Destaques

quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Tecpar é contratado para realizar ensaios de resíduos agrotóxicos para a Adapar


O Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar) assinou um contrato com a Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) para prestar serviços tecnológico que visam verificar a conformidade de alimentos e produtos de uso agrícola comercializados no estado. Pelo acordo, ao longo de um ano, o Tecpar vai analisar 340 amostras de alimentos para comprovar a ausência de agrotóxicos, além de 500 amostras de fertilizantes, corretivos agrícolas e inoculantes coletados pela Adapar, para avaliação da conformidade das formulações declaradas pelos fabricantes. 

Essas análises serão realizadas pelo Centro de Ensaios Tecnológicos (Cetec), que reúne seis laboratórios no Tecpar. Ao todo, serão feitos ensaios químicos, físicos e microbiológicos, além da emissão de laudos técnicos e realização de análises periciais, em produtos como feijão, tomate, maçã e soja, por exemplo. Para realizar o trabalho de fiscalização de uso de agrotóxicos, os fiscais agropecuários da Adapar coletam amostras de produtos vegetais e de fertilizantes para análise e verificação da possível existência de resíduos de agrotóxicos, proibidos ou acima do limite máximo permitido pela legislação, além dos níveis de garantia dos fertilizantes, corretivos agrícolas e inoculantes. 

Em posse dessas amostras, o Tecpar realiza então ensaios físicos, químicos e biológicos para verificar a qualidade de fertilizantes, biofertilizantes, corretivos, inoculantes, agrotóxicos e resíduos de agrotóxicos em alimentos. Após a análise, o Tecpar emite um laudo técnico, documento hábil que serve de base para a proposição de medidas corretivas caso os produtores agrícolas e fabricantes de fertilizantes não atendam a legislação em vigor. 

De acordo com o diretor de Desenvolvimento Tecnológico do Tecpar, Guilherme Zemke, esses serviços laboratoriais asseguram à fiscalização da Adapar maior precisão nas informações sobre o uso de produtos agrícolas nas lavouras do estado. “O Paraná tem uma forte vocação ao agronegócio. Prestando esse serviço, o Tecpar colabora com os objetivos do governo estadual em desenvolver o setor, com informações mais confiáveis para fiscalizar e dar competitividade a nossa produção agrícola”, salienta Zemke. 

Esses serviços tecnológicos vão dar suporte à fiscalização promovida em todo o estado pela Adapar, que tem como finalidade estabelecer normas, padrões e procedimentos, que determinam a adoção das medidas de prevenção e contribuem para a sanidade da produção agropecuária paranaense, promovendo o aumento da competitividade junto ao mercado globalizado. 



CCJ aprova regulamentação de empresa júnior


Agripino (ao microfone) acredita que a regulamentação 
beneficiará pequenos e microempreendedores.
Geraldo Magela/Agência Senado
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) aprovou em decisão terminativa nesta quarta-feira (29) projeto de lei do senador José Agripino (DEM-RN) que disciplina a criação e a organização de empresas juniores, associações formadas por estudantes de graduação e ligadas a instituições de ensino superior (PLS 437/2012). Se não houver recurso para votação pelo Plenário do Senado, a proposta segue direto para a Câmara dos Deputados.
De acordo com o projeto, empresas juniores serão organizadas sob a forma de associação civil sem fins lucrativos, integradas por estudantes voluntários para prestar serviços e realizar projetos na sociedade. Um dos principais objetivos das empresas é o de oferecer consultoria a pequenas e microempresas que não têm condições de contratar esses serviços.
Segundo observou o relator, senador Cyro Miranda (PSDB-GO), as empresas juniores promovem a capacitação e o crescimento profissional e pessoal dos alunos participantes. Além disso, conseguem oferecer produtos e serviços de qualidade a custos menores para segmentos empresariais que não podem contratar consultorias já estabelecidas.
O parecer inicial de Cyro foi pela aprovação do PLS 437/2012 com duas emendas de redação acolhidas pela Comissão de Educação (CE). Entretanto, durante a discussão da proposta na CCJ, ele decidiu aproveitar emenda do senador Aníbal Diniz (PT-AC) eliminando a proibição de empresas juniores captarem recursos financeiros para a instituição de ensino a que estiverem vinculadas.
A iniciativa de Agripino — “uma proposta em benefício do empreendedorismo” — foi elogiada ainda pelo senador Waldemir Moka (PMDB-MS), para quem a construção de uma sociedade socialmente justa e economicamente viável passa pela adoção de incentivos como esse.
Agência Senado

