Destaques

sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

IMIGLUCERASE é comprada da GENZYME, por inexigibilidade no valor total de R$ 102.258.939,00

EXTRATO DE INEXIGIBILIDADE DE LICITAÇÃO Nº 65/2015 - UASG 250005
Nº Processo: 25000114499201557 . 
Objeto: Aquisição de 71.370 frascos-ampola do medicamento Imiglucerase 400UI. 
Total de Itens Licitados: 00001. 
Fundamento Legal: Art. 25º, Inciso I da Lei nº 8.666 de 21/06/1993.
Justificativa: A empresa Genzyme do Brasil, fabrica e comercializa com exclusividade em todo o território nacional o produto Cerezyme 
Declaração de Inexigibilidade em 16/12/2015. EDUARDO SEARA MACHADO POJO DO REGO. Coordenadorgeral de Análise Das Contratações de Insumos Estratégicos para Saúde. 
Ratificação em 16/12/2015. BRENO VILELA COSTA. Diretor do Departamento de Logística em Saúde. 
Valor Global: R$ 102.258.936,00. CNPJ CONTRATADA : 68.132.950/0001-03 GENZYME DO BRASIL LTDA..

MCTI recebe remessa de fosfoetanolamina para conduzir experimentos

Os estudos conduzidos pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) sobre a eficácia e a segurança toxicológica da fosfoetanolamina para uso por humanos deram um novo passo. Nesta semana, os 500 gramas da molécula requisitados junto à Universidade de São Paulo (USP) foram entregues à Pasta e serão distribuídos aos três laboratórios credenciados para conduzirem as pesquisas.

O Centro de Inovação e Ensaios Pré-Clínicos (CIEnP), de Florianópolis (SC) e o Núcleo de Desenvolvimento de Medicamentos (NPDM), de Fortaleza (CE), ligado à Universidade Federal do Ceará (UFC), receberão o material. Cada um deles fará estudos de forma paralela e compartilharão os dados obtidos, a fim de serem comparados e validados pelos resultados a que chegaram as contrapartes. As unidades vão conduzir os testes in vitro e em animais.

Por sua parte, o Laboratório de Avaliação e Síntese de Substâncias Bioativas (LassBio), do Rio de Janeiro (RJ), ligado à Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), já está desenvolvendo sua parte nos trabalhos, seguindo o processo de produção da molécula descrito no pedido de patente depositado no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). Parte da remessa de fosfoetanolamina será encaminhada ao laboratório para que seja a formulação seja comparada com a molécula encaminhada pela USP.

"Nós cumprimos um passo importante, que foi a USP nos disponibilizar 500 gramas da substância que está sendo distribuída em São Paulo, para que possamos fazer os estudos a partir do mesmo material que está sendo usado desde o início da experiência", afirmou o ministro Celso Pansera.

A expectativa é que a primeira etapa dos testes com a fosfoetanolamina seja concluída antes do inicialmente previsto. Segundo Celso Pansera, a fase inicial dos estudos deve se encerrar até março de 2016. A partir daí, em se comprovando a eficácia e a segurança, pode ser concedida a permissão, por parte da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), do uso compassivo da substância por alguns pacientes.

"Assim, adiantamos o nosso cronograma, para que a Anvisa possa, depois disso, trabalhar a permissão de uso compassivo", destacou Pansera.

(Fonte: MCTI – 16/12/2015)

Vacina da Sanofi contra dengue perto da aprovação, embora o custo seja um grande impasse Euro 20 (R$ 84) por dose X 3 para 200 milhões de habitantes

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Mobilização. Autoridades de saúde, especialistas e população em seminário sobre o zika em BH

LITZA MATTOS
A epidemia inédita de zika vírus no Brasil é resultado da falha do poder público nas ações de combate ao mosquito Aedes aegypti nos últimos 30 anos, afirmaram especialistas nesta terça no seminário “Zika, chikungunya e dengue: desafios para o controle e a atenção à saúde”, realizado em Belo Horizonte.
O secretário executivo do Ministério da Saúde, José Agenor Álvares da Silva, reconheceu a “omissão histórica do Estado brasileiro”. “A questão do mosquito não é novidade. Desde a década de 80 existem alertas sobre o Aedes aegypti. Fomos (o Estado brasileiro) incompetentes em lutar contra isso. Nós fazemos parte do Estado brasileiro. Então, nós fomos, em algum momento, omissos contra esse mal, seja eu pesquisador, gestor, ministro da saúde, secretário municipal ou estadual”.
Segundo ele, o potencial do mosquito foi subestimado. “Era um mosquitinho e se pensava que a dengue era só uma doença ‘quebra-osso’. Agora a gente viu que não. Hoje já têm quatro tipos de vírus que o mosquito transmite, o próprio vírus da dengue tem potencial de mortalidade, a chikungunya também é forte, e o zika é o que estamos vendo”, disse José Agenor Silva.

