Destaques

segunda-feira, 11 de julho de 2016

Centro de Recursos sobre Vírus Zika da Elsevier

Bem-Vindo ao Centro de Recursos sobre o Vírus Zika da Elsevier

Essa página irá fornecer continuamente recursos atualizados do conteúdo e dos especialistas da Elsevier, incluindo da The Lancete do especialista em doenças infecciosas mundialmente conhecido, Dr. Raphael Dolin. Desenvolvemos essa ferramenta de modo a criar um lugar para que qualquer pessoa interessada no vírus Zika – profissionais médicos, pesquisadores de saúde, gestores de políticas públicas, a mídia e membros do público – possa acessar uma ampla variedade de informações com profundidade.
Os recursos da Elsevier abrangem revistas, livros, produtos educacionais e uma variedade de outros recursos relacionados à medicina e à ciência. Também pedimos a nossos médicos para fazerem comentários originais. Nosso objetivo é fornecer esses recursos grátis enquanto continue a crise do Zika. Se você tiver alguma pergunta ou sugestões, deixe-as na seção de comentários.
Recursos Online

O centro de recursos sobre o vírus Zika da The Lancet

O centro de recursos sobre o vírus Zika da The Lancet junta as melhores evidências e relatórios de toda a família The Lancet de revistas para ajudar pesquisadores, gestores de políticas públicas e força de trabalho em saúde a entender os efeitos do surto e sobre como melhor responder a ele. O centro também terá conteúdos selecionados das revistas Elsevier, tonando-se uma ferramenta abrangente com as últimas pesquisas, análises e comentários, conforme o desenrolar dos fatos. Todo o conteúdo do centro de recursos está disponível gratuitamente.


Visão geral por especialistas


Por Matthanja Müller | 9 de junho de 2016

O professor Danny Altmann e sua colega Dr. Rosemary Boyton do Imperial College London receberam um grande financiamento para pesquisar as bases imunológicas do vírus Zika. O projeto, em colaboração com grupos de pesquisa de São Paulo, Brasil, e Seattle nos Estados Unidos, tem por objetivo desenvolver o primeiro conjunto de dados sobre o vírus Zika CD4. O financiamento é parte de uma iniciativa do MRC, do Newton Fund e do Wellcome Trust.
O Dr. Altmann é Editor Associado da revista Vaccine, publicada por Elsevier. Leia oPerguntas & Respostas no site do Imperial College.


Por Raphael Dolin, MD | 8 de fevereiro de 2016

O vírus Zika é um flavivirus transmitido por mosquito que era conhecido por causar surtos de doenças na África, Sudeste Asiático e Ilhas do Pacífico até 2015. Em 2015, surtos de vírus Zika abrangentes foram detectados na América do Sul e Central; e em janeiro de 2016, os surtos de Zika chegaram a 18 países e territórios das Américas. Em geral, o vírus Zika é uma doença amena e autolimitada que consiste de febre, erupções maculopapulares, artralgia e conjuntivite. A doença dura entre alguns dias e uma semana e estima-se que aproximadamente 80% das infecções por Zika sejam subclínicas (sem sintomas).
Nos surtos atuais, o Zika começou a ser associado a doenças neurológicas e complicações pós-natais. A doença neurológica que foi mais frequentemente observada é a Síndrome de Guillain Barré, uma doença reversível que causa dormência e, por vezes, uma fraqueza severa. As complicações pós-natais que foram observadas são a microcefalia e as calcificações intracranianas. Esses efeitos devastadores no nascimento deu origem à grande preocupação atual do público com relação à Zika. No Brasil, esses fenômenos ocorreram muito mais significativamente em áreas com surto de Zika do que o normalmente esperado em áreas sem surto. Leia mais.


Por Rodney E. Rohde, PhD, para InfectionControl.tips | 14 de janeiro de 2016

O Zika chegou à América do Norte. Se você vive no Texas, onde um caso foi confirmado, sem dúvida leu as manchetes e notícias sobre os perigos da doença e sua conexão com más-formações de nascença. Entretanto, a verdade é que o caso confirmado recentemente foi contraído na América Latina, não no Texas; e a correlação entre o Zika e as más-formações de nascença estão sendo estudadas como efeito causal, mais ainda não foram confirmadas.
A mídia pode estar exagerando sobre a ameaça da Zika para prender a atenção do público, mas essas táticas não são úteis e podem causar um stress indevido em todo o sistema público de saúde. Leia mais.