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

CSSF Aprova Relatório Final da Subcomissão Especial de Desenvolvimento do Complexo Industrial em Saúde, Produção de Fármacos, equipamentos e outros insumos

http://www.camara.gov.br/internet/imagens/comissoes/Brasao.jpg  


                                      CÂMARA DOS DEPUTADOS
COMISSÃO DE SEGURIDADE SOCIAL E FAMÍLIA 54ª Legislatura - 4ª Sessão Legislativa OrdináriaPAUTA DE REUNIÃO ORDINÁRIA
DIA 29/10/2014
LOCAL: Anexo II, Plenário 07 

HORÁRIO: 09h30min

A -
Relatórios:
1 -
RELATÓRIO Nº 1/14 - Relatório Final da Subcomissão Especial de Desenvolvimento do Complexo Industrial em Saúde, Produção de Fármacos, equipamentos e outros insumos. 

Vista conjunta aos Deputados Darcísio Perondi, Geraldo Resende, Mandetta, Marcos Rogério e Marcus Pestana, em 16/07/2014.

  
Foi aprovado o Relatório Final da Subcomissão Especial de Desenvolvimento do Complexo Industrial em Saúde, Produção de Fármacos, equipamentos e outros insumos. O documento foi redigido deputada Jandira Feghali (PC do B- RJ). Os trabalhos foram relatados pelo deputado João Ananias (PC do B-CE A Comissão é presidida pelo deputado Amauri Teixeira (PT-BA).

Na reunião ordinária desta quarta-feira também foi inaugurado o painel eletrônico da CSSF. O equipamento vai registrar a presença dos deputados e as votações feitas pela Comissão.


 Assessoria CSSF


Eduardo Cunha reconduzido à liderança do PMDB

Cunha assumiu a liderança do partido no ano passado.
O deputado Eduardo Cunha (RJ) foi reconduzido à liderança do PMDB em reunião da bancada na manhã desta quarta-feira (29). Além da liderança, a bancada está discutindo a posição do partido em relação à reforma política.

Eduardo Cunha assumiu a liderança da legenda em fevereiro do ano passado. O deputado carioca, que tem 56 anos e é economista, foi eleito no início de outubro para o quarto mandato consecutivo na Câmara dos Deputados.

Da Redação – JJ

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Projeto da biodiversidade terá novo texto para o PL 7735/14 - regras de acesso ao patrimônio genético brasileiro

O deputado Alceu Moreira (PMDB-RS) informou há pouco que deverá se reunir hoje, às 18 horas, com o ministro da Agricultura, Neri Geller, para discutir um novo texto para o Projeto de Lei 7735/14, que estabelece regras de acesso ao patrimônio genético brasileiro. Moreira foi indicado pelo presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves, para ser relator da proposta.

O projeto regula a pesquisa científica e a exploração comercial da biodiversidade de plantas, animais e também do conhecimento acumulado por povos indígenas e tradicionais.
Alceu Moreira vai acolher um texto substitutivo elaborado pelo próprio governo. Esse substitutivo inclui no projeto, por exemplo, emendas da bancada do agronegócio com regras sobre pesquisas ligadas à produção de alimentos e à agropecuária. “Esse [novo] texto engloba todo o patrimônio genético brasileiro, abrange a área de agricultura e inclui as variedades exóticas que já foram internalizadas”, disse.

“Esse substitutivo é resultado do acumulado de um longo debate com diversos setores da sociedade e do governo”, afirmou o deputado. Segundo Moreira, em reunião realizada nesta tarde, representantes da área jurídica do Ministério da Agricultura pediram mais tempo para analisar o novo texto.

Uma das divergências apontadas pelo ministério, segundo Moreira, está relacionada aos processos de arbitragem. “O Ministério da Agricultura quer participar das arbitragens juntamente com o Conselho de Gestão do Patrimônio Genético”, declarou.

