Destaques

quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

FÓRUM NACIONAL DE MEDICAMENTOS, realizado no Interlegis no último dia 15 de dezembro

Acesso a medicamentos em debate no Senado O VII Fórum Nacional sobre Medicamentos no Brasil reuniu nesta terça-feira (15), no Senado Federal, importantes nomes da área de Saúde do País. Políticas públicas e estratégias de acesso aos medicamentos, inovação tecnológica, regulamentação e o desafio no tratamento de doenças crônicas e raras foram foco do debate Autoridades do setor de Saúde público e privado, pesquisadores e parlamentares, se reuniram para debater o acesso a medicamentos, no VII Fórum Nacional sobre Medicamentos no Brasil - Estratégias para acesso a novos medicamentos que ocorreu sob a moderação do Sr. João Sanches, na manhã desta terça-feira, 15, no auditório do Interlegis, no Senado Federal. 

O Fórum compõe as atividades do Programa Ação Responsável - que promove a discussão de assuntos prioritários da agenda do Governo Federal. A presidente do Instituto Brasileiro de Ação Responsável, Clementina Moreira Alves abriu as atividades ao falar sobre a atuação do programa nas áreas de Saúde, Meio Ambiente e Agronegócio, com destaque para o ano de 2015. “Estamos há alguns anos neste árduo, corajoso e exitoso trabalho. Neste ano, as atividades em Saúde tiveram um peso muito diferenciado e verificamos ao longo desses anos um fortalecimento”. Clementina anunciou o encerramento da agenda do ano de 2015, agradecendo aos conferencistas e ao público - que ressaltou como sendo pessoas comprometidas com o tema - e finalizou: “acreditamos, que só assim, teremos um País, de fato, responsável, de fato cidadão”. 

A Senadora Ana Amélia (PDT-RS) falou sobre a sua atuação na área de doenças raras e citou sua parceria com o Senador Ivo Cassol, na Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado Federal, bem como, a sua participação na audiência pública para discutir doenças raras no Brasil. Segundo a senadora, o registro de pesquisa clínica no Brasil é demorado, comparativamente a qualquer país do mundo. Como fruto do debate apresentou ainda, em parceria com o Senador Wladmir Moka (PMDB-MS) e o Senador Walter Pinheiro (PT-BA), o PLS 200, que está em tramitação no Congresso, e prevê agilidade e desburocratização das pesquisas clínicas no País. 

O deputado Federal Odorico Monteiro (PT/CE), titular da Comissão de Seguridade Social e Família, observou a importância da inovação tecnológica e citou o Sistema Único de Saúde (SUS) como o maior consumidor de medicamentos no Brasil. Segundo o parlamentar, a Constituição Federal de 88 universalizou a saúde no Brasil, o único País com mais de 100 milhões de habitantes que tem um sistema universal, cujo principal objetivo é garantir acesso e assistência a todos. “Quando se tem um sistema único, o Estado passa a ser o maior comprador de medicamentos”, destacou. 

O deputado federal Diego Garcia (PHS/PR) direcionou sua fala às doenças raras, em especial a LAM (Linfangioleiomiomatose), doença cística pulmonar incomum, que afeta em sua maioria mulheres em idade fértil. O parlamentar, que integra a criação da Frente Parlamentar de Doenças Raras, relatou ter recebido o apelo de diversas mulheres do País inteiro, reivindicando medicamentos e tratamentos e observou que atualmente há no Brasil mais de 11 milhões de portadores de alguma doença rara. O deputado é autor da PL 2654\2016, que propõe a inclusão dos gastos de doenças raras na dedução de imposto de renda. A maioria é conseguida via judicial. Sobre a motivação que o leva a lutar em prol Patrocínio: dos portadores de doenças raras, o deputado afirmou: “nós sabemos da diferença de se tratar de mais de 7 mil doenças raras já conhecidas. Existem varias que não sabemos nem sequer o nome”. 

Pedro Ivo Sebba Ramalho, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, explicou que a Anvisa tem feito grande esforço para dar mais efetividade na implementação de política de regulamentos e citou diversas medidas, como o programa de boas práticas regulatórias que a agência desenvolve, há quase uma década para aperfeiçoar o processo de definição de regras. “De forma pioneira, a Anvisa edita uma agenda regulatória que alcança quatro anos a partir da edição, com revisão bienal e ajustes pontuais para que a sociedade e o setor regulado saibam, com antecedência, quais regulamentos vai priorizar”, explicou. 

