Destaques

quarta-feira, 6 de abril de 2016

Frente Parlamentar de Segurança Nutricional, deve ser criada na Câmara dos Deputados, ainda nesta semana

Assunto foi discutido durante a sexta reunião da Assembleia Parlamentar da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, CPLP.
O Segundo Secretário da Câmara, deputado Felipe Bornier, do Pros do Rio de Janeiro, afirmou que até o final desta semana será criada a Frente Parlamentar de Segurança Nutricional. O assunto foi discutido (nesta terça-feira, 5) durante a sexta reunião da Assembleia Parlamentar da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, CPLP.
Está prevista ainda a criação do Conselho de Segurança Alimentar e Nutricional da CPLPA, Órgão que deve acompanhar as ações em cada país. A Assembleia, criada em 2009, se reúne pela primeira vez no Brasil com a temática "Paz e Desenvolvimento na CPLP". E além da promoção da saúde pública no âmbito da comunidade, outros itens também devem ser discutidos, como o fortalecimento das ações de promoção da língua portuguesa e a consolidação das comissões de trabalho e da Rede de Mulheres.
Mas um item da pauta causou divergência entre os parlamentares. Trata-se da instalação do secretariado permanente da Assembleia, em Angola, que terá de ser financiado por todos os países membros do grupo. Na opinião do deputado Felipe Bornier, o Brasil, no momento, não tem condições de arcar com os gastos.
"O que a gente colocou aqui de forma explícita é o momento atual que o mundo vive e em especial o Brasil: uma crise econômica. Assumir custos financeiros, o Brasil não suporta neste momento. Então é para que a gente possa adiar para outro momento, talvez no ano que vem, através de todos os presidentes que compõem este grupo de trabalho e não esperar para daqui a três anos e sim antecipar."
Para a atual vice-presidente da assembleia, deputada de Angola, Joana Lina, a sede é necessária para se manter o acervo histórico da assembleia parlamentar.
"O secretariado permanente da CPLP permanece em Angola e o que se pretende é não se perder todo o acervo, todo o material, todo o histórico, da existência da própria assembleia parlamentar. Por isso que se decidiu que é preciso ter uma sede."
A Assembleia Parlamentar da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa deve fazer ainda a troca de gestão. O grupo, que hoje é presidido pelo parlamento angolano, passar a ser comandado pelo Brasil. Assim, o presidente da Casa, deputado Eduardo Cunha, do PMDB do Rio de Janeiro deve ocupar o cargo até 2018.
Reportagem — Ana Gabriela Braz

terça-feira, 5 de abril de 2016

REUNIÃO PARA REVISAR DOCUMENTO DA ISO 50501, SOBRE SISTEMAS DE GESTÃO DA INOVAÇÃO NA ITÁLIA

Coordenador da Comissão de Estudo Especial de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT/CEE-130), o diretor-presidente do Tecpar, Júlio C. Felix, participa nesta semana da reunião do grupo de trabalho que trata da revisão do documento da ISO 50501, sobre Sistemas de Gestão da Inovação. A reunião, realizada na Itália, tem delegações de 13 países.

Felix coordena a delegação brasileira, que conta ainda com a participação do delegado Mario Sergio Ramalho. Nesta reunião internacional, vários grupos de trabalho constroem o documento que será submetido aos 164 países membros da ISO. As reuniões seguem até a próxima quinta-feira (7), quando devem ser incluídas as definições das terminologias sobre inovação.
A Comissão atua na Normalização no campo de Gestão da Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I), no que concerne à terminologia, diretrizes, requisitos e ferramentas de apoio.
À frente da Comissão, Felix tem a incumbência de coordenar delegações internacionais da ABNT para debater normas neste segmento. “O Brasil precisa de normas de apoio para criar um ambiente propício à inovação no país. A Comissão vai elaborar essas normas e representar o país no International Organization for Standardization (ISO), que reúne 164 países de todo o mundo”, ressalta Felix.
Mais informações sobre o trabalho desenvolvido pela Comissão de Estudo Especial de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação da ABNT podem ser obtidas pelo site www.abnt.org.br/cb-130.
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Divulgados relatórios do Ciclo de Debates em Vigilância Sanitária

