Destaques

segunda-feira, 17 de outubro de 2016

Brasil e Índia assinam acordos de cooperação farmacêutica e agropecuária

Presidente Michel Temer afirmou que o País enviará missões ao parceiro asiático para ampliar as relações nestas áreas e também em defesa

Foto: Beto Barata/PR
Presidente Michel Temer, durante Reunião Ampliada com o Primeiro-Ministro indiano, Narendra Modi

Durante a visita da comitiva do governo brasileiro a Goa, na Índia, os dois países assinaram acordos de cooperação nos campos de regulação farmacêutica e pesquisa agropecuária.

No campo farmacêutico, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e a Organização Central da Índia de Controle de Qualidade de Medicamentos do Diretório Geral dos Serviços de Saúde (CDSCO/DGHS) firmaram um memorando de entendimento para cooperação em regulação de produtos.

Na agropecuário, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agrícola (Embrapa) assinou dois acordos com o governo indiano. O primeiro, para cooperação em genoma bovino e tecnologias de reprodução assistida, em parceria com o Departamento de Reprodução Animal, Laticínios e Pesca da Índia. O segundo, um memorando de entendimento para a cooperação na área de recursos genéticos, agricultura, zootecnia, recursos naturais e pesca, assinado com o Conselho Indiano de Pesquisa Agrícola.


Nesta segunda-feira (17), após encontro bilateral com o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, o presidente Michel Temer afirmou em declaração à imprensa que ficou definido que o Brasil enviará missões á Índia com o objetivo de ampliar as relações dos dois países nos campos da indústria farmacêutica e agropecuária e na área de defesa.

Ministério da Saúde habilita novos serviços em Minas Gerais, amanhã(18) as 9h30 no Conselho Regional de Medicina do Estado MG, em Belo Horizonte

O ministro da Saúde, Ricardo Barros, assina nesta terça-feira (18), às 9h30, portarias de habilitação de novos serviços de saúde para o estado de Minas Gerais, no Conselho Regional de Medicina, em Belo Horizonte. Os credenciamentos permitirão a destinação de mais recursos para a ampliação dos atendimentos de média e alta complexidade realizados no estado.
A liberação dos recursos e expansão dos serviços são resultados das medidas de gestão adotadas pelo Ministério da Saúde nos primeiros 100 dias de governo e que levaram a uma economia de R$ 1 bilhão. Esse valor está sendo realocado na melhoria da saúde para a população.

Assinatura de portarias de novos serviços em Minas Gerais
Data: 18 de outubro (terça-feira)
Horário: 9h30
Local: Auditório do 2º andar do Conselho Regional de Medicina do Estado de Minas Gerais – Rua Timbiras, 1200 – Funcionários, Belo Horizonte/MG


Assessor em viagem: Camila Rabelo

Ministro faz balanço de atuação e assina portarias que repassam 54,5 MR$ para UPAS e Santas Casas

Saúde do Paraná recebe R$ 54,5 milhões para ampliar atendimento à população

Recurso do Ministério da Saúde será direcionado a nove UPAS e 24 Santas Casas. A ampliação dos serviços é resultado de economia de R$ 1 bi nos 100 primeiros dias de gestão

A saúde do Paraná conta com mais recursos para o atendimento da sua população. Mais R$ 54,5 milhões por ano serão destinados pelo Ministério da Saúde para Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), Santas Casas e entidades filantrópicas que estão em funcionamento no estado. A garantia dos repasses para esses serviços só foi possível com as medidas de gestão adotadas nos 100 primeiros dias de governo e que geraram economia de R$ 1 bilhão.


Nesta segunda-feira (17/10), em Curitiba/PR, o ministro da Saúde, Ricardo Barros, assinou as portarias de habilitação dos serviços. A destinação dos recursos possibilitará a habilitação de 24 entidades filantrópicas, incluindo hospitais e santas casas, no valor anual de R$ 39,1 milhões; e de nove UPAs, cujo custeio com recursos federais será de R$ 15,4 milhões por ano. Também serão enviados R$ 8,4 milhões em emendas às entidades assistenciais de saúde.

