentos e a realização de cirurgias e procedimentos – tem trazido preocupação aos gestores da saúde, nas três esferas administrativas, pois, muitas vezes, essa interferência despreza fluxos e protocolos existentes, impõe a realização de tratamentos extremamente onerosos, e resultam em inversão de prioridades nos gastos com medicamentos, com grave impacto na programação anual de saúde. Na esfera federal, os gastos com medicamentos e insumos para cumprimento de decisões judiciais passaram de R$ 2,5 milhões em 2005 para R$ 266 milhões no ano de 2011.

Fonte(s): Agência TCU

Câmara vai instalar, hoje (20), comissão para analisar redução de impostos sobre remédios

Será instalada nesta terça-feira (20), às 14h30, no plenário 16, a comissão especial que analisará as propostas de redução de impostos sobre os medicamentos em tramitação na Câmara. Após a instalação, deverão ser eleitos o presidente e os vice-presidentes do colegiado.

A criação da comissão foi anunciada em fevereiro pelo presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves, durante ato da Frente Parlamentar para a Desoneração de Medicamentos, que entregou 2.620 milhões de assinaturas em apoio à medida.

O abaixo-assinado foi organizado pela Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma) em parceria com a Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma). De acordo com as duas instituições, atualmente, a carga tributária de remédios está em 33,9%, o que representa mais de um terço do preço final pago pelo consumidor.

Proposta
Uma das propostas em análise na Câmara é a de emenda à Constituição (PEC) 301/13, do deputado Francisco Chagas (PT-SP), que extingue os impostos sobre produtos farmacêuticos e os insumos utilizados em sua produção e comercialização.

A comissão especial para analisar a PEC foi criada no ano passado, mas ainda não foi instalada.
Da Redação – DC

'Agência Câmara Notícias'

segunda-feira, 19 de maio de 2014

Governo Federal estimula inovação tecnológica em saúde. Fórum sobre o tema ocorre dia 5 no Senado

Governo Federal estimula inovação tecnológica

A inovação tecnógica como elemento chave para o crescimento, a competitividade e o desenvolvimento econômico e social do país. Nos últimos anos, o Governo Federal tem fomentado a inovação, por meio de programas que vão de encontro ao crescimento econômico e ao desenvolvimento tecnológico, visando à geração de empregos e à agregação de valor e densidade tecnológica às exportações brasileiras. Focados na temática de inovação tecnológica na saúde, representantes do Governo Federal, das Instituições de Pesquisa e Desenvolvimento e da iniciativa privada se reúnem, no dia 5 de junho, durante o VI Fórum Nacional de Inovação Tecnológica na Área de Saúde no Brasil, no Senado Federal, a fim de debater temas como o complexo produtivo no Brasil, o marco regulatório, as pesquisas clínicas e incorporações tecnológicas, o papel estratégico dos laboratórios públicos nacionais, entre outros assuntos.

Serviço: VI Fórum Nacional de Inovação Tecnológica na Área de Saúde no Brasil

Data: 5 de junho, quinta-feira, das 9 às 14h
Local: auditório Antônio Carlos Magalhães do Interlegis - Senado Federal (Brasília/DF)
Realização: Instituto Brasileiro de Ação Responsável
Coordenação: Agência de Integração à Saúde, Meio Ambiente e Desenvolvimento Social do Brasil - Íntegra Brasil - Coordenação técnica MSc. Edilamar G. Teixeira.
Patrocínio: Patrocínio: Sanofi Medely, AstraZeneca e MSD
Instituições parceiras: Congresso Nacional; Ministério da Saúde; Associação de Laboratórios Farmacêuticos Oficiais do Brasil; Agência Íntegra Brasil e Interlegis.

Inscrições gratuitas pelo site www.acaoresponsavel.org.br

II WORKSHOP - para Implantação da Codificação e Rastreabilidade de Medicamentos


A Lei nº 11.903/2009 que determinou o rastreamento da produção e do consumo
de medicamentos, por meio de tecnologia de captura, armazenamento e transmissão 
eletrônica de dados protagonizou na ANVISA a criação do SISTEMA NACIONAL DE 
CONTROLE DE MEDICAMENTOS – SNCM, criado pela RDC 54/2013, envolvendo a 
produção, comercialização, dispensação e a prescrição médica, odontológica e veterinária, 
assim como os demais tipos de movimentação previstos pelos controles sanitários.