Visão Geral da Pesquisa

Scopus para pesquisa e colaboração sobre Zika

Os pesquisadores que estão trabalhando no desenvolvimento de uma vacina para o vírus Zika usam o Scopus, a maior base de dados do mundo de resumos e citação de literatura revisada por pares, para encontrar as pesquisas mais recentes e citadas, identificar pesquisadores para colaborações e encontrar revistas para publicação. O Scopus tem ferramentas que permitem pesquisadores encontrar, analisar e visualizar pesquisas, além de incluir revistas científicas, livros e procedimentos de conferências.
O Scopus é atualizado diariamente e é fácil perceber a rapidez com que esse assunto tem evoluído. No dia 2 de março de 2016 havia 161 documentos do Scopus. Hoje são 313 e o crescimento é diário.
Por exemplo, a partir de dados do dia 2 de março, o pesquisador mais citado quando se procura por vírus Zika é o Dr. Didier Musso do Institut Louis Malarde, Pôle de Recherche et de Veille sur les Maladies Infectieuses Émergentes da Polinésia Francesa. Ainda que ele continue sendo o autor mais citado, o artigo mais citado mudou. Quando observamos o perfil de autor no Scopus do Dr. Musso, podemos verificar que o seu paper mais citado, em 71 ocasiões, é Culturas de Coxiella burnetii de pacientes com febre Q aguda e crônica de 1995. Antes, o artigo mais citado era “Vírus Zika, Polinésia Francesa, Pacífico Sul, 2013”, publicado em 2014 para a revista do CDC Emerging Infectious Diseases. Em março, o segundo paper tinha 20 citações e, atualmente, tem 40. É interessante observar, quando se analisa as métricas do nível do artigo, que sua última citação foi em um post do blog Harvard’s Health intitulado “O que você precisa saber sobre o vírus Zika

Grupo de Pesquisa sobre o Vírus Zika Mendeley

A Mendeley criou o Grupo de Pesquisa sobre o Vírus Zika para compartilhar referências a artigos relacionados ao vírus Zika para apoiar o trabalho da comunidade científica na busca por uma vacina. Todos os que estiverem registros no Mendeley podem compartilhar papers (apenas referências) e juntar-se ao debate. A Mendeley é uma ferramenta de referência global e gratuita de colaboração em gestão e pesquisa. Os aplicativos desktop, móveis e de web da Mendeley ajudam as pessoas a organizarem e compartilharem o seu trabalho, chamar a atenção para suas publicações e ter um panorama sobre como as suas publicações são usadas por outros pesquisadores.

Análise SciVal da pesquisa global sobre Zika

Apoiando os esforços da comunidade científica a desenvolver uma vacina para o vírus Zika, a Elsevier compilou a análise SciVal relacionada ao vírus Zika, Flavivirus (gene do vírus Zika) e mosquito Aedes (transmissor do vírus Zika), Está disponível aqui como um PDF para download gratuito junto com dados exportáveis em Excel completos. O SciVal da Elsevier oferece um acesso rápido e fácil ao desempenho em pesquisa de 7 mil instituições e de 220 países. O SciVal agrega os dados do Scopus para dar insights contundentes de modo a ajudar pesquisadores a encontrar parceiros para colaboração, localizar hubs de pesquisa de excelência e identificar pesquisadores em ascensão.



Artigos de Revistas

Acta Tropica

American Journal of Obsetrics & Gynecology

Pesquisa Antiviral

Revisões de Autoimunidade

Cell Press

A família de revistas da Cell Press tem um compromisso com o compartilhamento de dados relevantes a emergências de saúde pública. Para esse fim e alinhada com outras editoras e financiadores, concordamos que, no contexto de uma emergência de saúde pública de preocupação internacional, há um imperativo sobre todas as partes de disponibilizar rapidamente qualquer informação que possa ser valiosa no combate à crise. Estamos comprometidos em trabalhar em parceria para assegurar que a resposta global a emergências de saúde pública sejam amparadas pelos melhores dados e evidências disponíveis. Assim:
  • Iremos tornar gratuito o acesso a todo o conteúdo relacionado ao vírus Zika
  • Iremos trabalhar em parceria com revisores para apressar a revisão de todas as contribuições sobre Zika
  • Iremos adaptar os critérios editoriais que usamos para as contribuições sobre Zika pedindo aos revisores que avaliem apenas se os métodos de pesquisa são consistentes, se apoiam as conclusões e se o trabalho irá contribuir de alguma maneira para resolver os desafios imediatos. Iremos apressar a publicação de papers que cumprirem esse critério. Leia mais.