A Comissão Organizadora Tripartite (COT) finalizou a redação dos relatórios do Ciclo de Debates em Vigilância Sanitária, realizado em 2015, com a compilação dos fóruns nas cinco regiões do país, o seminário internacional e o fórum nacional. Estes documentos estão disponíveis na página do Ciclo no site da Agência.

O Ciclo de Debates em Vigilância Sanitária teve como propósito mobilizar os profissionais da área e a sociedade para o fortalecimento do Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS), em busca da melhoria da efetividade e de sua contribuição para o desenvolvimento sanitário e socioeconômico do país.

A proposta do Ciclo de Debates não se encerra nesses eventos. A ideia é divulgar, em fóruns estratégicos do Sistema Único de Saúde (SUS), os desafios e as estratégias de superação priorizadas nesse movimento e incentivar que sejam considerados na elaboração dos Planos de Saúde e nas programações anuais de saúde de estados e municípios para o período 2016 – 2019.

O resultado dos debates ocorridos durante o Ciclo contribuirá ainda para a elaboração de uma agenda estratégica de Vigilância Sanitária para o Sistema Nacional de Vigilância Sanitária, que reflita na operacionalização das propostas apontadas nesses espaços de interlocução, com a definição de ações que permitam a modernização e o acompanhamento das ações planejadas.

Na edição 2015 do Ciclo foram realizados sete encontros, sendo um Seminário Internacional, que abriu o evento, os fóruns regionais – nesta ordem, nas regiões Sudeste, Sul, Centro-Oeste, Nordeste e Norte – e um Fórum Nacional que consolidou e priorizou as discussões e encaminhamentos oriundos dos eventos que o antecederam.

Participaram do Ciclo de Debates representantes do Sistema Nacional de Vigilância Sanitária, as coordenações municipais e estaduais de Visa e os  laboratórios analíticos de Visa, dos outros setores da área de saúde, dos conselhos de saúde, da sociedade civil organizada, do setor regulado e parceiros institucionais como as instituições de Defesa do Consumidor.

O desenvolvimento das atividades programadas será o resultado de um trabalho articulado e cooperativo no âmbito do SNVS.

Para dar efetividade aos compromissos firmados a partir da realização do Ciclo de Debates, em seguimento ao processo de construção da agenda estratégica e ao fomento da integração das ações constantes dessa agenda no planejamento estratégico dos entes do SNVS, foi elaborado um projeto com três produtos, que estão no Planejamento Estratégico da Anvisa para o período de 2016-2019.

Saiba mais: Conheça os produtos construídos durante o Ciclo de Debates que entrarão no Planejamento Estratégico da Anvisa para 2016-2019.

Anvisa repassa mais recursos para os municipios da Bacia do Rio Doce

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) repassou complementação de recursos da ordem de R$ 2.000.000 (dois milhões de reais) para 30  estados e municípios afetados pelo rompimento de barragens de mineração na Bacia do Rio Doce. Os recursos serão repassados em parcela única para o Fundo Nacional de Saúde (FNS), que adotará as medidas necessárias para a transferência.

A verba será destinada às ações contingenciais de vigilância sanitária, segundo estabelece a Portaria600/2016, publicada no DOU nessa terça-feira (5/4).

Os critérios adotados para a distribuição do repasse aos estados e municípios em situação de emergência foram a existência de desabrigados e desalojados, o risco de desabastecimento de água e a população dos municípios, detalhados na Portaria 1.994/2015.