O controle deverá ser realizado por meio de sistema de identificação exclusivo dos produtos,
por toda cadeia envolvida, com o emprego de tecnologias de captura,
armazenamento e transmissão eletrônica de dados.

Os medicamentos receberão identificação específica para gestão e rastreabilidade com 
dados completos do: registro sanitário do produto, do fabricante, da apresentação, do 
responsável técnico, da data de fabricação e validade, e, deverão ser interlegíveis por 
todos os atores envolvidos no processo, desde o Laboratório produtor até o usuário; passando
 pela cadeia de logística e pelas unidades de dispensação.

A implantação do SNCM passa pela modernização e atualização do parque industrial 
farmacêutico onde a REDE de laboratórios farmacêuticos produtores oficiais de 
medicamentos está inserida, exercendo papel prioritário no desenvolvimento da 
ciência, da tecnologia e da inovação, produção e distribuição com geração de emprego e 
renda, promovendo saúde para o bem estar do homem, impulsionando o 
desenvolvimento econômico e social além de responder pelo suprimento de produtos 
prioritários e estratégicos para todo o SUS.

O avanço tecnológico preconiza a busca de novas soluções e também o enfrentamento de
 novos desafios na área de infraestrutura industrial de cada Laboratório da REDE. 
No sistema público de produção de medicamentos, tal situação é particularmente grave, 
uma vez que as Instituições não têm autonomia financeira e econômica para atender a
 nova demanda, sendo necessário o desenvolvimento de um conjunto de ações 
técnicas, específicas em cada unidade, para melhor avaliar o investimento requerido.

A cadeia de distribuição de medicamentos da REDE é dependente dos diversos 
sistemas existentes, no SUS. No modelo atual a gestão de rastreabilidade é interrompida
 ao entregar o medicamento no “Centro de Distribuição” indicado pelo Ministério da Saúde 
(Cenadi, Farmácia Popular, SES, SMS, Hospitais, Centros de Saúde, UPAs, dentre tantas 
outras unidades de distribuição e dispensação), com a nova regulamentação os 
Laboratórios precisarão assegurar a rastreabilidade até o usuário.

O governo brasileiro desenvolveu e implementou, nos últimos anos, diversos programas e 
sistemas estimulando a governança logística por meio de várias iniciativas. Crescentes 
esforços, isolados, que infelizmente, pouco sinérgicos, mas que deverão ser 
considerados na estruturação do novo macro planejamento objetivando a rastreabilidade
dos produtos disponibilizados pela REDE de Laboratórios Oficiais para a melhor 
implementação integrada dos procedimentos preconizados pela RDC 54.

As políticas estratégicas desenvolvidas com a implementação do Complexo Industrial da 
Saúde – CIS, eleito como ação prioritária do PAC - Programa Mais Saúde, é responsável 
pelo desenvolvimento da cadeia produtiva nacional, o que inclui a indústria farmacêutica
 e a indústria de equipamentos e de infraestruturas tecnológicas locais, tem proporcionado 
acesso a novas tecnologias aos produtores nacionais, oficiais ou não, também, 
estruturaram mecanismos de fomento dentre outras ações que proporcionarão melhorar
 os diferentes gargalos legais, tributários e financeiros.

Está discussão que afeta a REDE de produção pública de medicamentos deverá compor a 
pauta para viabilizar a implantação das infraestruturas industriais e de gestão dos 
diversos sistemas existentes no âmbito do SUS, passando pelo apoio aos 
investimentos necessários nas empresas para que possam responder à expansão e 
modernização das linhas de produção para agregação e ou transformação de equipamentos
de impressão e controles.

Em sinergia com a implantação dos novos sistemas de identificação e rastreabilidade 
será necessário reestruturar todas embalagens primárias, secundárias e de transporte 
dos medicamentos, o que igualmente exigirá da REDE um grande esforço técnico, regulatório
 e logístico com significativo impacto nos custos de produção dos medicamentos.

