Destaques

sexta-feira, 9 de março de 2018

PNI atualiza as normas de vacinação do viajante internacional contra poliomielite


O Programa Nacional de Imunizações (PNI) orienta a vacinação dos viajantes que se deslocarem para países com baixa cobertura vacinal contra poliomielite e áreas com pessoas não vacinados. A recomendação busca evitar o risco de reintrodução da Pólio no Brasil, que desde 1990 não registra casos da doença. Em 1994, o País recebeu da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) a Certificação de área livre de circulação do poliovírus selvagem do seu território, juntamente com os demais países das Américas.

Os países considerados de risco e endêmicos são: Afeganistão, Nigéria, Paquistão, Camarões, República Centro-Africana, Chade, Guiné Equatorial, Etiópia, Guiné, Iraque, Quênia, República Democrática Popular do Laos, Libéria, Madagascar, Myanmar, Níger, Serra Leoa, Somália, Sudão do Sul, Ucrânia, Síria e República Democrática do Congo. Recomenda-se consultar os links abaixo que são atualizados constantemente, pois podem haver alterações dos países para os quais recomenda-se a vacinação:

Embora não existam recomendações temporárias específicas para os viajantes de países livres da poliomielite, como o Brasil, aqueles que viajam para países afetados pela doença são aconselhados a atender às recomendações de vacinação preconizadas pela OMS. No Brasil, o esquema vacinal do Calendário Nacional de Vacinação é composto por três doses da vacina inativada (VIP), aos dois, quatro e seis meses de idade, e dois reforços com vacina oral (VOP) aos 15 meses e aos 4 anos de idade.

   O Brasil recomenda ainda, a emissão do Certificado Internacional de Vacinação ou Profilaxia para a última dose da vacina contra a poliomielite, a todo viajante residente no país. Esse certificado é emitido nos Centros de Orientação a Saúde do Viajante da ANVISA e credenciados, disponíveis no site www.anvisa.gov.br/viajante.



Ministério realiza 1º Censo de Radioterapia no Brasil


Questionário pretende complementar os dados do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES) e coletar informações técnicas específicas que contribuirão para o desenvolvimento de ações em radioterapia no Brasil

O Ministério da Saúde iniciou, nesta terça-feira, 6 de março, um levantamento inédito sobre a oferta e as condições de todos os serviços de radioterapia do país. O objetivo desse levantamento remoto é mapear em curto espaço de tempo a situação atual dos equipamentos que realizam atendimentos de radioterapia no Brasil, bem como a capacidade técnica de cada serviço.

O censo está sendo realizado pela Ouvidoria do MS e deverá entrar em contato telefônico com os 257 hospitais públicos e privados que tem serviços de radioterapia, durante o mês de março.

Entre os quesitos verificados estão, por exemplo, o tempo de uso e a estrutura instalada. A proposta é mapear as necessidades e identificar as regiões com maior carência de tratamento para o câncer. Segundo Sandro José Martins, coordenador geral da Atenção Especializada do Ministério da Saúde, além de permitir um planejamento estratégico para renovação de equipamentos que alcançam o limite de sua vida útil. “A coleta desse tipo de dados está de acordo com os objetivos do MS de realizar políticas públicas com inteligência e eficiência. ”

O MS publicará um documento analisando todos os dados coletados, de modo a registrar um panorama da radioterapia no país. Além disso, esses resultados serão usados para responder as demandas relativas ao setor de radioterapia, bem como para subsidiar novas ações políticas-assistenciais nessa área.

Com esse censo, projetos relacionados à radioterapia, como o plano de expansão para compra de novos aceleradores, poderão ser desenvolvidos apoiados em dados atuais e mais precisos. Já está previsto um reforço para os hospitais do SUS de 140 aceleradores lineares, dos quais 13 já foram entregues. A meta é que até 2019 todos os aparelhos estejam em funcionamento, beneficiando 70 milhões de brasileiros.