Microbiologia Clínica e Infecção

Opiniões Atuais sobre Virologia

EBioMedicine
Joacim Rocklöva et al: Avaliando Riscos Sazonais para a Introdução e Alastramento por Mosquito do Vírus Zika na Europa – Acesso aberto (Na imprensa, manuscrito aceito)

Epidemias

Revista Internacional de Doenças Infecciosas


Revista de Virologia Clínica

Revista de Infecção

The Lancet

Micróbios e Infecção

Novos Micróbios e Novas Infecções

Revista de Autoimunidade

Medicina de Viagem e Doença Infecciosa

Vacina

Virologia


Informação ao Paciente e ao Viajante

Folha Informativa sobre o vírus Zika
Com base em novas recomendações do Centro para o Controle de Doenças, o grupo da Elsevier de Patient Engagement desenvolveu um documento Informativo sobre a Doença do Vírus Zika para pacientes que estão viajando ou que conhecem família ou amigos viajando de ou para países em que existem casos conhecidos de vírus Zika. O propósito é fornecer informação atualizada para pacientes sobre as causas, sintomas e riscos associados ao vírus Zika. Esse é um exemplo da informação ao paciente que fornecemos a todos os clientes em um cenário de atenção de saúde – Julibeth Lauren, PhD, APRN, CNS, VP/Editora-Chefe, Elsevier Patient Engagement.


Outros Recursos

Os Centros Para Controle de Doenças

O CDC tem atualizado constantemente informações e recursos em sua página sobre o Vírus Zika, incluindo pôsteres e folhas informativas que você baixar:






A Organização Pan-Americana de Saúde e a OMS
A Organização Pan-Americana de Saúde tem, constantemente, atualizado a sua página de informação sobre o vírus Zika, que inclui um Perguntas & Respostas sobre Zika e gravidez. Fundada em 1902, aOrganização Pan-Americana de Saúde (OPAS) é a mais antiga agência de saúde pública do mundo. É o escritório regional para as Américas da Organização Mundial de Saúde (OMS). Ambas são parte da ONU.

The American Medical Association
Centro de Recursos para o Vírus Zika da AMA tem informação do CDC e outros grupos de saúde pública. Os recursos cobrem:
  • Compreendendo o vírus
  • Acompanhando e informando sobre infecções do vírus Zika
  • Cuidados a mulheres grávidas durante um surto de vírus Zika
  • Avaliando e realizando testes com recém-nascidos

Medscape
site da Medscape sobre o vírus Zika contém notícias, artigos de revista e aconselhamento para médicos, incluindo:

ClinicalKey
A fonte de busca clínica ClinicalKey oferece acesso à informações baseadas em evidências e amplas pesquisas científicas para o combate ao Zika vírus. Os tópicos são atualizados em tempo real na medida em que novas informações são indexadas na plataforma. Os usuários que estiverem cadastrados no ClinicalKey poderão compartilhar artigos, salvar conteúdos, exportar imagens, além do acesso a livros de autores renomados e clinical trials.
Os recursos também cobrem:
ClinicalKey é uma ferramenta para suporte à tomada de decisão que permite a busca de termos clínicos em português. Está disponível para acesso 24 horas por dia, 7 dias por semana. O ClinicalKey pode ser acessado através de aplicativo para smartphone e tablets, desktops e dispositivos móveis conectados via VPN à faixa de IP da instituição assinante.

O assessor de conteúdo médico desse centro de recursos é o Dr. Jonathan Teich, Chefe de Informática Médica da Elsevier, professor da Universidade de Harvard, e médico praticante em emergência médica no Birgham and Women’s Hospital de Boston.

domingo, 10 de julho de 2016

Orientações de Saúde para Viajantes aos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Verão no Brasil em 2016