O secretário executivo voltou a garantir que não faltarão verbas para o caso. “Essa é uma decisão da presidente da República”. Segundo ele, o governo federal está fazendo de tudo para mudar esse quadro histórico. “O governo assumiu a sua responsabilidade de coordenar um mutirão no país contra o vetor. Não existe mais omissão”, afirmou.
O secretário executivo disse, porém, que dificilmente a situação estará controlada até a Olimpíada de 2016 no Rio. “Se quisermos ter no futuro algum controle dessa situação, temos que agir agora”, disse José Agenor Silva. Segundo ele, o impacto no turismo já pode ser sentido, especialmente no Nordeste, onde a situação é mais grave.
Minas. Dos mais de 2.100 casos de microcefalia – malformação do cérebro de bebês que afeta o desenvolvimento motor e cognitivo – investigados no país sob suspeita de terem sido causados pela zika, 33 são de Minas Gerais, segundo o ministério.
O secretário de Estado da Saúde de Minas, Fausto Pereira dos Santos, disse nesta terça que o governador Fernando Pimentel convocou para esta semana uma reunião com todos os secretários e órgãos do governo para traçar estratégia de enfrentamento. O Estado tem R$ 36 milhões para as ações de combate ao Aedes.
“O mosquito está fortemente vinculado à questão da limpeza urbana e de hábitos históricos dos brasileiros, como a presença de plantas em casa e o destino do lixo ainda pouco organizado”, disse.
Vacina contra dengue perto da aprovação

BRASÍLIA. O ministro da Saúde, Marcelo Castro, disse que a vacina contra a dengue produzida pela multinacional francesa Sanofi Pasteur “está na iminência de conseguir aprovação no Brasil”.

Na última semana, a vacina obteve o aval da agência reguladora do México, o primeiro entre 20 países no qual a empresa busca o registro. A autorização é necessária para a que a vacina possa ser comercializada no mercado.

Segundo o ministro, o principal impasse à vacina está nos custos. “Uma dose (a vacina é composta por três doses) custa em torno de  20 (R$ 84). Com de 200 milhões de habitantes, isso fica inviável”.


Casos investigados aumentam

BRASÍLIA. Em uma semana, o número de casos em investigação de recém-nascidos com microcefalia cresceu 22%. Ao todo, o país registra 2.165 casos suspeitos da malformação em 19 Estados e no Distrito Federal, verificados a partir do diagnóstico inicial, que ocorre pela medida da cabeça do bebê.

No total, houve 2.401 notificações até o dia 12 de dezembro, mas 102 desses casos foram descartados e 134 foram confirmados.

Para comparação, na última semana, havia 1.761 bebês com suspeita de microcefalia em 13 Estados e no DF. Os novos Estados a informarem um aumento de registro de microcefalia são Espírito Santo, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, São Paulo e Rio Grande do Sul.

Pernambuco ainda concentra o maior número de casos em investigação, com 874 registros suspeitos e 29 confirmados, seguido da Paraíba, com 322 suspeitos e 19 confirmados. Há ainda casos em investigação na Bahia (316), Rio Grande do Norte (101), Sergipe (33), Alagoas (107), Ceará (79), Mato Grosso (72), Maranhão (56), Rio de Janeiro (57), Tocantins (43), Piauí (39), Minas Gerais (33) e Espírito Santo (14), São Paulo (6), Goiás (4), Mato Grosso do Sul (3), Pará (3), Distrito Federal (2) e Rio Grande do Sul (1). O número de mortes suspeitas também cresceu e já atinge 26 registros. Desses, uma foi confirmada. Outras duas chegaram a ser investigadas, mas foram descartadas.

O avanço de casos de microcefalia fez o país decretar emergência nacional em saúde pública. É a primeira vez que a medida é tomada.

