O Projeto de Lei 6568/13, do Senado, institui a Política de Atenção Integral à Saúde do Homem. Pela proposta, a política deve incluir ações de prevenção, detecção precoce, diagnóstico e tratamento de doenças e agravos à saúde que acometam exclusiva ou predominantemente a população masculina.
Ainda conforme o texto, da senadora Angela Portela (PT-RR), os gestores do Sistema Único de Saúde (SUS) devem fazer ampla divulgação da política. Portela argumenta que, devido a fatores culturais, os homens são mais avessos aos cuidados com a saúde. “Ademais, inadequações administrativas e de capacidade de atendimento dos serviços públicos desencorajam a procura por atendimento”, afirma.
Mortalidade maior
A senadora ressalta ainda que, além das doenças especificamente relacionadas ao sexo, os homens estão sujeitos a outros transtornos que, embora acometam também as mulheres, apresentam taxas de morbimortalidade mais elevadas na população masculina. “É o caso, por exemplo, do consumo abusivo de bebidas alcoólicas, da obesidade, da Aids, da tuberculose, do câncer do aparelho respiratório, das neoplasias de esôfago e estômago, e das doenças isquêmicas do coração”, exemplifica.
Diante disso, lembra que as taxas de mortalidade são maior nesse grupo da população, e a expectativa de vida, menor. A parlamentar cita pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) segundo a qual, em 2011, a população brasileira era constituída por 51,5% de mulheres e 48,5% de homens. No mesmo ano, 56,88% dos óbitos foram do sexo masculino, e a esperança de vida ao nascer era de 70,6 anos para homens contra 77,7 anos para mulheres.
Tramitação
Em regime de prioridade, o projeto será analisado pelas comissões de Trabalho, de Administração e Serviço Público; de Seguridade Social e Família; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania antes de ser votado pelo Plenário.
Íntegra da proposta:
Reportagem – Maria Neves
Edição – Rachel Librelon
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