Em todo o país, 305 serviços prestados por 229 entidades filantrópicas serão beneficiados com a garantia de repasse de R$ 391,5 milhões por ano. Essas unidades são responsáveis por 43% das internações que ocorrem no país.

Também estão sendo contempladas 81 UPA, com impacto financeiro anual de R$ 145,3 milhões ao orçamento do Ministério da Saúde. Serão liberados ainda R$ 141,1 milhões para o pagamento de emendas a 255 instituições prestadoras de atendimentos pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

De acordo com o ministro da Saúde, os recursos vão atender serviços de saúde realizados pelo SUS e que não contavam com a contrapartida do governo federal. Os repasses foram anunciados há um mês pelo ministro e o presidente Michel Temer, como estratégia para reduzir o déficit de R$ 3,5 bilhões com 2.698 serviços, acumulado pelo Ministério da Saúde nos últimos anos.

“Estamos repassando mais R$ 54,5 milhões de custeio permanente, todos os anos, para entidades filantrópicas e UPA que já vinham prestando serviços ao SUS e não recebiam o cofinanciamento do governo federal. A partir deste mês de outubro, o Ministério da Saúde passa a contribuir com a parte federal”, garantiu o ministro.

MEDIDAS DE GESTÃO - A racionalização da aplicação dos recursos do SUS, nos três níveis de gestão, para a oferta de mais e melhores serviços de saúde, é a principal meta da gestão do ministro Ricardo Barros. Desde maio, as medidas de gestão adotadas já permitiram a aquisição de mais 7,4 milhões de medicamentos e vacinas, com investimento de R$ 222 milhões. Também possibilitaram o aporte de R$ 227 milhões para o fortalecimento da indústria nacional e geração de empregos, com a produção brasileira da vacina meningocócica.

Para ampliar a oferta de assistência, o Ministério reduziu em 20% os custos dos contratos com empresas de tecnologia, mantendo o mesmo escopo dos projetos; em 33% os valores de serviços gerais, como aluguéis e contas de telefones; e em até 39% nos preços de medicamentos, bem como a negociação de reajustes. Também foram extintos 417 cargos, sendo 335 de livre nomeação. 

MUNICÍPIOS QUE PASSARÃO A RECEBER CUSTEIO – UPA
UF/Município
UPA
IMPACTO ANUAL
PR
09
R$ 15.540.000,00
ARAPONGAS
1
R$ 1.500.000,00
FRANCISCO BELTRAO
1
R$ 2.100.000,00
GUAIRA
1
R$ 1.200.000,00
IBIPORA
1
R$ 840.000,00
LONDRINA - UPA Centro
1
R$ 3.000.000,00
PATO BRANCO
1
R$ 2.100.000,00
PINHAIS
1
R$ 2.100.000,00
PONTA GROSSA
1
R$ 1.500.000,00
TELEMACO BORBA
1
R$ 1.200.000,00

NOVAS HABILITAÇÕES E CREDENCIAMENTOS NO PARANÁ

MUNICÍPIO
GESTÃO
ESTABELECIMENTO
SERVIÇO
RECURSOS R$
APUCARANA
MUNICIPAL
HOSPITAL NOSSA SENHORA DAS GRACAS
COMPONENTE PARTO E NASCIMENTO - CPN
1.669.699,80

