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quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Instituto Vital Brazil comemora o Dia Nacional do Surdo


Há 14 anos, pessoas com deficiência auditiva fazem parte do corpo funcional do Instituto

No dia 26 de setembro, é comemorado o Dia Nacional do Surdo. Em homenagem, o Instituto Vital Brazil realizará uma programação especial com o objetivo de integrar ouvintes ao universo particular dos 31 colaboradores com deficiência auditiva que fazem parte do corpo funcional do Instituto. As atividades terão início a partir das 9h da manhã, com ginástica laboral e dinâmica de promoção da comunicação entre surdos e ouvintes. O presidente do Instituto Antônio Werneck estará presente para participar das atividades e homenageá-los.

Há quatorze anos, o Instituto Vital Brazil fomenta a inclusão destes cidadãos no mercado de trabalho por meio da contratação de prestadores de serviço surdos que atuam na área de limpeza e conservação. “Eles chegaram em 2000 ao Instituto e a Lei de Libras só foi regulamentada em 2002. Ou seja, por um bom tempo, a comunicação entre eles era improvisada até aprenderem a falar numa língua padrão”, explica a supervisora Jenaisa da Cruz, que vai se formar em Pedagogia pelo Instituto Nacional de Educação de Surdos (Ines).

A falta de uma forma “uniforme” de comunicação já rendeu muitas histórias. Além disso, como muitos não são oralizados (leitura labial), eles tendem a ser chamados de mudos, outra barreira a ser transposta, já que o termo “mudinho” é considerado uma forma pejorativa.

Profissional bilíngue, Jenaisa destaca que há muito que se fazer para viabilizar o desenvolvimento dos funcionários surdos em níveis comunicacionais a fim de não só integrar, mas de incluí-los efetivamente na sociedade. “Pretendemos implantar aulas de libras para os surdos e ouvintes do Instituto. O projeto está em fase de aprovação e busca de financiamento. Temos a previsão de conseguirmos cinquenta participantes, com vinte surdos e trinta ouvintes, que ainda terão aulas sobre noções de cultura surda”, explica.

O Instituto - O Instituto Vital Brazil é uma empresa de ciência e tecnologia do Governo do Estado do Rio de Janeiro ligado à Secretaria de Estado de Saúde. É um dos 21 laboratórios oficiais brasileiros e um dos quatro fornecedores de soros contra o veneno de animais peçonhentos para o Ministério da Saúde. Fica na Rua Maestro José Botelho, 64, Vital Brazil, em Niterói.

Assessoria de Comunicação
Instituto Vital Brazil  

Próteses, órteses e equipamentos hospitalares poderão ter preço controlado

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gério Carvalho afirma que os produtos, hoje, não são acessíveis.
A Câmara dos Deputados analisa o Projeto de Lei 7579/14, do deputado Rogério Carvalho (PT-SE), que estabelece controle sobre os preços de órteses, próteses, bolsas coletoras, equipamentos e materiais relacionados à prestação de serviços médicos e hospitalares. Segundo a proposta, os preços serão definidos pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED), que vai definir um valor máximo, como já ocorre com os remédios.
As órteses são dispositivos que compensam insuficiências de órgãos, membros ou tecidos, como os óculos de grau. Já as próteses substituem total ou parcialmente órgãos, membros ou tecidos.
Pelo projeto, a CMED também ganhará poderes regulatórios sobre o mercado de órteses, próteses, bolsas coletoras e equipamentos de saúde e hospitalares. Além de fixar os preços e critérios para reajustes, o órgão deverá monitorar o mercado, exigindo das empresas dados sobre produção, insumos, matérias primas, vendas e outros dados que considerar necessário. Também poderá opinar sobre a tributação do setor e propor mudanças legislativas que beneficiem o mercado de produtos para a saúde.
O autor argumenta que os produtos não são acessíveis. Ele ressalta que vários países, como Estados Unidos, Austrália e Japão, já exercem algum tipo de controle de preço sobre esses produtos, considerados “produtos sociais e politicamente sensíveis”.
“As empresas hoje podem aumentar e manter os preços acima da concorrência, inclusive, com diferenças injustificadas de preços entre regiões e até entre cidades vizinhas”, disse.
Tramitação
O projeto tramita em caráter conclusivo e ainda será analisado pelas comissões de Defesa do Consumidor; Seguridade Social e Família; Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio e Constituição e Justiça e de Cidadania.