Brasil inicia reconhecimento a auditorias internacionais independentes

A Anvisa publicou nesta quinta-feira (17/12) a Resolução RE 3.454 que permite a utilização dos resultados de auditorias externas como subsídio para suas decisões regulatórias. Na prática, significa que as empresas nacionais ou internacionais interessadas em atuar no Brasil poderão ser avaliadas por Organismos Auditores credencidados no âmbito do programa piloto Medical Device Single Audit Program (MDSAP).
O programa piloto MDSAP é uma iniciativa de cinco países (Austrália, Brasil, Canadá, EUA e Japão) que prevê o credenciamento de organismos terceiros para realização de auditoria única em fabricantes de produtos para saúde. O programa tem por objetivo otimizar recursos e reduzir o prazo de certificação pela Anvisa, garantindo o acesso a produtos para saúde que sejam fabricados dentro dos requisitos regulatórios estabelecidos.
Novas resoluções referentes aos Organismos Auditores que já passaram pelas devidas etapas de avaliação ainda serão publicadas.
Já na próxima semana deve ser publicada a concessão do primeiro certificado de Boas Práticas para fabricante de produtos para saúde, com base em resultados do programa.
 

quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

FÓRUM NACIONAL DE MEDICAMENTOS, realizado no Interlegis no último dia 15 de dezembro

Acesso a medicamentos em debate no Senado O VII Fórum Nacional sobre Medicamentos no Brasil reuniu nesta terça-feira (15), no Senado Federal, importantes nomes da área de Saúde do País. Políticas públicas e estratégias de acesso aos medicamentos, inovação tecnológica, regulamentação e o desafio no tratamento de doenças crônicas e raras foram foco do debate Autoridades do setor de Saúde público e privado, pesquisadores e parlamentares, se reuniram para debater o acesso a medicamentos, no VII Fórum Nacional sobre Medicamentos no Brasil - Estratégias para acesso a novos medicamentos que ocorreu sob a moderação do Sr. João Sanches, na manhã desta terça-feira, 15, no auditório do Interlegis, no Senado Federal. 

O Fórum compõe as atividades do Programa Ação Responsável - que promove a discussão de assuntos prioritários da agenda do Governo Federal. A presidente do Instituto Brasileiro de Ação Responsável, Clementina Moreira Alves abriu as atividades ao falar sobre a atuação do programa nas áreas de Saúde, Meio Ambiente e Agronegócio, com destaque para o ano de 2015. “Estamos há alguns anos neste árduo, corajoso e exitoso trabalho. Neste ano, as atividades em Saúde tiveram um peso muito diferenciado e verificamos ao longo desses anos um fortalecimento”. Clementina anunciou o encerramento da agenda do ano de 2015, agradecendo aos conferencistas e ao público - que ressaltou como sendo pessoas comprometidas com o tema - e finalizou: “acreditamos, que só assim, teremos um País, de fato, responsável, de fato cidadão”. 

A Senadora Ana Amélia (PDT-RS) falou sobre a sua atuação na área de doenças raras e citou sua parceria com o Senador Ivo Cassol, na Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado Federal, bem como, a sua participação na audiência pública para discutir doenças raras no Brasil. Segundo a senadora, o registro de pesquisa clínica no Brasil é demorado, comparativamente a qualquer país do mundo. Como fruto do debate apresentou ainda, em parceria com o Senador Wladmir Moka (PMDB-MS) e o Senador Walter Pinheiro (PT-BA), o PLS 200, que está em tramitação no Congresso, e prevê agilidade e desburocratização das pesquisas clínicas no País. 

O deputado Federal Odorico Monteiro (PT/CE), titular da Comissão de Seguridade Social e Família, observou a importância da inovação tecnológica e citou o Sistema Único de Saúde (SUS) como o maior consumidor de medicamentos no Brasil. Segundo o parlamentar, a Constituição Federal de 88 universalizou a saúde no Brasil, o único País com mais de 100 milhões de habitantes que tem um sistema universal, cujo principal objetivo é garantir acesso e assistência a todos. “Quando se tem um sistema único, o Estado passa a ser o maior comprador de medicamentos”, destacou. 

O deputado federal Diego Garcia (PHS/PR) direcionou sua fala às doenças raras, em especial a LAM (Linfangioleiomiomatose), doença cística pulmonar incomum, que afeta em sua maioria mulheres em idade fértil. O parlamentar, que integra a criação da Frente Parlamentar de Doenças Raras, relatou ter recebido o apelo de diversas mulheres do País inteiro, reivindicando medicamentos e tratamentos e observou que atualmente há no Brasil mais de 11 milhões de portadores de alguma doença rara. O deputado é autor da PL 2654\2016, que propõe a inclusão dos gastos de doenças raras na dedução de imposto de renda. A maioria é conseguida via judicial. Sobre a motivação que o leva a lutar em prol Patrocínio: dos portadores de doenças raras, o deputado afirmou: “nós sabemos da diferença de se tratar de mais de 7 mil doenças raras já conhecidas. Existem varias que não sabemos nem sequer o nome”. 

