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domingo, 20 de julho de 2014

Cerca de 100 pesquisadores de Aids estavam em avião que caiu na Ucrânia

Grupo participava de Conferência Mundial sobre a doença em Melbourne, na Austrália
O Boeing 777 da Malaysia Airlines, que sofreu uma queda no território da Ucrânia, tinha 108 cientistas e pesquisadores que iam assistir à 20ª Conferência Mundial de Aids, em Melbourne, na Austrália, segundo alguns jornais do país. A elite intelectual seria parte majoritária dos 298 tripulantes que morreram no episódio.

Um dos pesquisadores, Joep Lange, foi presidente da Sociedade Internacional de Aids, entre 2002 e 2004, e atualmente atuava como diretor do Departamento de Saúde do Centro Acadêmico de Medicina da Universidade de Amsterdã. Recentemente, o pesquisador divulgou um estudo que demonstra, pela primeira vez, como um composto probiótico poderia atuar no vírus HIV.

Em 2001, Lange criou a PharmAccess, uma fundação sem fins lucrativos cujo objetivo era melhorar o acesso aos medicamentos e tratamentos da Aids em países pobres. O pesquisador contribuiu no desenvolvimento de terapias combinadas a preços acessíveis, e em meios de prevenir a transmissão do vírus da mãe para o bebê.

David Cooper, professor da Universidade de New South Wales, em Sidney, afirmou à agência Reuters que Lange tinha um compromisso absoluto com a pesquisa contra a doença e dava atenção especial aos países da Ásia e África.

- Ele nunca aceitava algo como impossível.

A Sociedade Internacional de Aids, que organizou a conferência, expressou suas condolências pela morte dos pesquisadores e afirmou que irá cooperar com as autoridades.

"Em reconhecimento à dedicação dos nossos parceiros na luta contra o HIV/ Aids, a conferência vai continuar como planejado e vai incluir oportunidades para refletir e lembrar aqueles que perdemos", afirmou em nota.

(O Globo com Agências)

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