Íntegra da proposta:

Anvisa aprova novo regulamento técnico para anorexígenos

A Diretoria Colegiada da Anvisa aprovou o novo regulamento técnico referente a anorexígenos no País. A Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) que deverá ser publicada no Diário Oficial da União nos próximos dias normatiza o assunto após a publicação do Decreto Legislativo 273/2014, aprovado pelo Congresso Nacional em setembro. O Decreto invalida a Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) nº 52/2011, publicada pela Agência em outubro de 2011.

A RDC aprovada nesta terça-feira, (23/09), prevê que as empresas interessadas em comercializar medicamentos contendo mazindol, femproporex e anfepramona deverão requerer novo registro à Agência. A análise técnica dos pedidos levará em consideração a comprovação de eficácia e segurança dos produtos.

Segundo a norma, as farmácias só poderão manipular esses medicamentos quando houver algum produto registrado na Anvisa. Quando as substâncias tiverem registro, tanto o produto manipulado quanto o produto registrado passarão a ter o mesmo controle da sibutramina.

Já a produção industrial e a manipulação da sibutramina continuam permitidas. Porém, o regulamento mantém o mesmo controle já definido para a comercialização da substância, com retenção de receita, assinatura de termo de responsabilidade do prescritor e do termo de consentimento pós-informação por parte do usuário.

Fonte: Assessoria de Imprensa da Anvisa

Consulte as listas de medicamentos que terão produção descontinuada ou reativada

As listas de medicamentos para os quais os laboratórios notificaram a descontinuação ou reativação da produção já estão disponíveis no site da Anvisa. Com isso, os motivos para interrupção de fabricação ou importação do produto passam a estar acessíveis a qualquer cidadão pelo portal da Agência. As empresas detentoras dos registros também devem divulgar em seus canais de atendimento ao consumidor e profissionais de saúde os produtos que serão descontinuados.

Desde abril, os fabricantes e importadores de medicamentos devem informar à Anvisa a intenção de retirar do mercado produtos com, no mínimo, seis meses de antecedência. Ao informar à Anvisa sobre a descontinuação, a empresa detentora do registro precisa explicar as razões da interrupção. A obrigatoriedade está prevista na RDC 18/2014. O desrespeito à norma poderá acarretar punição com advertência, interdição do fabricante e multa que vai de R$ 2 mil a R$ 1,5 milhão.

Descontinuação

A Anvisa não possui instrumento legal que impeça os laboratórios farmacêuticos de retirarem seus medicamentos do mercado. Seja por motivos técnicos ou comerciais, a Agência entende que a gestão efetiva desse problema envolve o compartilhamento de responsabilidades para o adequado planejamento, monitoramento contínuo, comunicação eficiente e articulação entre fabricantes ou importadores e agentes públicos, profissionais de saúde e usuários para se evitar ou minimizar os possíveis impactos de desabastecimento.

Todas as notificações apresentadas pelas empresas serão disponibilizadas para consulta ao cidadão, mas é importante informar que nem toda descontinuação gera desabastecimento de mercado. Muitas podem ser as causas da falta de um determinado medicamento, por isso a ANVISA realiza o monitoramento das informações a partir dos dados apresentados pelas empresas e poderá adotar medidas adicionais com o objetivo de reduzir o impacto da descontinuação nos casos de risco de desabastecimento que possa comprometer a política de assistência farmacêutica e trazer consequências negativas à saúde da população.

Nos casos de descontinuação temporária ou definitiva da fabricação ou importação de medicamentos que possam causar desabastecimento de mercado, a comunicação à ANVISA deverá ser realizada pela empresa com doze meses de antecedência.

Fonte:Portal  Anvisa

Publicado manual sobre conforto em estabelecimentos de saúde

Já está disponível para consulta online o manual “Conforto Ambiental em Estabelecimentos Assistenciais de Saúde”. O guia tem orientações para a melhoria de ambientes destinados ao atendimento à saúde a fim de aumentar a comodidade de pacientes, trabalhadores e demais usuários desses estabelecimentos.