Pedro Ivo Sebba Ramalho, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, explicou que a Anvisa tem feito grande esforço para dar mais efetividade na implementação de política de regulamentos e citou diversas medidas, como o programa de boas práticas regulatórias que a agência desenvolve, há quase uma década para aperfeiçoar o processo de definição de regras. “De forma pioneira, a Anvisa edita uma agenda regulatória que alcança quatro anos a partir da edição, com revisão bienal e ajustes pontuais para que a sociedade e o setor regulado saibam, com antecedência, quais regulamentos vai priorizar”, explicou. 

Em sua explanação no Fórum, o secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, Eduardo de Azeredo Costa, ressaltou que a saúde vive um momento emergencial, do ponto de vista sanitário. Para ele, decretar Estado de emergência foi uma grande iniciativa do ministro da Saúde, Marcelo Castro, sendo que o objetivo é evitar entraves burocráticos. “As PDPs consistem numa inovação radical na política de saúde nacional. A única política industrial que vingou no Brasil foi fruto de uma PDP na área de saúde, hoje, um instrumento importante de administração de custos”, afirmou. Ao falar sobre a Zica, Eduardo destacou que o quadro exige outras reflexões, por ser absolutamente desconhecida no Brasil e no mundo. E enfatizou: “o Brasil está no momento de resolver um problema para o mundo”. 

Em sua palestra, Marcus Simões, Diretor do Departamento de Setores Intensivos em Capital e Tecnologia do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, destacou as PDPs, como política de Estado. Segundo Marcus, entre outros benefícios das PDPDs, houve redução do déficit da indústria, que é bem elevado, de cerca de U$12 bilhões, além de promover maior industrialização e contribuição para maior apropriação para tecnologia de ponta e outras tecnologias para o aumento do acesso da população ao Sistema Único de Saúde (SUS), como oncológicos, biológicos, HIV e outros.

André Ulysses de Carvalho Lacerda, consultor da Unidade Técnica de Medicamentos e Tecnologias em Saúde (OPAS\ONU), enfatizou que o Brasil é um grande representante das políticas públicas de saúde e tem grande responsabilidade na condução dessa temática, sobretudo na América Latina. “O acesso a medicamentos não é mais o debate, mas o uso racional de medicamentos no Brasil, que ocupa relevante papel nos principias debates do tema no mundo”, pontuou na ocasião. 

Mesa técnica 

Clarice Petramale, diretora do Departamento de Gestão e Incorporação de Tecnologias em Saúde do Ministério da Saúde, destacou em sua palestra, que é preciso que o medicamento e a empresa que o produz estejam legalmente instituídos e tenham registro no Brasil para a incorporação racional de saúde. A gestora lembrou que tais procedimentos não consistem em simples burocracia, mas questões de segurança.“Não existe outro caminho que não seja pela regulamentação”, afirmou, Clarisse, que finalizou sua apresentação citando a judicialização dos medicamentos, como prática prejudicial ao País, e muitas das vezes, feita sem crítica ou adequação para o paciente. 

Patrocínio: 

Meiruze Sousa Freitas, Superintendente de Medicamentos e Produtos Biológicos da ANVISA, palestrou sobre o a importância da regulação de forma que ela não seja vista como entrave à vida da população e ao desenvolvimento econômico do País, mas no sentido de otimizar o acesso e o desenvolvimento econômico do País. “Um grande desafio da regulação é conciliar objetivos de proteção à saúde, com desenvolvimento econômico e social, alinhados aos principais interesses de legitimidade e dos interesses da sociedade”, salientou. Destacou ainda a incorporação de novas tecnologias como um dos fatores associados à queda da mortalidade, melhoria na qualidade de vida e aumento do volume do conhecimento produzido. Meiruze citou três agentes importantes nesse desafio: o governo, a universidade e a empresa para favorecer a inovação no Brasil. 

Ana Maria Martins, professora da Universidade Federal de São Paulo, focou sua fala em doenças raras, tema ao qual se dedica há 30 anos. A especialista esclareceu a definição e características das doenças raras e informou que cerca de 7% da população mundial sofre com algum tipo e que existem cerca de 7 mil tipos de doenças raras diagnosticadas, sendo 80% de etiologia genética. Ana Maria chamou atenção para os sinais e sintomas, em geral, desconhecidos pelos médicos e ressaltou que no Brasil os centros de referências são escassos e que a falta de conhecimento científico prejudica o tratamento. “Na doença rara, o paciente acaba convivendo com a judicialização. Não aquela que o medicamento não funciona e muitas vezes nem tem registro, mas a que o medicamento demora muito para chegar ao paciente e acaba sendo uma consequência”, concluiu a médica. 