Agilidade nas pesquisas

O objetivo da proposta é atualizar a legislação para facilitar o início de pesquisas científicas com recursos da biodiversidade brasileira. Pelo projeto, por exemplo, pesquisadores brasileiros precisarão apenas de um cadastro declaratório para ter acesso ao patrimônio genético do País, incluindo o conhecimento acumulado por povos indígenas e comunidades tradicionais.


Atualmente, é necessária autorização prévia do Conselho de Gestão do Patrimônio Genético (Cgen) para o início das pesquisas.

Íntegra da proposta:
·       PL-7735/2014
Reportagem – Murilo Souza
Edição – Pierre Triboli


'Agência Câmara Notícias'

Lucro da MSD recua 20,4% no terceiro trimestre

Com queda nas vendas e perda de patentes, a farmacêutica MSD (conhecida nos EUA e Canadá como Merck & Co.) registou lucro líquido de 895 milhões de dólares no terceiro trimestre deste ano, pelo padrão contábil US GAAP, avança o Valor OnLine, citado pelo G1, o site noticioso da rede Globo.

O montante representou uma queda de 20,4% na comparação com o mesmo período do ano passado.

Já o lucro ajustado da companhia de Julho a Setembro foi de 2,73 mil milhões de dólares em 2013 para 2,62 mil milhões de dólares neste ano, uma queda de 4%.

As vendas da companhia passaram de 11,03 mil milhões de dólares de Julho a Setembro de 2013 para 10,56 mil milhões de dólares neste ano - queda de 4,3%. 

O desempenho da empresa sofreu impacto da expiração de patentes de medicamentos e queda na venda de produtos para tratamento de hepatite C. 

As vendas do Singulair®, medicamento usado no tratamento de asma, recuaram 20%, para 218 milhões de dólares, por causa da perda do mercado exclusivo. O medicamento Nasonex®, utilizado por pacientes que sofrem de rinite alérgica, também registou queda expressiva nas vendas, de 12%, para 261 milhões de dólares. 

Fonte: Valor OnLine/G1

Desafios do Brasil: financiamento para área da saúde precisa ser ampliado

Especialistas falam sobre prioridades na saúde, como a modernização do Sistema Único de Saúde

Uma das principais cobranças dos brasileiros para os próximos quatro anos inevitavelmente será sobre a questão da saúde. No começo do ano, uma pesquisa Datafolha contratada pela Interfarma (Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa) revelou que 45% dos brasileiros identificam a saúde como principal problema do país. O próprio ministro da Saúde Arthur Chioro, que assumiu o cargo em fevereiro deste ano, elencou na época de sua posse uma série de desafios fundamentais para o setor, que vão desde investir e consolidar a atenção básica à saúde até a necessidade de qualificar as relações interfederativas e a modernização do Sistema Único de Saúde (SUS), passando pela questão fundamental do financiamento da saúde.

Chioro  levantou questões que precisam ser vistas como prioritárias. Para ele, é necessário pensar uma nova agenda para a Saúde Pública. Chioro acredita que, devido aos avanços no combate de doenças infectocontagiosas e transmissíveis, é preciso avaliar quais são os novos problemas de saúde do brasileiro. Para o ministro, dificuldades como a obesidade infantil, o alcoolismo, o tabagismo e a violência no trânsito devem passar a ocupar posições de destaque entre as prioridades que devem ser trabalhadas na saúde brasileira.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Médicos de São Paulo (Simesp), Eder Gatti, o principal desafiopara o novo presidente é questão do financiamento da saúde que, de acordo com ele, precisará ser ampliado – e esse aumento se deve em parte às mudanças no perfil da população brasileira. “Passamos por um momento em que a população está envelhecendo e isso acarreta um aumento em doenças mais complexas e caras. Vai ter que aumentar o financiamento. Além disso, o pacto federativo deve ser revisto, o Governo Federal deve trazer para ele uma maior responsabilidade na administração da saúde, talvez criando planos de carreiras para profissionais em municípios pequenos, para sanar as desigualdades”, aponta.

Sobre a modernização do SUS, Chioro afirmou no principio do ano que esse seria o ponto mais importante a ser debatido na questão da saúde. O ministro considera que a reforma do sistema é algo que já deveria estar sendo trabalhado desde a década de 1980 em relação à gestão dos serviços de saúde. Para Chioro, a reforma é algo necessário e decisivo para que a saúde no Brasil avance e é preciso que haja universalidade nos sistemas de gestão públicos.