Por Bruna Bonelli, do Nucom da SAS


quinta-feira, 8 de março de 2018

Convite para a solenidade de assinatura do contrato de repasse de recursos para construção do centro de desenvolvimento e produção de medicamentos biológicos do Tecpar



         Casa Civil

Palácio Iguaçu Curitiba, 8 de março de 2018
CIRCULAR CEE/CC 051/18
  
Em nome do Governador Beto Richa, tenho a satisfação de convidar para a seguinte solenidade:

-  EVENTO:    ASSINATURA DO CONTRATO DE REPASSE DE RECURSOS PARA A CONSTRUÇÃO DO CENTRO DE DESENVOLVIMENTO E PRODUÇÃO      DE                               MEDICAMENTOS BIOLÓGICOS DO TECPAR.

-  DATA:              09/03/18 (sexta-feira)
-  HORÁRIO:       15 horas
-  LOCAL:                    Auditório Hélio Moreira  Prefeitura Municipal
    Avenida XV de Novembro, 701 Centro MARINGÁ PR

- REALIZAÇÃO: GOVERNO DO PARANÁ / GOVERNO FEDERAL / MINISTÉRIO DA SAÚDE  / CAIXA ECONÔMICA FEDERAL / TECPAR

* O evento contará com a presença do Senhor Governador e do Ministro da Saúde Ricardo Barros.

Atenciosamente,

VALDIR ROSSONI
Chefe da Casa Civil
CEE/JC/S
Palácio Iguaçu I Praça Nossa Senhora de Salette, s/n.º I Centro Cívico I 80530-909 I Curitiba I Paraná I Brasil Fone: [41] 3350-2400 I Fax: [41] 3252-2381I 3254-7345 I 3254-4299 I www.pr.gov.br

Ministro apresenta resultados da sua gestão à frente da pasta da Saúde nos quase dois anos de mandato



Ministro apresenta resultados da sua gestão à frente da pasta da Saúde nos quase dois anos de mandato. O evento ocorre na sede da FIESP em São Paulo, atendendo um convite do CONSAUDE.

BAIXE O APP DA CONEP/CNS E SAIBA MAIS SOBRE OS TRABALHOS DESTA COMISSÃO


Normas e notícias sobre regulação ética, agenda, vídeos-tutoriais para uso da Plataforma Brasil estão entre os itens disponibilizados pelo App da Conep. Disponível nas plataformas Android e IOS. 

Mais uma ferramenta para acompanhar o trabalho da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep), do Conselho Nacional de Saúde (CNS), está disponível para a sociedade, pesquisadores e Comitês de Ética em Pesquisa. Este aplicativo disponibiliza informações acerca de consultas públicas e recomendações da Comissão, agendas das reuniões ordinárias, links de interesse, contatos entre outros.

Para fazer o download do App, é necessário que o usuário entre nas lojas virtuais do Google Play ou Apple Store e escreva “Conep” na barra de busca para localizar e baixar o aplicativo. Pode-se também instalar um leitor de QR code e pesquisar pela imagem abaixo.
Está disponível neste aplicativo e também no Youtube um vídeo institucional para divulgar informações sobre o trabalho da CONEP e também dicas de utilização da Plataforma Brasil.


Sobre a CONEP
A Conep tem como principal atribuição a proteção do participante de pesquisa científica realizada no território brasileiro. Esta iniciativa somente é possível com o suporte dos comitês de ética em pesquisa credenciados ao Sistema CEP/CONEP que realizam uma análise prévia de todos os projetos de pesquisa científica envolvendo seres humanos garantindo a aderência destes projetos aos princípios e normas éticas brasileiras.

A Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (CONEP) está diretamente ligada ao Conselho Nacional de Saúde (CNS). Ela foi criada pela Resolução do CNS nº 196/96 como uma instância colegiada, de natureza consultiva, educativa e formuladora de diretrizes e estratégias no âmbito do Conselho. Além disso, é independente de influências corporativas e institucionais. Uma das suas características é a composição multi e transdiciplinar, contando com a contribuição de representantes dos participantes das pesquisa.

Ascom Conep/CNS


Boletim do Ministério da Saúde confirma 846 casos e 260 mortes por febre amarela


O Ministério da Saúde divulgou nesta quarta-feira (7) os números atualizados de casos de febre amarela no país, conforme informações repassadas pelas secretarias estaduais de Saúde. Entre 1º de julho de 2017 e 6 de março de 2018, foram confirmados 846 casos da doença no país, que resultaram em 260 mortes. No mesmo período do ano anterior, de julho de 2016 a 6 de março de 2017, foram confirmados 597 casos e 190 óbitos.