Gisele Sampaio Silva, professora do Departamento de Neurologia e Neurocirurgia da Universidade Federal de São Paulo discursou sobre o Acidente Vascular Cerebral, doença que não tem tratamento específico. “´É possível com a incorporação de alguns medicamentos melhorar a qualidade de vida de uma doença que é uma das que mais matou no Brasil, mas felizmente essa realidade não se confere mais”, explicou. Segundo, Gisele, cerca de 400 mil casos de AVC ainda ocorrem no Brasil e, caso o paciente não receba a medicação adequada, o quadro se complica sensivelmente. 

Bruno Abreu, gerente de Regulação de Mercados da SINDUSFARMA, observou uma relação de causa e consequência no aspecto do acesso aos remédios. “Para falar de acesso e preciso discutir também preço, pesquisa, desenvolvimento, inovação, investimento e é preciso lembrar que o País passa por uma crise macroeconômica, o que afeta todos os tópicos citados”, detalhou. Para Bruno, o mercado farmacêutico em 2015 faturou R$45 bilhões, o que representa crescimento de 11% relativo ao período anterior. “A indústria de medicamentos é a última a sentir qualquer crise econômica, principalmente pela essencialidade do produto que vende. Mas, isso está se revertendo e a indústria já mostra uma queda no faturamento, desaceleração no crescimento, neste segundo semestre”. 

Serviço: VII Fórum Nacional sobre Medicamentos no Brasil 
Evento realizado: dia 15 de dezembro, das 9 às 14h 
Local: Auditório Antônio Carlos Magalhães no Interlegis (Senado Federal – Via N2) 
Mais informações: www.acaoresponsavel.org.brseminarios@acaoresponsavel.org.br e (61) 3368-6044 e 3468-5696 
Realização: Instituto Brasileiro de Ação Responsável Patrocínio: MSD, Sanofi Medley, Bayer e Genzyme

GOLIMUMABE da Janssen- Cilag e OMALIZUMABE da Novartis, vão para Consulta Pública

CONSULTA PÚBLICA No - 37, DE 16 DE DEZEMBRO DE 2015
O SECRETÁRIO DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INSUMOS ESTRATÉGICOS DO MINISTÉRIO DA SAÚDE torna pública, nos termos do art. 19 do Decreto 7.646, de 21 de dezembro de 2011, consulta para manifestação da sociedade civil a respeito da recomendação da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde relativa à proposta de incorporação no Sistema Único de Saúde do golimumabe para o tratamento da artrite psoriásica apresentada pela Janssen-Cilag Farmacêutica nos autos do processo MS/SIPAR n.º 25000.145785/2015-64. 

Fica estabelecido o prazo de 30 (trinta) dias, a contar da data de publicação desta Consulta Pública, para que sejam apresentadas contribuições sobre o
tema. 

A documentação objeto desta Consulta Pública e o endereço para envio de contribuições estão à disposição dos interessados no endereço eletrônico: http://conitec.gov.br/index.php/consultas-publicas

A Secretaria Executiva da CONITEC avaliará as contribuições apresentadas a respeito da matéria.

EDUARDO DE AZEREDO COSTA


CONSULTA PÚBLICA No - 38, DE 16 DE DEZEMBRO DE 2015

O SECRETÁRIO DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INSUMOS ESTRATÉGICOS DO MINISTÉRIO DA SAÚDE torna pública, nos termos do art. 19 do Decreto 7.646, de 21 de dezembro de 2011, consulta para manifestação da sociedade civil a respeito da recomendação da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde relativa à proposta de incorporação no Sistema Único de Saúde do omalizumabe para o tratamento da asma alérgica grave apresentada pela Novartis Biociências S.A. nos autos do processo MS/SIPAR n.º 25000.154037/2015-72. 

Fica estabelecido o prazo de 30 (trinta) dias, a contar da data de publicação desta Consulta Pública, para que sejam apresentadas contribuições sobre o tema. A documentação objeto desta Consulta Pública e o endereço para envio de contribuições estão à disposição dos interessados no endereço eletrônico: http://conitec.gov.br/index.php/consultas-publicas

A Secretaria Executiva da CONITEC avaliará as contribuições apresentadas a respeito da matéria.

EDUARDO DE AZEREDO COSTA

Comissão aprova orçamento com Bolsa Família preservado e superavit primário

Proposta orçamentária de 2016 pode ser votada pelo Plenário do Congresso (sessão conjunta de Câmara e Senado) nesta quinta-feira(17).

