Destaques

sexta-feira, 18 de julho de 2014

Senado Convida, 7 de agosto

cid:image006.jpg@01CE84A1.D72636D0           http://ts4.mm.bing.net/th?id=HN.608027404940545037&pid=1.7          cid:image007.gif@01CE84A1.D72636D0            cid:image008.jpg@01CE84A1.D72636D0          cid:image009.gif@01CE84A1.D72636D0

Convite
Com satisfação convidamos para participar do
I Fórum Nacional de Produtos para a Saúde no Brasil
a acontecer no dia 7 de agosto de 2014 (5ª feira), das 9 às 16 horas no Senado Federal.
No Fórum serão abordados: Cenário Atual e Perspectivas Futuras para ATS de Equipamentos Médicos e Diagnósticos; O Horizonte Tecnológico para o Setor; Políticas de Saúde e Reembolso; Desafios da Inovação e Incorporação aos Sistemas de Saúde; Resultados de Pesquisas sobre Dispositivos Diagnósticos e Terapêuticos; Apresentação do Projeto QALY e; Como Colocar o Paciente no Centro da Decisão.
Patrocínio:
   Logo ABIIS a              LOGO ABIMED 2012  - ALTA RESOLUÇÃO                  logo cbdl curvas
AdvaMed_full logo_color [Converted]                        logo_abraidi (2)
ADESÃO GRATUITA
Necessário credenciamento prévio!


A atividade que segue faz parte do PROGRAMA AÇÃO RESPONSÁVEL, assuntos da agenda prioritária do Governo Federal. Este trabalho é feito com 100 participantes presenciais, videoconferência em tempo real com as Assembleias Legislativas e vídeo streaminig. Participem e Divulguem!

terça-feira, 15 de julho de 2014

Convite III Workshop Alfob - RDC 54/2013

segunda-feira, 14 de julho de 2014

Falta de medicamentos contra TB afeta cidades = A IMPORTÂNCIA ESTRATÉGICA DA REDE DE LABORATÓRIOS FARMACÊUTICOS PÚBLICOS

Da mesma forma como ocorreu no Rio de Janeiro, agora é a vez de São Paulo sofrer com a falta de remédios contra tuberculose que só são distribuídos pela rede pública. Este desabastecimento põe em risco o tratamento dos pacientes. A doença é o tipo infectocontagioso que mais mata no Brasil. O coordenador técnico da área de tecnologia social do Observatório Tuberculose Brasil (OTB/ENSP/Fiocruz), Carlos Basília, ressalta que falta vontade política para que o Brasil passe a produzir o remédio contra a doença. Segundo ele, com a produção nacional, a qualidade dos produtos também ficará resguardada.

No município de São Paulo, o número de casos novos de tuberculose descobertos anualmente varia entre seis e tese mil casos. Morrem cerca de 500 doentes de tuberculose por ano. O país gasta por ano R$ 3,6 milhões com a produção do quatro em um. Por mês, são 2,2 milhões de comprimidos para o combate à tuberculose, cuja incidência é 37 casos por 100 mil habitantes. O medicamento quatro em um reúne quatro princípios ativos em um comprimido e é considerado o mais eficaz pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Porém, para o remédio ser fornecido, o país precisa alterar uma resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Um dos laboratórios com condições de produzi-lo imediatamente, é o Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos) da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Além de Farmanguinhos – que desde 2010 tem um acordo com o laboratório indiano Lupin para a transferência de tecnologia do quatro em um – podem produzir o comprimido o Núcleo de Pesquisa em Medicamentos da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e o Laboratório Químico Farmacêutico do Exército.

Carlos Basilia lembra que, em 2010, o estado do Rio – que tem o maior índice de casos no país – devolveu, por má qualidade, um lote inteiro importado da Índia. “A tuberculose não é uma doença que dá lucro, não há interesse de grandes indústrias, o Brasil acaba refém dos laboratórios, enquanto tem tecnologia para fazer isso aqui.”, afirmou.

De acordo com Alexandre Milagres, médico pneumologista/tisiologista, “sabemos como é péssimo para os pacientes. O desabastecimento gera desconfiança no sistema e, o que é mais importante, prejudica a adesão, pois o discurso de que a medicação não pode ser interrompida cai por terra.”

Segundo Germano Gerhardt Filho, médico pneumologista, presidente da Fundação Ataulpho de Paiva, “ O país mereceria uma política de produção de insumos básicos farmacêuticos. Nós importamos a matéria-prima dos outros países, somos dependentes de países como a Índia e a China. Nós não produzimos a matéria-prima no nosso meio. Essa é uma questão de soberania nacional, essa é uma questão que precisa ser discutida em termos de política de Governo.”

A produção em território nacional do quatro em um é fundamental para dar autonomia ao Brasil no tratamento da doença, defende o coordenador do Programa Nacional de Controle da Tuberculose do Ministério da Saúde, Draurio Barreira. Atualmente, o medicamento é distribuído gratuitamente para cerca de 80 mil pacientes da rede pública. “O mundo inteiro usa, nós usamos [importado], mas não podemos produzir”, disse. “É uma questão burocrática que vem nos prejudicando”.

Dados sobre tuberculose no mundo
- Um terço da população mundial está infectada;
- 5,8 milhões de casos notificados em 2011;
- 80% dos casos em 22 países;
- 1 milhão de mortes por ano (HIV negativo);
- 430 mil óbitos TB/HIV/Aids;
- 630 mil casos de MDR;
- 10 milhões de crianças órfãs como resultado da morte dos pais por TB.