Já estão disponíveis em português as Orientações de Saúde para Viajantes aos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Verão no Brasil em 2016. A 31ª edição do evento será realizada no país de 5 a 21 de agosto e de 7 a 18 de setembro de 2016, respectivamente. Outras cinco cidades irão sediar as primeiras partidas do torneio olímpico de futebol: Belo Horizonte, Brasília, Manaus, Salvador e São Paulo.
Estas recomendações têm por objetivo aconselhar as autoridades nacionais de saúde e os profissionais de saúde sobre as práticas e medidas que devem ser observadas pelas pessoas que visitarem o Brasil de modo a permanecerem seguras e saudáveis.
Antes de partir, os viajantes devem ser alertados sobre os riscos à saúde nas áreas que se proponham a visitar e aconselhados em relação às práticas e medidas preventivas para minimizar a probabilidade de contrair doenças ou sofrer acidentes.
As pessoas que viajarem ao Brasil devem consultar as orientações de viagem publicadas por suas autoridades nacionais (ver lista de sites abaixo).
As autoridades de saúde brasileiras fornecem conselhos de saúde para os viajantes em seu site, tanto em português quanto em espanhol e inglês (ver lista de sites abaixo). Os serviços de saúde vinculados ao Sistema Único de Saúde do Brasil são gratuitos para todos os indivíduos, incluindo os visitantes.
Doenças preveníveis por vacinas
Deve ser marcada uma consulta médica o quanto antes, ou pelo menos 4 a 8 semanas antes da partida, para que o viajante tenha tempo suficiente para completar os esquemas de vacinação, a fim de que resultem mais eficazes, tanto para as vacinas de rotina quanto para as que são indicadas conforme o destino específico. Porém, mesmo quando a partida é iminente, ainda há tempo para oferecer aconselhamento e aplicar algumas vacinas.
Vacinas de rotina
Os viajantes devem ser vacinados conforme seus calendários nacionais de vacinação, que variam de acordo com cada país. Os esquemas de vacinação de rotina, estabelecidos pelas autoridades nacionais, incluem vacinas contra difteria, coqueluche, tétano, poliomielite, sarampo, hepatite B, Haemophilus influenzae tipo b e, em muitos países, contra outras doenças como rubéola, caxumba, influenza, febre amarela, papilomavírus humano, e rotavírus e doenças pneumocócicas.
Desde julho de 2015, o Brasil interrompeu a transmissão do sarampo, depois de um surto associado a um caso importado. Portanto, considerando-se que o sarampo ainda é endêmico ou circulante em muitos países, é fundamental ter a vacinação contra o sarampo em dia para prevenir a importação de casos ao Brasil. Considerações semelhantes se aplicam à rubéola, que foi eliminada do Brasil em 2009.
A transmissão do vírus selvagem da pólio foi eliminada do Brasil em 1989. Portanto, para prevenir a introdução da poliomielite no Brasil, é fundamental que os viajantes de países nos quais tenha havido casos recentes de poliomielite sejam plenamente imunizados (ver lista de sites abaixo).
Viajantes com risco de complicações graves pela influenza (gripe) devem considerar a vacinação. A OMS recomenda a vacinação contra influenza sazonal para mulheres grávidas, idosos, indivíduos com doenças crônicas específicas, crianças de 6 a 59 meses e profissionais de saúde. A cepa de influenza atualmente em circulação no Brasil é a A(H1N1) pdm09 e está incluída nas vacinas do hemisfério norte de 2015-2016 e do hemisfério sul de 2016. Os Jogos Olímpicos e Paralímpicos serão realizados após o pico da temporada de influenza no Rio de Janeiro em junho e julho. Porém, existem variações regionais e os casos ocorrem ao longo de todo o ano no Brasil. O ideal é que os viajantes em risco recebam a vacina contra a influenza pelo menos duas semanas antes de partirem (ver lista de sites abaixo).
Vacinas específicas para viajantes
Dependendo do itinerário específico da viagem, vacinas adicionais podem ser necessárias. Aos viajantes que não tenham sido vacinados devem receber as seguintes vacinas conforme as recomendações de seu país:
- Hepatite A: o Brasil é um país de endemicidade intermediária e propenso a surtos da hepatite A;
- Hepatite B: o risco de contrair hepatite B é baixo, exceto para viajantes que tenham comportamentos de alto risco, como fazer tatuagens e usar drogas injetáveis. A vacina contra hepatite B foi introduzida no calendário nacional de imunização do Brasil em 1998;
- Febre tifoide: a maior incidência de febre tifoide se encontra no Norte e no Nordeste do Brasil, incluindo a Amazônia e a cidade de Manaus, que é uma das sedes do torneio olímpico de futebol.
- Raiva: o risco de infecção por raiva no Rio de Janeiro e nas outras cinco cidades que sediarão o torneio olímpico de futebol é insignificante (ver lista de sites abaixo).
- Febre amarela: recomenda-se a vacinação aos viajantes com idade acima de 9 meses que visitarem zonas com risco de transmissão da febre amarela. A vacinação deve ser realizada pelo menos 10 dias antes de partir. Uma única dose da vacina confere proteção ao longo da vida. Não se recomenda a vacinação aos viajantes que não saiam das seguintes cidades-sede dos eventos dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos: Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo. O surto de febre amarela atualmente em curso em Angola talvez exija que a OMS ajuste estas recomendações conforme necessário (ver lista de sites abaixo para mais informações).
Doenças transmitidas por mosquitos
Medidas de proteção pessoal
Embora o risco de doenças transmitidas por mosquitos seja menor durante o inverno, estação durante a qual serão realizados os Jogos Olímpicos e Paralímpicos, os viajantes ainda devem tomar medidas de proteção pessoal para evitar picadas de mosquito. São elas:

