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sexta-feira, 2 de setembro de 2016

Ministério da Saúde libera R$ 5 milhões para assistência ao HIV e aids

Recurso é para ações de 26 projetos de 25 organizações da sociedade civil envolvidas com o combate à doença no país

O Ministério da Saúde liberou mais de R$ 5 milhões para 26 projetos de 25 organizações da sociedade civil envolvidas com ações de prevenção e assistência ao HIV e aids no país. Os repasses foram realizados nesta terça-feira (30) e são referentes aos editais públicos nº 01 e 05/2014.

A liberação do recurso ocorreu após levantamento do Ministério da Saúde sobre os compromissos não quitados com as organizações. Em reunião realizada no dia 4 de agosto com a presença de representantes da UNAIDS no Brasil, a pasta assumiu o compromisso de priorizar os pagamentos para as instituições aprovadas no chamamento.

Os editais fazem parte de uma série de convênios que possibilitam o financiamento de ações conjuntas com essas organizações para o fortalecimento e ampliação das medidas que contribuam para a vigilância, prevenção e o controle das infecções sexualmente transmissíveis.  


Confira a lista de instituições contempladas:
PROPONENTE
VALOR
Instituto Joana D´Arc
R$ 100.526,64
Instituto Papai
R$ 365.294,80
Centro de Convivência é de Lei
R$ 193.791,67
GTP+ Grupo de Trabalhos  em Prevenção Posithivo           
R$ 174.494,00
GTP+ Grupo de Trabalhos  em Prevenção Posithivo           
R$ 199.844,00
Libertos Comunicação
R$ 115.390,90
Centro de Orientação e Desenvolvimento de Luta Pela Vida
R$ 189.636,00
Transgrupo Marcela Prado 
R$ 199.429,80
Instituto Vida e Esperança
R$ 198.996,97
Instituto de Cultura, Arte, Ciência e Esporte
R$ 101.488,75
Associação Beneficente Luzia Lopes Gadelha              
R$ 157.942,40
Gestos - Soropositividade, Comunicação e Gênero              
R$ 161.487,45
Grupo de Incentivo à Vida 
R$ 166.776,00
Fundo Estadual de Saúde de Santa Catarina
R$ 103.614,12
Rede Nacional de Pessoas Vivendo com HIV/Aids
R$ 100.000,00
Associação de Promoção Social e Serviços Especiais de Minas Gerais
R$ 199.291,08
Associação das Prostitutas da Paraíba
R$ 243.737,80
Instituto Amazonico de Planejamento Gestão Urbana e Ambiental 
R$ 199.131,18
Instituto Educacional Social e Cultural do Estado do Rio Grande do Sul
R$ 171.043,80
Associação das Prostitutas do Piauí
R$ 111.100,00
Associação Brasileira interdisciplinar de Aids
R$ 500.000,00
Grupo Pela Vidda Niterói
R$ 161.422,80
Grupo de Resistência Asa Branca
R$ 148.106,83
Grupo pela Valorização Integração e Dignidade do Doente de Aids de São Paulo
R$ 133.584,00
Centro de Promoção da Saúde
R$ 483.324,19
Soc Carit e Lit São Francisco de Assis Zona Norte - Centro Universitário Franciscano
R$ 144.000,00
TOTAL
 R$ 5.023.455,18

Por Nivaldo Coelho, da Agência Saúde


Saúde libera R$ 513 milhões para 500 serviços em Santas Casas

São recursos de emendas parlamentares que beneficiam 255 unidades e para novos credenciamentos de 216 hospitais. Além disso, nova parceria com a Caixa vai ampliar empréstimo

Santas Casas e hospitais filantrópicos de todo o país vão receber aporte de R$ 513 milhões do Ministério da Saúde. O anúncio foi feito pelo ministro Ricardo Barros nesta quinta-feira (1º), durante o 26ª Congresso de Santas Casas e Hospitais Filantrópicos, em Brasília (DF). A liberação da verba é resultado das medidas de gestão adotadas pelo ministro nos primeiros 100 dias à frente da pasta, como revisão de contratos e economia com aluguéis e outros serviços, que levaram a maior eficiência dos gastos. Desta forma, o recurso economizado está sendo reaplicado na saúde, garantindo a expansão de serviços, como é o caso desses hospitais, e da oferta de medicamentos.


“Estamos tomando ações concretas para que essas entidades, que respondem sozinhas por mais de 50% dos atendimentos do SUS, ganhem fôlego e continuem prestando atendimento de qualidade à população”, destacou o ministro Ricardo Barros.