A Comissão Mista de Orçamento (CMO) aprovou nesta quarta-feira (16) a proposta orçamentária de 2016 (PLN 7/15), que prevê despesas da ordem de R$ 3 trilhões no próximo ano. Os números finais do projeto, que foi relatado pelo deputado Ricardo Barros (PP-PR), somente serão conhecidos amanhã, depois que todas as mudanças aprovadas hoje, por meio de destaques de deputados e senadores, forem incorporadas no texto.

O parecer final de Barros será colocado em votação nesta quinta-feira (17) no Plenário do Congresso Nacional, que tem sessão marcada para as 10 horas. Antes, os parlamentares devem votar, nessa sessão conjunta de Câmara e Senado, o projeto da nova Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO – PLN 1/15).

Luis Macedo / Câmara dos Deputados
Reunião Extraordinária. Dep. Ricardo Barros (PP-PR)
Barros tentou, até o fim, cortar R$ 10 bilhões do Bolsa Família, mas não teve apoio de nenhum partido da base ou da oposição

Para viabilizar a votação da CMO desta quarta, foram feitos diversos acordos nos últimos dias, entre o relator-geral, o líder do governo na comissão, deputado Paulo Pimenta (PT-RS), a presidente, senadora Rose de Freitas (PMDB-ES), e os demais líderes no colegiado.


Meta fiscal
O orçamento foi elaborado prevendo o superavit primário de R$ 24 bilhões para o governo federal, valor que está previsto na LDO, e de R$ 6,5 bilhões para estados, Distrito Federal e municípios. Ao final da votação, Barros lembrou que o texto foi aprovado no mesmo dia em que a agência de classificação de risco Fitch retirou o selo de bom pagador do Brasil, que perdeu o chamado grau de investimento. Ele destacou a importância da aprovação do orçamento com superavit. “Fizemos a nossa parte. Responsavelmente, decidimos que a meta será positiva”.


A aprovação com a meta de R$ 24 bilhões reverte a situação do projeto orçamentário, que chegou ao Congresso Nacional, em agosto, com deficit de R$ 30,5 bilhões. “É a melhor notícia das últimas semanas. O Brasil terá um norte”, disse o 1º vice-presidente da comissão, deputado Jaime Martins (PSD-MG).

Bolsa Família
Em relação ao programa Bolsa Família, a Comissão de Orçamento aprovou a manutenção do valor proposto pelo governo (R$ 28,1 bilhões). Ricardo Barros tentou, até o final, reduzir essa dotação em R$ 10 bilhões, valor que ele considerava suficiente para garantir a manutenção dos beneficiários em dia com as regras do programa e reprimir eventuais fraudes, problemas de gestão e concessões sem respaldo de lei.


“Só o Bolsa Família não contribuiu para o ajuste fiscal”, criticou Barros, que não teve apoio de nenhum partido da base aliada ao governo e da oposição para o corte.


Cortes
Apesar de a proposta sair com um valor maior do que veio do governo, resultado do aumento das receitas estimadas pelo Congresso Nacional, o parecer final contempla uma série de cortes de gastos de órgãos públicos dos três poderes (Legislativo, Executivo e Judiciário), Ministério Público da União (MPU) e Defensoria Pública da União (DPU), principalmente com custeio.


“Praticamente todos os órgãos tiveram cortes. Minha intenção, desde o começo, foi entregar um orçamento mais realista possível”, disse Barros. Os gastos com funcionalismo público diminuíram entre a proposta original e o parecer aprovado, passando de R$ 287,5 bilhões para R$ 277,3 bilhões.

Investimentos
Em relação aos investimentos públicos, houve crescimento. Os números ainda são provisórios, mas os investimentos financiados pelas estatais vão somar R$ 96,8 bilhões em 2016. Já os financiados pelos orçamentos Fiscal e da Seguridade Social somarão R$ 45,2 bilhões. No total, os investimentos sobem 20% em relação ao projeto.

Também houve mudanças significativas no lado das receitas, apesar de Ricardo Barros e o relator da receita, senador Acir Gurgacz (PDT-RO), terem tentado evitar ganhos expressivos para não elevar a proposta com tributos de difícil arrecadação. Segundo Barros, a receita contempla entre “R$ 100 bilhões e R$ 120 bilhões que não serão arrecadados”. Na prática, esse valor já indica o tamanho docontingenciamento que o orçamento federal poderá sofrer no início do próximo ano.