O Brasil compõe a lista dos 22 países que concentram 80% do total da carga de tuberculose no mundo com:
- 70 mil casos novos de TB notificados em 2012;
- Taxa de incidência 35,4 por 100 mil habitantes;
- Cerca de 4,6 mil mortes em 2011;
- 17º país em número de casos entre os 22 países de alta carga;
- 22º país em taxa de incidência, prevalência e mortalidade entre os 22 países de alta carga;
- 4ª causa de mortes por doenças infecciosas;
- 1ª causa de mortes dentre as doenças infecciosas definidas dos pacientes com AIDS.

* Com informações do Observatório Tuberculose Brasil (OTB/ENSP/Fiocruz)


domingo, 13 de julho de 2014

Teste com vacina contra dengue da Sanofi tem resultados promissores

A candidata a vacina contra a dengue mais avançada do mundo, desenvolvida pela farmacêutica francesa Sanofi Pasteur, confirma os resultados promissores em um longo teste de eficácia, publicado nesta sexta-feira na revista médica The Lancet.

Os resultados detalhados do teste de eficácia, conhecido como de fase 3, realizado em cinco países da Ásia com crianças entre os 2 e os 14 anos que receberam três doses da vacina, confirmou uma redução significativa de 56,5% dos casos de dengue.

Uma redução de mais de dois terços (67%) dos riscos de internação na duração do estudo deve ser observada, afirmaram os pesquisadores, assim como a redução consequente (88,5%) dos casos de dengue hemorrágico, forma severa da doença potencialmente mortal, que provoca a cada ano mais de meio milhão de internações (essencialmente de crianças).
A dengue é uma infecção viral transmitida pelo mosquito 'Aedes aegypti'.

O desenvolvimento de uma vacina contra a doença é complexo porque existem quatro subtipos do vírus.

O teste, realizado entre 2011 e 2013 em Indonésia, Malásia, Filipinas, Vietnã e Tailândia, foi realizado com mais de 10 mil crianças, algumas das quais receberam a vacina e outras, um placebo.

Durante o período do estudo, 117 casos de dengue foram registrados no grupo, mais numeroso daqueles que foram vacinados, e 133 no outro grupo, demonstrando uma eficácia de 56,5%.

A proteção, entretanto, varia segundo o subtipo, mais de 75% contra os vírus de tipo 3 e 4, de 50% contra aqueles de tipo 1, mas de 35% contra o vírus de tipo 2.

Em um comentário publicado na revista, o professor Annelies Wilder-Smith, de Cingapura, estima que uma vacina que reduz à metade os casos anuais de dengue representará uma "vantagem importante no campo da saúde pública", sem ser, portanto, uma solução milagrosa.
O acompanhamento dos participantes do estudo se manterá até 2017.
A incidência mundial da dengue avançou de forma espetacular ao curso das últimas décadas, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), que calcula em 100 milhões o número anual de casos de dengue no mundo. Segundo a OMS, atualmente, a metade da população mundial está exposta ao risco da doença.

Os países da Ásia e da América Latina, como o Brasil, são os mais afetados. Mas o mosquito vetor da doença tem se disseminado e a Europa, que já registrou uma série de casos de dengue, não foi poupada.

Um outro teste de eficácia foi conduzido pela Sanofi em cinco países (Brasil, Colômbia, Honduras e Porto Rico) com 20 mil voluntários.

A empresa francesa revelou no fim de abril passado o resultado global do teste asiático, indicando esperar poder comercializar sua vacina em 2015.
Por Por Brigitte CASTELNAU | AFP

Análise de Mídia - REVISTAS

Temas macroeconômicos que têm relação direta com a indústria, inflação e itens que guardam relação com a Copa do Mundo predominam na cobertura das revistas que circulam neste fim de semana.  Expectativas em torno da cúpula dos Brics e a visita do presidente chinês Xi Jinping ao Brasil também aparecem em evidência.

ISTOÉ DINHEIRO aponta  que "o agronegócio já percebeu há muito tempo a importância da China, a economia que mais cresce no mundo há três décadas, para o seu próprio desempenho" e "boa parte do aumento de preço das commodities no mercado internacional deve-se ao apetite dos chineses".

Mesma reportagem detalha que na quarta-feira, 16, enquanto os dois presidentes (Dilma Rousseff e Xi Jinping) se encontram no Palácio do Planalto para a assinatura de cerca de 30 acordos bilaterais, o grupo de empresários chineses e brasileiros se reúne na sede da Confederação Nacional da Indústria (CNI) para tratar das parcerias empresariais. "A indústria brasileira, que já teve a China como inimiga, agora quer fazer negócios. Hoje vemos que não há o que temer, temos que nos comportar como um ator global", afirma à DINHEIRO Carlos Eduardo Abijaodi, diretor de desenvolvimento industrial da CNI.

No mesmo contexto, CARTA CAPITAL assinala que "a indústria da China ataca e o Brasil se defende com commodities". "O problema não é tanto o predomínio das commodities nas vendas brasileiras, ou o dos manufaturados nas da China, mas a quase inexistência de exportações da diversificada indústria nacional. Há uma especialização radical e crescente das pautas, com clara desvantagem para o País", pontua reportagem. Entre 2012 e 2013, lembra, a exportação de aeronaves brasileiras caiu 64,8% enquanto a de automóveis de passageiros chineses aumentou 146,2% no comércio bilateral.