- Sempre que possível, usar roupas (preferencialmente, de cores claras) que cubram o máximo possível do corpo durante o dia;
- Usar repelentes contendo DEET (N N-dietil-3-metilbenzamida), IR 3535 ou icaridina, que possam ser aplicados na pele exposta ou nas roupas. As instruções no rótulo devem ser seguidas rigorosamente, inclusive em relação à duração da proteção conferida pelo repelente e tempo da reaplicação. A aplicação de protetor solar deve ser feita antes do repelente;
- Ficar alojados em locais limpos com água encanada e barreiras físicas, como telas em janelas e portas adequadas para evitar que os mosquitos entrem nos quartos;
- Escolha acomodações com ar condicionado (onde as janelas e portas costumam ser mantidas fechadas para impedir a saída de ar frio, de modo que os mosquitos não possam entrar nos quartos);
- Evitar cidades e zonas sem água encanada e com saneamento deficiente, que facilitam a existência de criadouros de mosquitos.
Arboviroses transmitidas por mosquitos Aedes
Além da febre amarela (ver acima os requisitos de vacinação), os mosquitos Aedes transmitem a doença do vírus zika, chikungunya e dengue.
Dengue e chikungunya
Informações detalhadas sobre dengue e chikungunya estão disponíveis nos sites do Ministério da Saúde do Brasil, da OMS e da OPAS (Oficina Regional da OMS para as Américas). Não há vacina contra chikungunya. A vacinação contra dengue não é recomendada para viajantes (ver lista de sites abaixo).

Os Jogos Olímpicos e Paralímpicos serão realizados durante o inverno no Rio de Janeiro, quando o tempo mais fresco e mais seco reduz as populações de mosquitos, de modo que o risco de infecção por doenças transmitidas por mosquitos estará em seu nível mais baixo. Desde janeiro de 2016, as autoridades do Rio de Janeiro têm executado um programa extenso de atividades de controle de vetores e estão intensificando essas atividades até a realização dos Jogos.
Doença do vírus zika
Em geral, a infecção pelo vírus zika causa um quadro clínico leve e a maioria dos casos de infecção pelo vírus é assintomática. Porém, após um surto do vírus zika no Brasil em 2015 e sua propagação posterior pelas Américas, foi observado um aumento incomum no número de distúrbios neurológicos graves nos filhos de mulheres grávidas infectadas, incluindo casos de microcefalia e malformações neurológicas congênitas. Também foram observados casos de Síndrome de Guillain-Barré, uma forma rara e grave de fraqueza muscular, em adultos infectados. Com base em crescentes evidências geradas pelas intensas pesquisas, há um consenso científico de que o vírus zika causa de microcefalia e síndrome de Guillain-Barré. O vírus zika se dissemina principalmente pela ação dos mosquitos, embora tenham sido documentados casos de transmissão sexual (ver lista de sites abaixo).