O manual também terá versão impressa, com tiragem inicial de três mil exemplares. A obra, direcionado a gestores, projetistas de prédios hospitalares, profissionais da área e autoridades sanitárias, será distribuída a vigilâncias sanitárias, hospitais e profissionais de saúde. O documento conta com 166 páginas, separadas em capítulos como “Conforto Ambiental e Humano” e “Conforto: Sensações e Percepções”.

Desde 2002, a Anvisa regulamenta este tema. Naquele ano, a Agência publicou a Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) nº 50, onde apresentava as primeiras disposições sobre o assunto para as unidades de saúde brasileiras, com noções de conforto térmico, acústico e luminoso. O novo manual aprofunda essas diretrizes técnicas e abrange questões como os confortos olfativo, ergonômico e visual.

“Em ambientes onde são realizados serviços de assistência à saúde, fatores ambientais que acabam por definir condições de conforto, devem ser levados em consideração durante o desenvolvimento da concepção arquitetônica desses estabelecimentos”, justifica a gerente de Regulação e Controle Sanitário em Serviços de Saúde da Agência, Maria Ângela da Paz.

As orientações contidas no manual buscam um equilíbrio entre as determinações dos regulamentos técnicos e as diversidades ambiental, social e cultural presentes quando da concepção predial de hospitais, clínicas, postos de saúde, por exemplo.

O lançamento do trabalho se insere nos esforços que a Anvisa tem feito para colaborar com a segurança e humanização nas edificações hospitalares, contribuindo assim com o aumento da qualidade no atendimento aos pacientes, em consonância com as diretrizes da Organização Mundial da Saúde.

O manual foi escrito pelo doutor em Arquitetura de Ambientes de Saúde pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Fábio Oliveira Bitencourt Filho. O guia contou com a supervisão de técnicos da Gerência Geral de Tecnologia em Serviços de Saúde da Anvisa, por meio de cooperação com a Organização Panamericana da Saúde (OPAS).

Para acessar o manual, clique aqui


Ex-ministro da Saúde Adib Jatene infarta e é internado em SP

O cardiologista e ex-ministro da Saúde Adib Jatene, 85 anos, sofreu um infarto agudo do miocárdio na segunda-feira e está internado na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) do Hospital do Coração (HCor), em São Paulo. Segundo o boletim médico do HCor, o estado de Jatene, que é diretor-geral do hospital, é “estável”, e ele “segue em recuperação”.
Em 2012, o ex-ministro teve de colocar um stent (prótese metálica para desobstrução de artérias) após sofrer um infarto classificado na época pelo HCor como “pequeno”. O boletim é assinado pelo médico Edson Romano, diretor-clínico do HCor.
Jatene foi secretário estadual de saúde de São Paulo (entre 1979 e 1982) e ministro da Saúde por duas vezes, durante o governo de Fernando Henrique Cardoso e Collor. Foi, ainda, o idealizador da CPMF (Contribuição Provisória sobre a Movimentação Financeira), do imposto da saúde e do cartão do Sistema Único de Saúde (SUS).
Foi ele quem realizou a primeira cirurgia de ponte de safena no país e quem desenvolveu o primeiro coração-pulmão artificial do Hospital das Clínicas.
Fonte: O Globo

Ministério da Saúde lança nova campanha de doação de órgãos

O ministro da Saúde, Arthur Chioro, lança nesta quarta-feira (24), em Brasília, a nova campanha de doação de órgãos. Na ocasião, o ministro apresentará balanço de transplantes e entregará troféus de reconhecimento por iniciativas voluntárias de estímulo à doação de órgãos. A divulgação marca a semana de comemoração do Dia Nacional da Doação de Órgãos (27 de setembro).
A ação contará com o apoio e a presença de artistas doadores declarados e de pessoas que passaram por transplantes. 
O evento será transmitido pela Web Rádio Saúde (webradio.saude.gov.br/radio), pelo Blog da Saúde (www.blog.saude.gov.br) e pelo Twitter (www.twitter.com/minsaude).