A maior parte dos valores liberados, R$ 371 milhões, é para novas habilitações e credenciamentos de 216 hospitais filantrópicos de 20 estados. A meta é que os pagamentos sejam feitos em dezembro. Já os R$ 141 milhões se referem a emendas parlamentares dos últimos dois anos que ainda não haviam sido pagas. As portarias que garantem a verba estão sendo publicadas essa semana. O repasse vai reforçar e qualificar os serviços oferecidos em 255 instituições, localizadas em 19 estados, que desempenham um papel importante na assistência à população, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS).

Outro apoio que será dado a essas unidades é o novo acordo com a Caixa Econômica Federal, que amplia o prazo de pagamento das Operações de Crédito das entidades filantrópicas para até 120 meses e com até 6 meses de carência. Antes, o limite era de 60 meses. Dessa forma, as organizações conseguem antecipar os recursos a receber do Ministério da Saúde referentes aos serviços ambulatoriais e internações hospitalares prestados ao SUS.

Outra novidade é que o crédito fica limitado à margem financeira disponível para cada instituição, não podendo ultrapassar 35% do faturamento total da entidade nos últimos 12 meses junto ao SUS. Antes, essa porcentagem estava limitada em 30%. Para receber as vantagens da linha de crédito, é necessário que a instituição seja filantrópica, conveniada ao SUS há pelo menos um ano e tenha recursos a receber do Governo Federal referentes aos serviços ambulatoriais e internações hospitalares.

ECONOMIA – As medidas de gestão adotadas em pouco mais de três meses pelo Ministério da Saúde somam R$ 857,1 milhões de economia e maior eficiência da utilização dos recursos do SUS. As ações levaram a uma redução de 20% dos custos dos contratos com empresas de tecnologia, mantendo o mesmo escopo dos projetos; redução de 33% dos valores de serviços gerais, como aluguéis e contas de telefones; e queda de até 39% nos preços de medicamentos; além da extinção de 417 cargos.

Esses recursos estão sendo empregados na saúde, garantindo a expansão de serviços e qualificação da assistência à população. A redução dos preços nos 33 contratos firmados para aquisição de medicamentos e vacinas permitiu ampliar em 7,4 milhões unidades desses insumos no SUS, por exemplo.

A economia também possibilitou o financiamento de 99 UPAS que estavam funcionando sem apoio do Governo Federal, o que sobrecarregava o orçamento de estados, municípios e prestadores de serviço. Essa medida atende 100% das solicitações de habilitações e qualificação de UPAs que estão funcionando, mas sem contrapartida do Ministério da Saúde.
Agora, parte das verbas também ajudará no apoio às Santas Casas e unidades filantrópicas. No ano passado, só para assistência de média e alta complexidade, essas unidades, que somam mais de 1,7 mil hospitais e serviços de saúde, receberam mais R$ 11 bilhões do Ministério da Saúde. Essas instituições desempenham papel importante na assistência à população, representando 60% das internações de média e alta complexidade no SUS.

Por Gustavo Frasão, da Agência Saúde


quinta-feira, 1 de setembro de 2016

SNGPC está lento para validação e aceitações

Anvisa solicita que os responsáveis pelo envio dos arquivos de movimentação ao SNGPC aguardem a normalização do sistema

Desde terça-feira (30/8), a validação e aceitação de arquivos enviados ao sistema SNGPC estão mais demorados que o usual. A área técnica responsável pelo suporte ao sistema já foi contatada e irá diagnosticar o problema e realizar os reparos necessários o mais breve possível.

Desta forma, a Anvisa solicita que os responsáveis pelo envio dos arquivos de movimentação ao SNGPC aguardem a normalização do sistema.

O artigo 33 da RDC nº 22/2014 diz que “não deverá ser objeto de autuação a falta de regularidade na transmissão das movimentações e emissão de relatórios quando o motivo for estritamente instabilidade operacional do próprio SNGPC”. Sendo assim, a Agência orienta que drogarias e farmácias mantenham as movimentações atuais no sistema informatizado do estabelecimento até que seja sanada a instabilidade.




Hospital da FAB é reconhecido por qualidade laboratorial

O laboratório do Hospital de Aeronáutica de Canoas (HACO) recebeu, pelo 15º ano consecutivo, o Selo de Qualidade Laboratorial no nível "excelente", concedido pela Sociedade Brasileira de Análises Clínicas.

O resultado eleva o laboratório à Categoria Platina de excelência. Ao todo, são avaliados quase 5 mil laboratórios e, nesse nível, constam apenas 250. As categorias variam de Bronze (3 anos) a Diamante (20 anos).