Apesar dos problemas, o presidente do Simesp faz questão de ressaltar que a saúde no Brasil vem melhorando inegavelmente nos últimos 20 anos. “Os indicadores melhoraram, houve um aumento da expectativa de vida, houve queda na taxa de mortalidade infantil, além de mudanças no perfil epidemiológico. Hoje é menor o número de pessoas que morrem de doenças infecciosas, ao passo que aumentou a incidência de doenças crônicas. Essa melhora na saúde acontece muito em parte por conta a maior oferta de serviços de saúde e melhora do padrão de consumo”, conta.

Apesar das melhoras no campo da saúde desde que ela passou a ser tratada como um direito do cidadão, Gatti diz que ainda existem fortes deficiências na área. “São três grandes problemas que acabam resultando em todos os outros. O primeiro é a falta de financiamento, você tem uma escassez de recursos para tocar os serviços de saúde. O segundo problema é o modelo de gestão onde a saúde é muito fragmentada, administrada pelas três esferas de governo. O terceiro problema é a escassez de recursos humanos que o Brasil sofre”, enumera.

O presidente do Simesp explica que o Brasil atualmente possui dois médicos para cada mil habitantes. Gatti explica que para alguns esse número é considerado suficiente, mas é pequeno quando é feita uma comparação com outros países que trabalham no objetivo de construir uma política universal e pública de saúde. “Para o que o Brasil se propõe, é um número que pode melhorar. E associado a isso você tem a concentração desses profissionais nos grandes centros urbanos, onde encontram melhores estruturas e melhores salários. Essa concentração é fruto de uma deficiência dos sistemas de saúde”, avalia.

Outras necessidades que Eder Gatti aponta são em questões de como se organiza os investimentos na rede de saúde. Para ele, é necessário que haja um fortalecimento nas Redes de Atenção à Saúde (RAS). “Só isso já dá conta de resolver mais de 70% das demandas da população. O governo vai precisar fortalecer ainda mais a função básica, dando um suporte muito grande aos municípios. A saúde é um direito do cidadão, ou seja, a garantia disso por si só já é um desafio para o Estado”, pontua.

O ministro da Saúde Arthur Chioro afirmou ainda que é fundamental que seja compreendida a importância que o programa Saúde da Família possui dentro do sistema de saúde. De acordo com o ministro, uma quantidade relevante de pessoas que estão nas emergências dos hospitais deveriam ser tratadas em seus próprios bairros e receber acompanhamento de forma integral. Para isso, Chioro afirmou que é necessário que haja investimento das três esferas de governo nas 27 mil unidades básicas de saúde, para que o país possa apresentar, já a curto prazo, um quadro descentralizado de atenção básica à saúde de qualidade.

Taxa de longevidade mais alta no país
No Brasil, somos mais de 202 milhões e, segundo o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), a expectativa de vida do brasileiro é de 73,9 anos. A marca representa um aumento de 17,9% nos últimos 20 anos. Sobre as mudanças na saúde em relação aos idosos, Chioro diz não ser mais possível postergar esse debate. Para o ministro da Saúde, novos médicos irão precisar de uma formação que englobe o cuidado ao idoso, avaliando que não serão formados tantos geriatras quanto serão demandados, e os médicos precisarão estar preparados para esse novo perfil populacional.

Sobre o envelhecimento da população, o patologista Ricardo Artigiani, diretor da Sociedade Brasileira de Patologia (SBP), aponta para outra face do problema: a possibilidade de uma futura falta de patologistas, os médicos que trabalham em laboratórios, hospitais ou universidades, especializados no diagnóstico. “O Brasil vai ser o sexto país em idosos em dez anos, estamos envelhecendo rápido e com qualidade de vida. O paciente de 70 anos hoje tem uma vida saudável e produtiva. Porém, o envelhecimento está associado ao aparecimento de diversas doenças, principalmente do câncer. Quem vai definir o tratamento do câncer é o patologista e nós temos cada vez um número maior de biópsias e cada vez menor de novos patologistas”, aponta.

