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domingo, 13 de julho de 2014

Análise de Mídia - REVISTAS

Temas macroeconômicos que têm relação direta com a indústria, inflação e itens que guardam relação com a Copa do Mundo predominam na cobertura das revistas que circulam neste fim de semana.  Expectativas em torno da cúpula dos Brics e a visita do presidente chinês Xi Jinping ao Brasil também aparecem em evidência.

ISTOÉ DINHEIRO aponta  que "o agronegócio já percebeu há muito tempo a importância da China, a economia que mais cresce no mundo há três décadas, para o seu próprio desempenho" e "boa parte do aumento de preço das commodities no mercado internacional deve-se ao apetite dos chineses".

Mesma reportagem detalha que na quarta-feira, 16, enquanto os dois presidentes (Dilma Rousseff e Xi Jinping) se encontram no Palácio do Planalto para a assinatura de cerca de 30 acordos bilaterais, o grupo de empresários chineses e brasileiros se reúne na sede da Confederação Nacional da Indústria (CNI) para tratar das parcerias empresariais. "A indústria brasileira, que já teve a China como inimiga, agora quer fazer negócios. Hoje vemos que não há o que temer, temos que nos comportar como um ator global", afirma à DINHEIRO Carlos Eduardo Abijaodi, diretor de desenvolvimento industrial da CNI.

No mesmo contexto, CARTA CAPITAL assinala que "a indústria da China ataca e o Brasil se defende com commodities". "O problema não é tanto o predomínio das commodities nas vendas brasileiras, ou o dos manufaturados nas da China, mas a quase inexistência de exportações da diversificada indústria nacional. Há uma especialização radical e crescente das pautas, com clara desvantagem para o País", pontua reportagem. Entre 2012 e 2013, lembra, a exportação de aeronaves brasileiras caiu 64,8% enquanto a de automóveis de passageiros chineses aumentou 146,2% no comércio bilateral.

De volta à ISTOÉ DINHEIRO, informação é que os líderes do Brics se reúnem em Fortaleza e Brasília para formalizar a criação de um mini-FMI em busca de ampliar sua influência mundial. Conforme revista, os Brics "dão um passo decisivo para ganhar musculatura econômica". Reportagem relata que um grupo de 602 executivos participa de outro evento, na noite da terça-feira 15, um business networking: "O maior interesse envolveu os grupos que vão discutir projetos em infraestrutura. A Confederação Nacional da Indústria (CNI), que organiza o evento, estima que podem ser fechados negócios num total de R$ 68 milhões. "

ANTONIO DELFIM NETTO, na coluna que assina em CARTA CAPITAL, aborda a criação de um Banco de Desenvolvimento com capital de 100 bilhões de dólares para financiar investimentos nos países dos BRICS. "Não se deve exagerar a importância que o Banco dos BRICS poderá desempenhar nas atividades de fomento do desenvolvimento econômico de cada um dos países do bloco. Sua criação não é uma necessidade premente, uma questão vital, mas faz parte de um processo de confrontação com organismos como o FMI e o Banco Mundial, que têm falhado muito no seu relacionamento com as economias emergentes", adverte.

VEJA também registra o encontro dos Brics e sinaliza que 13 anos depois da formação do bloco, os países que o integram já não têm nenhuma similaridade entre si. "China e Índia continuam crescendo, mas a Rússia está estagnada e o Brasil deve ter um incremento no PIB de apenas 1% neste ano", compara reportagem.

Coluna SEMANA, na ISTOÉ, também destaca o encontro dos cinco presidentes e pontua: "Vai prevalecer na pauta não mais a obrigação de esses países auxiliarem na solução da crise econômica global, mas, isso sim, a criação de estratégias para combinar crescimento com redução das desigualdades sociais". Na mesma nota, registro de que será criado o Banco dos Brics (visa atuar como o Banco Mundial e o FMI) e o Brasil se compromete com US$ 28 bilhões nessa formação.

BRASIL CONFIDENCIAL, na ISTOÉ, registra: "Nos dias que antecederam as reuniões dos Brics, a diplomacia chinesa não se limitou a informar sobre investimentos e projetos para o país. Deixou claro que faz questão de uma pausa para fotografias ao lado de Dilma Rousseff".