Segundo o chefe do Laboratório, Tenente Bruno Baesso Leite, o prêmio significa segurança aos usuários dos serviços. Para a premiação, há uma avaliação mensal por meio do envio de amostras aos certificadores. "O laboratório precisa atingir mais de 80% de assertividade, ou seja, nível máximo de certeza e menor margem de erro no resultado laboratorial. Neste ano, o laboratório do HACO alcançou 90,87%, ultrapassando o índice", afirma.

O farmacêutico explica que, conforme orienta a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), todos os laboratórios do Brasil precisam fazer parte de programas de avaliação externa de qualidade e para cada resultado considerado não aceitável, ou seja, 9%, no caso do HACO, abre-se um relatório para análise das causas e implementação do plano de ação corretiva.

Segundo o Tenente Baesso, esse tipo de avaliação permite analisar a gestão e a sistemática geral dos processos laboratoriais, como transporte, rastreabilidade, transcrição de resultados, acondicionamento, entre outros aspectos.

"Esse reconhecimento do laboratório demonstra que nós possuímos um rigoroso sistema de gestão da qualidade focado no melhoramento contínuo dos processos, elevado nível técnico dos profissionais e investimento da Força Aérea Brasileira em equipamentos modernos, insumos e mão de obra qualificada", avalia o militar.

Fonte: Portal Brasil


Temer pede dedicação a ministros contra o “amargor” do desemprego

Durante a primeira reunião de trabalho do governo definitivo, o presidente reforça a necessidade de formulação de políticas para a geração de postos de trabalho 
Em sua primeira reunião após tomar posse como presidente da República, Michel Temer pediu, nesta quarta-feira (31), empenho dos ministros em formular medidas contra o desemprego. Para Temer, a geração de postos de trabalho deve ser a primeira preocupação do governo.
“Há um certo amargor das pessoas, e isso nós vimos nas ruas, exata e precisamente em função do desemprego. Ora bem, no instante em que nós e a nossa política começar a gerar emprego isso vai tirando o amargor”, disse Temer.
Em sua fala inicial aos ministros do governo, que foi transmitida ao vivo pela TV estatal NBR, o presidente disse aos auxiliares que uma nova fase do governo é inaugurada, com um horizonte de dois anos e quatro meses. Durante esse período, pontuou, todas as áreas deverão trabalhar para colocar o Brasil nos trilhos.
“Não basta que o presidente da República centralize as decisões e determine qual seja a forma de execução. Importa, sim, que os senhores tenham capacidade, como têm [e] já demonstraram isso, de conduzir as suas pastas com vistas a exatamente a esse critério, que daqui a dois anos e quatro meses nós possamos sair daqui com o aplauso do povo brasileiro”, afirmou.
Uma das ações determinadas pelo presidente é a criação de um grupo de desburocratização para simplificar os processos em cada ministério. Outra determinação foi que cada ministro atue junto às bancadas e aos seus respectivos partidos para falar da importância das propostas do governo, como o teto para os gastos públicos e a reforma da Previdência. “Nós temos que insistir junto às bancadas - e eu o farei pessoalmente -, para que nós possamos ter a aprovação dessas matérias, pelo menos o teto, ainda neste ano.”
Durante a reunião, realizada momentos antes de Temer embarcar para a China, o presidente também pediu ajuda na divulgação da viagem, que tem como principal objetivo buscar recursos ao Brasil. Temer também determinou que os ministros sejam firmes ao contestar acusações de ilegitimidade do governo.
"É preciso muita firmeza. E, muitas vezes, a firmeza vem pela elegância, não pelo ataque", ressaltou.

ROGÉRIO LUIZ ZERAIK ABDALLA, para exercer o cargo de Secretário de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde do Ministério da Saúde

MINISTÉRIO DA SAÚDE O MINISTRO DE ESTADO CHEFE DA CASA CIVIL DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA, no uso de suas atribuições e tendo em vista o disposto no art. 2o do Decreto no 8.821, de 26 de julho de 2016,
Resolve  – NOMEAR

ROGÉRIO LUIZ ZERAIK ABDALLA, para exercer o cargo de Secretário de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde do Ministério da Saúde, código DAS 101.6.
ELISEU LEMOS PADILHA