De volta à ISTOÉ DINHEIRO, informação é que os líderes do Brics se reúnem em Fortaleza e Brasília para formalizar a criação de um mini-FMI em busca de ampliar sua influência mundial. Conforme revista, os Brics "dão um passo decisivo para ganhar musculatura econômica". Reportagem relata que um grupo de 602 executivos participa de outro evento, na noite da terça-feira 15, um business networking: "O maior interesse envolveu os grupos que vão discutir projetos em infraestrutura. A Confederação Nacional da Indústria (CNI), que organiza o evento, estima que podem ser fechados negócios num total de R$ 68 milhões. "

ANTONIO DELFIM NETTO, na coluna que assina em CARTA CAPITAL, aborda a criação de um Banco de Desenvolvimento com capital de 100 bilhões de dólares para financiar investimentos nos países dos BRICS. "Não se deve exagerar a importância que o Banco dos BRICS poderá desempenhar nas atividades de fomento do desenvolvimento econômico de cada um dos países do bloco. Sua criação não é uma necessidade premente, uma questão vital, mas faz parte de um processo de confrontação com organismos como o FMI e o Banco Mundial, que têm falhado muito no seu relacionamento com as economias emergentes", adverte.

VEJA também registra o encontro dos Brics e sinaliza que 13 anos depois da formação do bloco, os países que o integram já não têm nenhuma similaridade entre si. "China e Índia continuam crescendo, mas a Rússia está estagnada e o Brasil deve ter um incremento no PIB de apenas 1% neste ano", compara reportagem.

Coluna SEMANA, na ISTOÉ, também destaca o encontro dos cinco presidentes e pontua: "Vai prevalecer na pauta não mais a obrigação de esses países auxiliarem na solução da crise econômica global, mas, isso sim, a criação de estratégias para combinar crescimento com redução das desigualdades sociais". Na mesma nota, registro de que será criado o Banco dos Brics (visa atuar como o Banco Mundial e o FMI) e o Brasil se compromete com US$ 28 bilhões nessa formação.

BRASIL CONFIDENCIAL, na ISTOÉ, registra: "Nos dias que antecederam as reuniões dos Brics, a diplomacia chinesa não se limitou a informar sobre investimentos e projetos para o país. Deixou claro que faz questão de uma pausa para fotografias ao lado de Dilma Rousseff".

Na agenda políticacoluna BRASIL CONFIDENCIAL, informa: "Órgão máximo do patronato brasileiro, aConfederação Nacional da Indústria (CNI) elaborou uma lista de 100 candidatos a vários cargos eletivos, entre deputados, senadores e governadores que terão uma mãozinha financeira do setor na campanha".

Também em BRASIL CONFIDENCIAL: "Com apoio do ex-presidente da Federação das Indústrias do Estado do Ceará Jorge Parente, a Alusa acaba de abocanhar sem licitação contrato de R$ 23 milhões para fazer a iluminação pública da Prefeitura de Fortaleza. A Alusa teve seu nome envolvido em diferentes escândalos em São Paulo e Pernambuco".

Sobre os impactos econômicos da Copa do Mundo e legados do megaevento, reportagem de capa da ISTOÉ DINHEIRO afirma que a Copa do Mundo criou milhares de oportunidades de negócios fora dos gramados e modernizou a infraestrutura. Um estudo da Fipe/USP indica que a Copa movimentou R$ 30 bilhões, o triplo gerado pela Copa das Confederações, pontua: "A parte mais relevante, 88% do valor gerado, veio dos investimentos em infraestrutura, que envolveram R$ 25 bilhões. O mercado de trabalho também se beneficiou.
"Considerando a contratação de temporários e as horas extras pagas, foi gerado o equivalente a 900 mil empregos durante a Copa", diz o economista Wilson Rabahy, responsável pelo estudo.

Também em reportagem de capa, VEJA destaca que, fora de campo, a derrota do Brasil para a Alemanha foi o mais duro golpe no plano de Dilma Rousseff de transformar a competição numa importante bandeira da campanha à reeleição: "Com a divulgação de dados negativos na economia, como a previsão de nova goleada da inflação (6% ao ano) sobre o crescimento econômico (1% ao ano), a presidente apostava na satisfação com a Copa e no sucesso do Brasil no torneio para neutralizar o clima de mau humor reinante na população e crescer nas pesquisas de intenção de voto.

Em outra abordagem, VEJA registra que a Copa fez o preço de alguns produtos e serviços aumentar nos últimos meses, principalmente de hotéis e passagens aéreas. Conforme a reportagem, esse efeito contribuiu para que a inflação oficial, medida pelo IPCA, do IBGE, atingisse 6,52% no período de doze meses acumulados. "Assim, mais uma vez o índice superou a meta oficial, cujo centro é de 4,5%, com tolerância até 6,5%", resume.

Com foco em infraestrutura, ISTOÉ DINHEIRO aponta que o seguro contra grandes riscos de engenharia cresceu exponencialmente durante as obras do PAC e enfrenta momento de retração no mercado. "Acionadas apenas quando ocorrem as catástrofes, as seguradoras que cobrem os grandes riscos de engenharia viram essas apólices tornarem-se suas meninas dos olhos quando o Brasil transformou-se num canteiro de obras com projetos de Copa, PAC e Minha Casa Minha Vida".