São feitas as seguintes recomendações às autoridades de saúde e profissionais de saúde nacionais, baseadas nos conhecimentos atuais sobre a doença do vírus zika e suas complicações:
- Os viajantes a regiões nas quais esteja ocorrendo a transmissão do vírus zika, inclusive o Brasil, devem receber aconselhamento atualizado sobre as medidas apropriadas para reduzir o risco de contrair a infecção, incluindo a prevenção de picadas de mosquito e a prática de sexo seguro (por exemplo, pelo uso correto e sistemático de preservativos), e sobre as possíveis consequências e complicações da infecção, principalmente em mulheres grávidas, mulheres que pretendam engravidar e mulheres em idade fértil. Formas de controle de natalidade que não são de barreira não protegerão contra a transmissão sexual do vírus zika;
- Aconselhar as mulheres grávidas a não viajarem a áreas onde esteja ocorrendo a transmissão do vírus zika, inclusive o Brasil;
- Aconselhar que procurem um serviço de saúde as mulheres que, inadvertidamente, engravidaram ou que descobrem a gravidez depois de voltar do Brasil e/ou outras áreas com transmissão do vírus zika em curso;
- Aconselhar as mulheres grávidas cujos parceiros sexuais residam ou voltem de áreas de conhecida transmissão local do vírus zika a praticarem sexo seguro ou se absterem de sexo durante toda a gravidez;
- Aconselhar os viajantes a praticarem sexo seguro (isto é, uso correto e sistemático de preservativos) ou se absterem de sexo durante sua estadia no Brasil e/ou em outras regiões onde esteja ocorrendo a transmissão do vírus zika e durante pelo menos oito semanas após seu retorno. Se durante esse período, ou antes, aparecerem sintomas de doença por vírus zika, os homens devem adotar práticas sexuais seguras ou se absterem de sexo por no mínimo seis meses;
- Aconselhar os viajantes que retornem do Brasil e/ou de outras regiões onde esteja ocorrendo a transmissão do vírus zika a não doarem sangue durante pelo menos quatro semanas após seu retorno;
- As autoridades nacionais devem dar aos profissionais da saúde orientações claras sobre como encaminhar os viajantes com sintomas de infecção pelo vírus zika para que façam os exames correspondentes e recebam os cuidados clínicos apropriados.
Malária
O risco de transmissão da malária no Brasil é insignificante ou inexistente, com exceção da região administrativa da Amazônia, que corresponde aos estados do norte do Brasil, incluindo a cidade de Manaus, anfitriã de algumas partidas do torneio olímpico de futebol.
As infecções por Plasmodium falciparum representam aproximadamente 15% dos casos de malária no Brasil. Nas áreas afetadas pela malária, além da prevenção das picadas de mosquito (incluindo o uso de repelentes e dormir embaixo de mosquiteiros tratados com inseticidas), deve-se considerar e selecionar a quimioprofilaxia com atovaquona-proguanil, doxiciclina, mefloquina, e ser selecionada em função das contraindicações e dos efeitos secundários descritos para esses medicamentos. Como alternativa, para viagens às áreas rurais com baixo risco de infecção por malária, a prevenção das picadas de mosquitos podem ser combinadas com um tratamento de emergência de espera (SBET pela sua sigla em inglês, Stand-by Emergency Treatment).
Com base na avaliação de risco das autoridades de saúde brasileiras, as diretrizes nacionais não incluem recomendações sobre a quimioprofilaxia da malária. Portanto, o acesso a esses medicamentos no Brasil é limitado e os medicamentos antimaláricos devem ser comprados antes de viajar ao país. Os viajantes que adoecerem e tenham febre durante a viagem em uma área do Brasil onde haja risco de malária devem procurar atenção médica imediatamente (ver a lista de sites abaixo para centros de saúde de diagnóstico e tratamento). Os viajantes que adoecerem e tenham febre até um ano após a sua viagem devem procurar atenção médica imediatamente e informar aos profissionais de saúde sobre seu histórico de viagem. Não há vacina recomendada contra malária (ver lista de sites abaixo).
Infecções sexualmente transmissíveis
O risco de infecção por HIV, sífilis, gonorreia, clamídia, herpes, vírus da hepatite B (HBV), e outras infecções sexualmente transmissíveis é limitado principalmente a viajantes que tenham comportamentos de risco, especialmente sexo sem proteção – particularmente, com profissionais do sexo e entre os homens que têm sexo com homens e usuários de drogas injetáveis. Portanto, recomenda-se a adoção de práticas de sexo seguro, especificamente o uso de preservativo. As autoridades brasileiras lançaram uma campanha de prevenção e promoção da saúde relacionada a infecções transmitidas sexualmente, HIV/aids e hepatites com o tema dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos (ver lista de sites abaixo).
Segurança dos alimentos e da água
Devido à comum incidência de infecções gastrointestinais no Brasil, os profissionais da saúde devem aconselhar os viajantes a tomarem precauções para evitar doenças causadas por alimentos e bebidas inseguras. São elas: lavar as mãos com frequência e sempre antes de manusear e consumir alimentos; certificar-se de que os alimentos estejam bem cozidos e ainda se mantém quentes; beber água potável (como água engarrafada ou, quando em dúvida, água bem fervida); evitar quaisquer alimentos crus, exceto frutas e verduras que possam ser descascadas; evitar alimentos em bufês, mercados, restaurantes e vendedores de rua se não forem mantidos quentes ou refrigerados/gelados.
Água e saneamento
A qualidade da água recreativa no Rio de Janeiro, inclusive nos locais que sediarão os Jogos Olímpicos e Paralímpicos, tem estado abaixo da ideal devido à contaminação por água de esgoto. As autoridades competentes estão tomando medidas corretivas a nível local e os viajantes devem seguir as recomendações emitidas pelas autoridades locais competentes (ver lista de sites abaixo).
Outros riscos de doenças infecciosas
Os viajantes têm um baixo risco de contrair infecções transmitidas por via aérea, como tuberculose e meningite, a menos que permaneçam em espaços fechados superlotados nas comunidades mais desfavorecidas.