Lançamento da nova campanha de doação de órgãos
Data: 24 de setembro (quarta-feira)
Horário: 10h
Local: Memorial JK, Eixo Monumental – Lado Oeste Praça do Cruzeiro - Brasília (DF)

terça-feira, 23 de setembro de 2014

País alcança parcialmente metas nacionais no enfrentamento das DCNT

Redução do número de fumantes e aumento do consumo de frutas e hortaliças são as boas novas. Obesidade adulta e infantil ainda é desafio distante

As transições demográfica e nutricional por que passaram as populações dos países ocidentais trouxeram para o centro dos debates e das ações em saúde o combate às doenças crônicas não-transmissíveis. A mesa redonda Metas do plano de controle das doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) no Brasil e no mundo apresentou no segundo dia do 9º Congresso Brasileiro de Epidemiologia os números do Vigitel – Sistema de Monitoramento de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas Não Transmissíveis por meio de Inquérito Telefônico, realizado nas  capitais dos 26 estados brasileiros e Distrito Federal. A coordenação da mesa foi do professor Bruce Duncan, professor associado da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e líder do Centro Colaborador da Secretaria de Vigilância Epidemiológica do Ministério da Saúde, sediado no mesmo estado.

Antes da apresentação dos dados, Anselm Hennis, diretor de doenças não-transmissíveis e saúde mental  da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) deu um panorama do quadro dessas doenças nos demais países das Américas. São os Estados Unidos a nação que mais sofre com esses males. Lá, câncer, diabetes, doenças respiratórias e cardiovasculares representam 80% das causas de mortes, levando ao falecimento de quase  4 mihões de pessoas em 2010. Cerca de 36% desse total só em pessoas abaixo dos 70 anos. “São doenças que reduzem a produtividade, aumentam as pressões no sistema fiscal, e tem um grande aspecto devido à pobreza”, disse o especialista. “O objetivo da OMS é ter um mundo livre dessas doenças, alcançando as nove metas globais até 2025”, completou Hennis. São elas: redução em 25% das mortes prematuras por conta das DCNT; cobertura em 80% das populações com medicamentos essenciais e tecnologia para o enfrentamento; cobertura de 50% no tratamento e aconselhamento contra as drogas; crescimento zero de diabetes e obesidade; redução em 25% dos portadores de pressão alta; redução de 30% do consumo do tabaco; redução de 30% da ingestão de sal e sódio; redução de 10% do sedentarismo e redução de 10% do consumo danoso do álcool.

Melhoras no quadro brasileiro: Para a aplicação dessas metas, Hennis destacou a necessidade de desenvolvimento de planos multisetoriais, redução dos fatores de risco e um acompanhamento prioritário dos cânceres de mama, fígado e cervical, além da capacitação dos sistemas de saúde nacionais para a atenção a essas doenças para uma reavaliação do plano em 2017.

Coube a Deborah Malta, diretora do departamento de vigilância de doenças e agravos não-transmissíveis e promoção da saúde do Ministério da Saúde, junto com Regina Tomie Bernal, pesquisadora do Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde da Universidade de São Paulo (NUPENS/USP) , apresentarem os dados do Vigitel. Deborah deu maior destaque ao Plano Nacional de Enfrentamento das DCNT, que conta com 277 ações divididas em três eixos: vigilância, monitoramento e avaliação; prevenção e promoção de saúde, e cuidado integral.

A boa notícia é que alguns dos dados já apresentam melhoras e consistências. Alguns indicadores têm suas séries históricas datadas desde 1991, anteriores ao Vigitel, e demonstram alcance positivo, como a redução de 2% das mortes no conjunto das quatro DCNT na faixa etária prematura, entre pessoas menores de 70 anos.  Em 1991, foram 335 mil mortes frente aos 210 mil óbitos em 2010. A perseguição da meta indica que em 2022 serão cerca de 196 mil falecimentos.

Outro dado positivo, mas ainda fora da meta de 30%, é a redução do consumo do tabaco. Atualmente, a marca é de redução de 19,8% entre 2010 e 2013. Melhor desempenho ainda tem nos dados referentes à cobertura da mamografia e da citologia oncótica, mais conhecido como o exame preventivo papanicolau. “Temos desde 2007 uma média de 82,5%, um dado estabilizado próximo aos 85% indicado no plano de metas. É satisfatório o aumento das mamografias na população, assim como o papanicolau”, ressaltou Deborah. Outras melhorias estão no aumento das atividades físicas e no consumo de frutas, legumes e verduras. Este último registrou 21% na maior ingestão pela população, próximo à meta de 24%.