Mesma reportagem indica que o volume de incorporações, obras ou serviços de construção cresceu 206% em nove anos, passando de R$ 76,9 bilhões em 2002 para R$ 235,5 bilhões em 2011, segundo o IBGE. "O total de construções de pontes, vias elevadas e túneis teve um avanço ainda maior, de 250%, ao saltar de R$ 1,24 bilhão para R$ 4,34 bilhões. Com isso, o faturamento das seguradoras, medido pelos prêmios relacionados a riscos de engenharia, também subiu estrondosamente", aponta DINHEIRO.

CARTA CAPITAL destaca que a inserção das pequenas e micro nas cadeias produtivas das grandes empresas permite aproveitar o alto potencial de investimentos da infraestrutura. Reportagem mostra que as recentes concessões de rodovias, aeroportos, terminais portuários e o leilão do megacampo de Libra, na camada do pré-sal, deverão resultar em investimentos superiores a 80 bilhões de reais em 20 a 35 anos, com oportunidades para as PME.

Com viés pessimistas, reportagens exploram o resultado do IPCA, que atingiu 6,52% em junho - ultrapassando o teto da meta pela 11ª vez no governo Dilma Rousseff.  
  
De acordo com ISTOÉ DINHEIRO, a inflação acumulada em 12 meses estoura o teto da meta e detona uma queda de braço entre a indústria e o varejo. "De um lado, pressão de custos com o encarecimento de matéria-prima, mão de obra e transporte. Do outro, a difícil negociação com o varejo, que não aceita reajuste na tabela de preços com receio de perder vendas. Essa tem sido a rotina constante de muitos empresários do setor industrial num ambiente de inflação elevada", reforça reportagem.

Coluna PRIMEIRO PLANO, na ÉPOCA, registra que, em junho, a inflação oficial atingiu 6,52% em 12 meses e ultrapassou mais uma vez o teto da meta (6,5% ao ano) definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN):"Mesmo com o represamento artificial dos preços administrados pelo governo na economia, como combustíveis, energia elétrica e transportes públicos, a inflação mostra-se renitente. Texto expõe que "quem quer que vença a eleição terá pela frente a difícil tarefa de enfrentar o problema para recuperar a credibilidade da política econômica e recolocar o Brasil nos trilhos do crescimento".

Com foco em finanças, ISTOÉ DINHEIRO registra que os empresários brasileiros são os mais propensos do mundo a terceirizar os departamentos contábil e fiscal de suas companhias. "Segundo uma pesquisa da empresa de consultoria britânica Grant Thornton, obtida com exclusividade pela DINHEIRO, 53% dos executivos brasileiros têm intenção de terceirizar a área contábil", destaca. Reportagem afirma que o número chama a atenção, principalmente por ter ficado acima da média mundial, de 40%: "Entre as justificativas estão aumento da eficiência, redução de custos, acesso a profissionais mais especializados e maiores possibilidades de perenidade da companhia."

PODER, na ISTOÉ DINHEIRO, assinala: "A presidenta Dilma Rousseff já decidiu que irá vetar uma emenda que estende para a indústria o desconto nas tarifas de eletricidade dado às residências e ao comércio em 2013. O impacto ao Tesouro seria bilionário. A emenda foi acrescentada pelos congressistas na Medida Provisória 641, que autoriza um leilão emergencial para compra de energia pelas distribuidoras".

A SEMANA, na CARTA CAPITAL, registra que, por medida provisória, o governo cumpriu a promessa feita a empresários em junho e anunciou uma nova safra de benesses tributárias. "O pacote incentiva, sobretudo, a indústria, cuja produção, soube-se no mesmo dia, recuou 1,6% de janeiro a maio", pontua.

DINHEIRO EM NÚMEROS, na ISTOÉ DINHEIRO, destaca que a balança comercial brasileira iniciou julho com superávit de US$ 1,2 bilhão. "O resultado está relacionado a um saldo de US$ 4,1 bilhões em exportações e US$ 2,9 bilhões em importações. Segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, com o saldo positivo, o déficit acumulado no ano caiu de U$S 2,4 bilhões para US$ 1,2 bilhão", afirma.

Na cena eleitoralRICARDO BOECHAT, na ISTOÉ, registra: "Paulo Maluf bate recorde nessa campanha eleitoral. Em 2013 estava fechado com a reeleição de Geraldo Alckmin, que em troca lhe deu as chaves da Secretaria de Habitação. O ano começou, ele abraçou Alexandre Padilha e agora está com Paulo Skaf. Onde estará o ex-governador daqui a dois meses? Resposta incerta quando se trata de Paulo Maluf".

RADAR, na VEJA: "Paulo Skaf é o candidato a governador que mais vai gastar na campanha. Declarou que estima custos de 95 milhões de reais para exibir-se aos 32 milhões de eleitores paulistas. A divisão do dinheiro pelo número de eleitores, entretanto, mostra que cada voto 'custaria' 2,97 reais, o terceiro menor valor nas eleições aos governos estaduais".