Além desse déficit em determinadas áreas da medicina por falta de estímulos em determinadas áreas da medicina, Artigiani aponta para a presença de problemas estruturais que acabam influenciando no campo dos diagnósticos. “No caso do câncer, temos tratamentos que aumentam a sobrevida dos pacientes, mas para que o paciente possa fazer esse tratamento são necessários exames patológicos apurados. Patologia depende de equipamento atualizado e é isso que está faltando. É preciso ter linhas de crédito ou o fornecimento desses equipamentos para hospitais públicos”, acredita o patologista.

Investimentos em tratamento e pesquisas sobre câncer
Para o hematologista Angelo Maiolino, diretor da Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular (ABHH), a dificuldade de acesso a medicamentos para tratamentos de câncer, e para outras doenças, é um problema que também precisa ser resolvido. “Para o tratamento do câncer, existe uma gama bastante expressiva de medicamentos desenvolvidos nos últimos anos, mais modernos que quimioterápicos, como os anticorpos monoclonais e os imunomoduladores. Na medida em que esses medicamentos vão sendo introduzidos no cenário internacional, a ideia é que a incorporação no Brasil fosse feita mais rapidamente. O problema é que no Brasil, o processo de registros de medicamentos leva muito tempo”, aponta.

No campo do câncer, inclusive, o oncologista pediátrico Marcelo Rizzatti, gestor médico do Grupo em Defesa da Criança com Câncer (Grendacc), diz que um dos principais avanços contra o câncer infantil nos últimos anos foi a promoção da importância do diagnóstico precoce no meio pediátrico geral. Porém, ele grifa que o câncer em crianças também possui algumas demandas específicas. “As principais urgências na oncologia pediátrica são aquelas nas quais a doença expõe o paciente a risco iminente de morte. Seja no diagnóstico, em tumores de sistema nervoso central ou leucemias com risco de sangramentos, ou ao longo da terapia, em infecções decorrentes da terapia que deixa o paciente mais susceptível”, explica.

Maiolino aponta ainda que muitas vezes existem graves discordâncias entre o que é aprovado dentro do Brasil é o que é aprovado no exterior. O hematologista diz também que o atraso na incorporação e a garantia de acesso de medicamentos são problemas sérios no país. “Existe um medicamento para mieloma que já é aprovado em 80 países e não é aprovado no Brasil, é meio incompreensível. Além disso, existe um segundo problema, que é fazer com que um medicamento consiga atingir toda a população que tem a doença. Isso acaba não acontecendo porque para incorporar no SUS, é preciso passar pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias (Conitec). Muitas vezes o medicamento é disponibilizado na rede privada e não é pelo SUS. Isso causa um grande prejuízo para o tratamento das doenças”, explica.

O que é necessário, de acordo com Maiolino é que a burocratização do sistema diminua e que seja apresentada uma lógica mais clara tanto de incorporação quanto de acesso a esses medicamentos pelos pacientes. Não só na questão dos medicamentos, mas também da pesquisa. “O processo regulatório, que envolve a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e o Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep), são muito burocratizados. Basta uma rasura em uma folha, uma incompreensão em uma vírgula nessas pesquisas para todo o processo atrasar dois, três meses. O processo do Conep é necessário, mas também é necessário agilizar. A solução seria trabalhar por meta para aprovar pesquisas e colocar gente suficiente para analisar os processos e, assim, não perder tempo”, afirma.

Jornal do Brasil Rafael Gonzaga - Do programa de estágio do JB

Cid Gomes cotado para ministro de Dilma

O governador do Ceará, Cid Gomes deve assumir em 2015 o Ministério da Educação, embora nos últimos dias tenham sido especuladas as pastas da Integração Nacional e Saúde para Cid.
Informações publicadas no Portal 247 davam conta de que Cid Gomes é um dos nomes mais cotados na bolsa de apostas de Brasília para se tornar ministro da Saúde no novo governo Dilma. O Blog “Gerson Camarotti” (G1), publicou na manhã de hoje que entre os aliados, o governador do Ceará, é cotado para  um cargo de destaque no primeiro escalão. “Ele pode ocupar o Ministério da Integração Nacional, para concluir a transposição do São Francisco, ou mesmo o Ministério da Educação.
A expectativa para um cargo em Brasília já havia sido lançada em 2013, quando o então ministro da Saúde, Alexandre Padilha se preparava para deixar o cargo e disputar o governo de São Paulo. Há informações que Cid não teria aceitado o convite por não abrir mão do governo do Ceará.