ARAPONGAS
ESTADUAL
HOSP REG JOAO DE FREITAS   ASSOC. NORTE PARANAENSE DE COMBATE AO CANCER
UTI ADULTO
5.256.000,00

BANDEIRANTES
ESTADUAL
SANTA CASA DE BANDEIRANTES
LEITOS DE UTI
1.397.862,40

CAMPO MOURAO
MUNICIPAL
HOSPITAL SANTA CASA DE MISERICORDIA
COMPONENTE PARTO E NASCIMENTO - CPN
527.702,40

CASCAVEL
ESTADUAL
HOSPITAL SAO LUCAS
COMPONENTE PARTO E NASCIMENTO - CPN
211.080,96

CORNELIO PROCOPIO
ESTADUAL
SANTA CASA DE CORNELIO PROCOPIO
COMPONENTE PARTO E NASCIMENTO - CPN
422.161,92

CURITIBA
MUNICIPAL
HOSPITAL EVANGELICO DE CURITIBA
LEITOS DE UTI
742.599,80

MUNICIPAL
SERVICO - HOSP. HIV/AIDS
355.351,20

MUNICIPAL
HOSPITAL INFANTIL PEQUENO PRINCIPE
DEFICIENCIA AUDITIVA - HABILITACAO
425.361,81

MUNICIPAL
DOENCAS RARAS
4.953.760,00

MUNICIPAL
DEFICIENCIA AUDITIVA - RECLASSIFICACAO
1.955.378,89

MUNICIPAL
HOSPITAL SAO VICENTE CIC
SERVICO - TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL E PARENTERAL
105.478,20

MUNICIPAL
PLANO DE AÇÃO REGIONAL DA REDE DE URGÊNCIA/EMERGÊNCIA
1.675.350,00

FOZ DO IGUACU
ESTADUAL
HOSPITAL MINISTRO COSTA CAVALCANTI
COMPONENTE PARTO E NASCIMENTO - CPN
1.764.123,84

GUARAPUAVA
MUNICIPAL
HOSPITAL DE CARIDADE SAO VICENTE DE PAULO
PLANO DE AÇÃO REGIONAL DA REDE CEGONHA
1.106.703,36

IRATI
ESTADUAL
SANTA CASA DE IRATI
COMPONENTE PARTO E NASCIMENTO - CPN
422.161,92

LONDRINA
MUNICIPAL
HCL   HOSPITAL DO CANCER DE LONDRINA
LEITOS DE UTI
1.485.199,60

MUNICIPAL
HOSPITAL EVANGELICO DE LONDRINA
SERVICO - TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL E PARENTERAL
248.209,92

MUNICIPAL
SERVICO - TRAUMATOLOGIA E ORTOPEDIA
445.345,35

MUNICIPAL
HOSPITAL SANTA CASA DE LONDRINA
SERVICO - TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL E PARENTERAL
353.925,99

MARINGA
MUNICIPAL
HOSPITAL E MATERNIDADE SANTA RITA
LEITOS DE UTI
419.358,72

PARANAVAI
ESTADUAL
SANTA CASA DE PARANAVAI
COMPONENTE PARTO E NASCIMENTO - CPN
633.242,88

PONTA GROSSA
ESTADUAL
SANTA CASA DE MISERICORDIA PONTA GROSSA
LEITOS DE UNIDADE DE CUIDADO INTERMEDIÁRIO
315.360,00

ESTADUAL
COMPONENTE PARTO E NASCIMENTO - CPN
2.749.282,20

REBOUCAS
ESTADUAL
HOSPITAL DE CARIDADE DON DARCY VARGAS
UNIDADE ESPECIALIZADA EM CUIDADOS PROLONGADOS - UCP
1.569.865,00

SARANDI
ESTADUAL
METROPOLITANA DE SARANDI
SERVICO - TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL E PARENTERAL
849.625,20

TOLEDO
ESTADUAL
HOSPITAL ESPECIALIZADO ASS. BENEFICENTE DE SAUDE DO OESTE DO PARANA
LEITOS DE UTI
1.957.007,36

ESTADUAL
COMPONENTE PARTO E NASCIMENTO - CPN
633.242,88

UMUARAMA
ESTADUAL
HOSPITAL UOPECCAN
LEITOS DE UTI
1.957.007,36

MUNICIPAL
NOROSPAR
COMPONENTE PARTO E NASCIMENTO - CPN
1.799.893,84

MUNICIPAL
LEITOS DE UTI
279.572,48

UNIAO DA VITORIA
ESTADUAL
ASSOCIACAO DE PROTECAO A MATERNIDADE E A INFANCIA (APMI)
COMPONENTE PARTO E NASCIMENTO - CPN
422.161,92

TOTAL 
39.109.077,20


Por Diogo Caixote, da Agência Saúde 




Suspenso lote de medicamento da marca Hyplex B

Laudo apontou presença de corpo estranho em um frasco do medicamento polivitamínico

A Anvisa suspendeu nesta segunda-feira (17/10), o lote 16040287 do polivitamínico Hyplex B. O Instituto Adolfo Lutz de São Paulo emitiu um laudo de análises laboratoriais que apontou a presença de um corpo estranho em uma das ampolas do lote em questão. 