Em sua explanação no Fórum, o secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, Eduardo de Azeredo Costa, ressaltou que a saúde vive um momento emergencial, do ponto de vista sanitário. Para ele, decretar Estado de emergência foi uma grande iniciativa do ministro da Saúde, Marcelo Castro, sendo que o objetivo é evitar entraves burocráticos. “As PDPs consistem numa inovação radical na política de saúde nacional. A única política industrial que vingou no Brasil foi fruto de uma PDP na área de saúde, hoje, um instrumento importante de administração de custos”, afirmou. Ao falar sobre a Zica, Eduardo destacou que o quadro exige outras reflexões, por ser absolutamente desconhecida no Brasil e no mundo. E enfatizou: “o Brasil está no momento de resolver um problema para o mundo”. 

Em sua palestra, Marcus Simões, Diretor do Departamento de Setores Intensivos em Capital e Tecnologia do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, destacou as PDPs, como política de Estado. Segundo Marcus, entre outros benefícios das PDPDs, houve redução do déficit da indústria, que é bem elevado, de cerca de U$12 bilhões, além de promover maior industrialização e contribuição para maior apropriação para tecnologia de ponta e outras tecnologias para o aumento do acesso da população ao Sistema Único de Saúde (SUS), como oncológicos, biológicos, HIV e outros.

André Ulysses de Carvalho Lacerda, consultor da Unidade Técnica de Medicamentos e Tecnologias em Saúde (OPAS\ONU), enfatizou que o Brasil é um grande representante das políticas públicas de saúde e tem grande responsabilidade na condução dessa temática, sobretudo na América Latina. “O acesso a medicamentos não é mais o debate, mas o uso racional de medicamentos no Brasil, que ocupa relevante papel nos principias debates do tema no mundo”, pontuou na ocasião. 

Mesa técnica 

Clarice Petramale, diretora do Departamento de Gestão e Incorporação de Tecnologias em Saúde do Ministério da Saúde, destacou em sua palestra, que é preciso que o medicamento e a empresa que o produz estejam legalmente instituídos e tenham registro no Brasil para a incorporação racional de saúde. A gestora lembrou que tais procedimentos não consistem em simples burocracia, mas questões de segurança.“Não existe outro caminho que não seja pela regulamentação”, afirmou, Clarisse, que finalizou sua apresentação citando a judicialização dos medicamentos, como prática prejudicial ao País, e muitas das vezes, feita sem crítica ou adequação para o paciente. 

Patrocínio: 

Meiruze Sousa Freitas, Superintendente de Medicamentos e Produtos Biológicos da ANVISA, palestrou sobre o a importância da regulação de forma que ela não seja vista como entrave à vida da população e ao desenvolvimento econômico do País, mas no sentido de otimizar o acesso e o desenvolvimento econômico do País. “Um grande desafio da regulação é conciliar objetivos de proteção à saúde, com desenvolvimento econômico e social, alinhados aos principais interesses de legitimidade e dos interesses da sociedade”, salientou. Destacou ainda a incorporação de novas tecnologias como um dos fatores associados à queda da mortalidade, melhoria na qualidade de vida e aumento do volume do conhecimento produzido. Meiruze citou três agentes importantes nesse desafio: o governo, a universidade e a empresa para favorecer a inovação no Brasil. 

Ana Maria Martins, professora da Universidade Federal de São Paulo, focou sua fala em doenças raras, tema ao qual se dedica há 30 anos. A especialista esclareceu a definição e características das doenças raras e informou que cerca de 7% da população mundial sofre com algum tipo e que existem cerca de 7 mil tipos de doenças raras diagnosticadas, sendo 80% de etiologia genética. Ana Maria chamou atenção para os sinais e sintomas, em geral, desconhecidos pelos médicos e ressaltou que no Brasil os centros de referências são escassos e que a falta de conhecimento científico prejudica o tratamento. “Na doença rara, o paciente acaba convivendo com a judicialização. Não aquela que o medicamento não funciona e muitas vezes nem tem registro, mas a que o medicamento demora muito para chegar ao paciente e acaba sendo uma consequência”, concluiu a médica. 