Na agenda políticacoluna BRASIL CONFIDENCIAL, informa: "Órgão máximo do patronato brasileiro, aConfederação Nacional da Indústria (CNI) elaborou uma lista de 100 candidatos a vários cargos eletivos, entre deputados, senadores e governadores que terão uma mãozinha financeira do setor na campanha".

Também em BRASIL CONFIDENCIAL: "Com apoio do ex-presidente da Federação das Indústrias do Estado do Ceará Jorge Parente, a Alusa acaba de abocanhar sem licitação contrato de R$ 23 milhões para fazer a iluminação pública da Prefeitura de Fortaleza. A Alusa teve seu nome envolvido em diferentes escândalos em São Paulo e Pernambuco".

Sobre os impactos econômicos da Copa do Mundo e legados do megaevento, reportagem de capa da ISTOÉ DINHEIRO afirma que a Copa do Mundo criou milhares de oportunidades de negócios fora dos gramados e modernizou a infraestrutura. Um estudo da Fipe/USP indica que a Copa movimentou R$ 30 bilhões, o triplo gerado pela Copa das Confederações, pontua: "A parte mais relevante, 88% do valor gerado, veio dos investimentos em infraestrutura, que envolveram R$ 25 bilhões. O mercado de trabalho também se beneficiou.
"Considerando a contratação de temporários e as horas extras pagas, foi gerado o equivalente a 900 mil empregos durante a Copa", diz o economista Wilson Rabahy, responsável pelo estudo.

Também em reportagem de capa, VEJA destaca que, fora de campo, a derrota do Brasil para a Alemanha foi o mais duro golpe no plano de Dilma Rousseff de transformar a competição numa importante bandeira da campanha à reeleição: "Com a divulgação de dados negativos na economia, como a previsão de nova goleada da inflação (6% ao ano) sobre o crescimento econômico (1% ao ano), a presidente apostava na satisfação com a Copa e no sucesso do Brasil no torneio para neutralizar o clima de mau humor reinante na população e crescer nas pesquisas de intenção de voto.

Em outra abordagem, VEJA registra que a Copa fez o preço de alguns produtos e serviços aumentar nos últimos meses, principalmente de hotéis e passagens aéreas. Conforme a reportagem, esse efeito contribuiu para que a inflação oficial, medida pelo IPCA, do IBGE, atingisse 6,52% no período de doze meses acumulados. "Assim, mais uma vez o índice superou a meta oficial, cujo centro é de 4,5%, com tolerância até 6,5%", resume.

Com foco em infraestrutura, ISTOÉ DINHEIRO aponta que o seguro contra grandes riscos de engenharia cresceu exponencialmente durante as obras do PAC e enfrenta momento de retração no mercado. "Acionadas apenas quando ocorrem as catástrofes, as seguradoras que cobrem os grandes riscos de engenharia viram essas apólices tornarem-se suas meninas dos olhos quando o Brasil transformou-se num canteiro de obras com projetos de Copa, PAC e Minha Casa Minha Vida".

Mesma reportagem indica que o volume de incorporações, obras ou serviços de construção cresceu 206% em nove anos, passando de R$ 76,9 bilhões em 2002 para R$ 235,5 bilhões em 2011, segundo o IBGE. "O total de construções de pontes, vias elevadas e túneis teve um avanço ainda maior, de 250%, ao saltar de R$ 1,24 bilhão para R$ 4,34 bilhões. Com isso, o faturamento das seguradoras, medido pelos prêmios relacionados a riscos de engenharia, também subiu estrondosamente", aponta DINHEIRO.

CARTA CAPITAL destaca que a inserção das pequenas e micro nas cadeias produtivas das grandes empresas permite aproveitar o alto potencial de investimentos da infraestrutura. Reportagem mostra que as recentes concessões de rodovias, aeroportos, terminais portuários e o leilão do megacampo de Libra, na camada do pré-sal, deverão resultar em investimentos superiores a 80 bilhões de reais em 20 a 35 anos, com oportunidades para as PME.