O medicamento de solução injetável 2ml fabricado por Hypofarma Instituto de Hypodermia e Fármacia Ltda está, portanto, suspenso em todo o território nacional. A resolução RE 2.796/16 além de determinar a suspensão da distribuição, comercialização e uso do lote 16040287 (Val 04/2018), determina, também, que a empresa promova o recolhimento de todo o estoque de tal lote.
 
Propagandas suspensas
 
A Anvisa suspendeu todas as propagandas e publicidades não autorizadas, em qualquer mídia, que atribuam propriedades terapêuticas aos alimentos divulgados e comercializados pela empresa Ricardo Santos Freitas, em especial no site https://www.saudegarantida.com.br/. 

resolução RE 2.797/16 que contém as medidas na íntegra se encontra no Diário Oficial da União desta segunda-feira (17/10).


Abertura da 13ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, 18 de outubro, 18h auditório do MCTIC

Na abertura da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, ministro lança
publicação de segurança alimentar

Gilberto Kassab inaugura nesta terça-feira, às 18h, a Semana Nacional de
Ciência e Tecnologia 2016, que terá eventos de divulgação e educação
científica em todo o país entre 17 e 23 de outubro.

Programação da SNCT inclui atividades para todas as idades. Evento acontece
simultaneamente em quase 400 municípios brasileiros.

O ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto
Kassab, abre oficialmente nesta terça-feira (18), às 18h, a 13ª Semana
Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT). Na ocasião, ele anuncia o tema da
próxima edição da SNCT e lança a primeira publicação da Rede Global de
Ensino, Pesquisa e Extensão em Nutrição, Soberania e Segurança Alimentar e
Nutricional (NutriSSAN). A Semana Nacional será realizada de 17 a 23 de
outubro, em todo o Brasil.

Em 2015, 2,6 mil instituições cadastraram 147 mil atividades em 1.081
municípios de todos os estados e no Distrito Federal. Até segunda-feira
(17), a Semana contabilizava mais de 15,6 mil atividades registradas por
mais de 1,6 mil instituições de quase 400 cidades. As informações estão
disponíveis no site do evento, que expõe um ranking por estado e funciona
como canal de integração com o público, por meio de ferramentas interativas.

O tema da SNCT - "Ciência alimentando o Brasil" - se alinha à decisão da 68ª
Assembleia Geral das Nações Unidas de proclamar 2016 como o Ano
Internacional das Leguminosas (AIL). Diante da escolha, o Ministério da
Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) estabeleceu parceria
com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) para realizar
eventos de divulgação e educação científica em todas as unidades da
instituição, especialmente no Acre, no Amapá e no Tocantins.

Na solenidade de abertura, em Brasília, Kassab lança a primeira publicação
da Rede Global de Ensino, Pesquisa e Extensão em Nutrição, Soberania e
Segurança Alimentar e Nutricional (NutriSSAN), plataforma tecnológica
inaugurada em 4 de agosto, no Rio de Janeiro, véspera da abertura dos Jogos
Olímpicos. O MCTIC desenvolveu a ferramenta em parceria com a Rede Nacional
de Ensino e Pesquisa (RNP) e com apoio da Organização das Nações Unidas para
Agricultura e Alimentação (FAO). A ideia é conectar pesquisadores de vários
países para melhorar a nutrição de pessoas de todo o mundo.

Atividades

De segunda (17) a sexta-feira (21), o MCTIC realiza um ciclo de seminários
em torno do tema da SNCT 2016 e de questões como tecnologias da informação e
infraestrutura de institutos de pesquisa. Haverá palestras de especialistas
da Embrapa, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), da IBM e do próprio
ministério.