Produto biológico novo para tratamento de câncer é aprovado pela Anvisa

A Anvisa concedeu registro ao medicamento Opdivo® (nivolumabe). O produto biológico novo é indicado em monoterapia para o tratamento de melanoma avançado e de câncer de pulmão. O registro foi publicado no Diário Oficial da União desta segunda-feira (04/04), de acordo com a Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) nº 55/2010.

O nivolumabe é um anticorpo monoclonal de imunoglobulina G4 (IgG4) totalmente humano que se liga ao receptor de morte programada 1 (PD-1) e bloqueia sua interação com PD-L1 e PD-L2. Opdivo® potencializa as respostas das células T, incluindo respostas antitumorais, por meio do bloqueio da ligação de PD-1 aos ligantes PD-L1 e PD-L2.

O produto Opdivo® (nivolumabe) foi aprovado para as seguintes indicações terapêuticas:
- Em monoterapia para o tratamento de melanoma avançado (irressecável ou metastático).
- Para o tratamento de câncer de pulmão de células não pequenas (NSCLC) localmente avançado ou metastático com progressão após quimioterapia à base de platina. Pacientes com mutação EGFR ou ALK devem ter progredido após tratamento com anti-EGFR e anti-ALK antes de receber Opdivo®.

2º. Dia de reunião em Bergamo

Os delegados continuam a estruturar o documento para norma de inovação

Aprovada urgência para projeto sobre composição das comissões da Câmara

Projeto será votado nesta terça-feira. Partidos querem acordo para que o Conselho de Ética não seja afetado pelas novas regras de substituição de membros titulares
Ananda Borges/Câmara dos Deputados

O Plenário da Câmara dos Deputados aprovou, por 326 votos a 11 e 4 abstenções, o regime de urgência para o 
projeto que determina o recálculo da proporcionalidade partidária para a composição das comissões da Câmara após as migrações partidárias ocorridas no período autorizado pela janela criada pela Emenda Constitucional 9, de 2016.

O projeto (PRC 134/16, da Mesa Diretora) também muda a regra de alteração de titulares por suplentes nas comissões, determinando que os titulares sejam substituídos por suplentes do mesmo partido e não do mesmo bloco parlamentar do qual faça parte o partido.

Acordo
Entretanto, a votação da proposta ficou para esta terça-feira (5) em razão da necessidade de mais tempo para costurar um acordo sobre o mérito, a fim de garantir que o Conselho de Ética não seja afetado pelas novas regras de substituição de titulares.


Na votação, vários partidos chegaram a orientar pelaobstrução, em busca de um acordo nesse sentido. Uma das emendas apresentadas, do deputado Alessandro Molon (Rede-RJ), prevê a aplicação da nova regra somente para as comissões que ainda serão formadas.

Segundo Molon, vários líderes já haviam manifestado concordância com a tese expressa por sua emenda. “Mudar as regras do jogo no meio do caminho não é aceitável”, afirmou, concordando com a tese de substituição de titular somente pelo deputado do mesmo partido apenas para as próximas composições do conselho.

O deputado Alberto Fraga (DEM-DF), que defende a nova composição das comissões após a janela eleitoral, disse que a proposta atual já deixa claro que as regras valerão para os órgãos “que vierem a ser formados” após aprovar a resolução, ou seja, já não atingiria o atual conselho. No entanto, após as negociações em Plenário, Fraga concordou com a emenda. “Já que não faz diferença, somos a favor da emenda para não deixar dúvidas e aprovar a alteração”, disse.