Líderes vão discutir nesta quarta-feira projeto sobre pesquisa na biodiversidade

Líderes partidários, ambientalistas e representantes do agronegócio se reúnem nesta quarta-feira (29), às 13h30, na liderança do governo para tentar um acordo que permita o avanço das negociações sobre o projeto que cria novas regras para pesquisa e exploração do patrimônio genético de plantas e animais e de conhecimentos tradicionais associados (PL7735/14).
O projeto pretende diminuir a burocracia para pesquisas voltadas aos setores farmacêutico, cosmético, entre outros, mas tem a oposição de parlamentares ligados ao agronegócio. Apresentado pela Presidência da República no final de junho, o texto já recebeu mais de 100 emendas, mas ainda não tem relator definido. A proposta tranca a pauta de votações desde 11 de agosto.
O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves, disse esperar que os deputados terminem a reunião com um texto de consenso, que já possa ser votado nesta semana em Plenário.
Já o líder do PT, deputado Vicentinho (SP), admite que o número alto de emendas indica que o tema é controverso. “Como tem muitas emendas, vai requerer muitas discussões, talvez audiência pública, isso tudo vai depender da postura do relator escolhido”, disse.
O líder do governo, deputado Henrique Fontana, disse que a intenção é colocar na mesa de negociação as divergências de cada lado – ambientalistas e deputados ligados ao agronegócio.
Desburocratização
O projeto incentiva as pesquisas com recursos genéticos de plantas e animais brasileiros, que passam a ser feitas por meio de cadastro pela internet, sujeito à fiscalização posterior. Hoje, é necessária autorização prévia, um processo demorado que atrasa o início das pesquisas.
A proposta também simplifica o pagamento de royalties pelo uso dessa biodiversidade e de conhecimentos tradicionais associados. Esses royalties deverão ser pagos pelo fabricante do produto final resultante das pesquisas realizadas.
Agronegócio
O projeto não trata das pesquisas voltadas à agricultura e à produção de alimentos, que continuarão reguladas pela Medida Provisória 2.186-16/01. Mesmo assim, o texto não tem o aval dos deputados ligados à Frente Parlamentar Agropecuária. O presidente da frente, deputado Luis Carlos Heinze (PP-RS), disse que o setor já negociou com o Ministério da Agricultura uma norma sobre as pesquisas para a produção de alimentos e quer garantir que os temas sejam incluídos no projeto.
O temor dos produtores rurais é que eles sejam obrigados a pagar royalties ao exterior pelas sementes de produtos cultivados no Brasil – que não fazem parte da nossa biodiversidade – caso o Brasil ratifique o Protocolo de Nagoya, que entrou em vigor sem a participação do Brasil. A intenção é incluir no texto que as pesquisas para produção de alimentos não serão taxadas.

Íntegra da proposta:

Reportagem – Carol Siqueira
Edição – Pierre Triboli

'Agência Câmara Notícias'

Dois dias depois da eleição, Câmara derruba decreto bolivariano de Dilma

Projeto era destinado a criar conselhos populares em órgãos da administração

Marcela Mattos, de Brasília

Plenário da Câmara dos Deputados, em Brasília 
(Zeca Ribeiro/ABr/VEJA)
A Câmara dos Deputados reagiu e, enfim, derrubou nesta terça-feira o decreto bolivariano da presidente Dilma Rousseff, destinado a criar conselhos populares em órgãos da administração pública. A matéria foi assinada no final de maio em uma canetada da presidente e foi alvo decríticas de juristas e parlamentares. O Senado ainda tem de avaliar o projeto de decreto legislativo para que a determinação do Planalto seja suspensa. 

A derrubada da matéria é uma reivindicação antiga da oposição e se deu dois dias após as eleições, indicando a turbulência que Dilma encontrará no Congresso no novo mandato. “Essa derrota é para mostrar que o discurso de conversa com o Congresso não poder ficar só na teoria”, resumiu o deputado Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA).