Os viajantes à região de Belo Horizonte devem estar cientes do risco de contração da febre maculosa brasileira, transmitida por carrapatos e causada pela bactéria Rickettsia rickettsii, que pode resultar do contato com roedores infectados, como as capivaras.

Viajantes à região de Salvador devem estar cientes do risco de contração de leptospirose, causada pela bactéria Leptospira. Essa infecção pode resultar da exposição da pele e das mucosas à água e ao solo contaminados com a urina de animais infectados. Uma grande variedade de animais podem ser portadores da bactéria.

O risco de leishmaniose (tanto cutânea como visceral), esquistossomose, filariose linfática e outras doenças tropicais negligenciadas está associado principalmente às áreas rurais e desfavorecidas da região Nordeste do Brasil.

Segurança e outros riscos à saúde
A criminalidade, incluindo roubos e crimes violentos, está presente no Brasil. Os viajantes devem ser aconselhados a ter cuidado, utilizar somente os taxis ou ônibus autorizados no aeroporto, não viajar sozinhos à noite, evitar áreas suspeitas e viajar acompanhados.
Os acidentes e lesões, principalmente as causadas por acidentes automobilísticos, são a principal causa de morte entre viajantes com menos de 55 anos. Inundações e deslizamentos de terra devido a chuvas fortes são causas frequentes de traumatismos e outras emergências médicas, principalmente nas áreas urbanas.
Os viajantes ao Brasil também devem se proteger da exposição ao sol usando protetor solar, óculos de sol e um chapéu. Também devem evitar a desidratação bebendo água engarrafada.
Os viajantes devem estar cientes da presença de animais peçonhentos, como escorpiões e cobras, e tomar precauções para evitar qualquer contato. Recomenda-se entrar em contato com as autoridades de saúde locais para obter informações detalhadas sobre áreas específicas de risco.
É aconselhável que os profissionais da saúde examinem sistematicamente o histórico de viagem de seus pacientes, considerando também que algumas infecções associadas a viagens podem ter um tempo de incubação prolongado.
Lista de sites para mais informações 
1. Sites nacionais sobre saúde do viajante

2. Site do Ministério da Sáude do Brasil com conselhos para pessoas que viajarem ao Brasil

3. Informação sobre requisitos mundiais de vacinação contra a poliomielite

4. Informação sobre influenza no Brasil

5. Informação sobre raiva no Brasil

6. Informação sobre requisitos para vacinação contra febre amarela 

7. Informação sobre a dengue 

8. Informação sobre chikungunya

9. Informação sobre a doença causa pelo vírus zika 

10. Informação sobre malária 

11. Informação sobre a campanha de promoção da saúde sobre infecções de transmissão sexual, aids e hepatites virais, empreendidas pelo Governo do Brasil por ocasião dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos

12. Informação sobre água e saneamento http://www.who.int/water_sanitation_health/bathing/statement-rio-water-quality/en/ (inglês)

Guiné-Bissau relata transmissão do vírus zika; OMS anuncia missão em apoio ao país