Seminário Empresarial de Alto Nível e da 11ª Cúpula do G-20 - COMITIVA OFICIAL

MINISTÉRIO DAS RELAÇÕES EXTERIORES
DECRETO DE 31 DE AGOSTO DE 2016
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, caput, inciso II, da Constituição, e tendo em vista o disposto no Decreto-Lei no 1.565, de 5 de setembro de 1939, regulamentado pelo Decreto no 44.721, de 21 de outubro de 1958, e na Lei no 5.809, de 10 de outubro de 1972, regulamentada pelo Decreto no 71.733, de 18 de janeiro de 1973, resolve
DESIGNAR
a seguinte comitiva para acompanhá-lo em sua visita oficial a Xangai e Hangzhou, República Popular da China, por ocasião do Seminário Empresarial de Alto Nível e da 11ª Cúpula do G-20, que se realizarão no período de 1º e 5 de setembro de 2016:
COMITIVA OFICIAL:
RENAN CALHEIROS, Presidente do Congresso Nacional;
JOSÉ SERRA, Ministro de Estado das Relações Exteriores;
HENRIQUE DE CAMPOS MEIRELLES, Ministro de Estado da Fazenda;
MAURÍCIO QUINTELLA MALTA LESSA, Ministro de Estado dos Transportes, Portos e Aviação Civil;
BLAIRO BORGES MAGGI, Ministro de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento;
ATAÍDES DE OLIVEIRA, Senador Federal;
FÁBIO RAMALHO, Deputado Federal;
ALTINEU CÔRTES, Deputado Federal;
BETO MANSUR, Deputado Federal;
PAUDERNEY AVELINO, Deputado Federal;
MARCOS CARAMURU DE PAIVA, Embaixador do Brasil na República Popular da China;
ANA CÂNDIDA PEREZ, Cônsul-Geral do Brasil em Xangai (sem ônus); e
ROBERTO JAGUARIBE, Presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos; e
INTÉRPRETE:
CLÁUDIA CRISTINA TAVARES CHAUVET.
Brasília, 31 de agosto de 2016; 195º da Independência e 128º
da República.
MICHEL TEMER
José Serra

Pesquisa abre caminho para diagnóstico precoce de Alzheimer

Fragmentos peptídicos marcados com isótopo radioativo são avaliados como biomarcadores do processo degenerativo que leva à morte dos neurônios. Resultados foram divulgados durante o encontro anual da FeSBE (Imagem:Wikimedia Commons)

