A corrida eleitoral com foco na disputa pelo Palácio do Planalto monopoliza o noticiário das revistas que circulam neste fim de semana.
Abordagens de interesse estão atreladas a projeções e análises que procuram antecipar os reflexos da sucessão na economia. Não há, porém, indicações inovadoras ou análises originais.
Assim como os jornais fazem há vários dias, noticiário reproduz temores do mercado quanto à manutenção da política econômica. Vozes críticas ao governo chamam a atenção para ações consideradas necessárias que precisam ser tomadas a partir de novembro.
Abordagens de interesse estão atreladas a projeções e análises que procuram antecipar os reflexos da sucessão na economia. Não há, porém, indicações inovadoras ou análises originais.
Assim como os jornais fazem há vários dias, noticiário reproduz temores do mercado quanto à manutenção da política econômica. Vozes críticas ao governo chamam a atenção para ações consideradas necessárias que precisam ser tomadas a partir de novembro.
- Destaque para a reportagem de capa da ISTOÉ DINHEIRO, segundo a qual o Brasil vive um “turbilhão econômico”. Texto aponta que, na semana passada, o governo foi protagonista e portador de uma série de números negativos da economia brasileira: “um preocupante rombo fiscal, um dos maiores déficits nas transações correntes do mundo e revisões negativas para as projeções de PIB e inflação, em meio a demissões no setor industrial”.
- Mesma reportagem assinala que os investidores, desconfiados sobre os rumos do Brasil em 2015, venderam ações, derrubando o índice Bovespa em 11,7% no mês passado, a maior queda mensal desde maio de 2012. Além disso, revista pontua que o dólar se aproximou rapidamente da casa dos R$ 2,50 e o espectro da perda do grau de investimento voltou a pairar no ar.
- O ex-ministro Antônio Delfim Netto, interlocutor frequente da equipe da presidente Dilma Rousseff, diz à ISTOÉ DINHEIRO que “o Brasil não cresce porque a indústria não cresce. E a indústria não cresce porque o governo usou o câmbio para controlar a inflação, o que é um grande equívoco”.
Confirmando o clima de expectativa centrado nas eleições presidenciais, VEJA pondera que, em vez da alternância de poder, desta vez é “a manutenção do atual governo que causa apreensão e desperta incertezas” a empresários e investidores.
- VEJA afirma que, “caso vença Marina ou Aécio, espera-se uma correção de rumo na administração da economia que dê novo alento aos investimentos. Em um cenário de mais quatro anos de Dilma, ao contrário, existe pouca clareza sobre se haverá mudanças ou se a presidente, mesmo com a já anunciada substituição de Guido Mantega na Fazenda, promoverá ajustes favoráveis ao setor privado”.
- ISTOÉ segue a mesma linha e assinala que, com tantas reviravoltas no cenário eleitoral, o mercado está reagindo com intensidade a cada nova pesquisa de intenção de votos para presidente, “pois quer adivinhar qual será a política econômica dos próximos quatro anos.” Reportagem aponta que desta vez, está reagindo não ao desconhecido, mas ao conhecido. “Nos últimos dias, cada ponto a mais da presidenta Dilma nas pesquisas fez a bolsa cair e o dólar subir”, observa.
- ÉPOCA centra forças nos trabalhos do Congresso Nacional após as eleições de domingo, com possibilidade de votação de “temas críticos”, especialmente em economia. “O ano termina com uma combinação preocupante de tendência de aumento do desemprego, baixa atividade, contas públicas desalinhadas e pouco investimento privado”, situa a revista. Segundo a reportagem, medidas urgentes, que podem afetar o emprego e a produção já em janeiro de 2015, dependem da ação imediata de deputados e senadores.
- Entre as colunas, PODER, na ISTOÉ DINHEIRO, informa: “A alta do dólar nas últimas semanas preocupa o ministro da Fazenda, Guido Mantega, pelos possíveis reflexos na inflação. Em contrapartida, está sendo recebida com alívio pelas exportadoras. Mesmo que parte da alta seja devolvida após as eleições, os empresários acreditam que a cotação se mantenha acima dos R$ 2,40, aumentando a competitividade da indústria, que neste ano está produzindo menos do que em 2013”.
- PODER adverte ainda: “Apesar dos gastos maiores com investimento em agosto, o governo deve reduzir as verbas para rodovias, ferrovias, aeroportos e portos em 2015. A proposta orçamentária em tramitação no Congresso mostra despesas de R$ 17,5 bilhões nessas áreas, 7% menos do que o previsto para 2014. Projeção da Confederação Nacional dos Transportes (CNT) avalia que são necessários R$ 987 bilhões para modernizar a infraestrutura do País. O governo diz que os gastos serão menores porque haverá mais investimento privado”.
- Ainda em ISTOÉ DINHEIRO, notícia é que montadoras com estoques elevados, como Volkswagen, Renault e Ford concederam férias coletivas para os seus funcionários, enquanto a GM abriu um programa de demissões voluntárias. Segundo aConfederação Nacional da Indústria (CNI), outros segmentos do setor produtivo estão demitindo há seis meses.
- Encerrando noticiário de interesse do setor, reportagem em VEJA aponta as “ineficiências estruturais do país” como as motivadoras do aumento do volume de importação de produtos têxteis de origem asiática. Texto relata queixas da indústria têxtil e destaca perda da competitividade das fábricas nacionais. “Sem escala, a indústria não consegue competir e fica para trás. A saída, ao menos para os varejistas, é importar a competitividade dos asiáticos e aproveitar a eficiência dos terminais catarinenses”, completa.