Minas Gerais é o estado com o maior número de casos confirmados. Foram 384 no período, com 115 óbitos. São Paulo está em segundo, com 349 casos confirmados e 100 óbitos. Em terceiro está o estado do Rio de Janeiro, com 106 casos e 44 óbitos. Ao todo, 3.234 casos suspeitos foram notificados no país. Desses, 1.560 foram descartados e 828 ainda estão sendo investigados.

A febre amarela é uma doença sazonal, com maior número de casos no verão, e segundo o Ministério da Saúde, apesar de o número de casos no atual período de monitoramento ser superior à sazonalidade passada, a incidência da doença entre a população caiu. No período de monitoramento 2017/2018, até dia 6 de março, a incidência da febre amarela foi de 2,4 casos para cada 100 mil habitantes, enquanto na sazonalidade passada, 2016/2017, a incidência foi de 7 casos para cada 100 mil habitantes.

Segundo a pasta, “embora os casos do atual período de monitoramento tenham sido superiores à sazonalidade passada, o vírus da febre amarela hoje circula em regiões metropolitanas do país com maior contingente populacional, atingindo 32,5 milhões de pessoas que moram, inclusive, em áreas que nunca tiveram recomendação de vacina. Na sazonalidade passada, por exemplo, o surto atingiu uma população de 8,4 milhões de pessoas”, explicou o Ministério, por meio da assessoria de imprensa.


Edição: Fernando Fraga


Campanha de vacinação contra sarampo em Roraima começa neste sábado (10)


Trabalhos têm o objetivo de imunizar 400 mil pessoas, entre brasileiros e imigrantes venezuelanos

EBC/Divulgação
O Ministério da Saúde iniciou uma força-tarefa contra o sarampo em Roraima ainda em fevereiro, quando foram enviadas mais doses da vacina na busca por evitar que o vírus volte a circular de forma ampla pelo Brasil. A Venezuela, país vizinho, enfrenta um surto da doença, inclusive no município de Caroni, que faz fronteira com o estado brasileiro. Para intensificar a imunização, cerca de 400 mil pessoas da região, entre brasileiros e imigrantes venezuelanos, devem ser vacinadas na campanha que começa no próximo sábado (10) contra o sarampo. 

O público-alvo da campanha são os cidadãos ainda não vacinados contra a doença, que tenham entre 6 meses e 49 anos de idade. De acordo com o Ministério da Saúde, foram confirmados seis casos de sarampo no estado até essa terça-feira (6), todos em crianças imigrantes da Venezuela. Outras 24 possibilidades e um óbito estão sob investigação. 

“Sabemos o impacto que a imigração traz para a sociedade. Além da campanha de vacinação, uma série de ações está em curso para evitar novos casos da doença, incluindo o repasse de recursos e treinamento de profissionais”, explicou o ministro da Saúde, Ricardo Barros. A campanha deve ser finalizada em 10 de abril. 

Fonte: Governo do Brasil, com informações do Ministério da Saúde


Após regulamentação, MCTIC atua para implementar Marco Legal de Ciência e Tecnologia


O Marco Legal de Ciência, Tecnologia e Inovação (Lei nº 13.243) foi regulamentado há menos de um mês, mas o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) já trabalha para melhorá-lo, implementá-lo e atualizá-lo. A pasta promoveu nesta segunda-feira (5) um seminário para apresentar e debater com sua equipe aspectos jurídicos e desafios práticos da legislação, que traz uma série de estímulos ao desenvolvimento científico, à pesquisa, à capacitação científica e tecnológica e à inovação no Brasil.

“Embora ainda não seja o ideal, o Marco Legal é um grande passo para estimular que o conhecimento gerado nas instituições de ciência e tecnologia seja melhor aproveitado pelas empresas e pela sociedade, de forma a contribuir fortemente para o desenvolvimento econômico e social do país”, destacou o diretor de Políticas e Programas de Apoio à Inovação, Jorge Campagnolo.