Os pontos onde o país ainda precisa melhorar a conscientização e promoção da saúde dizem respeito à obesidade adulta e infantil. De 2010 a 2013 houve aumento do número de pessoas que indicam ganho de peso acima de 15%, apesar de o cenário indicar estabilização. Entre as crianças, num cenário em comparação a dados de 1974/75, percebe-se a melhora dos registros referentes ao déficit de altura, mas aumento expressivo no excesso de peso e obesidade.

Segundo as especialistas, os desafios são melhorar o sistema nacional de monitoramento, passos que já vem sendo dados como na coleta de medidas antropométricas realizadas pelo programa PENSE, desenvolvido nas escolas da rede pública e que registrou dados de adolescente em quatro diferentes fases escolares. “Há um desafio global é o Brasil tem participado desse esforço para o avanço nas trocas de experiências, tendo prioridade no tema das doenças crônicas não-transmissíveis”, ressaltou a diretora do Ministério.

O próximo conjunto de dados a serem apresentados será em dezembro, com a divulgação da Pesquisa Nacional de Saúde, marcada para dezembro. A próxima ação de monitoramento a ser realizada será na Pesquisa de Orçamento Familiar – POF 2015, em que haverá um monitoramento por região e faixa de idade, em aplicativo desenvolvido pelo Ministério da Saúde que será conduzido pelos recessenciadores do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 

Acesse, em anexo, a apresentação da diretora do departamento de vigilância de doenças e agravos não-transmissíveis e promoção da saúde do Ministério da Saúde. 


Anexo:


PRESIDENTE DO CNPq participará como palestrante no IV Encontro de Bolsistas do Programa Ciência sem Fronteiras e da Semana da Diáspora Brasileira na Costa Leste dos EUA

GLAUCIUS OLIVA, Presidente do CNPq, participará, como palestrante, dos eventos:
"IV Encontro de Bolsistas do Programa Ciência sem Fronteiras" e da
"Semana da Diáspora Brasileira na Costa Leste dos EUA", com o objetivo de promover a troca de informações e experiências entre os bolsistas do CsF, bem como a implantação de projetos conjuntos de tecnologias para a área de saúde, com a participação do IIE, LASPAU, CNPq, CAPES, Fundação Leman, ABDI e universidades locais, em Nova York/EUA, no período de 23.09 a 27.09.2014, com ônus para o CNPq. Art. 1º, inciso V.

REPUBLICADA PORTARIA No. 35 QUE TRATA DAS DIRETRIZES TERAPÊUTICAS DA HIPERTENSÃO ARTERIAL PULMONAR

SECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE
PORTARIA Nº 35, DE 16 DE JANEIRO DE 2014(*)
(*) Republicada por ter saído no DOU nº 12, de 17-1-2014, Seção 1, págs. 91 a 96, com incorreção no original.

Aprova o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas da Hipertensão Arterial Pulmonar.
O Secretário de Atenção à Saúde, no uso de suas atribuições, Considerando a necessidade de se estabelecerem parâmetros sobre a Hipertensão Arterial Pulmonar no Brasil e diretrizes nacionais para diagnóstico, tratamento e acompanhamento dos indivíduos com essa doença;
Considerando que os Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) são resultado de consenso técnico-científico e formulados dentro de rigorosos parâmetros de qualidade e precisão de indicação;
Considerando as sugestões dadas à Consulta Pública no 8SAS/MS, de 25 de fevereiro de 2010; e
Considerando a avaliação técnica da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias do SUS - CONITEC, do Departamento de Assistência Farmacêutica da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos - DAF/SCTIE/MS e da Assessoria Técnica da Secretaria de Atenção à Saúde - SAS/MS, resolve:

Art. 1º Fica aprovado, na forma do Anexo desta Portaria, disponível no sitio: www.saude.gov.br/sas, o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas - Hipertensão Arterial Pulmonar.
Parágrafo único. O Protocolo, objeto deste Artigo, que contém o conceito geral da hipertensão arterial pulmonar, critérios de diagnóstico, critérios de inclusão e de exclusão, tratamento e mecanismos de regulação, controle e avaliação, é de caráter nacional e deve ser utilizado pelas Secretarias de Saúde dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios na regulação do acesso assistencial, autorização, registro e ressarcimento dos procedimentos correspondentes.