Gisele Sampaio Silva, professora do Departamento de Neurologia e Neurocirurgia da Universidade Federal de São Paulo discursou sobre o Acidente Vascular Cerebral, doença que não tem tratamento específico. “´É possível com a incorporação de alguns medicamentos melhorar a qualidade de vida de uma doença que é uma das que mais matou no Brasil, mas felizmente essa realidade não se confere mais”, explicou. Segundo, Gisele, cerca de 400 mil casos de AVC ainda ocorrem no Brasil e, caso o paciente não receba a medicação adequada, o quadro se complica sensivelmente. 

Bruno Abreu, gerente de Regulação de Mercados da SINDUSFARMA, observou uma relação de causa e consequência no aspecto do acesso aos remédios. “Para falar de acesso e preciso discutir também preço, pesquisa, desenvolvimento, inovação, investimento e é preciso lembrar que o País passa por uma crise macroeconômica, o que afeta todos os tópicos citados”, detalhou. Para Bruno, o mercado farmacêutico em 2015 faturou R$45 bilhões, o que representa crescimento de 11% relativo ao período anterior. “A indústria de medicamentos é a última a sentir qualquer crise econômica, principalmente pela essencialidade do produto que vende. Mas, isso está se revertendo e a indústria já mostra uma queda no faturamento, desaceleração no crescimento, neste segundo semestre”. 

Serviço: VII Fórum Nacional sobre Medicamentos no Brasil 
Evento realizado: dia 15 de dezembro, das 9 às 14h 
Local: Auditório Antônio Carlos Magalhães no Interlegis (Senado Federal – Via N2) 
Mais informações: www.acaoresponsavel.org.brseminarios@acaoresponsavel.org.br e (61) 3368-6044 e 3468-5696 
Realização: Instituto Brasileiro de Ação Responsável Patrocínio: MSD, Sanofi Medley, Bayer e Genzyme

GOLIMUMABE da Janssen- Cilag e OMALIZUMABE da Novartis, vão para Consulta Pública

CONSULTA PÚBLICA No - 37, DE 16 DE DEZEMBRO DE 2015
O SECRETÁRIO DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INSUMOS ESTRATÉGICOS DO MINISTÉRIO DA SAÚDE torna pública, nos termos do art. 19 do Decreto 7.646, de 21 de dezembro de 2011, consulta para manifestação da sociedade civil a respeito da recomendação da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde relativa à proposta de incorporação no Sistema Único de Saúde do golimumabe para o tratamento da artrite psoriásica apresentada pela Janssen-Cilag Farmacêutica nos autos do processo MS/SIPAR n.º 25000.145785/2015-64. 

Fica estabelecido o prazo de 30 (trinta) dias, a contar da data de publicação desta Consulta Pública, para que sejam apresentadas contribuições sobre o
tema. 

A documentação objeto desta Consulta Pública e o endereço para envio de contribuições estão à disposição dos interessados no endereço eletrônico: http://conitec.gov.br/index.php/consultas-publicas

A Secretaria Executiva da CONITEC avaliará as contribuições apresentadas a respeito da matéria.

EDUARDO DE AZEREDO COSTA


CONSULTA PÚBLICA No - 38, DE 16 DE DEZEMBRO DE 2015

O SECRETÁRIO DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INSUMOS ESTRATÉGICOS DO MINISTÉRIO DA SAÚDE torna pública, nos termos do art. 19 do Decreto 7.646, de 21 de dezembro de 2011, consulta para manifestação da sociedade civil a respeito da recomendação da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde relativa à proposta de incorporação no Sistema Único de Saúde do omalizumabe para o tratamento da asma alérgica grave apresentada pela Novartis Biociências S.A. nos autos do processo MS/SIPAR n.º 25000.154037/2015-72. 

Fica estabelecido o prazo de 30 (trinta) dias, a contar da data de publicação desta Consulta Pública, para que sejam apresentadas contribuições sobre o tema. A documentação objeto desta Consulta Pública e o endereço para envio de contribuições estão à disposição dos interessados no endereço eletrônico: http://conitec.gov.br/index.php/consultas-publicas

A Secretaria Executiva da CONITEC avaliará as contribuições apresentadas a respeito da matéria.

EDUARDO DE AZEREDO COSTA

Comissão aprova orçamento com Bolsa Família preservado e superavit primário

Proposta orçamentária de 2016 pode ser votada pelo Plenário do Congresso (sessão conjunta de Câmara e Senado) nesta quinta-feira(17).