Segundo ele, desde a assinatura do Decreto nº 9.283, em 7 de fevereiro de 2018, o MCTIC reordenou seus esforços, junto a parceiros, para regulamentações adicionais, apoio à implementação e atualização da norma. “É um processo em evolução, com muita coisa ainda a ser feita, e nós do ministério estamos atentos”, afirmou. “Eu sempre digo: o papel aceita tudo. Agora, o nosso grande desafio é fazer valer realmente o que está no papel.”

O diretor de Políticas e Programas de Ciências, Sávio Raeder, ressaltou o extenso intervalo entre a aprovação da lei, em janeiro de 2016, e a conclusão de seu decreto de regulamentação, em fevereiro de 2018. “Foram dois anos de trabalho muito duro e difícil, de idas e vindas, de muita discussão interna entre os ministérios parceiros”, lembrou. “A gente chegou a avanços capazes de desburocratizar o sistema, mas ainda há muita coisa a ser regulamentada.”

Para o assessor Luiz Fernando Fauth, da Secretaria Executiva, uma das principais missões da equipe do MCTIC é “evangelizar” colegas de outros ministérios em prol de mudanças práticas geradas pela legislação. “Superamos quase uma epopeia, com 300 reuniões em dois anos, e infelizmente não conseguimos avançar tudo aquilo que gostaríamos; ainda temos batalhas complicadas”, apontou. “O que nós estamos tentando fazer é uma coisa muito difícil: mudar culturas dentro do serviço público, convencer de que certos procedimentos já não se aplicam. É algo que não se resolve do dia para a noite.”

O advogado Rafael Dubeux, da Consultoria Jurídica, enfatizou a segurança jurídica trazida pela publicação do decreto, fator decisivo para uma plena interação das universidades e dos institutos com o setor empresarial. “O saldo é amplamente positivo, porque os avanços são grandes em muitas áreas. Agora, de fato, sempre fica uma coisa ou outra pendente para depois.”

Entre os principais objetivos do Marco Legal, estão a remoção de barreiras burocráticas que prejudicam a atividade de pesquisadores e empresários inovadores e a criação de mecanismos para estreitar a integração entre instituições científicas e o setor empresarial. Ele aprimorou a legislação referente à matéria, especialmente a Lei da Inovação (Lei nº 10.973), de 2004.
  
(Fonte: Agência Abipti – 06/03/2018)


Produtos clandestinos são proibidos


Entre os itens estão saneantes, medicamentos e cosméticos sem autorização

A Anvisa publicou nesta terça-feira (6/3), a proibição de diversos produtos clandestinos. Entre os produtos estão saneantes, medicamentos e cosméticos que eram fabricados sem autorização.

Saneantes
Os produtos saneantes Polidor Alumínio, fabricado pela empresa YSO Da Vitória Indústria e Comércio LTDA; Fortzyme Plus, fabricado pela empresa Fortsan Do Brasil Indústria Química e Farmacêutica LTDA; e Hipoclorito de Sódio fabricado pela empresa LW Comércio de Produtos Químicos LTDA, eram fabricados sem registro, notificação ou cadastro na Anvisa.

Medicamentos e cosméticos
empresa A.F.N Pessoa Cosméticos-ME, que atuava sem autorização de funcionamento, fabricava medicamentos fitoterápicos e cosméticos sem registro/notificação na Anvisa. Com isso, todos os medicamentos e cosméticos fabricados pela empresa estão proibidos.

Já a empresa Centro de Referência em Dependência Química Sol vendia produtos sem nenhum tipo de aprovação e sem autorização. Com a comprovação, ficou determinada a proibição dos produtos Cortotexetina, Renovy, Becalm, Quelanol E Spartequim divulgados pela empresa.

Fica determinada a proibição da fabricação, distribuição, divulgação, comercialização e do uso dos produtos clandestinos citados.