Art. 2º É obrigatória a cientificação ao paciente, ou a seu responsável legal, dos potenciais riscos e efeitos colaterais relacionados ao uso de medicamento preconizado para o tratamento da hipertensão arterial pulmonar.

Art. 3º Os gestores estaduais, distrital e municipais do SUS, conforme sua competência e pactuações, deverão estruturar a rede assistencial, definir os serviços referenciais e estabelecer os fluxos para o atendimento dos indivíduos com a doença em todas as etapas descritas no Anexo desta Portaria.

Art. 4º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.
FAUSTO PEREIRA DOS SANTOS

Senado discute a complexidade da decisão sobre regulamentação da maconha


O plenário da CDH voltou a ficar lotado com a presença
 de pessoas a favor ou contra a liberação do uso da 
maconha.Geraldo Magela/Agência Senado
A audiência nesta segunda-feira (22) no Senado mostrou como é difícil, para os senadores da Comissão de Direitos Humanos e Legislação participativa (CDH), tomar uma decisão quanto a transformar ou não em projeto de lei a sugestão popular de regulamentar o consumo de maconha. Essa foi a observação do senador Cristovam Buarque (PDT-DF), que presidiu o debate e é relator da sugestão.
Após a apresentação dos palestrantes, Cristovam permitiu a manifestação de pessoas que acompanhavam o debate e a primeira a falar foi a professora da rede pública Maria Alice da Costa. Ela contou o drama da filha, hoje com 26 anos, dependente de drogas desde os 14 anos e submetida à sétima internação em uma clínica de reabilitação.
Mãe de uma usuária, Maria Alice da Costa está convencida:
“Maconha não é recreação e nunca vai ser”
Ela revelou que a filha inicialmente experimentou a maconha “para se divertir”, mas depois buscou drogas mais pesadas, como o crack, e se tornou dependente. Nos últimos 12 anos, Maria Alice resgatou a filha de “lugares tenebrosos” e tentou sua recuperação por diversos caminhos, mas a filha sempre voltava às ruas. Conforme contou, a filha hoje pesa 35 quilos e, bastante ferida, foi levada à clínica para mais uma tentativa de se livrar das drogas.
– Uso recreativo leva a dependência. Maconha não é recreação e nunca vai ser. Sempre vai ser caixão e sempre vai ser dor, dor profunda – disse.
Prisão
Logo depois do depoimento de Maria Alice, os senadores ouviram outra mãe, Zilpa de Souza, que também enfrenta o problema das drogas, mas que defende a legalização da maconha. Ela contou que o filho fuma maconha, mesmo contra sua vontade, mas não consome outras drogas. Mesmo assim, “sempre esteve nas mãos dos traficantes” por conta do vício.
Para evitar os riscos e a violência que permeiam a venda de drogas, Zilpa autorizou o filho a plantar a maconha em casa, para consumo próprio. Mas essa prática foi denunciada à polícia, que invadiu sua casa de maneira violenta, contou, resultando na prisão do filho.
– Por mais de dois anos, eu dormi uma vez por semana na fila na porta do presídio, para chegar mais cedo para ver meu filho, preso como traficante, o que ele não era. Ele só plantava sua maconha, não vendia para ninguém. Deixei meu filho plantar para não ficar refém de traficantes. Não sou feliz com isso, mas não quero que meu filho passe por tudo o que passou na cadeia – disse.
Na opinião de Cristovam Buarque, os depoimentos mostram que a proibição da forma como prevista na legislação não impede que jovens se envolvam com drogas e ainda leva usuários à prisão, agravando o problema.
– Esses dois depoimentos mostram as dificuldades desse processo. Num caso, o uso recreativo levou a uma dependência, que levou a uma degradação completa da vida. No outro, a maneira de proibir levou ao constrangimento da mãe, que poderia ter perdido o filho na cadeia, não só pela morte, mas que poderia ter se transformado num bandido – afirmou Cristovam.
Para o parlamentar, o Senado deve se debruçar sobre o assunto e encontrar um caminho não só para evitar que jovens continuem caindo na dependência das drogas, como também para evitar que usuários sejam transformados em criminosos.
Presente ao debate, o senador Fleury (DEM-GO) se posicionou contrário à liberação do uso recreativo da droga e disse ser necessário um estudo para a regulamentação de medicamentos feitos a partir de substâncias retiradas da maconha, como o canabidiol, utilizado em pacientes com doenças neurológicas.
– Prefiro a importação desse remédio, a custo zero para quem necessita, porque este país jamais terá condições de fiscalizar as plantações para produção do medicamento – opinou Fleury.
Outras drogas
Contra a legalização, os senadores ouviram ainda depoimentos de ex-usuários, como Guilherme Bezerra, que considera a maconha uma porta de entrada para outras drogas, levando o jovem a banalizar o uso de outras substâncias mais fortes.
Também ouviram relatos de pessoas que prestam assistência a dependentes, como Weslani Dias, que trabalha com crianças em situação de risco e moradores de rua. Relatando trabalho em diversas cidades, em atendimento a dependentes de drogas, ela disse ser evidente que o consumo de maconha leva à dependência por outras drogas.
– Nunca vi nenhum me dizer que não começou com a maconha – frisou, ao condenar a legalização do consumo de maconha.
Favoráveis
Entre os favoráveis à legalização, Emílio Figueiredo argumentou que a proibição não protege os jovens, que são os mais vulneráveis às drogas. Ele também afirmou que a proibição agrava a violência policial contra jovens pretos e pobres, causando ainda a superlotação nas prisões.
Também Daniele Rodrigues, uma das fundadoras do movimento Marcha da Maconha, considera que a lei hoje em vigor pune a população mais pobre. Conforme afirmou, moradores de bairros de luxo plantam maconha sem medo de terem suas casas invadidas pela polícia.
– A maconha já é legalizada, porque você encontra maconha em vários lugares. Qualquer pessoa pode comprar, inclusive crianças – afirmou.
Agência Senado - Iara Guimarães Altafin - Geraldo Magela/Agência Senado