No contexto da parceria, Embrapa e MCTIC organizam homenagens à engenheira
agrônoma Johanna Döbereiner (1924-2000), tcheca naturalizada brasileira
responsável por desenvolver a tecnologia de fixação biológica de nitrogênio
no solo. O método inovador consiste na inserção de bactérias Rhizobium em
sementes para que os organismos celulares sirvam como uma espécie de adubo
natural. A técnica permitiu que o cerrado, de elevada acidez, se tornasse
terreno fértil. Isso fez do cultivo no bioma mais barato e natural, já que
houve substituição de fertilizantes nitrogenados - insumo caro e poluente.

O principal evento em homenagem a Johanna Döbereiner está marcado para
quarta-feira (19), às 14h30, no Museu de Astronomia e Ciências Afins (Mast),
no Rio de Janeiro.

Edital

A SNCT lançou neste ano a primeira chamada pública de financiamento direto
de sua história. O concurso selecionou 89 projetos de 24 estados e do
Distrito Federal, para receber o valor total de R$ 4,3 milhões. O apoio
contempla feiras de ciência, unidades móveis, mostras científicas, polos
integrados, jornadas acadêmicas, semanas universitárias, ciclos de
palestras, exposições tecnológicas, olimpíadas de conhecimento, congressos
ou simpósios, colóquios, oficinas de treinamento e exibições de vídeos.

A Semana Nacional de Ciência e Tecnologia acontece sempre no mês de outubro,
desde 2004, sob a coordenação nacional do MCTIC. A Semana busca mobilizar a
comunidade científica e estudantil, em especial crianças e jovens, em torno
de temas e atividades de ciência e tecnologia (C&T), ao valorizar
criatividade, atitude científica e inovação; chamar atenção da sociedade
para a relevância da C&T para a vida de cada um e para o desenvolvimento do
país; e contribuir para que a população possa conhecer e discutir pesquisas
e suas aplicações. A proposta é que os eventos apresentem linguagem
acessível, por meios inovadores que estimulem a curiosidade e motivem o
público a aprofundar seu interesse.

Serviço
Evento: Abertura da 13ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia
Data: 18 de outubro de 2016
Horário: 18h
Local: Auditório do MCTIC, térreo
Endereço: Esplanada dos Ministérios, Bloco E
Cidade: Brasília (DF)

Fonte: MCTIC, Crédito: Ascom/MCTIC

TECPAR E FUNED fazem parte da REDE Laboratórios Analíticos Habilitados na Reblas ANVISA

Com o objetivo de disponibilizar informações sobre a capacidade analítica dos laboratórios que compõem a Rede Nacional de Laboratórios de Vigilância Sanitária (RNLVISA), a Anvisa publica o Perfil Analítico dos Laboratórios Centrais de Saúde Pública - 2016.
Fazem parte desta publicação os vinte e sete Laboratórios Centrais de Saúde Pública, sendo um de cada estado da federação e do Distrito Federal, o Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS) e cinco laboratórios municipais, que juntos formam a RNLVISA.

Esta edição atualiza as informações referentes aos ensaios realizados, nos laboratórios da Rede, nos produtos sujeitos à Vigilância Sanitária e de interesse à saúde, tais como cosméticos, saneantes, medicamentos, insumos farmacêuticos, sangue, componentes e hemoderivados, água, alimentos, produtos e serviços de saúde.

A consulta ao perfil pode ser realizada por laboratório ou por categoria de produto de interesse sanitário.

A publicação, cuja primeira versão foi elaborada em 2012, é uma importante ferramenta de gestão, que possibilita a conformação de sub redes analíticas de vigilância sanitária, para o atendimento às atividades de rotina. Possibilita, ainda, a elaboração de programas e projetos de avaliação analítica de produtos ou serviços, para investigações sobre desvio de qualidade e monitoramento de produtos, bem como para a realização de pesquisas pela Vigilância Sanitária (VISA) sobre as instituições que procedem as análises laboratoriais de seus interesses.