Os Programa de Investimento no Complexo Industrial da Saúde (Procis), criado em 2012,
 para fortalecer os produtores públicos e a infraestrutura de produção e inovação em saúde 
do setor, precisarão responder a tais demandas, em prejuízo do desenvolvimento 
tecnológico industrial da atividade principal. Espera-se que os investimentos para a 
qualificação dos laboratórios públicos nacionais sejam redirecionados para a adequação 
das plantas industriais, objetivando o atendimento da RDC.

Dentro deste cenário promovemos o II Workshop para Implantação da Codificação
 e Rastreabilidade de Medicamentos, com a temática de avaliação do cenário atual, 
acesso a novas tecnologias e planejamento estratégico para o cumprimento da RDC objetivando
 a ampliação do debate com transparencia e participação de todos atores envolvidos no processo.

Dada à relevância do tema a REDE de Laboratórios Farmacêuticos Oficiais Produtores 
de Medicamentos, representada pela ALFOB, realizará o II Workshop para Implantação 
da Codificação e Rastreabilidade de Medicamentos, no próximo dia 26 de maio, na Sede 
da ANVISA em Brasília com o apoio institucional dos Laboratórios Oficiais e da ANVISA.

Justificativa
Desenvolver mecanismos que alinhem o empenho e a capacitação dos produtores públicos 
em atender a política, que busca, principalmente, garantir e aumentar o acesso da 
população brasileira a medicamentos seguros com qualidade e eficácia.

Estabelecer, em sinergia com a REDE e as infraestruturas disponíveis na cadeia de distribuição
 do SUS, medidas padronizadas para a implantação do marco preconizado pela Lei 
Nº 11.903/2009, regulamentada pela ANVISA.

Identificar potencias parceiros dispostos a apresentar suas propostas de soluções 
com transparência e confiabilidade, para servir de base ao orçamento e estruturação 
do cronograma de implementação das infraestruturas necessárias ao parque industrial da REDE 
de Laboratórios Públicos Produtores de Medicamentos.

Identificar e ampliar as fontes e recursos para os necessários investimentos para a adequação 
das embalagens e o desenvolvimento tecnológico do sistema de gestão da rastreabilidade.

Avaliar a potencial necessidade de adequar as exigibilidades preconizadas e o cronograma 
de implantação da normativa em função da imprescindível interface com os sistemas de 
gestão logística do SUS.

Estabelecer, em conjunto com todos atores da cadeia de logística e dispensação do 
SUS, mecanismos seguros e eficazes que permitam a implementação da gestão da 
rastreabilidade em toda cadeia desde o Laboratório produtor até o ponto de dispensação  

Objetivo
Promover um espaço para a sensibilização, mobilização e articulação dentro do 
Agencia Reguladora para que o Ministério da Saúde, ANVISA, Produtores, Fornecedores
de Infraestruturas, Instituições envolvidas com Fomento e Tecnologia possam debater o tema e estabelecer as ações subsequentes.

Público Alvo
Organismos do Ministério da Saúde envolvidos na cadeia de aquisição, logística e dispensação
 de medicamentos, através dos diversos programas e esferas descentralizadas do SUS, 
agentes de regulação sanitária, gestores e técnicos dos Laboratórios oficiais 
produtores, fabricantes de sistemas e infraestruturas que proponham soluções integradas, 
técnicos, profissionais de saúde e demais interessados.

Expectativa de Participantes
Presencial: 100 profissionais;
Vídeo Streaming (via Internet): Acesso pela página da ANVISA;

Realização
Associação dos Laboratórios Farmacêuticos Oficiais do Brasil - ALFOB

Coordenação
Mario Sergio Ramalho

Instituições Parceiras
Ministério da Saúde, ANVISA, Laboratórios Produtores, Agência Íntegra Brasil

Local, data e horário
Auditório da ANVISA, - Brasília, dia 26 de maio de 2014 (segunda-feira), das 8h30 às 17h.

Informações
Pelos telefones Tel.: (61) 3323-9501 ou 61 32254456
E-mail: alfob@alfob.org
Blog: alfobbrasil@blogspot.com.br

Inscrições GRATUITAS

Solicitamos o credenciamento prévio.




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