Relatório detalha produção dos bancos de tecidos humanos

Já está disponível para consulta o “Relatório de Avaliação dos Dados de Produção dos Bancos de Tecidos Humanos – ano 2013”. O documento retrata os dados de produção dos bancos que processam e armazenam tecidos oculares, tecidos musculoesqueléticos e pele nos últimos três anos. Em 2013, 60 (sessenta) bancos trabalham com pelo menos um destes tecidos.

De acordo com o relatório, o número de globos oculares obtidos de doadores caiu de 15.004 em 2012 para 14.364 em 2013. Já o coeficiente geral de descarte de córneas foi de 36% para 35% no mesmo período. “O principal motivo deste descarte foi o de sorologia reagente para Hepatite B”, explica Marcelo Moreira Gerente-Geral da Gerência-Geral de Produtos Biológico, Sangue, Tecidos, Células e Órgãos da Anvisa.

O documento revela, ainda, que foram disponibilizadas 21.633 unidades de tecidos musculoesqueléticos para tratamentos odontológicos e 1.509 para tratamentos ortopédicos. Os bancos de pele forneceram 36.890 cm² de tecido para transplante.

Já o percentual de doadores efetivos de tecidos musculoesqueléticos desqualificados por sorologia teve um significativo aumento: foi de 8% em 2012 e 20% em 2013. “ Após o processamento, a principal causa de desqualificação dos tecidos musculoesqueléticos está relacionada à contaminação bacteriana, fúngica e o não atendimento ao padrão estabelecido pelo banco”, conta Marcelo.

Segundo ele, os indicadores de qualidade selecionados pela Anvisa tem como objetivo possibilitar, em conjunto com a inspeção sanitária, uma melhor avaliação dos requisitos de qualidade e segurança previsto no regulamento técnico dos Bancos. “A partir de agora, como já é possível se ter uma série histórica de indicadores de qualidade, a perspectiva da Anvisa é atuar nos serviços cujos indicadores se distanciam da média da sua região, ou até mesmo da média nacional”, ressalta.

Confira aqui a íntegra do Relatório

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