A Comissão Mista de Orçamento (CMO) aprovou nesta quarta-feira (16) a proposta orçamentária de 2016 (PLN 7/15), que prevê despesas da ordem de R$ 3 trilhões no próximo ano. Os números finais do projeto, que foi relatado pelo deputado Ricardo Barros (PP-PR), somente serão conhecidos amanhã, depois que todas as mudanças aprovadas hoje, por meio de destaques de deputados e senadores, forem incorporadas no texto.

O parecer final de Barros será colocado em votação nesta quinta-feira (17) no Plenário do Congresso Nacional, que tem sessão marcada para as 10 horas. Antes, os parlamentares devem votar, nessa sessão conjunta de Câmara e Senado, o projeto da nova Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO – PLN 1/15).

Luis Macedo / Câmara dos Deputados
Reunião Extraordinária. Dep. Ricardo Barros (PP-PR)
Barros tentou, até o fim, cortar R$ 10 bilhões do Bolsa Família, mas não teve apoio de nenhum partido da base ou da oposição

Para viabilizar a votação da CMO desta quarta, foram feitos diversos acordos nos últimos dias, entre o relator-geral, o líder do governo na comissão, deputado Paulo Pimenta (PT-RS), a presidente, senadora Rose de Freitas (PMDB-ES), e os demais líderes no colegiado.


Meta fiscal
O orçamento foi elaborado prevendo o superavit primário de R$ 24 bilhões para o governo federal, valor que está previsto na LDO, e de R$ 6,5 bilhões para estados, Distrito Federal e municípios. Ao final da votação, Barros lembrou que o texto foi aprovado no mesmo dia em que a agência de classificação de risco Fitch retirou o selo de bom pagador do Brasil, que perdeu o chamado grau de investimento. Ele destacou a importância da aprovação do orçamento com superavit. “Fizemos a nossa parte. Responsavelmente, decidimos que a meta será positiva”.


A aprovação com a meta de R$ 24 bilhões reverte a situação do projeto orçamentário, que chegou ao Congresso Nacional, em agosto, com deficit de R$ 30,5 bilhões. “É a melhor notícia das últimas semanas. O Brasil terá um norte”, disse o 1º vice-presidente da comissão, deputado Jaime Martins (PSD-MG).

Bolsa Família
Em relação ao programa Bolsa Família, a Comissão de Orçamento aprovou a manutenção do valor proposto pelo governo (R$ 28,1 bilhões). Ricardo Barros tentou, até o final, reduzir essa dotação em R$ 10 bilhões, valor que ele considerava suficiente para garantir a manutenção dos beneficiários em dia com as regras do programa e reprimir eventuais fraudes, problemas de gestão e concessões sem respaldo de lei.


“Só o Bolsa Família não contribuiu para o ajuste fiscal”, criticou Barros, que não teve apoio de nenhum partido da base aliada ao governo e da oposição para o corte.


Cortes
Apesar de a proposta sair com um valor maior do que veio do governo, resultado do aumento das receitas estimadas pelo Congresso Nacional, o parecer final contempla uma série de cortes de gastos de órgãos públicos dos três poderes (Legislativo, Executivo e Judiciário), Ministério Público da União (MPU) e Defensoria Pública da União (DPU), principalmente com custeio.


“Praticamente todos os órgãos tiveram cortes. Minha intenção, desde o começo, foi entregar um orçamento mais realista possível”, disse Barros. Os gastos com funcionalismo público diminuíram entre a proposta original e o parecer aprovado, passando de R$ 287,5 bilhões para R$ 277,3 bilhões.

Investimentos
Em relação aos investimentos públicos, houve crescimento. Os números ainda são provisórios, mas os investimentos financiados pelas estatais vão somar R$ 96,8 bilhões em 2016. Já os financiados pelos orçamentos Fiscal e da Seguridade Social somarão R$ 45,2 bilhões. No total, os investimentos sobem 20% em relação ao projeto.

Também houve mudanças significativas no lado das receitas, apesar de Ricardo Barros e o relator da receita, senador Acir Gurgacz (PDT-RO), terem tentado evitar ganhos expressivos para não elevar a proposta com tributos de difícil arrecadação. Segundo Barros, a receita contempla entre “R$ 100 bilhões e R$ 120 bilhões que não serão arrecadados”. Na prática, esse valor já indica o tamanho docontingenciamento que o orçamento federal poderá sofrer no início do próximo ano.