Reinaldo Azevedo: Decreto é bolivariano, sim!
Tão logo foi apresentado, no início de julho, o projeto que sustava o texto palaciano teve adesão maciça de partidos de oposição e da base, contando inclusive com o apoio do PMDB, maior aliado do governo. Na Câmara, a matéria ganhou regime de urgência, o que permitiu que fosse direto ao plenário antes de tramitar pelas comissões. O projeto de decreto legislativo que pedia a suspensão da canetada de Dilma foi pautado nesta terça por Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), presidente da Casa que saiu derrotado na disputa ao governo do Rio Grande do Norte. Alves credita sua derrota à falta de apoio da presidente Dilma e ao fato de que o ex-presidente Lula chegou a participar da propaganda eleitoral do adversário Robinson Faria (PSD), eleito para o governo potiguar. Durante a sessão, o presidente convocou os deputados para que se mantivessem no plenário e garantissem a aprovação do texto. A derrubada do decreto foi aprovada em votação simbólica. 
'Sociedade civil' – O decreto número 8.243/2014 foi criado sob o pretexto de instaurar a Política Nacional de Participação Social (PNPS) e o Sistema Nacional de Participação Social (SNPS). Mas, na prática, prevê a implantação de “conselhos populares”, formados por integrantes de movimentos sociais, vinculados a órgãos públicos. A matéria instituiu a participação de “integrantes da sociedade civil” em todos os órgãos da administração pública. Porém, ao trazer uma definição restritiva de sociedade civil, representa um assombroso ataque à democracia representativa e à igualdade dos cidadãos ao privilegiar grupos alinhados ao governo.

O decreto do Palácio do Planalto é explícito ao justificar sua finalidade: “consolidar a participação social como método de governo”. Um dos artigos estabelece, em linhas perigosas, o que é a sociedade civil: “I – sociedade civil – o cidadão, os coletivos, os movimentos sociais institucionalizados ou não institucionalizados, suas redes e suas organizações”. Ou seja, segundo o texto assinado por Dilma, os movimentos sociais – historicamente ligados ao PT – são a representação da sociedade no Estado Democrático de Direito.
A votação, que se arrastou por mais de duas horas, foi marcada por debates acalorados. “Numa democracia, quem escolhe o representante é o cidadão, é o povo. Com esse decreto, a presidente quer que essa escolha seja feita pelo próprio PT. Isso é um regime autoritário”, afirmou o líder do PSDB, deputado Antônio Imbassahy (PSDB-BA). “A Casa tem de se pronunciar. Não há espaço para que haja uma omissão do Parlamento brasileiro tendo em vista um quadro tão grave. A presidente Dilma prega dialogar, chama a nação para uma ampla negociação, mas impõe, via decreto presidencial, um modelo de consulta à população que é definido pelo Poder Executivo. É uma forma autocrática, autoritária, passando por cima do Congresso Nacional. Esse é um decreto bolivariano que realmente afronta o Poder Legislativo”, continuou o líder do DEM, deputado Mendonça Filho (PE).
O PT tentou evitar a derrota a todo custo. Sabendo que não funcionaria no diálogo, o partido apresentou uma série de requerimentos, entre eles para adiar a sessão e retirar a matéria de pauta, mas todos foram rejeitados. 