Uma pesquisa conduzida na Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo (FCMSCSP), com apoio da FAPESP, pode tornar possível o diagnóstico precoce da doença de Alzheimer.
Atualmente, ainda não há marcadores biológicos ou exames de imagem disponíveis na rotina clínica para detectar o avanço do processo degenerativo cerebral. O diagnóstico é feito apenas quando já há sinais de declínio cognitivo – basicamente por exclusão de outras condições que causam perda de memória e demência.
“Estima-se que quando os pacientes começam a manifestar sintomas de comprometimento cognitivo cerca de 50% dos neurônios já morreram. E, a essa altura, não há muito mais o que fazer. Porém, se conseguirmos detectar o processo degenerativo ainda no início, as chances de estabilizar sua progressão com as drogas hoje disponíveis são muito maiores”, disse à Agência FAPESPLuciana Malavolta Quaglio, professora do Departamento de Ciências Fisiológicas da FCMSCSP.
Alguns resultados do trabalho coordenado por Malavolta foram apresentados dia 30 de agosto, em Foz do Iguaçu, durante a 31ª Reunião Anual da Federação de Sociedades de Biologia Experimental (FeSBE).
Em seu laboratório, a pesquisadora sintetizou pequenos fragmentos peptídicos capazes de serem atraídos por um peptídeo maior, conhecido como beta-amiloide, que desempenha papel crucial no desenvolvimento da doença de Alzheimer.
Por motivos ainda não totalmente compreendidos pela ciência, as moléculas beta-amiloide naturalmente presentes no organismo começam a se agregar umas às outras, formando as chamadas placas beta-amiloidais. Esses agregados se acumulam no cérebro e causam uma série de alterações que, em conjunto com outros fatores, resultam na morte de neurônios.
O objetivo da pesquisa de Malavolta é desenvolver biomarcadores capazes de sinalizar em exames clínicos a presença das placas beta-amiloidais no cérebro.
“Estamos testando quatro diferentes fragmentos peptídicos – todos com poucos aminoácidos. Enquanto o peptídeo beta-amiloide tem cerca de 42 resíduos de aminoácidos, os nossos têm entre quatro e seis, pois, se forem grandes, não conseguem atravessar a barreira hematoencefálica (um conjunto de células extremamente unidas que protegem o sistema nervoso central de substâncias potencialmente tóxicas presentes no sangue) e chegar ao cérebro”, explicou Malavolta.
O desenho das moléculas foi concluído em 2011. Desde então, em colaboração com cientistas do Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein, Malavolta vem aperfeiçoando métodos de radiomarcação, ou seja, de ligar os fragmentos peptídicos a isótopos radioativos – o que possibilita acompanhar a distribuição do composto pelo organismo e realizar exames de imagem.
A estratégia é semelhante à dos exames de cintilografia usados para avaliar, por exemplo, a função renal ou cardíaca. Um composto radiomarcado com afinidade pelo tecido de interesse é injetado no organismo. Quando os elementos chegam ao órgão-alvo, as radiações emitidas são identificadas por um equipamento conhecido como câmara de cintilação e transformadas em imagens, que podem ser interpretadas pelos especialistas.
A radiomarcação tem sido feita com o radioisótopo tecnécio, elemento que emite radiação gama. Segundo Malavolta, esse isótopo tem sido bastante usado em exames de medicina nuclear para diagnóstico, pois tem meia-vida de seis horas – tempo suficiente para a realização do exame e para o paciente ter alta hospitalar no mesmo dia.
“Em média, as técnicas de radiomarcação de forma direta com tecnécio (na qual o radioisótopo é ligado diretamente na molécula) descritas na literatura científica alcançam um rendimento entre 60% e 65% [porcentagem de fragmentos que de fato permanecem ligados ao radioisótopo]. Nós conseguimos valores acima de 90%, o que é considerado bastante satisfatório no campo da medicina nuclear."
Ensaios pré-clínicos
Diversos testes in vitro e in vivo foram feitos para avaliar a estabilidade dos peptídeos radiomarcados e sua biodistribuição no organismo.
Em um dos experimentos, foi comparado um grupo de camundongos sadios e outro geneticamente modificado para desenvolver um quadro semelhante ao Alzheimer. Nesse modelo, para induzir a formação das placas beta-amiloidais no cérebro dos animais, é inserido no genoma do roedor uma mutação dupla na proteína APP (proteína precursora amiloidal), que dá origem ao peptídeo beta-amiloide.
Os fragmentos radiomarcados foram injetados nos dois grupos de animais e, após diferentes tempos, os pesquisadores faziam a contagem de radiação em cada um dos órgãos, com auxílio de um contador de radiação gama.
“Dependendo do fragmento, observamos que entre 3% e 5% das moléculas radiomarcadas conseguiram de fato chegar até o cérebro dos animais geneticamente modificados, o que é considerado um índice satisfatório. Atualmente, há radiofármacos usados em outros tipos de diagnósticos nos quais a porcentagem de especificidade fica em torno de 1%”, contou Malavolta.
Nos animais controle (sadios), segundo a pesquisadora, as atividades radioativas referentes aos peptídeos radiomarcados ficaram ao redor de 0.5% no cérebro.
Nos testes in vitro, o índice de interação dos fragmentos radiomarcados com as células cerebrais dos camundongos com Alzheimer foi de 50%. Já com as células dos camundongos sadios o índice ficou entre 10% e 12%.
Ao avaliar a interação dos fragmentos radioativos com as proteínas presentes no sangue dos roedores, o índice ficou em torno de 35% nos dois grupos.
“Nesse caso, quanto mais baixo for o índice, melhor, pois uma maior quantidade do composto fica livre para chegar ao alvo desejado. O resultado do experimento mostra que 65% dos nossos fragmentos peptídicos estão livres para percorrer todo o organismo. Alguns dos fármacos disponíveis atualmente apresentam 95% de interação com as proteínas plasmáticas, ou seja, apenas 5% das moléculas ficam livres e mesmo assim ainda conseguem ter alguma eficiência. Imagina quando se tem 65% do composto livre", comparou Malavolta.
Uma das estratégias que a pesquisadora pretende testar para aumentar a porcentagem de fragmentos radiomarcados que chegam ao cérebro é o encapsulamento em nanopartículas. Alguns testes iniciais já foram feitos.
Resultados preliminares da pesquisa apresentada na FeSBE também já foram publicados nos periódicos: Neurological Sciences,NeuropeptidesJournal of Peptide ScienceProtein & Peptide Letters e Revista Brasileira de Psiquiatria, entre outros. 

Karina Toledo, de Foz do Iguaçu | Agência FAPESP 

Impeachment contra a Presidente da República, Dilma Vana Rousseff

Atos do Senado Federal .

Faço saber que o Senado Federal julgou, nos termos do art. 86, in fine, da Constituição Federal, e eu, Renan Calheiros, Presidente, promulgo a seguinte
RESOLUÇÃO Nº 35, DE 2016

Dispõe sobre sanções no Processo de Impeachment contra a Presidente da República, Dilma Vana Rousseff, e dá outras providências.