Outros pontos
- o texto contém ainda recursos para um salário mínimo de R$ 871, a vigorar a partir de 1º de janeiro; e
- o Fundo Partidário foi elevado de R$ 311,4 milhões para R$ 845,3 milhões, quantia próxima da autorizado para este ano (R$ 867,6 milhões).

Íntegra da proposta:

Reportagem – Janary Júnior
Edição – Marcelo Oliveira

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Congresso aprova PPA voltado para a educação

Matéria segue para sanção presidencial

O Plenário do Congresso Nacional aprovou nesta quarta-feira (16) o Plano Plurianual (PPA) 2016-2019, na forma dosubstitutivo da Comissão Mista de Orçamento, de autoria do deputado Zeca Dirceu (PT-PR). Esse plano contempla ações previstas para os próximos quatro anos. A matéria será enviada à sanção presidencial.

A principal novidade do PLN 6/15, segundo o parecer aprovado, é o alinhamento do PPA com as metas do Plano Nacional de Educação (PNE). “Posso dizer que este é o PPA da educação”, destacou o relator, devido à tradução orçamentária das metas do PNE e ao avanço em relação às metas do próprio plano educacional.


PNE
O PNE foi instituído pela Lei 13.005/14. A norma traz metas para o ensino brasileiro entre 2014 e 2024. Dirceu acolheu diversas emendas que alinharam o capítulo da educação do PPA ao plano nacional. Ele aproveitou a oportunidade para quantificar ou elevar algumas metas do PNE. Um exemplo é a titulação anual de professores do ensino superior.


O relatório do PPA determina, como meta para o período entre 2016 e 2019, que seja fixado em 73% o percentual de mestres e doutores no corpo docente em efetivo exercício nas universidades brasileiras. O PNE não traz nenhum percentual específico.

Zeca Dirceu ampliou ainda a meta de construção de escolas da educação básica, de três mil - valor que consta no projeto original do PPA - para quatro mil até 2019. O relator também criou algumas metas para o setor, como elevar a taxa de alfabetização da população com 15 anos ou mais para 95% até 2019. Hoje essa taxa é de 91,5%. O PNE fala apenas em atingir a universalização da alfabetização em 2024.

Para o relator, o alinhamento entre os dois planos fortalece a educação. “Esse plano aperfeiçoa a capacidade de o Brasil cumprir grandes metas, principalmente relacionadas à educação. Agora as metas estão em duas leis, e não apenas em uma. Isso traz mais robustez para o PNE”, apontou.

Ele comentou ainda que o PPA aprovado na Comissão de Orçamento beneficia estados, Distrito Federal e municípios, que poderão contar com mais recursos federais.
Segundo Dirceu, acontecimentos recentes também tiveram suas consequências abordadas no PPA, como a tragédia em Mariana (MG) e a prioridade para o combate ao mosquito transmissor de doenças como a dengue, a chikungunya e a zika. Esta última tem provocado uma epidemia de microcefalia em fetos.


Planejamento
O PPA foi criado pela Constituição para funcionar como o planejamento de médio prazo do País. A partir das metas inseridas no plano é que são elaboradas a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e o orçamento da União. O plano tem vigência de quatro anos, vigorando sempre do segundo ano de um mandato presidencial ao primeiro ano do mandato seguinte. O objetivo desse formato é garantir um mínimo de continuidade ao planejamento público entre duas gestões presidenciais.


A votação do PPA na Comissão de Orçamento interfere na análise da proposta orçamentária de 2016 (PLN 7/15). Segundo as normas do colegiado, a análise do relatório final do orçamento somente terá início após a aprovação, pelo Congresso Nacional (sessão conjunta de Câmara e Senado), do projeto de lei do PPA.

Reportagem - Eduardo Piovesan
Edição - Luciana Cesar
Agência Câmara Notícias'

Não faltarão recursos para a saúde, garante ministro Marcelo Castro sinalizando que a Sanofi está prestes a obter o registro da vacina de dengue