ÍNTEGRA DA PROPOSTA:
Reportagem – Eduardo Piovesan e Marcello Larcher

MCTI disponibiliza novos relatórios da pesquisa sobre a fosfoetanolamina

Estão disponíveis para o público três novos relatórios referentes à pesquisa sobre a fosfoetanolamina. Eles estão disponíveis na página especial do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, e podem ser acessadas neste link.
O primeiro deles é o relatório completo sobre os componentes químicos das amostras da substância produzidas pelo Instituto de Química de São Carlos da Universidade de São Paulo (IQSC/USP). O documento é assinado pelo Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Fármacos e Medicamentos (INCT-Inofar), no Laboratório de Química Orgânica Sintética (LQOS) do Instituto de Química da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), em colaboração com o Laboratório de Avaliação e Síntese de Substâncias Bioativas (Lassbio), do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Também está no ar o estudo que detalha a avaliação da genotoxicidade da fosfoetanolamina. O procedimento foi utilizado para avaliar se a substância poderia provocar alterações em camundongos. Por fim, está disponível um resumo executivo do MCTI atualizado sobre os passos da pesquisa.
Fonte: MCTI

Finep lança editais para equipar laboratórios e fortalecer ICTs

Secretária Emília Ribeiro discursa em cerimônia de lançamento de editais voltados para ICTs na sede da Finep, no Rio.
A secretária-executiva do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, Emília Ribeiro, participou nesta segunda-feira (4), na sede da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep/MCTI), do lançamento de dois editais voltados para Institutos de Ciência e Tecnologia (ICTs), somando R$ 390 milhões. Os recursos, não reembolsáveis, são do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT).
O primeiro edital é uma chamada pública para fortalecer os centros nacionais de infraestrutura científica de caráter multiusuário e estimular a instalação de novos centros nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Já o segundo edital é uma carta-convite destinada a fortalecer os laboratórios multiusuários dos institutos vinculados ao MCTI por meio da aquisição e da manutenção de equipamentos, além da contratação de pessoal.
A secretária Emília Ribeiro destacou que os editais marcam o intercâmbio entre o MCTI e os institutos de pesquisa. "Atualmente, o objetivo do MCTI é criar uma melhor interação com os institutos de ciência e tecnologia", afirmou.
"Esses editais representam a recuperação e renovação da infraestrutura da ciência brasileira. Investir em ciência é a saída para momentos de crise", acrescentou o presidente da Academia Brasileira de Ciências (ABC), Jacob Palis.
Segundo o presidente da Finep, Wanderley de Souza, os editais resgatam o papel da Finep como apoiadora da infraestrutura do ICTs, universidades e institutos vinculados ao MCTI.
"Eles farão com que cada instituição disponha de recursos que poderão ser aplicados da forma mais conveniente para o desenvolvimento de seus laboratórios e equipamentos científicos", afirmou Wanderley de Souza, acrescentando que o combate ao vírus zika é uma importante frente de trabalho. "Desejamos harmonizar o investimento em diferentes esferas, e a saúde é crucial."
O diretor de Desenvolvimento Científico e Tecnológico da Finep, Ricardo Gattas, explicou que cada centro nacional de infraestrutura científica poderá participar do primeiro edital com apenas uma proposta no valor mínimo de R$ 1 milhão. Em relação ao segundo edital, Gattas disse que cada instituição de pesquisa está autorizada a enviar somente uma proposta, que pode ser organizada em subprojetos, com valor máximo de R$ 20 milhões.
Também participaram do lançamento dos editais na Finep o presidente da Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen/MCTI), Renato Cotta, o vice-presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Ildeu Moreira, o diretor do CNPq, Marcelo Marcos Morales, e o diretor científico da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj), Jerson Lima.

Saúde libera recursos para projetos de fitoterápicos

O recurso será aplicado na compra de insumos, materiais de consumo, contratação de pessoal e capacitação de profissionais; outros R$ 594 mil viabilizarão compra de mobiliário e equipamentos

O fortalecimento e a ampliação da oferta de plantas medicinais e de fitoterápicos no Sistema Único de Saúde (SUS) no Paraná é o objetivo de três projetos selecionados no estado, por meio de edital, que estão recebendo, do Ministério da Saúde, mais de R$ 1,2 milhão. O recurso será aplicado na compra de insumos, materiais de consumo, contratação de pessoal e capacitação de profissionais. Ao todo, foram destinados mais de R$ 3,4 milhões para o investimento em 12 projetos de fitoterápicos de cinco estados do país. 