Sanofi board votes to remove Christopher Viehbacher as CEO

Sanofi announced Wednesday that the board of directors decided unanimously to "remove" Christopher Viehbacher as CEO, with chairman Serge Weinberg replacing him on an interim basis. The company noted that "as a consequence...Viehbacher resigned as a director." Shares in Sanofi fell as much as 6 percent on the news.
According to Weinberg, the decision was taken as a result of "numerous issues," including Viehbacher's management style, along with "problems of cooperation with the board and execution problems." Weinberg suggested that discussions surrounding Viehbacher's future began in the middle of the summer, adding that there was general dissatisfaction among Sanofi's 15 board members about what the company really needed. "Governance is not just about dealing with difficulties when they are obvious to everyone," Weinberg remarked, noting "it is about anticipating risks in the future."
Commenting on the news, Kepler Cheuvreux analyst Fabian Wenner said "I'm flabbergasted," adding "just firing him without having a replacement only makes things worse. I'd be slightly scared of how things progress from here." Sanford C. Bernstein analyst Tim Anderson noted that "the ups have generally exceeded the downs," under Viehbacher's tenure, whichstarted in 2008. "Our perception is that Viehbacher has had the support of the investment community more often than not," Anderson remarked.
The announcement follows recent speculation surrounding Viehbacher's position, with the company on Monday saying that replacing the CEO was not on the agenda of a meeting to review quarterly results. On Tuesday, Sanofi's shares dropped as much as 9.5 percent after the drugmaker indicated alongside its third-quarter financial results that pricing pressure on its diabetes portfolio is likely to increase in the US into next year, with sales "broadly stable" versus 2014.
Weinberg also highlighted inventory mismanagement in Brazil last year, which led the company to cut its profit forecast, as being behind the decision to remove Viehbacher. In addition, Weinberg cited the fact that the executive hadn't briefed the board in advance of efforts to divest a portfolio of mature products in Europe. Weinberg stressed that the issue had nothing to do with Viehbacher's nationality, or his decision to move to Boston earlier this year.
However, Weinberg conceded that Viehbacher's relocation had made everyday dealings more difficult and had also been "an illustration" of some of the differences that had arisen in recent months. "Overall, we had the feeling that the management style in a company that is big, international and complex needs to be much more inclusive," Weinberg said.
"Going forward, the group needs to pursue its development with a management aligning the teams, harnessing talents and focusing on execution with a close and confident cooperation with the board," Sanofi said. The drugmaker added "the board confirms its commitment to continuing the strategy and the international expansion of the group based on research and innovation and its growth platforms." Weinberg would not put a timeframe on appointing a new CEO, but indicated that the position will not be filled by an internal candidate. "We will be looking outside," Weinberg said, adding "we are looking for the best CEO for this company."
Navid Malik of Cenkos Securities noted that "Viehbacher tried hard to change the DNA of the company but the board won in the end. Sanofi will become more parochial now." Meanwhile, Anderson suggested that Sanofi could look to make further acquisitions in the wake of Viehbacher's departure. "Generally speaking, in the pharmaceutical sector, larger M&A deals tend to happen when companies are in difficult straights and this is where Sanofi seems to be at the moment," Anderson said.

(Ref: Financial Times, The Wall Street Journal, Fidelity, ABC News, The Guardian, Bloomberg, Sanofi)
October 29th, 2014  By: Matthew Dennis

País é questionado na OMC sobre alta de subsídios para a indústria farmacêutica

Por Assis Moreira | De Genebra
Washington Costa/MdicFelipe Hees, chefe da delegação brasileira no Comitê de Subsídios: questões de Canadá, EUA, Austrália e Nova Zelândia

O aumento de 525% na ajuda dada pelo governo brasileiro à industria farmacêutica em quatro anos teria se justificado pelo ritmo acelerado de crescimento do setor. Essa foi a explicação dada ontem pela delegação brasileira na Organização Mundial do Comércio a questões apresentadas por países-membros.
Indagado pelo Canadá sobre a alta de subsídios, de R$ 12 milhões em 2009 para R$ 75 milhões em 2012, o Brasil respondeu que, nos anos recentes, o mercado farmacêutico brasileiro cresceu mais de 10% por ano. Com isso, as companhias do setor têm tentado aumentar investimentos em pesquisa e desenvolvimento de novos produtos como estratégia para reforçar a competitividade, elevando a demanda de fundos do programa BNDES Profarma Inovação.
A delegação brasileira na reunião do Comitê de Subsídios, chefiada pelo conselheiro Felipe Hees, respondeu a questões também dos Estados Unidos, Austrália e Nova Zelândia sobre uma serie de programas governamentais. A resposta em geral foi de que nenhum programa introduzido desde 2011 constitui subsídio que poderia ser considerado irregular pelas regras da OMC, ou como forma de discriminação entre produtos estrangeiros e domésticos.
Segundo a delegação brasileira, todos os programas visam aumentar eficiência energética e sustentabilidade da economia como um todo, expandir e modernizar a infraestrutura, proteger o consumidor, apoiar pequenas e medias empresas e reduzir disparidades regionais e sociais.
Os Estados Unidos, que fizeram várias perguntas sobre o Inovar-Auto, Plano Brasil Maior (2011-2014) e Programa de Desenvolvimento Produtivo, não pareceram muito convencidos e sinalizaram que podem voltar com mais questões no mesmo Comitê de Subsídios da OMC.
Sobre o programa de modernização da frota pesqueira, questionada pela Nova Zelândia, a delegação brasileira respondeu que o último desembolso ocorreu em 2010 e que ele está sendo redefinido pelo governo.
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