Projeto obriga exames que detectem hanseníase e tuberculose em presos

A Câmara dos Deputados analisa projeto que obriga a realização de exames em presos para detectar hanseníase e tuberculose nos momentos de recolhimento e de liberdade (PL 7069/14).
Segundo o autor da proposta, deputado Antonio Brito (PTB-BA), as duas moléstias são facilmente encontradas na população carcerária, devido às condições precárias do sistema prisional brasileiro. Para ele, a disseminação dessas doenças pode alcançar todos que tenham tido contato com os presos, como familiares e servidores dos estabelecimentos prisionais.
Atualmente, a Lei de Execução Penal (Lei 7.210/84) não obriga a realização de exames para identificação dessas doenças.
Segundo o deputado, com obrigatoriedade de realização de exames pode-se chegar a um “diagnóstico de pelo menos 90% dos casos nos presídios e a cura de pelo menos 85%”.
Tramitação: O projeto tramita em caráter conclusivo e apensando ao PL 1163/99. Os dois serão analisados pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania.
Fonte: Agência Câmara

sábado, 12 de julho de 2014

Novos caminhos para a judicialização da saúde no Brasil?

A discussão sobre o acesso a medicamentos e tratamentos de saúde pela via judicial no Brasil ganhou importância teórica e prática, envolvendo crescentes debates entre acadêmicos, operadores do direito, gestores públicos e sociedade civil. E trouxe para o centro da argumentação a polêmica atuação do Poder Judiciário em relação à garantia do direito à saúde. 