Outros pontos
- o texto contém ainda recursos para um salário mínimo de R$ 871, a vigorar a partir de 1º de janeiro; e
- o Fundo Partidário foi elevado de R$ 311,4 milhões para R$ 845,3 milhões, quantia próxima da autorizado para este ano (R$ 867,6 milhões).

Íntegra da proposta:

Reportagem – Janary Júnior
Edição – Marcelo Oliveira

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Congresso aprova PPA voltado para a educação

Matéria segue para sanção presidencial

O Plenário do Congresso Nacional aprovou nesta quarta-feira (16) o Plano Plurianual (PPA) 2016-2019, na forma dosubstitutivo da Comissão Mista de Orçamento, de autoria do deputado Zeca Dirceu (PT-PR). Esse plano contempla ações previstas para os próximos quatro anos. A matéria será enviada à sanção presidencial.

A principal novidade do PLN 6/15, segundo o parecer aprovado, é o alinhamento do PPA com as metas do Plano Nacional de Educação (PNE). “Posso dizer que este é o PPA da educação”, destacou o relator, devido à tradução orçamentária das metas do PNE e ao avanço em relação às metas do próprio plano educacional.


PNE
O PNE foi instituído pela Lei 13.005/14. A norma traz metas para o ensino brasileiro entre 2014 e 2024. Dirceu acolheu diversas emendas que alinharam o capítulo da educação do PPA ao plano nacional. Ele aproveitou a oportunidade para quantificar ou elevar algumas metas do PNE. Um exemplo é a titulação anual de professores do ensino superior.


O relatório do PPA determina, como meta para o período entre 2016 e 2019, que seja fixado em 73% o percentual de mestres e doutores no corpo docente em efetivo exercício nas universidades brasileiras. O PNE não traz nenhum percentual específico.

Zeca Dirceu ampliou ainda a meta de construção de escolas da educação básica, de três mil - valor que consta no projeto original do PPA - para quatro mil até 2019. O relator também criou algumas metas para o setor, como elevar a taxa de alfabetização da população com 15 anos ou mais para 95% até 2019. Hoje essa taxa é de 91,5%. O PNE fala apenas em atingir a universalização da alfabetização em 2024.

Para o relator, o alinhamento entre os dois planos fortalece a educação. “Esse plano aperfeiçoa a capacidade de o Brasil cumprir grandes metas, principalmente relacionadas à educação. Agora as metas estão em duas leis, e não apenas em uma. Isso traz mais robustez para o PNE”, apontou.

Ele comentou ainda que o PPA aprovado na Comissão de Orçamento beneficia estados, Distrito Federal e municípios, que poderão contar com mais recursos federais.
Segundo Dirceu, acontecimentos recentes também tiveram suas consequências abordadas no PPA, como a tragédia em Mariana (MG) e a prioridade para o combate ao mosquito transmissor de doenças como a dengue, a chikungunya e a zika. Esta última tem provocado uma epidemia de microcefalia em fetos.


Planejamento
O PPA foi criado pela Constituição para funcionar como o planejamento de médio prazo do País. A partir das metas inseridas no plano é que são elaboradas a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e o orçamento da União. O plano tem vigência de quatro anos, vigorando sempre do segundo ano de um mandato presidencial ao primeiro ano do mandato seguinte. O objetivo desse formato é garantir um mínimo de continuidade ao planejamento público entre duas gestões presidenciais.


A votação do PPA na Comissão de Orçamento interfere na análise da proposta orçamentária de 2016 (PLN 7/15). Segundo as normas do colegiado, a análise do relatório final do orçamento somente terá início após a aprovação, pelo Congresso Nacional (sessão conjunta de Câmara e Senado), do projeto de lei do PPA.

Reportagem - Eduardo Piovesan
Edição - Luciana Cesar
Agência Câmara Notícias'

Não faltarão recursos para a saúde, garante ministro Marcelo Castro sinalizando que a Sanofi está prestes a obter o registro da vacina de dengue