O ministro da Saúde, Marcelo Castro, garantiu nesta quarta-feira (16), durante a comissão geral, que não faltarão recursos no Orçamento da União para enfrentar o surto de microcefalia que atinge o País. “Não faltarão recursos porque entendo que este é o problema número 1 que o País tem que resolver. E é evidente que nenhum governo responsável deixara faltar recursos para um problema de saúde pública dessa magnitude”, disse Castro, destacando que esta também é a visão da presidente Dilma Rousseff.
Segundo Castro, o governo federal já reduziu de R$ 34 bilhões para R$ 24 bilhões a meta de superávit primário para 2016, pensando em ações emergenciais de saúde pública.
“A meta de superávit foi baixada para R$ 24 bilhões, que poderão ser usados em caso de urgência para defesa sanitária em saúde. Estamos fazendo todos os esforços e precisamos contar com o apoio e a mobilização da sociedade brasileira. Temos que ir para cima desse mosquito para exterminá-lo”, disse Castro.
Pesquisas
O ministro comentou ainda outras frentes de batalha contra o Aedes Aegypt e as doenças transmitidas por ele. Castro citou testes feitos pela Fiocruz, que estuda a contaminação do mosquito pela bactéria Wolbachia, na esperança de incapacitar o inseto a transmitir doenças tropicais.
“Essa bactéria é uma espécie de doença sexualmente transmissível, ou seja, quando o mosquito entra em contato com a fêmea ele transmite a bactéria a ela, também a incapacitando para a transmissão de doenças”, explicou Castro.
O ministro citou ainda a intenção do laboratório Sanofi Pasteur de vender ao País vacinas contra a Dengue. Ele informou que o laboratório está próximo de conseguir o registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A Sanofi Pasteur pediu autorizações em 20 países da Ásia e América Latina e também fará o mesmo na União Europeia (2016) e Estados Unidos (2017).
“A vacina é composta de 3 doses e cada uma delas custa em média 20 Euros. Como são 200 milhões de pessoas é inviável vacinar todos. Então teríamos que definir um grupo prioritário para aplicar”, comentou Castro

Anvisa aprova medicamentos inéditos para câncer renal e doença pulmonar

A Anvisa aprovou o registro de dois medicamentos inéditos no Brasil que irão auxiliar no tratamento de um tipo de câncer no rim e de doenças pulmonares.
Com o registro dessas substâncias, a Agência ampliou os recursos terapêuticos disponíveis no mercado, para que os médicos e os pacientes tenham cada vez mais opções para tratar essas patologias. São tratamentos que não existiam no país até então e que trazem mais opções no combate a estas doenças.
Um dos medicamentos é o INLYTA® (axintinibe), da PFIZER, comprimido de uso oral, indicado para pacientes adultos com carcinoma de células renais avançado de células claras (RCC sigla em inglês para renal cell carcinoma), um tipo de câncer no rim. Esta substância é indicada em caso de insucesso no tratamento com sunitinibe ou citocinas.
Outro medicamento registrado foi o ANORO® ELLIPTA (brometo de umeclidínio + trifenatato de vilanterol), pó para inalação, da GSK, que pode ser usado no tratamento da doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), bronquite crônica e enfisema pulmonar.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

DANIEL PICOLO CATELLI é o novo Gerente de Projeto da SAS/MS

GABINETE DO MINISTRO
PORTARIA No - 2.057, DE 15 DE DEZEMBRO DE 2015
O MINISTRO DE ESTADO DA SAÚDE, no uso da competência que lhe foi subdelegada pela Portaria nº 1.056, de 11 de junho de 2003, da Casa Civil da Presidência da República, resolve: 

Nomear 
DANIEL PICOLO CATELLI, para exercer o cargo de Gerente de Projeto, código DAS 101.4, nº 30.0006, da Secretaria de Atenção à Saúde.

MARCELO CASTRO

R$ 88.600.000,00 custará a 2a. fase do serviços de terraplenagem do futuro Centro de Processamento Final de Vacinas de Biomanguinhos

INSTITUTO DE TECNOLOGIA EM IMUNOBIOLÓGICOS DE MANGUINHOS

EXTRATO DE CONTRATO Nº 104/2015 - UASG 254445

Nº Processo: 25386000475201534. PREGÃO SISPP Nº 205/2015. 
Contratante: FUNDACAO OSWALDO CRUZ -CNPJ Contratado: 40450769000126. 
Contratado : CARIOCA CHRISTIANI NIELSEN -ENGENHARIA S A. 
Objeto: Contratação da execução da 2º fase dos serviços de terraplenagem no terreno situado no Distrito Industrial Norte de Santa Cruz-RJ, destinado à implantação do Novo Centro de Processamento Final de Vacinas de Bio-Manguinhos (NCPFI)/Fiocruz. 
Fundamento Legal: Pregão Eletrônico - Decreto 5.450/2005. Vigência: 07/12/2015 a 06/06/2017. 
Valor Total: R$88.600.000,00. Fonte: 6151000000 2015NE802230. 
Data de Assinatura: 07/12/2015.
(SICON - 15/12/2015) 254445-25201-2015NE800035