O Senado Federal resolve:
Art. 1º É julgada procedente a denúncia por crimes de responsabilidade, previstos nos art. 85, inciso VI, e art. 167, inciso V, da
Constituição Federal, art. 10, itens 4, 6 e 7, e art. 11, itens 2 e 3, da Lei nº 1.079, de 10 de abril de 1950.
Art. 2º Em consequência do disposto no artigo anterior, é imposta à Senhora Dilma Vana Rousseff, nos termos do art. 52, parágrafo único, da Constituição Federal, a sanção de perda do cargo de Presidente da República, sem prejuízo das demais sanções judiciais cabíveis, nos termos da sentença lavrada nos autos da Denúncia nº 1, de 2016, que passa a fazer parte desta Resolução.
Art. 3º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.
Senado Federal, em 31 de agosto de 2016.
Senador Renan Calheiros
Presidente do Senado Federal



I - Relatório
No dia 02 de dezembro de 2015, a Presidência da Câmara dos Deputados recebeu e autuou a Denúncia por Crime de Responsabilidade (DCR) nº 1, de 2015, oferecida por Miguel Reale Júnior, Hélio Pereira Bicudo e Janaína Conceição Paschoal, subscrita pelo Advogado Flávio Henrique Costa Pereira contra a Excelentíssima Senhora Presidente da República, Dilma Vana Rousseff, atribuindo-lhe a prática, em tese, dos crimes de responsabilidade tipificados no art. 85, V, VI e VII, da Constituição Federal, e art. 4º, V e VI, art. 9º, itens 3 e 7, art. 10, itens 6 a 9 e art. 11, item 3, todos da Lei 1.079/1950.