O ministro da Saúde, Marcelo Castro, garantiu nesta quarta-feira (16), durante a comissão geral, que não faltarão recursos no Orçamento da União para enfrentar o surto de microcefalia que atinge o País. “Não faltarão recursos porque entendo que este é o problema número 1 que o País tem que resolver. E é evidente que nenhum governo responsável deixara faltar recursos para um problema de saúde pública dessa magnitude”, disse Castro, destacando que esta também é a visão da presidente Dilma Rousseff.
Segundo Castro, o governo federal já reduziu de R$ 34 bilhões para R$ 24 bilhões a meta de superávit primário para 2016, pensando em ações emergenciais de saúde pública.
“A meta de superávit foi baixada para R$ 24 bilhões, que poderão ser usados em caso de urgência para defesa sanitária em saúde. Estamos fazendo todos os esforços e precisamos contar com o apoio e a mobilização da sociedade brasileira. Temos que ir para cima desse mosquito para exterminá-lo”, disse Castro.
Pesquisas
O ministro comentou ainda outras frentes de batalha contra o Aedes Aegypt e as doenças transmitidas por ele. Castro citou testes feitos pela Fiocruz, que estuda a contaminação do mosquito pela bactéria Wolbachia, na esperança de incapacitar o inseto a transmitir doenças tropicais.
“Essa bactéria é uma espécie de doença sexualmente transmissível, ou seja, quando o mosquito entra em contato com a fêmea ele transmite a bactéria a ela, também a incapacitando para a transmissão de doenças”, explicou Castro.
O ministro citou ainda a intenção do laboratório Sanofi Pasteur de vender ao País vacinas contra a Dengue. Ele informou que o laboratório está próximo de conseguir o registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A Sanofi Pasteur pediu autorizações em 20 países da Ásia e América Latina e também fará o mesmo na União Europeia (2016) e Estados Unidos (2017).
“A vacina é composta de 3 doses e cada uma delas custa em média 20 Euros. Como são 200 milhões de pessoas é inviável vacinar todos. Então teríamos que definir um grupo prioritário para aplicar”, comentou Castro

Anvisa aprova medicamentos inéditos para câncer renal e doença pulmonar

A Anvisa aprovou o registro de dois medicamentos inéditos no Brasil que irão auxiliar no tratamento de um tipo de câncer no rim e de doenças pulmonares.
Com o registro dessas substâncias, a Agência ampliou os recursos terapêuticos disponíveis no mercado, para que os médicos e os pacientes tenham cada vez mais opções para tratar essas patologias. São tratamentos que não existiam no país até então e que trazem mais opções no combate a estas doenças.
Um dos medicamentos é o INLYTA® (axintinibe), da PFIZER, comprimido de uso oral, indicado para pacientes adultos com carcinoma de células renais avançado de células claras (RCC sigla em inglês para renal cell carcinoma), um tipo de câncer no rim. Esta substância é indicada em caso de insucesso no tratamento com sunitinibe ou citocinas.
Outro medicamento registrado foi o ANORO® ELLIPTA (brometo de umeclidínio + trifenatato de vilanterol), pó para inalação, da GSK, que pode ser usado no tratamento da doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), bronquite crônica e enfisema pulmonar.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

DANIEL PICOLO CATELLI é o novo Gerente de Projeto da SAS/MS

GABINETE DO MINISTRO
PORTARIA No - 2.057, DE 15 DE DEZEMBRO DE 2015
O MINISTRO DE ESTADO DA SAÚDE, no uso da competência que lhe foi subdelegada pela Portaria nº 1.056, de 11 de junho de 2003, da Casa Civil da Presidência da República, resolve: 

Nomear 
DANIEL PICOLO CATELLI, para exercer o cargo de Gerente de Projeto, código DAS 101.4, nº 30.0006, da Secretaria de Atenção à Saúde.

MARCELO CASTRO

R$ 88.600.000,00 custará a 2a. fase do serviços de terraplenagem do futuro Centro de Processamento Final de Vacinas de Biomanguinhos

INSTITUTO DE TECNOLOGIA EM IMUNOBIOLÓGICOS DE MANGUINHOS

EXTRATO DE CONTRATO Nº 104/2015 - UASG 254445

Nº Processo: 25386000475201534. PREGÃO SISPP Nº 205/2015. 
Contratante: FUNDACAO OSWALDO CRUZ -CNPJ Contratado: 40450769000126. 
Contratado : CARIOCA CHRISTIANI NIELSEN -ENGENHARIA S A. 
Objeto: Contratação da execução da 2º fase dos serviços de terraplenagem no terreno situado no Distrito Industrial Norte de Santa Cruz-RJ, destinado à implantação do Novo Centro de Processamento Final de Vacinas de Bio-Manguinhos (NCPFI)/Fiocruz. 
Fundamento Legal: Pregão Eletrônico - Decreto 5.450/2005. Vigência: 07/12/2015 a 06/06/2017. 
Valor Total: R$88.600.000,00. Fonte: 6151000000 2015NE802230. 
Data de Assinatura: 07/12/2015.
(SICON - 15/12/2015) 254445-25201-2015NE800035

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