 Por: Ascom/Anvisa

Ministério da Saúde adota medidas para garantir oferta de medicamentos para doenças raras


Ministro Ricardo Barros reforçou que resolução da Anvisa, ao dar exclusividade ao detentor do registro, contraria Lei de Licitações. Liminar aponta “afronta a concorrência”

O Ministério da Saúde busca solução para impasse jurídico na compra de medicamentos para doenças raras. Em sua fase final, o processo para compra dos medicamentos Soliris, Fabrazyme, Myosyme e Aldurazyme foi paralisado porque a distribuidora vencedora teve a licença de importação negada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para entregar produtos registrados pela própria agência. Uma liminar concedida nesta semana aponta que a medida contraria a lei de licitações. Durante audiência no Senado Federal nesta quarta-feira (07/03), o ministro Ricardo Barros ressaltou que a definição de um único distribuidor configura monopólio e contraria a lei.

“O que a Anvisa está fazendo é defender um monopólio para que só um representante possa vender determinado produto com o preço que quer e com a margem que quer. Não podemos ficar submetidos a único fornecedor que escolhe um representante exclusivo. Isso não corresponde a lei de licitações 8.666. Os próprios fornecedores levaram esse debate à justiça e já temos decisão que demonstram claramente que esse procedimento contraria a Lei”, afirmou Ricardo Barros.

Itens relacionados
Uma resolução da diretoria da agência reguladora proíbe distribuidoras que não tenham aval do laboratório produtor de comercializar seus medicamentos Brasil. O laboratório, por sua vez, apenas autoriza a entrega por um único distribuidor indicado por ela. Uma das distribuidoras que venceu um dos quatro processos de concorrência do Ministério da Saúde, a Global Gestão em Saúde, conseguiu nesta semana uma liminar do desembargador federal Souza Prudente, do Tribunal Federal da Primeira Região. O texto aponta que “o condicionamento da importação em referência à apresentação da referida declaração, que, no caso, somente poderia ser emitida por empresa concorrente, caracteriza, num exame superficial, afronta ao princípio de ampla concorrência de que deve ser revestir todo e qualquer procedimento licitatório”.

O Ministério da Saúde baseia a aquisição na lei de licitações (8.666/1993), dentro do sistema de compras emergenciais, que obriga a fazer uma tomada de preços e adquirir o medicamento da empresa que oferta o menor valor. Assim, a definição de um único distribuidor configura-se monopólio, gerando a falta de concorrência e, consequentemente, maior custo para o poder público. Ressalta-se que a discussão é sobre os mesmos produtos, com registro na Anvisa, comercializados por distribuidoras diferentes.

Na semana passada, em audiência na Câmara Federal, o ministro explicou que o mesmo laboratório pode praticar preços diferentes em diversos países. Uma distribuidora pode adquirir o produto em locais onde os valores são menores e oferecê-lo a um custo melhor para o Ministério da Saúde. “Este impasse jurídico impede que o Ministério da Saúde cumpra as decisões judiciais para o fornecimento de medicamentos para os pacientes com doenças raras. No dia 19 de fevereiro, foi feita uma reunião na semana passada com os órgãos de controle, magistrados e associações mostrando com clareza a questão e pedindo ajuda para resolver. Recebemos, hoje, novamente os pacientes para buscar uma solução. O Ministério da Saúde não consegue concluir as compras apenas com uma decisão administrativa. A judicialização dos contratos de aquisição está atrapalhando a judicialização da saúde”, explicou.

No caso da aquisição dos medicamentos Fabrazyme, Myosyme, Aldurazyme a vencedora do processo de compra, a empresa Global Gestão em Saúde, apresentou um preço menor do que a distribuidora Sanofi Genzyme, detentora do registro do país. A economia estimada, em um ano, chega a R$ 400 mil para atender 303 pacientes. Já na aquisição do medicamento Soliris a empresa Tuttopharma apresentou valor inferiores ao da Multicare, detentora do registro no Brasil, totalizando uma diferença de R$ 4,6 milhões para atendimento de 296 pacientes. As distribuidoras, agora, entraram na Justiça para garantir o direito de entregar os medicamentos ao Ministério da Saúde.

NÚCLEO DE JUDICIALIZAÇÃO 
É importante destacar que não houve interrupção na oferta de medicamentos via ação judicial. Em 2017, o Ministério da Saúde destinou R$ 1 bilhão para a compra de produtos judicializados. Instituído em outubro de 2017, o Núcleo de Judicialização do Ministério da Saúde faz a análise técnica dos processos para garantir a efetividade do tratamento e dos medicamentos entregues aos pacientes, bem como verificar se o pedido poderá ser suprido no SUS.