No Paraná, os projetos selecionados são das cidades de Araruama, São Pedro do Iguaçu e Toledo. Em Toledo, por exemplo, a secretaria municipal de Saúde produz e distribui as plantas medicinais e medicamentos fitoterápicos para a comunidade dentro das unidades de saúde. Antes de tomar o medicamento, o paciente tem acesso, na rede pública de saúde, a uma consulta com o profissional prescritor. Após a receita médica, no caso de manipulados, os medicamentos são preparados na Farmácia Escola, parceira do projeto, e entregues gratuitamente aos usuários do SUS. Os tratamentos envolvem doenças de baixa gravidade tratáveis na atenção básica, como algumas respiratórias e digestivas, e o tratamento de determinados tipos de feridas. 

Atualmente, o SUS oferta doze medicamentos fitoterápicos que são indicados, por exemplo, para uso ginecológico, tratamento de queimaduras, auxiliares terapêuticos de gastrite e úlcera, além de medicamentos com indicação para artrite e osteoartrite. De acordo com o Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ), os fitoterápicos mais utilizados na rede pública são o guaco, a espinheira-santa e a isoflavona-de-soja, indicados como coadjuvantes no tratamento de problemas respiratórios, gastrite e úlcera e sintomas do climatério, respectivamente. 

“Desde 2012 o Ministério da Saúde vem apoiando projetos da cadeia produtiva de plantas medicinais e de fitoterápicos por meio de editais. Com este repasse de R$ 3,4 milhões, destinado a custeio, os municípios e estados já podem iniciar a execução de seus projetos. A ação visa à disponibilização de fitoterápicos no SUS, porque entendemos a importância deste recurso terapêutico para a população e para o país”, afirma o diretor de Assistência Farmacêutica do Ministério da Saúde, José Miguel do Nascimento Júnior. 

Os produtos fitoterápicos e plantas medicinais, assim como todos os medicamentos, são testados para o conhecimento da eficácia e dos riscos de seu uso, e também para garantir  a qualidade do insumo. Cabe a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e às Vigilâncias Sanitárias Municipais e Estaduais o controle desses medicamentos.

CURSO PARA MÉDICOS – O Ministério da Saúde realizou, em 2012 o primeiro curso de Fitoterapia para Médicos, na modalidade de Educação à Distância (EAD). A primeira turma capacitou 300 profissionais de todas as regiões do país. Neste ano, uma segunda turma deverá fazer o curso, com previsão de 600 vagas para médicos de todo Brasil. O objetivo é ampliar o conhecimento sobre o tema e sensibilizar profissionais de saúde e população para esta opção terapêutica, permitindo o acesso da população brasileira aos fitoterápicos com eficácia, segurança e qualidade. 

Além disso, o Ministério da Saúde, por meio de eventos, busca promover a integração entre os setores produtivo, serviços de saúde, academia, Anvisa e demais ministérios, a fim de identificar as potencialidades para produção de medicamentos fitoterápicos.

PROGRAMA NACIONAL – Desde 2012, a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, investiu mais de R$ 30 milhões em 78 projetos de plantas medicinais e fitoterápicos no âmbito do SUS. 

Os projetos têm o objetivo de fortalecer a cadeia produtiva nos municípios, estados e Distrito Federal, especialmente a oferta de fitoterápicos aos usuários do SUS. Os 78 projetos que já receberam recursos federais estão distribuídos por todas as regiões do país e foram estruturados a partir dos editais do Ministério da Saúde. Até o momento, são 31 iniciativas de arranjo produtivo local, 44 de assistência farmacêutica e três de desenvolvimento e registro sanitário de medicamentos fitoterápicos da Relação Nacional de Medicamentos (Rename) por laboratórios oficiais públicos.