Guiné-Bissau, país da África Ocidental que divide com o Brasil o idioma português, é o último país a notificar casos de transmissão do vírus zika por meio do mosquito Aedes aegypti. A informação está no último boletim da Organização Mundial da Saúde (OMS), divulgado na última quinta-feira (7).
A agência de saúde da ONU anunciou no mesmo documento uma missão ao país para ajudar a entender a linhagem do vírus detectado utilizando sequenciamento viral. A missão também vai se concentrar na identificação de atividades prioritárias para reforçar a capacidade de resposta nacional.
O Brasil continua sendo o país que concentra a absoluta maioria de casos investigados e confirmados de microcefalia e/ou alterações do sistema nervoso central – 1.638 até 25 de junho. O segundo país de maior preocupação é a Colômbia, com apenas 13 casos.
Até o dia 6 de julho, 65 países e territórios haviam relatado evidências de transmissão do vírus zika transmitido por vetores desde 2007. Desse total, 62 relataram evidências desde 2015, sendo 48 já a partir de 2015, quatro em 2016 e outros 13 com evidências de infecções por zika transmitidas por vetores locais em ou antes de 2015, porém sem a documentação de casos em 2016, ou com o surto já encerrado.
Acesse o último boletim da OMS, abaixo:
Zika situation report 7 July 2016
Zika virus, Microcephaly and Guillain-Barré syndrome
·         Read the full situation report
Summary
·         WHO and partners have established a definition of what constitutes an outbreak, endemic transmission, and the interruption of vector-borne transmission in order to better characterize the level of transmission of Zika virus infection (Table 1, Fig. 2). In addition, this will facilitate public health recommendations for residents and travellers. Based on these definitions, countries and territories reporting mosquito-borne Zika virus transmission were reclassified.
·          
·         As of 6 July 2016, 65 countries and territories (Fig. 1, Table 1) have reported evidence of vector-borne Zika virus transmission since 2007 (62 of these countries and territories have reported evidence of vector-borne Zika virus transmission since 2015):
o    48 countries and territories with a first reported outbreak from 2015 onwards (Table 1).
o    Four countries are classified as having possible endemic transmission or have reported evidence of local vector-borne Zika infections in 2016.
o    13 countries and territories have reported evidence of local vector-borne Zika infections in or before 2015, but without documentation of cases in 2016, or with outbreak terminated.
·         Guinea-Bissau is the latest country to report mosquito-borne Zika virus transmission.
·         Eleven countries have reported evidence of person-to-person transmission of Zika virus, probably via a sexual route (Table 2). Spain is the latest country to report Zika infection through person-to-person transmission.
·          
·         As of 6 July 2016, microcephaly and other central nervous system (CNS) malformations potentially associated with Zika virus infection or suggestive of congenital infection have been reported by 13 countries or territories. Three of those countries reported microcephaly cases born from mothers with a recent travel history to Zika-affected countries in Latin America (Table 3).
·          
·         As of 6 July, the United States Centers for Disease Control and Prevention (US-CDC) reported seven live-born infants with birth defects and five pregnancy losses with birth defects with laboratory evidence of possible Zika virus infection.
·          
·         In the context of Zika virus circulation, 15 countries and territories worldwide have reported an increased incidence of Guillain-Barré syndrome (GBS) and/or laboratory confirmation of a Zika virus infection among GBS cases (Table 4).
·          
·         Based on research to date, there is scientific consensus that Zika virus is a cause of microcephaly and GBS.
·          
·         A case of GBS has recently been confirmed positive for Zika virus in Jamaica.
·          
·         Zika virus infections were diagnosed in eight cases with severe neurologic conditions in Guadeloupe.
·          
·         A WHO mission to Guinea-Bissau will be conducted to assist in understanding the lineage of the Zika virus detected in the country using viral sequencing. The mission will also focus on the identification of priority activities to strengthen national response capacity.
·          
·         The global Strategic Response Framework launched by WHO in February 2016 encompasses surveillance, response activities and research. An interim report3 describing some of the key activities being undertaken jointly by WHO and international, regional and national partners in response to this public health emergency was published on 27 May 2016. A revised strategy for the period of July 2016 to December 2017 was published on 17 June.
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·         WHO has developed new advice and information on diverse topics in the context of Zika virus.5 WHO’s latest information materials, news and resources to support corporate and programmatic risk communication and community engagement are available online.
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