Revistas que circulam no fim
de semana repercutem a informação de que o presidente da Câmara dos Deputados,
Eduardo Cunha (PMDB-RJ), aceitou a abertura de um processo de impeachment
contra a presidente da República, Dilma Rousseff.
ISTOÉ aponta, em sua reportagem
de capa, que processo de impeachment da presidente será a via-crúcis de Dilma
Rousseff.
Revista pondera que “para o
país, representa uma luz no fim do túnel da crise, a oportunidade para que seja
construída uma união nacional para a reversão de expectativas e a retomada da
credibilidade”.
VEJA publica um especial de 24
páginas sobre a abertura do processo de impeachment. Semanário aponta que “o
país enfrentará momentos de extrema tensão, conflitos de interesses, debates
acalorados e tentativas de manipulação. É desse substrato típico das
democracias que, espera-se, surgirá a força capaz de fazer o Brasil voltar a
respirar”.
Com o Especial Impeachment,
ÉPOCA defende que resolver a questão de forma célere pode ser bom para o país e
aponta que enquanto o governo Dilma busca apoios para sobreviver, o PMDB começa
a abandoná-lo e conversa com a oposição sobre o futuro.
Cenário político interfere na
agenda de interesse e traz menções à Indústria na cobertura que associa o
panorama econômico ao pedido de impedimento da presidente Dilma Rousseff, que
será analisado pelo Congresso.
ISTOÉ DINHEIRO, em reportagem
de capa, destaca que “a reação inicial do mercado financeiro ao anúncio do
processo de impeachment foi amplamente positiva” e que, “para os empresários, é
a chance de destravar a economia”.
“Ou a presidente Dilma vai
ficar com mais força depois disto tudo, o que é essencial e importante para ela
e para o país, ou o país terá de encontrar outro caminho, com outro
governante”, afirma Robson Andrade, presidente da CNI, segundo reproduz
DINHEIRO.
Já a reportagem de capa da
CARTA CAPITAL aponta que Eduardo Cunha tem mais a perder do que a ganhar com a
abertura do processo.
“A curto prazo, o anúncio
tende a piorar o ambiente econômico e social do País, mas há, no governo e fora
dele, quem acredite que o confronto aberto talvez seja a melhor maneira, ou a
mais rápida, de superar o impasse que angustia e paralisa a nação desde o
início do segundo mandato da petista”, posiciona o semanário.
CARTA CAPITAL relata as
reações ao processo e resume que “o empresariado paga para ver, mantém-se a
distância, mas Robson Andrade, CNI, acha que, ao fim do processo, Dilma poderia
até sair fortalecida”.
Em outra frente, DINHEIRO EM
NÚMEROS, na ISTOÉ DINHEIRO, registra que “a CNI informou que o nível de
capacidade instalada na indústria brasileira ficou praticamente estável em
outubro, em 77,7% ante 77,6% registrado em setembro - o menor percentual
registrado desde 2003, início da série histórica”.
Coluna indica que o “dado de
outubro representa uma queda de 3.3 pontos percentuais sobre outubro do ano
passado”.
Reflexos da abertura do
processo de impeachment na economia e a queda do PIB estão em destaque entre os
itens de apelo setorial.
RADAR, na VEJA, registra que
“a oposição e PMDB pretendiam tomar o pulso do empresariado em relação ao
destino de Dilma no fim de semana. Caciques notam que, com a agudização da
crise econômica e a Lava-Jato chegando ao setor financeiro, o PIB percebeu que
não dá ‘para dançar com a morte à beira do precipício’”.
DINHEIRO NA SEMANA, na ISTOÉ
DINHEIRO, aponta que “o banco americano de investimentos Goldman Sachs traçou
um cenário sombrio para o futuro do Brasil. Com as recentes divulgações de uma
desaceleração ainda pior do que a prevista, o banco afirmou que a situação do
País deixou de ser recessão e passou para uma ‘real depressão econômica’. A
previsão do Goldman Sachs é que o PIB caia 3,6% esse ano e por volta de 2,3%,
em 2016”.
DINHEIRO EM AÇÃO, na ISTOÉ
DINHEIRO, registra que “a recessão mais forte que a esperada do PIB brasileiro
atingiu em cheio o mercado de juros, que passou a descartar uma nova alta da
Selic. Essa retração da economia brasileira também atinge o mercado de ações.
Com uma atividade mais fraca, as empresas devem reportar resultados menos
expressivos. Sinal de que o urso continuará na porta da bolsa”.
ISTOÉ DINHEIRO adverte que o
Brasil não cresce há cinco trimestres, o Natal será magro e as perspectivas
econômicas para 2016 são sombrias. A Confederação Nacional do Comércio (CNC)
prevê uma queda de 8% no setor, em 2015.
A SEMANA, na CARTA CAPITAL,
afirma que a queda de 1,7% do PIB no terceiro trimestre em relação ao mesmo
período anterior “é a evidência mais recente do efeito letal de se acrescentar
a uma economia estagnada um ajuste fiscal com redução severa do investimento
público e manter a taxa de juros mais alta do mundo”.
Segundo a coluna, “a indústria
de transformação arrastou a economia para baixo, mostram os declínios de 7,3%,
8,1% e 11,3% no setor, sucessivamente nos três primeiros trimestres deste ano
comparados a iguais períodos de 2014, superiores às quedas de 2%, 3% e 4,5% do
PIB total”.
De volta a DINHEIRO EM
NÚMEROS, na ISTOÉ DINHEIRO, registro é que "a desvalorização de 56% do
real frente ao dólar na média do terceiro trimestre deste ano sobre o mesmo período
do ano passado contribuiu com a queda de 20% nas importações - o maior recuo da
série histórica. Com isso, a balança comercial contribuiu positivamente com o
resultado do PIB do período".
RADAR, na VEJA, assinala que
“na dura tarefa de equilibrar suas contas, a Petrobras enfrentará em 2016 uma
mega-ação trabalhista movida pelos sindicatos e que está na reta final para ser
julgada pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST). O impacto, caso sejam
reconhecidos adicionais de insalubridade criados na gestão de Sérgio Gabrielli,
é estimado em 20 bilhões de reais”.
Dentro do especial sobre o
impeachment, ÉPOCA destaca que a solução para o impasse deverá ajudar a
economia, mas não garante que o País vai superar a crise. Reportagem adverte
que o esforço do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, em equilibrar as contas
públicas "atolou numa crise política".
“O processo de impeachment
impedirá a retomada dessa discussão e de qualquer reforma econômica mais
ambiciosa, ao menos nos próximos meses”, afirma ÉPOCA.
EXPRESSO, na ÉPOCA, registra
que "constantemente bombardeado pelo PT, Joaquim Levy faz internamente um
mea-culpa. Avalia que não soube comunicar bem as políticas do Ministério da
Fazenda. Ficou só no ajuste fiscal e não deu o peso necessário para outras medidas
importantes que sonha emplacar, como a unificação do ICMS".