Estamos dando passos concretos para um SUS Constitucional? 
“Como a atuação judicial, pode contribuir para romper com as barreiras que dificultam a proposta constitucional para a área da saúde?”
Nos últimos anos, os diversos atores envolvidos com a judicialização da saúde realizaram movimentações importantes com a clara intenção de melhor compreender o fenômeno e, assim, garantir uma orientação mais adequada para a atuação judicial. Basicamente, as movimentações tiveram como foco o fortalecimento – ou mesmo a instituição – de um diálogo mais propositivo entre atores que, com a judicialização, passaram a estabelecer relações tensas.
Hoje, os resultados dos esforços de aproximação são perceptíveis e há certa evolução tanto em relação ao incentivo para o estabelecimento de estruturas judiciais mais adequadas à resolução de demandas envolvendo prestações em saúde (auxílio técnico aos magistrados, varas especializadas em saúde e inclusão de direito sanitário no curso de formação para magistrados, por exemplo), quanto no que tange à maior compreensão dos interesses e desdobramentos decorrentes do fenômeno.
Pode-se dizer, portanto, que, atualmente, os juristas estão mais atentos a aspectos que até certo momento eram de preocupação exclusiva dos atores do campo da saúde e gestores. Percebe-se que a expressão “medicina baseada em evidências” progressivamente passa a fazer parte do vocabulário de advogados e juízes, e é possível notar que parte dos juristas começa a desenvolver certa sensibilidade a alguns dos desdobramentos estruturais do fenômeno.
É certo que parte dos avanços teve por impulso as discussões realizadas na audiência pública nº4, promovida pelo STF. Naquela oportunidade, diferentes perspectivas foram expostas, o que possibilitou analisar com mais profundidade aspectos controvertidos, contribuindo, assim, para afastar algumas das irracionalidades presentes na atuação judicial. As conclusões da audiência restaram consolidadas em critérios expostos nas STA’s (Suspensão de Tutela Antecipada)  ns. 175 e 178, momento em que se percebe o STF preocupado, sobretudo, em apontar, para os juízes, a necessidade de decisões escoradas em evidências científicas sólidas e que levem em conta as políticas de saúde existentes.
No entanto, resta evidente que apesar de certo aprimoramento e avanços, a judicialização ainda gera grande desconforto e estamos longe de ter a questão como solucionada. Por um lado, porque não há qualquer indicativo de redução do acelerado crescimento do número de ações, ao contrário. Por outro, e aqui certamente está o aspecto mais importante, porque não se percebe com clareza como a atuação judicial, que se concentra em demandas individuais por medicamentos, pode contribuir para romper com as barreiras que dificultam a progressiva efetivação da proposta constitucional para a área da saúde. Ou seja, não pode-se afirmar que, em seu conjunto, a atuação judicial colabora, de forma consistente, para diminuir o distanciamento entre o “SUS real” e o “SUS Constitucional” (MENDES, 2004, p. 6).
Essa, portanto, deve ser a perspectiva a guiar as análises sobre a judicialização, e que pode ser expressa nas seguintes questões: como a intervenção judicial na área da saúde contribui para uma aproximação entre o “texto legal e a realidade institucional” (FLEURY, 2012, p. 159)? É possível apontar os elementos concretos capazes de comprovar que a partir da intervenção judicial o processo de consolidação do SUS alcançou nova dinâmica?
Não parece possível responder positivamente a essa espécie de questão. Nesse sentido, é preciso problematizar o fato da judicialização da saúde no Brasil se realizar, em regra, por demandas por prestações, sendo a maioria dessas por medicamentos.
Esse tipo de intervenção contribui para a progressiva consolidação SUS? Ou acaba, mesmo que não intencionalmente, servindo a outros interesses? Por exemplo, os da indústria farmacêutica que parece utilizar a judicialização como forma de ampliar o mercado para seus produtos? (Chieffi e Barata, 2010; Campos Neto et al 2012; Medeiros et al,  2013).
Diante desse contexto é preciso perceber que a atuação judicial segue um sentido corretivo, uma vez que a intervenção judicial que impõe o fornecimento de prestações tem, necessariamente, como pressuposto a presença de falha política. No entanto, para garantir uma atuação judicial coerente com essa ideia não basta, simplesmente, promover decisões escoradas em evidências cientificas sólidas. O decisivoé que o Judiciário assuma o papel de corresponsável pela consolidação do SUS e passe a atuar, diretamente, sobre os aspectos que determinam as possibilidades do Estado estruturar um Sistema de Saúde conforme prometido pela Constituição. Mesmo porque a ausência de determinadas prestações, em regra, é apenas o resultado de decisões anteriores e não a falha que precisa ser corrigida.
É por isso que ao atuar, predominantemente, em demandas por prestações, o Judiciário não parece contribuir, efetivamente, para a consolidação do SUS, visto que alcança apenas o resultado originado pela falha e não as condições que impossibilitaram a oferta da prestação demandada em juízo. Pode-se até dizer, a favor da participação do Judiciário, nesse modo, que a judicialização impulsionou mudanças institucionais importantes que contribuiriam para o aprimoramento do SUS (Decreto 7.508\11 e a Lei Complementar 12.401/12, por exemplo). Mas será isso suficiente para afirmar que a atuação judicial deve continuar na mesma direção, realizando-se principalmente por demandas por prestações?
Não parece ser esta a perspectiva do Ministério Público Federal e do Ministério Público de Contas do Estado de São Paulo ao instaurarem o Inquérito Civil Público (ICP) n.159, com a pretensão de judicializar aspectos vitais de um dos elementos mais fundamentais para a efetivação do SUS, a questão do financiamento. A proposta, que tem por aspectos centrais questionar:
a) o critério estabelecido para determinação dos recursos mínimos a serem investidos em saúde pela União; b) a reiteração sistemática da DRU (Desvinculação de Receitas da União) e
b) a ausência de atualização dos valores da tabela SUS, em alguma medida, aponta para um rompimento com uma perspectiva de judicialização focada em demandas por prestações ao alcançar questões estruturais para a consolidação do SUS, exigindo, por isso, uma avaliação de qual seria a perspectiva de solução judicial para questões determinantes que o sistema político parece incapaz de equacionar.
Vale, portanto, apresentar a proposta da investigação conforme colocada no documento para em seguida avaliá-la de forma crítica. Segundo os signatários do ICP a investigação deve analisar os seguintes aspectos:
 (1) critério anti-isonômico de gasto mínimo em ações e serviços públicos de saúde – ASPS em favor da União, quando comparado com os porcentuais de gasto mínimo dos Estados, DF e Municípios, o que torna a sua participação proporcional no custeio do SUS regressiva ao longo do tempo;
(2) reiteração sistemática da Desvinculação de Receitas da União, incidente sobre os recursos dos impostos e contribuições federais que poderiam suportar a progressividade de custeio demandada para a plena implantação e o aperfeiçoamento do SUS;
(3) falta de correção adequada da Tabela Unificada SUS, em desconsideração com o dever de equilíbrio econômico-financeiro de que trata o art. 58, § 2º da Lei 8.666/1993 e
(4) contabilização de despesas não admitidas como ASPS ao arrepio da LC 141/2012, bem como o cancelamento ou prescrição de despesas empenhadas e não processadas, em colisão com os princípios da legalidade, finalidade e publicidade.”
Considerados esses pontos, pode-se dizer que ao apontar para a necessidade de judicializar as escolhas orçamentárias e sua execução afirma-se a necessidade de que a judicialização reoriente seu âmbito de atuação deixando de priorizar as demandas por prestações para alcançar os espaços decisórios que determinam as possibilidades de oferta de tais prestações.
Certamente essa reorientação indica uma maior consciência dos atores jurídicos quanto às possibilidades de atuação na área da saúde, especialmente por alcançarem questão basal para a garantia do direito à saúde: seu financiamento. No entanto alguns aspectos do ICP merecem ser problematizados:
A. O reforço do uso de tabela para remunerar procedimentos hospitalares:
É preciso mudar o modelo de remuneração dos hospitais. No modelo de tabela (ou conta aberta), abre-se espaço para que desde o algodão utilizado até o procedimento de mais alta tecnologia possam ser cobrados separadamente e com super faturamento. Isto aumenta a margem de lucro dos hospitais e é interessante para os hospitais conveniados que atuam de forma complementar, mas não para a eficiência do SUS. Uma proposta seria sair do modelo de “conta aberta” (ou tabela) de procedimentos e materiais para o modelo de pagamento por “grupo de diagnóstico homogêneo” (GDH) (PORTER, 2006).
No modelo de pagamento por GDH, os hospitais receberiam um valor fechado para tratarem um paciente, baseado em estudos prévios. Além disso, dependendo do tipo de paciente (se é idoso, se tem outra patologia associada), o valor que o hospital recebe para o mesmo procedimento deve ser ampliado, de tal forma que os hospitais possam considerar as necessidades individuais adicionais sem prejuízos ao paciente.