NAS FARMÁCIAS - Atualmente, o mercado brasileiro comercializa diversos medicamentos fitoterápicos, simples e associados, com atuação em várias áreas do organismo humano. Para o Sistema Nervoso Central, por exemplo, são comercializados a Passiflora sp., Valeriana officinalisHypericum perforatumPiper methysticum Melissa officinalis

Grupos de pesquisa sobre saúde mental vêm realizando estudos com medicamentos fitoterápicos indicados para tratamentos de doenças psiquiátricas, os quais demonstram resultados positivos. Por exemplo, estudos demonstram a superioridade da Passiflora incarnata em relação ao placebo no tratamento de sintomas da ansiedade, sendo suas conclusões classificadas como preliminares. 

Posição semelhante é encontrada na monografia da Comunidade Europeia, que considera preliminares as evidências de eficácia ansiolítica da Passiflora, porém reconhece seu uso estabelecido tradicionalmente para “alívio de sintomas discretos de estresse mental e auxílio ao sono”.

Por Victor Araújo, Agência Saúde


Mercado Aberto: Venda de genéricos ainda cresce, mas sinaliza desaceleração, diz entidade

O volume de vendas de medicamentos genéricos subiu 19,9% em fevereiro, em relação ao mesmo mês de 2015, segundo a Pró Genéricos (associação do setor), com base em dados da consultoria IMS Health.

O resultado, porém, é o mais baixo para o setor desde maio de 2015, o que pode ser sinal de que o crescimento começa a desacelerar. “É um reflexo da crise econômica.

A migração para os genéricos continua, mas o mercado está mais frágil como um todo”, diz Telma Salles, presidente da entidade.

Ao mesmo tempo em que a crise faz com que consumidores de remédios tradicionais passem aos genéricos, é possível que uma parte deles tenha reduzido o uso medicamentos em geral, afirma a executiva.

“Um grande percentual do portfólio de genéricos é de remédios para doenças crônicas, usados todos os dias.

Se há queda em unidades, ainda que pequena, é porque alguém está deixando de tomá-los,é um alerta.” O volume de vendas em fevereiro diminuiu 0,5% em relação ao mês anterior.

Ainda assim, a projeção do setor é de crescimento entre 8% e 9% para 2016.

A participação dos genéricos no mercado, hoje em 31%, deve subir dois pontos percentuais neste ano.

Fonte: Folha de S.Paulo   


Autor: Maria Cristina Frias

Saúde do DF em alerta para prevenção contra a gripe por H1N1

Até 31 de março, 15 casos foram confirmados em Brasília. Secretaria apresentou números oficiais nesta segunda-feira (4) e divulgará boletins às sextas

                                                                                         Foto: Matheus Oliveira/SES-DF

A saúde do Distrito Federal está em alerta para se prevenir contra o H1N1. De janeiro a 31 de março, foram confirmados 15 casos de gripe provocada pelo vírus. Sete pacientes apresentaram a doença na forma menos grave e os outros oito — em quem se identificou síndrome respiratória aguda grave — precisaram ser internados. Dentre os casos graves, uma idosa de 80 anos morreu em 13 de fevereiro.

Especialistas da Saúde mostraram os números oficiais, em coletiva na sede da pasta, na tarde desta segunda-feira (4). Eles destacaram que a cidade, no momento, está em alerta para prevenção. Não se trata, portanto, de alerta epidemiológico.

"O alerta é primeiro para os profissionais de saúde, para que, identificados os sintomas da influenza [conhecida como gripe], se tenha o tratamento adequado", explicou a diretora de Vigilância Epidemiológica e Imunização, da Subsecretaria de Vigilância à Saúde, Cristina Segatto. "O outro alerta é o individual, para prevenir, auxiliando a população para evitar a transmissão." Estudos comparativos com anos anteriores estão em andamento para avaliar a situação do DF.