Até o momento já foi possível identificar divergências entre o laudo médico e o relatório médico, duplicidade do cumprimento da decisão judicial e as medidas judiciais de prestação continuada em aproximadamente sete mil processos. Entre as principais ações do Núcleo está o fortalecimento do atendimento às demandas judiciais e garantir que a medicação solicitada é mesmo indicada ao paciente e trará benefícios ao seu tratamento, com, por exemplo, a inclusão de laudo médico. 

Já em processo de avaliação técnica e contato direto com os pacientes, o Núcleo de Judicialização já identificou 108 desistências após solicitação de laudo médico. Atuam no Núcleo 15 advogados, 6 farmacêuticos, 3 médicos, e 5 servidores administrativos.

FISCALIZAÇÃO
No ano passado, o Ministério da Saúde realizou auditoria no processo de compra do medicamento Eculizumabe (soliris). A ação apontou que das 414 pessoas que possuem decisões judiciais para receber o medicamento em 2017, 28 não foram localizadas; 5 não residem no endereço informado; 6 recusaram a prestar informações e 13 já faleceram. Deve ser observado que cerca da metade não apresentou diagnóstico da doença para a obtenção do medicamento.

Além disso, a pasta fechou parceria com o Conselho Nacional de Justiça, para qualificar as decisões judiciais. O Projeto de Apoio Judiciário visa auxiliar juízes na tomada de decisões com base em evidências científicas nas ações relacionadas a saúde. Outra ação é a oferta a estados e municípios da plataforma web S-Codes, sistema que vai permitir traçar o panorama real da judicialização em todo o país.

No passado, a União destinou R$ 1,02 bilhão para aquisição de medicamentos e tratamentos exigidos por demandas judiciais. Nos últimos anos, o Ministério da Saúde adquiriu aproximadamente 700 itens entre medicamentos e outros insumos para atendimento a demandas judiciais. No total, há cerca de 11 mil demandas judiciais em tramitação no Ministério da Saúde.

Do total gasto, 11 medicamentos correspondem a 92% do valor (R$ 965,2 milhões). Entre eles estão Soliris (eculizumabe), Vimizim (elosulfase), Translarna (Atalureno) 1000mg e 250 mg, Juxtapid (lomitapida), Replagal (alfagalsidase), Cinryze (Inibidor de C1 esterase), Myalept (Metreleptina).

Somando estados e municípios, o valor chega a R$ 7 bi/ano. Apenas entre 2010 e 2017, houve um aumento de 1.010% nos gastos da Pasta com este tipo de aquisição. É importante lembrar que não há valor orçamentário destinado a este tipo de aquisição. A cada nova demanda judicial é preciso reajustar o orçamento para o cumprimento.

Por Alexandre Penido, da Agência Saúde


Fórum de Presidentes de Condisi e CISI/CNS definem programação para a 6ª CNSI


Etapa nacional da Conferência de Saúde Indígena acontecerá em julho de 2019

Crédito: Luís Oliveira/Sesai-MS
Segundo dia da 24ª reunião do Fórum de Presidentes dos Conselhos Distritais de Saúde Indígena (FPCondisi), em Brasília (DF)

O segundo dia da 24ª reunião do Fórum de Presidentes dos Conselhos Distritais de Saúde Indígena (FPCondisi), que acontece em Brasília-DF, foi realizado em conjunto com a Comissão Intersetorial de Saúde Indígena do Conselho Nacional de Saúde (CISI/CNS) para definição de tema e calendário da 6º Conferência Nacional de Saúde Indígena (6ª CNSI). A proposta do grupo é de que a etapa nacional seja em julho de 2019 e tenha como tema central  a “Política Nacional de Atenção à Saúde aos Povos Indígenas (PNASPI): atenção diferenciada, vida e saúde nas comunidades indígenas”.

Os trabalhos já se iniciam neste ano com as conferências locais, que se realizam nas diversas comunidades indígenas, prevista para serem realizadas até o dia 31/12/2018. Já as conferências distritais seguem até o dia 30/4/2019 para que posteriormente todos as propostas sejam apresentadas na 6ª CNSI.