Com relação à remuneração das clínicas de exames (análises clínicas, de imagem, entre outros) é necessário que sejam realizados estudos sobre o custo para a realização do exame e manutenção dos equipamentos, de tal forma que valores defasados sejam atualizados. Uma proposta seria ampliar a quantidade de clínicas de exames em instituições públicas, de tal forma que os convênios fossem diminuídos. Estudos demonstram que existe vantagem econômica na rede própria; até o setor privado, via planos de saúde, visualiza esta vantagem (SOUSA E SALVALAIO, 2010).
B. Fortalecimento de entidades privadas, mesmo que filantrópicas, ao invés de buscar a ampliação de unidades hospitalares próprias e públicas:
A Constituição Federal no art. 199 prevê que a iniciativa privada deve atuar de forma complementar e não substituindo o público. A Lei 8080/90 no art.24 detalha que esta participação complementar da iniciativa privada no SUS deve ocorrer somente quando a capacidade instalada do setor público for insuficiente e até que passe a ser suficiente, com a construção de novas unidades públicas para suprir a demanda da população. Desta forma, buscar garantir recursos para a atualização da tabela SUS acaba, mesmo que indiretamente, por favorecer a manutenção de um contexto de dependência do setor privado que precisa, progressivamente, ser rompido. É evidente que estamos aqui diante de uma questão de complexo equacionamento, uma vez que enquanto depende-se do setor privado para a oferta de serviços é preciso garantir contratações justas. No entanto, não se pode perder de vista que o aspecto de fundo, mas fundamental, tem a ver com o incentivo a políticas que progressivamente promovam a independência do setor público, através da ampliação e fortalecimento de estruturas próprias para a prestação dos serviços de saúde.
C. O ICP do MPF e MPC-SP e o FICSAÚDE do TCU realizarem uma análise de dados orçamentários da União de 2012, utilizando como referência a Lei Complementar 141/2012:
Considerando que a LC 141/12 foi aprovada após as leis orçamentárias referentes ao ano de 2012 (envio pelo Executivo para aprovação no Congresso ainda em 2011), não parece adequado avaliar o orçamento e a execução orçamentária da saúde de 2012 utilizando os parâmetros da Lei citada, salvo se houver razão suficiente para defender a retroatividade da legislação. Nesse sentido, a princípio, a Lei 141/2012 deve ser utilizada como parâmetro para avaliar o orçamento e a execução orçamentária das ações e serviços públicos em saúde em todos os entes federados a partir de 2013.
D. A ausência de avaliação da inexecução orçamentária dos recursos da União por Estados e Municípios
Ao avaliar o SIOPS (Sistema Integrado de Orçamento Público em Saúde) e o FNS (Fundo Nacional de Saúde) é possível visualizar que existe uma grande parcela do recurso federal que é transferido para os demais entes federados que não é executado. Desta forma, além de aprimorar o financiamento federal é necessário aprimorar a gestão e fiscalização orçamentária da verba federal transferida para estados e municípios. Um estado que é emblemático nesta inexecução é o Distrito Federal: de toda a receita transferida fundo a fundo da União para o Distrito Federal para investir em ações e serviços públicos de saúde em 2012, apenas 52% deste valor foi executado. Especificamente referente ao bloco de financiamento da atenção básica, o DF executou apenas 21,85% do valor transferido pela União em 2011 e 15,21% em 2012, por exemplo.
E. O contexto em que o ICP foi impetrado
Considerando que 2014 é ano eleitoral faz-se necessário que o processo seja tratado com extremo cuidado para que o tema do financiamento da saúde não seja usado para fins eleitoreiros, o que acarretaria o risco de perder sua essência e importância. Nesse sentido, a proposta de realização de uma Audiência Pública para discutir os rumos desta demanda em 05/09/2014 em São Paulo, parece ser um bom caminho para maior envolvimento dos atores (população, movimentos e entidades) interessados nas discussões e ações referentes à Saúde Brasileira. Que seja um momento de grande participação social com ampla discussão sobre as possibilidades e limites do ICP para aprimorar o financiamento federal do SUS e a participação do Judiciário na construção e fiscalização das políticas públicas em saúde.
Por fim é importante estar atento ao fato de que a judicialização, tomada em perspectiva ampla, nos coloca diante de questões de grande complexidade, uma vez que ao evidenciar as dificuldades de estabelecer limites para a atuação judicial traz como questão de fundo as complicações que envolvem as relações entre política e direito. Nesse sentido, se, por um lado, há quem aposte que a maior participação judicial em questões até então reservadas às arenas políticas, contribui para o fortalecimento dos Direitos Fundamentais (BARROSO, 2012), por outro há quem perceba nessa ampliação dos horizontes judiciais uma espécie de infantilização da sociedade que tem como resultado a ascendência do Judiciário à condição de mais alta instância moral da sociedade (MAUS, 2002). Havendo ainda quem observe o fenômeno como uma forma de desinstitucionalizar a democracia ao marginalizar “as instituições de mediação – as associações e os partidos políticos” (Vianna, et al., 1999, p. 26).
Nesse sentido é essencial conduzir o debate levando em conta os rearranjos quanto à distribuição de poder que a judicialização promove, colocando em questão as reais possibilidades de o Judiciário, após reorientar seu modo de atuação, corrigir decisões políticas que impedem a consolidação do SUS.
Notas:
1- Fisioterapeuta pela UEG, Especialista em Bioética pela UnB, Especialista em Direito Sanitário pela Fiocruz-Brasília e Mestranda em Saúde Coletiva pela UnB. Diretora Executiva do CEBES
2- Graduado em Direito pela Escola Superior Dom Helder Câmara e Mestre em Saúde Pública pela UFMG. Diretor Executivo do CEBES (E-mail: tiago.lopesc@yahoo.com.br)
3- Ver Recomendação/CNJ nº 31 de 31 de Março de 2010
4 – Ver Recomendação/CNJ nº 43 de 20 de Agosto de 2013
5- Ver Recomendação/CNJ nº 31 de 31 de Março de 2010
6- Afirmar um sentido corretivo para a atuação judicial em razão da corresponsabilidade do Judiciário pelo efetivação das disposições constitucionais, evidentemente não é uma novidade. Nesse sentido Ferraz Júnior, (1995, p. 45) destaca que as mudanças vivenciadas no século XX teriam colocado o Judiciário como “corresponsável” pelo alcance das finalidades Políticas dispostas na Constituição. E essa corresponsabilidade exigiria do Judiciário uma atuação capaz de corrigir os eventuais “desvios na consecução das finalidades a serem atingidas por uma política legislativa”. Da mesma forma, não há qualquer originalidade em pensar que o fenômeno da judicialização pressupõe falha política. Nessa perspectiva Castro (1996) afirma que a judicialização ocorreria “porque os Tribunais são chamados a se pronunciar onde o funcionamento do Legislativo e do Executivo se mostram falhos, insuficientes, ou insatisfatórios”, na mesma direção Barroso (2012) afirma que “O Judiciário só deve interferir quando a política falha”.
Referências Bibliográficas:
BARROSO, Luís Roberto, A ascensão política das Supremas Cortes e do Judiciário, 2012. Disponível em: <http://www.conjur.com.br/2012-jun-06/luis-roberto-barroso-ascensao-politica-supremas-cortes-judiciario>. Acesso em: 17 set. 2012.
CAMPOS NETO, Orozimbo Henriques, et al. Médicos, advogados e indústria farmacêutica na judicialização em Minas Gerais, BrasilRevista de Saúde Pública (USP. Impresso) 2012.
CASTRO, Marcus Faro de. O Supremo Tribunal Federal e a judicialização da política. Revista Brasileira de Ciências Sociais, v. 12, n. 34, 1997.
CHIEFFI, Ana Luiza; BARATA, Rita de Cássia Barradas. Ações judiciais: estratégia da indústria farmacêutica para introdução de novos medicamentos. Rev. Saúde Pública,  São Paulo,  v. 44,  n. 3, jun.  2010.
FERRAZ JÚNIOR, Tércio Sampaio. O Judiciário frente à Divisão dos Poderes: um princípio em decadência?  Revista Trimestral de Direito Público, São Paulo, n.9,
1995, p. 40-48.
FLEURY, Sonia. Judicialização pode salvar o SUS. Saúde em Debate, Rio de Janeiro, v. 36, n. 93, p. 159-162, abr./jun. 2012.
MAUS, I. Judiciário como superego da sociedade: o papel da atividade jurisprudencial na ‘sociedade órfã’. Novos Estudos CEBRAP, São Paulo, n. 58, p. 183 – 202, nov. 2000.
MEDEIROS, Marcelo et al. A tese da judicialização da Saúde pelas elites: Os Medicamentos para mucopolissacaridose. Ciênc.. saúde coletiva , Rio de Janeiro, v 18, n. 4, abril de 2013.
MENDES, Eugênio Vilaça. O SUS que temos e o SUS que queremos: uma agenda. Revista Mineira de Saúde Pública, Belo Horizonte, nº 4, p. 4-26, jan/jun, 2004.
Porter, Michael E.; Teisberg, Elisabeth Olmsted. Redefining health care: creating value-based competition on resultsBoston, USA: Harvard Business School Press, 2006.
SOUZA, Marcos Antônio; SALVALAIO, Dalva. Rede própria ou rede credenciada: análise comparativa de custos em uma operadora brasileira de planos de saúde. Rev Panam Salud Publica, v.28, n.4, 2010.
VIANNA, Luiz Werneck, et al. A judicialização da política e das relações sociais no Brasil. Rio de Janeiro: Revan, 1999.