Na sequência, em 11 de abril de 2016, a Comissão Especial destinada a apresentar parecer sobre a matéria na Câmara dos Deputados
opinou pela "admissibilidade da acusação e a consequente autorização para a instauração, pelo Senado Federal, do processo de
crime de responsabilidade".
Em sessão deliberativa extraordinária realizada em 17 de
abril de 2016, o Plenário da Câmara dos Deputados "autorizou a
abertura de processo contra a Presidente da República, por crime de
re s p o n s a b i l i d a d e ", mediante voto favorável de 367 (trezentos e sessenta
e sete) de seus membros, "em virtude da abertura de créditos
suplementares por Decreto Presidencial, sem a autorização do Congresso
Nacional (Constituição Federal, art. 85, IV e art. 167, V; e Lei
nº 1.079, de 1950, art. 10, item 4 e art. 11, item 2), e da contratação
ilegal de operações de crédito (Lei nº 1.079, de 1950, art. 11, item
3)".
Ato contínuo, em 19 de abril de 2016, a matéria foi lida no
Plenário do Senado Federal, cumprindo registrar que a Comissão
Especial do Processo de Impeachment foi regularmente eleita em 25
de abril de 2016 para o processamento da DEN nº 1/2016.
Instalada no dia subsequente, havendo sido escolhido o Senador
Raimundo Lira como Presidente e designado como relator o
Senador Antonio Anastasia, a referida Comissão passou a examinar
os termos da acusação: em 28 de abril de 2016, a Comissão Especial
ouviu os denunciantes Miguel Reale Júnior e Janaina Paschoal. No
dia seguinte, o Dr. José Eduardo Martins Cardozo, o Ministro de
Estado da Fazenda, Nelson Barbosa, e a então Ministra da Agricultura
e Pecuária, Kátia Abreu foram ouvidos. Finalmente, em 2 e 3
de maio de 2016, procedeu-se à oitiva dos especialistas indicados pela
acusação e pela defesa.
No dia 6 de maio de 2016, a Comissão Especial aprovou
parecer preliminar pela admissibilidade do processo, que veio a ser
aprovado pelo Plenário do Senado Federal na sessão do dia 11 de
maio de 2016, por 55 (cinquenta e cinco) votos, admitindo o processamento
da denúncia nesta Casa e determinando a abertura de
prazo para que a acusada respondesse à imputação, com o que teve
início a fase de instrução.
No dia 12 de maio, a acusada foi citada, suspensa de suas
funções - por força do que dispõe o art. 86, § 1º, II, da Constituição
Federal (CF) - e o processo formalmente instaurado.
No mesmo dia, assumi a Presidência do Senado Federal, para
os fins de que trata o art. 52, parágrafo único, da Constituição Federal.
A denunciada apresentou, em 1º de junho de 2016, defesa
escrita, arrolou testemunhas e requereu a produção de provas.
No dia 2 de junho, a Comissão Especial do Processo de
Impeachment deliberou sobre os requerimentos de produção de provas
dos denunciantes, da denunciada e dos Senadores.
Consecutivamente, em 6 de junho, a Comissão Especial estabeleceu
o cronograma dos trabalhos para a fase de instrução.
Ao todo, entre os dias 08 e 29 de junho de 2016, foram
ouvidas 2 (duas) testemunhas indicadas pela acusação, 36 (trinta e
seis) testemunhas e 2 (dois) informantes arrolados pela defesa, sem
prejuízo da oitiva de 4 (quatro) testemunhas do juízo.
Ainda durante a fase instrutória, foi constituída uma Junta
Pericial, composta por 3 (três) servidores efetivos do Senado Federal,
a qual apresentou laudo, respondeu a quesitos oferecidos pelos denunciantes,
pela denunciada e pelos Senadores e submeteu-se a esclarecimentos.
Paralelamente, foram apresentados laudos elaborados pelos
assistentes técnicos da acusação e da defesa e, finalmente, realizada a
oitiva do perito coordenador da junta e dos assistentes técnicos.
No dia 6 de julho, data marcada para o interrogatório da
Presidente da República, houve a leitura de depoimento escrito por
seu advogado.
Por fim, em 7 de julho, foi aberto prazo sucessivo para as
alegações finais escritas da acusação e da defesa, recebidas, respectivamente,
nos dias 12 e 28 de julho de 2016.
Sobreveio, então, o parecer do Relator, com proposta de
"emendatio libeli" para os fatos descritos na denúncia como "realização
de operações de crédito com instituição financeira controlada
pela União (pedaladas fiscais)" subsumindo-os ao disposto no art. 10,
itens 6 e 7, da Lei nº 1.079/50, mantida, no mais, a definição jurídica
originalmente proposta para a imputação remanescente.
lnobstante a apresentação de voto em separado da Senadora
Vanessa Grazziotin e outros Senadores, tal relatório foi discutido e
aprovado pela Comissão Especial, na data de 02 de agosto.
Na sequência, em 09 de agosto, sob a minha presidência, o
Senado Federal, como órgão judiciário, em sessão plenária, aprovou o
referido parecer e pronunciou a acusada pela prática, em tese, dos
crimes de responsabilidade a ela imputados.
No dia seguinte, foi oferecido libelo acusatório, com respectivo
rol de testemunhas, imputando à Presidente da República, em
síntese, a abertura de créditos suplementares sem a autorização do
Congresso Nacional e a realização de operações de crédito com instituição
financeira controlada pela União.
Na contrariedade ao libelo, a defesa refutou as imputações,
arguindo, em suma, que não houve a abertura de crédito suplementar
sem autorização legislativa e que o atraso no pagamento de subvenções
a banco oficial para a agricultura não pode ser tido como
operação de crédito com instituição financeira.
Durante a fase de julgamento, iniciada em 25 de agosto
passado próximo, após resolver 18 (dezoito) questões de ordem, foram
colhidos os depoimentos de 1 (um) informante e 1 (uma) testemunha