Como foi feita a coleta de informações?
Cabe destacar que a coleta da amostra é etapa primordial das análises laboratoriais e monitoramento dos produtos e/ou serviços de interesse à saúde. Nesse sentido, é fundamental frisar a importância da parceria entre os laboratórios e as coordenações de vigilância sanitária dos estados e dos municípios. As análises laboratoriais são realizadas somente após as coletas dos produtos serem realizadas em sua grande maioria pelas vigilâncias sanitárias dos estados e municípios.

Já o processo de recebimento das informações foi feito por meio de formulários FormSUS preenchidos pelos próprios representantes dos laboratórios e a compilação das informações foi feita pela Gerência de Laboratórios de Saúde Pública (Gelas) da Anvisa.
As informações do Perfil Analítico são de uso dos trabalhadores e dos gestores do Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS) e também do cidadão interessado na qualidade dos produtos sujeitos à vigilância sanitária.

Saber a capacidade analítica dos laboratórios contribui para a efetiva interação entre os laboratórios e os órgãos de vigilância sanitária e para o maior aproveitamento da capacidade analítica nacional para atendimento às necessidades laboratoriais locais, regionais e nacionais.

Com o objetivo de disponibilizar informações sobre a capacidade analítica dos laboratórios que compõem a Rede Nacional de Laboratórios de Vigilância Sanitária (RNLVISA),
a Anvisa publica o Perfil Analítico dos Laboratórios Centrais de Saúde Pública - 2016. http://portal.anvisa.gov.br/laboratorios-analiticos-habilitados-na-reblas

Laboratório
CNPJ
INMETRO
Habilitação na Anvisa
Produtos
Escopo REBLAS
77.964.393/0001-88
CRL 0244
RE - 5.006 de 29 de novembro de 2012
Água de Consumo, Água Hemodiálise, Alimentos, Bolsas de Sangue e Hemoderivados, Medicamentos Injetáveis, Produtos para Saúde e Suplementos Alimentares
Laboratório
CNPJ
INMETRO
Habilitação na Anvisa
Produtos
Escopo REBLAS
17.503.475/0001-01
CRL 0322
RE nº 3.458, de 14 de agosto de 2012
Água de Consumo, Água Hemodiálise, Agrotóxicos, Alimentos, Cosméticos, Medicamentos , Saneantes, Sangue e Hemoderivados

Fonte : ANVISA

Estudo sobre relógio biológico pode apontar alvo para a terapia do câncer de pele

Os melanomas constituem um dos tipos mais agressivos de câncer. Essas células pigmentares transformadas malignamente apresentam maiores respostas à luz visível e ao ultravioleta. Uma pesquisa temática sediada no Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo (IB-USP) demonstrou que tais alterações se devem a perturbações tanto no sistema receptor de luz dessas células quanto no sistema de controle temporal. A partir desse estudo, é possível cogitar a possibilidade de esses dois sistemas se tornarem atrativos alvos terapêuticos para melanomas.

A pesquisa em pauta é “Mecanismos de ajuste do relógio por luz e temperatura: aspectos filogenéticos”, coordenada por Ana Maria de Lauro Castrucci, professora sênior do IB-USP, e apoiada pela FAPESP. A pesquisa é também desenvolvida no âmbito de dois outros projetos apoiados pela FAPESP: no doutorado direto de Leonardo Vinicius Monteiro de Assis e no pós-doutorado de Maria Nathália Moraes.

À frente de um laboratório que sempre trabalhou com a fisiologia da pigmentação, com enfoque comparativo (invertebrados, vertebrados não mamíferos, vertebrados mamíferos e humanos), Castrucci passou um período sabático na Uniformed Services University of the Health Sciences (USUHS), dos Estados Unidos, onde um grupo trabalhava com uma célula pigmentar de anfíbios diretamente responsiva à luz.

“Eu estava com esse grupo, em Bethesda, Maryland, quando descobrimos que o fotopigmento descoberto em anfíbios também estava presente na retina de camundongos. De lá para cá, incorporei aos meus projetos temáticos a investigação dessas opsinas nos tecidos periféricos de vertebrados, com o objetivo de conhecer sua resposta à luz, à temperatura e aos hormônios”, relatou a pesquisadora.