Nenhum registro de gripe por H1N1 foi contabilizado em Brasília no ano passado. Em 2014, houve 21 casos, com cinco óbitos. De janeiro a março do mesmo ano, somaram-se quatro pacientes com o vírus, sem ocorrência de morte.

NACIONAL - O subsecretário de Vigilância à Saúde, Tiago Coelho, pontuou que, neste ano, registrou-se em todo o País antecipação na incidência do H1N1, com aumento de casos entre 2015 e 2016, em diferentes unidades da Federação, como Goiás e São Paulo. "O período chuvoso chegou mais cedo e as pessoas tendem a circular mais em espaços fechados, o que facilita a disseminação do vírus", apontou Coelho como uma das hipóteses para a situação. A outra probabilidade é o contato de brasileiros com o vírus em viagens ao exterior.

Dos oito pacientes do DF que tiveram gripe por H1N1 em que se identificou situação grave, três são menores de 5 anos e quatro têm de 15 a 59 anos. A senhora que morreu em 13 de fevereiro morava em Águas Claras e estava internada em um hospital da rede privada. A Secretaria de Saúde foi notificada em 31 de março. Todos os casos registrados são de residentes do DF, mas os especialistas ressaltam que a transmissão está relacionada aos ambientes por onde o infectado passou, e não pelo local de residência.

SINTOMAS E PREVENÇÃO - A influenza — ou gripe, como é conhecida — é uma doença viral, altamente transmissível. Ela afeta, principalmente, nariz, garganta, boca, brônquios e, ocasionalmente, pulmões. Os sintomas mais comuns são febre acima de 37,8 graus, calafrios, mal-estar, dores no corpo, dor de garganta, prostração, coriza e tosse seca.
A infecção dura cerca de uma semana e a transmissão ocorre entre as pessoas por meio das vias respiratórias. Por isso, o subsecretário reforça que prevenir é a medida mais efetiva para controlar a doença. Nas medidas estão, por exemplo: higienizar bem as mãos, evitar levá-las à boca, nariz e olhos, evitar aglomeração e uso de lenços descartáveis, e procurar o médico se apresentar os sintomas.

VACINA - A campanha nacional de vacinação contra gripe está marcada para 30 de abril. Na rede pública, a vacina é aplicada gratuitamente naqueles que apresentam maior risco de desenvolver complicações devido à influenza. São eles: pessoas com mais de 60 anos, crianças de 6 meses a menores de 5 anos, profissionais de saúde, povos indígenas, gestantes, puérperas até 45 dias após o parto, população privada de liberdade, funcionários do sistema prisional e portadores de doenças crônicas não transmissíveis ou de outras condições clínicas especiais.

O público-alvo é definido por protocolo do Ministério da Saúde, também responsável por distribuir as doses da vacina, assim como a medicação para combate à doença, o remédio antiviral Oseltamivir, que se chama Tamiflu comercialmente.
Ainda nesta semana, Brasília começa a receber a primeira remessa do ministério. Até a data de início da campanha, a Secretaria de Saúde espera ter, conforme informado pela pasta federal, 50% de todo o quantitativo previsto — cerca de 300 mil doses.

À medida que as doses da vacina forem repassadas, o governo local vai estudar a possibilidade de antecipar a campanha para parte do público. Por ora, está mantido 30 de abril como o início da vacinação.

O estoque de Tamiflu do DF está regular, segundo o diretor de Assistência Farmacêutica, da Coordenação de Atenção Especializada à Saúde, da Subsecretaria de Atenção Integral à Saúde, Emmanuel Carneiro. "É o suficiente para fazer o atendimento para o período de sazonalidade pelo qual estamos passando. Temos em torno de 15 mil comprimidos [o que corresponde a 500 caixas]", afirmou. Ele explicou que, no cenário ideal, o remédio deve ser administrado nas primeiras 48 horas dos sintomas e que a necessidade de uso é avaliada pelo médico.

 Amanda Martimon, da Agência Brasília

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