PLS 00276/15 que altera Lei 11.903 - Rastreabilidade de medicamentos

SENADO FEDERAL

Secretaria-Geral da Mesa

SF PLS 00276 2015 - Sen, Humberto Costa
Ementa: Altera a Lei nº 11.903, de 14 de janeiro de 2009, para aumentar os prazos de implantação do Sistema Nacional de Controle de Medicamentos.
15/12/2015 SEXP - SECRETARIA DE EXPEDIENTE
Anexado o texto revisado (fls.72 a 74).
Decisão:
Aprovada por Comissão em decisão terminativa
Destino
À Câmara dos Deputados
Último local:
15/12/2015 - SECRETARIA DE EXPEDIENTE
Último estado:
14/12/2015 - APROVADA

LEI 13.204 Publicada DOU, em 15/12/2015 facilita recebimento direto das PDPs em Fundações, mas expõem ao risco contratos existentes e futuras negociações que envolvam compra de tecnologia embutida no preço

Lei 13.204, publicada hoje(15) no DOU, altera o marco regulatório das PDP, obriga a compatibilização do preço das PDPs com os preços praticados no mercado:

LEI N13.204, DE 14 DE DEZEMBRO DE 2015
Altera a Lei no 13.019, de 31 de julho de 2014, "que estabelece o regime jurídico das parcerias voluntárias, envolvendo ou não transferências de recursos financeiros, entre a administração pública e as organizações da sociedade civil, em regime de mútua cooperação, para a consecução de finalidades de interesse público; define diretrizes para a política de fomento e de colaboração com organizações da sociedade civil; institui o termo de colaboração e o termo de fomento; e altera as Leis nos 8.429, de 2 de junho de 1992, e 9.790, de 23 de março de 1999"; altera as Leis nos 8.429, de 2 de junho de 1992, 9.790, de 23 de março de 1999, 9.249, de 26 de dezembro de 1995, 9.532, de 10 de dezembro de 1997, 12.101, de 27 de novembro de 2009, e 8.666, de 21 de junho de 1993; e revoga a Lei no 91, de 28 de agosto de 1935.
 
Art. 6o O art. 24 da Lei no 8.666, de 21 de junho de 1993, passa a vigorar acrescido do seguinte inciso XXXIV:
 
XXXIV - para a aquisição por pessoa jurídica de direito público interno de insumos estratégicos para a saúde produzidos ou distribuídos por fundação que, regimental ou estatutariamente, tenha por finalidade apoiar órgão da administração pública direta, sua autarquia ou fundação em projetos de ensino, pesquisa, extensão, desenvolvimento institucional, científico e tecnológico e estímulo à inovação, inclusive na gestão administrativa e financeira necessária à execução desses projetos, ou em parcerias que envolvam transferência de tecnologia de produtos estratégicos para o Sistema Único de Saúde - SUS, nos termos do inciso XXXII deste artigo, e que tenha sido criada para esse fim específico em data anterior à vigência desta Lei, desde que o preço contratado seja compatível com o praticado no mercado.
.............................................................................................."
 
XXXII - na contratação em que houver transferência de tecnologia de produtos estratégicos para o Sistema Único de Saúde - SUS, no âmbito da Lei no 8.080, de 19 de setembro de 1990, conforme elencados em ato da direção nacional do SUS, inclusive por ocasião da aquisição destes produtos durante as etapas de absorção tecnológica. (Incluído pela Lei nº 12.715, de 2012)

A Lei foi estruturada para viabilizar o pagamento direto as Fundações envolvidas em PDPs, mas o complemento "desde que o preço seja compatível com o praticado no mercado" traz um potencial complicador aos contratos já que desconsidera integralmente o "custo da aquisição da tecnologia" que normalmente vem atrelado ao preço de venda ao Ministério da Saúde.

Obrigar legalmente que os preços de venda de produtos das PDPs sejam compatíveis com os preços de mercado, podem inviabilizam contratos em vigor, especialmente, nos casos das patentes expiradas durante o período de transferência da tecnologia que permite que outros produtos (genéricos) entrem no mercado com preços muito abaixo do referencia.