de acusação, bem como de 3 (três) testemunhas e 2 (dois)
informantes arrolados pela defesa. Em seguida, após o pronunciamento
da acusada, realizou-se o seu interrogatório, ocasião em que,
por cerca de 11 (onze) horas e 35 (trinta e cinco) minutos, respondeu
às perguntas de 48 (quarenta e oito) Senadores, da acusação e da
defesa, sem limitação de tempo, inclusive no tocante à sua fala
inicial.
Ao final, foram realizados os debates orais entre as partes,
bem como a discussão da matéria pelas Senhoras e pelos Senhores Senadores, oportunidade em que 63 (sessenta e três) parlamentares fizeram uso da Tribuna por até 10 (dez) minutos cada.
O presente processo contém, até o momento, 72 volumes e cerca de 27.000 páginas.
Esse é o relatório, em cumprimento ao que estabelece o art.67 da Lei n° 1.079/50.
II - Fundamentação
Segundo a acusação, a Presidente da República cometeu os crimes de responsabilidade em virtude da tomada de empréstimos junto à instituição financeira controlada pela União, bem como pela abertura de créditos suplementares sem autorização do Congresso Nacional.
Alegou-se que "a tomada de empréstimos vedados de instituições
financeiras públicas, sem a respectiva contabilização (...)
impossibilitou que a população tivesse exata dimensão da real situação
econômica e financeira do país" (fl. 1 do Libelo Acusatório).
Sustentou-se, nessa linha, que "o Banco Central e o Tesouro
Nacional não contabilizavam os débitos" enquanto "as instituições
financeiras lançavam os créditos, deixando evidente a relação de
mútuo havida e a vontade deliberada do Governo Central de esconder os fatos" (fls. 5 e 6 do Libelo Acusatório).
Assim,
"conforme incialmente estimado pelo TCU, as operações de crédito contestadas teriam permitido que, em 2014, a dívida pública federal fosse subdimensionada em R$ 40,2 bilhões e o resultado primário superestimado em R$ 7,1 bilhões. (...)
Em 2015 esse passivo continuou a crescer e atingiu R$ 58,7 bilhões em novembro. Depois disso, quando não mais cabiam recursos contra a decisão do TCU pela ilegalidade das operações, a União procedeu, em dezembro, ao equacionamento dos valores em atraso, outrora postergados" (fls. 44 e 45 do Parecer 726/2016 do Senador Antonio Anastasia).
Quanto à "edição de decretos, abrindo crédito suplementar, sem a devida autorização do Congresso Nacional" argumenta-se que isso resultou "em afronta à constitucional separação dos poderes" (fl. 1 do Libelo Acusatório).
Isso porque tais "amparada em metas fiscais constantes unicamente de projetos de lei, a Presidente da República editou, tanto em 2014 como em 2015, decretos de abertura de créditos suplementares que ampliaram despesas autorizadas pela lei orçamentária.
De acordo com o TCU, esses atos foram editados sem lastro fiscal, ou seja, de modo incompatível com a obtenção da meta em vigor no momento da sua edição" (fl. 51 do Parecer 726/2016 do Senador Antonio Anastasia).
III - Dispositivo
O Senado Federal entendeu que a Senhora Presidente da República DILMA VANA ROUSSEFF cometeu os crimes de responsabilidade consistentes em contratar operações de crédito com instituição financeira controlada pela União e editar decretos de crédito suplementar sem autorização do Congresso Nacional previstos nos art. 85, inciso VI, e art. 167, inciso V, da Constituição Federal, bem como no art. 10, itens 4, 6 e 7, e art. 11, itens 2 e 3, da Lei nº 1.079, de 10 de abril de 1950, por 61 votos, havendo sido registrados 20 votos contrários e nenhuma abstenção, ficando assim a acusada condenada à perda do cargo de Presidente da República Federativa do Brasil.
Em votação subsequente, o Senado Federal decidiu afastar a pena de inabilitação para o exercício de cargo público, em virtude de não se haver obtido nesta votação 2/3 dos votos constitucionalmente previstos, tendo-se verificado 42 votos favoráveis à aplicação da pena, 36 contrários e três abstenções.
Esta sentença, lavrada nos autos do processo, constará de resolução do Senado Federal, será assinada por mim e pelos Senadores que funcionaram como juízes, transcrita na Ata da sessão e, dentro desta, publicada no Diário Oficial da União, no Diário do Congresso Nacional (art. 35 da Lei nº 1.079/50) e no Diário do Senado Federal.
Tal decisão encerra formalmente o processo de impeachment instaurado contra a Presidente da República no Senado Federal no dia 12 de maio de 2016.
Façam-se as comunicações ao Excelentíssimo Senhor Presidente da República em exercício, aos Excelentíssimos Senhores Presidentes da Câmara dos Deputados, do Senado Federal e à Excelentíssima Senhora Vice-Presidente do Supremo Tribunal Federal.
Brasília, 31 de agosto de 2016.
MINISTRO Ricardo Lewandowski
Presidente do Supremo Tribunal Federal e do Processo de Impeachment
Presentes na Sessão os 81 Senhores Senadores.

PATRICIA DE SOUZA BOAVENTURA é designada substituta do Diretor DCTCSCTIE

PORTARIA No - 729, DE 30 DE AGOSTO DE 2016
O SECRETÁRIO-EXECUTIVO DO MINISTÉRIO DA SAÚDE, no uso da competência que lhe foi delegada pelo Ministro de Estado da Saúde, por meio da Portaria nº 474, publicada no Diário Oficial da União de 17 de março de 2011,
resolve: Designar
PATRICIA DE SOUZA BOAVENTURA, para substituir, no período de 22 de agosto a 2 de setembro de 2016, o Diretor, DAS 101.5, código nº 35.0022, do Departamento de Ciência e Tecnologia, da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos, em virtude de vacância do titular e férias da substituta eventual.
ANTONIO CARLOS FIGUEIREDO NARDI

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