A conferência visa avaliar e propor novas diretrizes para a política atual de atenção à saúde, em conjunto com os povos indígenas. É o espaço para que o controle social da saúde indígena possam se mobilizar e apresentar sugestões para melhoria do serviço público de atenção à saúde indígena brasileira.

Segundo a coordenadora do FPCondisi, Lucinha Tremembé, a discussão do tema central e aprovação do assunto em consenso, mostra a importância da contínua busca por atendimento de qualidade dos povos indígenas do país. “Na última Conferência o foco foi o SasiSUS, porém a PNASPI é que garante de verdade a continuidade do Subsistema. Então vamos fortalecer a política de atenção, que vai garantir o atendimento diferenciado aos povos indígenas brasileiros”, ressaltou.

As propostas de tema, calendário e comissões serão levadas ao Pleno do Conselho Nacional de Saúde (CNS), responsável por sua aprovação. Em seguida, seguem para edição de Portaria Ministerial.

Conferência Nacional de Saúde
A Conferência Nacional de Saúde Indígena tem como objetivo aprovar diretrizes para as políticas de saúde executadas nas comunidades indígenas, executada pelos 34 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs) que integram o Subsistema de Atenção à Saúde Indígena (SasiSUS). Além disso, a Conferência é o principal espaço democrático de discussão, avaliação e proposição para novas ações junto a Política Nacional de Atenção à Saúde dos Povos Indígenas.

Por Tiago Pegon, do Nucom Sesai 


quarta-feira, 7 de março de 2018

Em audiência na CAS, ministro da Saúde diz que houve avanços na atenção básica



O ministro da Saúde, Ricardo Barros, registrou avanços na atenção básica e lamentou o impacto de R$ 7 bilhões por ano causado por decisões judiciais obrigando a compra de medicamento não oferecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Ricardo Barros participou de audiência pública nesta quarta-feira (7)  na Comissão de Assuntos Sociais (CAS) e ouviu dos senadores cobranças por melhorias no atendimento à população e aos pacientes com doenças graves.

Ricardo Barros afirmou que o SUS é o maior sistema público de saúde do mundo, com um orçamento de R$ 131 bilhões em 2018, que atende sete em cada dez brasileiros. No ano passado, continuou, foram registrados quatro bilhões de tratamentos ambulatoriais, 1,3 bilhão de consultas médicas e mais de 11 milhões de internações.

Como o que considera avanços na atenção básica, o Ministério da Saúde apontou a formação de agentes de saúde, as campanhas de vacinação e a queda nos casos de dengue e zica vírus. Ricardo Barros ressaltou esforços para a modernização da pasta, o combate a fraudes e o aumento na fiscalização e transparência dos gastos.

Doenças raras
Segundo Barros, as negociações com os laboratórios permitiram uma economia de mais de R$ 3 bilhões na compra de medicamentos em 2017. No entanto, o ministro criticou o impacto de R$ 7 bilhões causado anualmente por decisões da Justiça determinando a compra de medicamentos de alto custo não cobertos pelo SUS.

— A judicialização é um problema sério na Saúde, são R$ 7 bilhões por ano em sentenças judiciais na saúde. Não tem orçamento da judicialização. A gente votou o Orçamento, está escrito lá judicialização? Não está. Este dinheiro da judicialização é deslocado de outras ações. Então desestrutura o planejamento que foi feito para atender a população — afirmou.

Senadores elogiaram a atuação do ministro, mas cobraram melhorias no atendimento para a população, principalmente aos pacientes com câncer, doenças renais ou raras. O senador Wademir Moka (PMDB-MS) lamentou as dificuldades no diagnóstico e na distribuição de medicamentos para os doentes graves.

— Eu sou inconformado. Uma pessoa que tem diagnóstico firmado, tem uma doença rara, ela recebe um tratamento contínuo. Aí, de repente, este medicamento para de ser distribuído. Se ele ficar um mês sem receber a chance dele ira óbito, de falecer, é muito grande - lamentou.

O ministro da Saúde também anunciou a manutenção do Programa Mais Médicos, com o objetivo de aumentar a participação dos profissionais brasileiros e diminuir o número de médicos cubanos de 11 mil para 7 mil em três anos.

Da Rádio Senado

AgênciaSenado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)


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