Nosso entendimento precisa ser melhor avaliado, mas merece atenção e, se correto, poderá ensejar ajuste legal

A FRENTE PARLAMENTAR DOS PRODUTORES PÚBLICOS DE MEDICAMENTOS está a disposição da ALFOB para contribuir neste processo.

Alckmin apoia pré-candidatura de Doria em SP


O governador Geraldo Alckmin assumiu ontem à noite, publicamente, durante jantar na casa do empresário Flávio Rocha para cerca de 100 pessoas  — a maior parte deles empresários –,  seu apoio à pré-candidatura de João Doria à Prefeitura de São Paulo.

O evento já estava quase terminando e muitos se perguntando o que teria acontecido com o governador, que havia confirmado  presença e ainda não havia aparecido. Foi só depois do discurso do anfitrião, com forte ênfase na cidadania e na liberdade econômica, seguido de outro feito por Fernando Capez,presidente da Alesp , mais a fala do deputado pernambucano José Mendonça Filho (DEM) e do próprio Doria, que Alckmin adentrou o salão. O dirigente do Lide acabara de discursar sobre as referências políticas que mais influenciaram sua vida, descrevendo cada uma delas: Franco Montoro, Mário Covas, Fernando Henrique Cardoso e …Geraldo Alckmin.

Assim que Doria terminou, Alckmin assumiu o microfone. Faz as saudações de praxe e afirmou: “Vitor Hugo dizia, João, que nada segura a ideia que chegou seu tempo. E eu quero dizer que ficarei muito feliz se esse tempo for João Doria para trabalhar para São Paulo”.

Vale registrar que Andrea Matarazzo, também pré-candidato, tem apoio de FHC e de José Serra.

O comentário geral dos presentes era de que agora a coisa deve esquentar.

SONIA RACY

Novo ciclo de Planejamento Estratégico para o período 2016-2019 pretende maior aproximação entre a Anvisa e a população

Novo ciclo de Planejamento Estratégico para o período 2016-2019 pretende maior aproximação entre a Anvisa e a população


15 de dezembro de 2015

Um novo ciclo que tem como principal objetivo retratar o que a Anvisa pretende alcançar junto à sociedade, bem como os principais desafios a serem enfrentados para o alcance da visão e do cumprimento da missão institucional da Agência. É dessa forma que pode ser apresentado, em síntese, o Planejamento Estratégico para o período 2016-2019, lançado para o público interno da Anvisa na sexta-feira (11/12), através de termo de compromisso assinado pelos diretores José Carlos Moutinho (Dimon), Ivo Bucaresky (DSNVS), Renato Porto (Diare) e Fernando Mendes (Direg), além do diretor-presidente Jarbas Barbosa (Diges).
A característica principal desse ciclo de planejamento estratégico, cujos detalhes foram colocados para o corpo técnico da casa pelo assessor-chefe de Planejamento, Rodrigo Brito, é o foco na simplificação das ações da instituição e no senso de utilidade das metas e projetos desenhados. Isso vai gerar resultados efetivos para a sociedade, colocando a Agência como instituição promotora de saúde, de cidadania e de desenvolvimento social e econômico.
“O ideal, e isso será um objetivo importante em 2016, é que cada meta e cada indicador esteja disponível de maneira transparente para o setor regulado, para a sociedade e para o conjunto da Anvisa”, observa o diretor Jarbas Barbosa. “É dessa maneira que vamos nos consolidar como Agência e como uma instituição harmonizada com o que a sociedade espera hoje: transparente, eficiente e que consiga demonstrar todos os serviços e produtos importantes que nós entregamos para a sociedade brasileira”.
De acordo com o diretor-presidente, a Anvisa vai dispor, nos próximos quatro anos, de um grande instrumento de medição dos serviços prestados pela Agência para a proteção da saúde da população, além de possibilitar um ambiente regulatório que estimule a inovação do setor produtivo.
Durante a cerimônia, foi disponibilizada ao público uma enquete sobre quais palavras estavam mais associadas, dentro de uma lista apresentada, ao tema planejamento estratégico. “Melhoria”, “Qualidade”, “Transparência” e “Evolução” foram as que sobressaíram. Os termos “Futuro”, “Oportunidade”, “Desafio” e “Foco” também foram lembrados.
Confira aqui o Termo de Compromisso pelo Fortalecimento da Gestão Estratégica da Anvisa.

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