A visibilidade da indústria farmacêutica brasileira no mercado global tem atraído mais parcerias entre laboratórios nacionais e estrangeiros, interessados em garantir sua entrada no país.
Na Eurofarma, os licenciamentos, uma das modalidades mais frequentes de parceria, respondem por 10% do faturamento das vendas totais da companhia no Brasil.
"A parcela se manteve nos últimos três anos e vem acompanhando a evolução da companhia, que cresce em média 17% ao ano", diz Maria del Pilar, diretora de novos negócios da Eurofarma.
Em alguns casos, uma empresa estrangeira desenvolve uma molécula, mas não está instalada no país.
A extensão territorial e a regulação interna do Brasil exigem investimentos e experiência do mercado, explica Nelson Mussolini, presidente executivo do Sindusfarma (sindicato do setor).
"Às vezes, é preferível ganhar menos [royalties ou participação nos lucros], mas entrar com rapidez no mercado, do que se arriscar."
Apesar de já estar instalada no país, a Eli Lilly fechou uma parceria com a Biolab para a comercialização de um redutor de colesterol.
"A droga foi desenvolvida por um laboratório japonês e registrada pela Eli Lilly Brasil, que, por não atender a área de cardiologia, nos chamou para fazer a comercialização", diz Cleiton Marques, presidente da Biolab.
As parcerias da Pfizer com outras companhias representam 24% do faturamento no Brasil. "Nosso produto mais rentável é resultado de uma parceria", afirma o diretor Glauco Marcondes.
(Coluna Mercado Aberto/ Folha de São Paulo)
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