As respostas não visuais à luz estão associadas à presença de um grupo de proteínas chamadas melanopsinas. Elas receberam esse nome por terem sido descobertas nos melanóforos de anfíbios, e não na retina, como ocorre com outras opsinas. A melanopsina participa de processos como o ajuste do relógio central biológico (localizado no hipotálamo, em mamíferos), que regula todas as funções rítmicas (sono; alimentação; temperatura corpórea; liberação de vários hormônios, como o cortisol).

Graças à presença das melanopsinas, as células da pele de peixes e anfíbios são diretamente responsivas à luz. Nos anfíbios, a resposta pode ser a migração de grânulos de pigmento dentro da célula pigmentar, provocando a mudança de cor da pele, como o escurecimento, por exemplo.

“Em vertebrados não mamíferos, mostramos que os fótons interagem com as melanopsinas e provocam uma sinalização celular. Essa sinalização é uma cascata de eventos semelhante àquela produzida pela luz na retina de mamíferos”, ressaltou a pesquisadora. “Trata-se de uma via conservada evolutivamente. A melanopsina é uma opsina antiga, em termos evolutivos. Ela é mais primitiva na medida em que não forma imagens: é um fotopigmento só para a percepção de claro-escuro. O fato de que a cascata que a luz induz na pele desses não mamíferos seja idêntica à cascata que a luz induz na retina do humano é um achado importante em fisiologia comparativa”, acrescentou.

“Nosso grupo na USP foi o primeiro a demonstrar que as melanopsinas estão presentes também nas células pigmentares de aves e de mamíferos. E que podem ter um papel no ajuste do relógio das células pigmentares de mamíferos em resposta à luz visível, ao infravermelho e ao ultravioleta”, informou Castrucci.

Já que a melanopsina está relacionada com a percepção da luz e o ajuste do relógio biológico central, os pesquisadores se perguntaram se essas células periféricas que respondem à luz não seriam também elas “relógios”. E, assim sendo, como a resposta à luz poderia ajustar sua “maquinaria de relógio”. Em outras palavras, quais seriam as vias de sinalização envolvidas na cascata de eventos desencadeada a partir da impressão das melanopsinas pela luz?

“Desmentimos o paradigma de que os mamíferos só podem perceber luz visível por meio da retina. Mostramos que as células pigmentares, os melanócitos, também podem responder à luz, com o aumento da síntese de melanina e com a modificação dos chamados genes de relógio. E essa resposta é exacerbada no melanócito maligno – ou seja, no melanoma. O fato de o melanoma ser tão sensível à luz e ter seus genes de relógio tão afetados faz com que os mecanismos envolvidos possam ser pensados como alvos terapêuticos contra a progressão desse tipo de câncer”, disse Castrucci à Agência FAPESP.

Outro achado desse projeto é o fato que as respostas induzidas pela radiação UVA, como o aumento do conteúdo de melanina e a ativação de genes de relógio, por exemplo, se perdem quando este estímulo é associado ao calor. Esse é o primeiro relato da interação radiação UVA/calor, o que poderá ser base para uma modalidade de tratamento para pacientes com doenças de despigmentação como, por exemplo, o vitiligo.

No caso específico dos melanomas, o estudo foi conduzido, até agora, em culturas de células. O próximo passo do grupo será pesquisar o processo in vivo com camundongos, comparando, em animais com e sem melanomas, o que acontece com suas maquinarias de relógios periféricos. “Estamos iniciando esta fase e vamos estudar tanto os tumores e tecidos adjacentes quanto outros órgãos, pois sabemos que o câncer exerce um efeito macro em vários tecidos como o fígado, tecido adiposo, tecido adiposo marrom, o qual ainda é pouco compreendido”, adiantou Castrucci.

Esse eventual caminho para a prevenção e o tratamento do câncer e doenças despigmentares confere uma notável perspectiva de aplicação para uma pesquisa de grande porte que se desenvolve no campo da ciência básica.

|  José Tadeu Arantes   Agência FAPESP  FAPERJ


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