Audiência discutirá prevenção às doenças evitáveis

Benedita da Silva quer debater ações do Ministério da Saúde no combate a doenças como hanseníase e tuberculose.
A prevenção às doenças evitáveis será tema de audiência pública na próxima quarta-feira (16)será realizada às 14 horas, no Plenário 9, na Câmara dos Deputados. O evento será promovido pelas comissões de Direitos Humanos e Minorias; e de Seguridade Social e Família.

A deputada Benedita da Silva (PT-RJ), que sugeriu a audiência, quer debater o planejamento e as ações executadas pelo Ministério da Saúde no combate a doenças como hanseníase, malária, tuberculose, doença de Chagas e leishmaniose.

“O acesso à saúde é um direito reconhecido mundialmente e, no Brasil, as políticas públicas têm sido aprimoradas, a exemplo da implantação do programa Mais Médicos. Ainda é preciso garantir, no entanto, um planejamento e execução de medidas que contribuam para extinguir as doenças evitáveis no País”, afirma a deputada.

O debate também foi sugerido pelos deputados Nilmário Miranda (PT-MG) e Antonio Brito (PTB-BA).
Combate à hanseníase
Nilmário Miranda lembra que, em relação à hanseníase, o Brasil e outros 16 países com maior incidência da doença assinaram um acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) para promover o combate à doença (Declaração de Bangkok para um Mundo sem Hanseníase).

Uma das principais recomendações do acordo é a articulação dos ministérios da Saúde dos países signatários com as comunidades e os fóruns de pessoas atingidas pela hanseníase.
Convidados
Foram convidados para a audiência:-
a.      ministra da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, Ideli Salvatti;
b.      secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa;
c.       presidente da Rede Brasileira de Pesquisas em Tuberculose (Rede TB), MarthaOliveira;
d.      presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical (SBMT), Mitermayer Galvão dos Reis;
e.      coordenador nacional do Movimento pela Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase (Morhan), Artur Custódio;
f.        secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência da República, Diogo de Sant'Ana.

Da Redação - PT Lúcio Bernardo Júnior

Calendário Agenda