Com viés pessimistas, reportagens exploram o resultado do IPCA, que atingiu 6,52% em junho - ultrapassando o teto da meta pela 11ª vez no governo Dilma Rousseff.  
  
De acordo com ISTOÉ DINHEIRO, a inflação acumulada em 12 meses estoura o teto da meta e detona uma queda de braço entre a indústria e o varejo. "De um lado, pressão de custos com o encarecimento de matéria-prima, mão de obra e transporte. Do outro, a difícil negociação com o varejo, que não aceita reajuste na tabela de preços com receio de perder vendas. Essa tem sido a rotina constante de muitos empresários do setor industrial num ambiente de inflação elevada", reforça reportagem.

Coluna PRIMEIRO PLANO, na ÉPOCA, registra que, em junho, a inflação oficial atingiu 6,52% em 12 meses e ultrapassou mais uma vez o teto da meta (6,5% ao ano) definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN):"Mesmo com o represamento artificial dos preços administrados pelo governo na economia, como combustíveis, energia elétrica e transportes públicos, a inflação mostra-se renitente. Texto expõe que "quem quer que vença a eleição terá pela frente a difícil tarefa de enfrentar o problema para recuperar a credibilidade da política econômica e recolocar o Brasil nos trilhos do crescimento".

Com foco em finanças, ISTOÉ DINHEIRO registra que os empresários brasileiros são os mais propensos do mundo a terceirizar os departamentos contábil e fiscal de suas companhias. "Segundo uma pesquisa da empresa de consultoria britânica Grant Thornton, obtida com exclusividade pela DINHEIRO, 53% dos executivos brasileiros têm intenção de terceirizar a área contábil", destaca. Reportagem afirma que o número chama a atenção, principalmente por ter ficado acima da média mundial, de 40%: "Entre as justificativas estão aumento da eficiência, redução de custos, acesso a profissionais mais especializados e maiores possibilidades de perenidade da companhia."

PODER, na ISTOÉ DINHEIRO, assinala: "A presidenta Dilma Rousseff já decidiu que irá vetar uma emenda que estende para a indústria o desconto nas tarifas de eletricidade dado às residências e ao comércio em 2013. O impacto ao Tesouro seria bilionário. A emenda foi acrescentada pelos congressistas na Medida Provisória 641, que autoriza um leilão emergencial para compra de energia pelas distribuidoras".

A SEMANA, na CARTA CAPITAL, registra que, por medida provisória, o governo cumpriu a promessa feita a empresários em junho e anunciou uma nova safra de benesses tributárias. "O pacote incentiva, sobretudo, a indústria, cuja produção, soube-se no mesmo dia, recuou 1,6% de janeiro a maio", pontua.

DINHEIRO EM NÚMEROS, na ISTOÉ DINHEIRO, destaca que a balança comercial brasileira iniciou julho com superávit de US$ 1,2 bilhão. "O resultado está relacionado a um saldo de US$ 4,1 bilhões em exportações e US$ 2,9 bilhões em importações. Segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, com o saldo positivo, o déficit acumulado no ano caiu de U$S 2,4 bilhões para US$ 1,2 bilhão", afirma.

Na cena eleitoralRICARDO BOECHAT, na ISTOÉ, registra: "Paulo Maluf bate recorde nessa campanha eleitoral. Em 2013 estava fechado com a reeleição de Geraldo Alckmin, que em troca lhe deu as chaves da Secretaria de Habitação. O ano começou, ele abraçou Alexandre Padilha e agora está com Paulo Skaf. Onde estará o ex-governador daqui a dois meses? Resposta incerta quando se trata de Paulo Maluf".

RADAR, na VEJA: "Paulo Skaf é o candidato a governador que mais vai gastar na campanha. Declarou que estima custos de 95 milhões de reais para exibir-se aos 32 milhões de eleitores paulistas. A divisão do dinheiro pelo número de eleitores, entretanto, mostra que cada voto 'custaria' 2,97 reais, o terceiro menor valor nas eleições aos governos estaduais".

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