Destaques

sábado, 9 de janeiro de 2016

Com a abertura dos trabalhos da Câmara em fevereiro, vários partidos devem mudar suas lideranças. A escolha do líder de cada partido é anual, mas entre os partidos há os que costumam reeleger o líder com frequência, como é caso do PPS, que tem o deputado Rubens Bueno (PR) na liderança desde 2011.

Alguns partidos já definiram seus líderes para 2016, como o PSDB, em que o deputado Antonio Imbassahy (BA) deve substituir o deputado Carlos Sampaio (SP); e o PSD, em que Rogério Rosso (DF) foi reconduzido como líder.
Os líderes são responsáveis pela definição da pauta de votação nas reuniões semanais com o presidente da Câmara. Eles também fazem as orientações de seus partidos durante as votações e indicam os integrantes para todas as comissões da Câmara. Pelo regimento, eles têm direito a usar a palavra em qualquer reunião para defender as ideias de seus partidos.
Mas as atenções devem se voltar para a eleição do líder do PMDB. O atual líder, Leonardo Picciani (RJ), pretende continuar na liderança neste ano, mas é possível que haja disputa com outra parte da bancada, mais afastada do governo.
No final de 2015, o deputado Leonardo Quintão (MG) chegou a ser escolhido líder do PMDB, em uma disputa entre as alas do partido pelas nomeações para a comissão especial que deve analisar o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff.
Para Picciani, as divergências internas são normais no partido.
"O PMDB é um partido que historicamente tem suas divergências e debate internamente as suas divergências. O estatuto do partido permite a divergência e portanto é algo para o PMDB absolutamente natural. Eu vejo com absoluta naturalidade esse processo, e o PMDB, ao longo da discussão, ao longo do debate interno, vai construindo a sua unidade".
DEM e PT devem eleger seus líderes logo no início de fevereiro. Psol e PCdoB têm adotado rodízios na liderança, mas somente em fevereiro novos nomes devem ser confirmados. Além de partidos, dois blocos também devem escolher suas lideranças: o bloco PP, PTB, PSC e PHS; e outro formado por PR, PSD e Pros.
Reportagem - Marcello Larcher

Comissão aprova regras para o Instituto Sul-Americano de Saúde


Arquivo/ Gustavo Lima
Jandira Feghali
Jandira Feghali: Brasil precisa compartilhar com países da Unasul os projetos bem-sucedidos na área de saúde públicaA Comissão de Seguridade Social e Família aprovou acordo da União de Nações Sul-Americanas (Unasul) que cria o estatuto do Instituto Sul-Americano de Governo em Saúde (ISAGS), órgão criado em 2010 no âmbito do Conselho Sul-Americano de Saúde, sediado no Rio de Janeiro (RJ).
O acordo, assinado em de novembro de 2012, tramita na Câmara dos Deputados como o Projeto de Decreto Legislativo (PDC) 126/15, da representação brasileira no Parlamento do Mercosul.
O ISAGS funciona como centro de altos estudos e debate de políticas públicas em saúde e trabalha com plano quinquenal, reunindo prioridades definidas pelos 12 países integrantes da Unasul (Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Guiana, Paraguai, Uruguai, Peru, Suriname e Venezuela).
De acordo com o estatuto do ISAGS, caberá ao conselho de administração, um órgão diretivo e permanente, fazer a interlocução com o Conselho Sul-Americano de Saúde, responsável por aprovar o orçamento e a designação de diretor executivo do instituto.
Conforme o texto, o ISAGS será financiado por depósitos regulares de países membros e doações. Para administrar esses recursos, será criado fundo vinculado à Unasul.
Experiência

Relatora da matéria, a deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) reiterou a necessidade de o Brasil adquirir experiência com países vizinhos que têm enfrentado desafios e obtido sucessos na área de saúde e de compartilhar projetos bem-sucedidos da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e do Instituto Nacional do Câncer (Inca).

A parlamentar lembrou a aprovação, pelo Plenário da Câmara, do PDC 24/15, que contém o acordo entre o Brasil e a União de Nações Sul-Americanas (Unasul) para o funcionamento do Instituto Sul-Americano de Governo em Saúde.
Tramitação
O PDC 126/15 ainda será analisado pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) e pelo Plenário da Câmara.

ÍNTEGRA DA PROPOSTA:

Reportagem – Emanuelle Brasil

Edição – João Pitella Junior



A reprodução das notícias é autorizada desde que contenha a assinatura 
'Agência Câmara Notícias'

Atenção para o efeito dos repelentes: Denuncie se não funcionar

O uso de repelente tem sido indicado como forma de proteção às mulheres grávidas para evitar transmissão de dengue, Chikungunya e Zika pelo mosquito Aedes aegypti.

Procure seguir as instruções de aplicação e reaplicação do repelente descritas na rotulagem. Caso você perceba sinais claros de picada de mosquito tais como inchaço, coceira ou mancha avermelhada na pele antes do fim da proteção descrita no rótulo, o repelente pode ter falhado.

Nesse caso, denuncie à Anvisa. Faça o mesmo se o repelente lhe causar algum problema de saúde inesperado, como irritação na pele, por exemplo.

Todos os repelentes à venda tem de estar registrados na Anvisa. Para isso, a eficácia (efeitos de proteção previstos) e a segurança (evitar males à saúde do usuário) tiveram de ser comprovadas na agência.

Assim, o que está descrito no rótulo tem de ser comprovado também pelo consumidor durante o uso.

O rótulo deve conter as seguintes informações obrigatórias:

Nome do produto

Número de registro – composto por 09 ou 13 dígitos (Reg. MS – 2.XXXX.XXXX ou MS - 2.XXXX.XXXX.XXX-X) ou número do processo do registro (com 16 dígitos)
Fabricante
CNPJ
Lote
Validade
Tempo de eficácia                
Advertências e orientações de uso

Veja aqui a lista dos Repelentes de Uso Tópicos registrados na Anvisa

Dúvidas ou reclamações, entre em contato com a Anvisa pelos seguintes canais:

Central de Atendimento - 0800 642 9782 ou Formulário Eletrônicohttp://www.anvisa.gov.br/institucional/faleconosco/FaleConosco.asp
Notivisa – Cidadão Notifique Aqui
Disque –intoxicação (0800 722 6001)

Atenção gestantes! É importante adotar atitudes para reduzir a presença de mosquitos transmissores de doença, com a eliminação de criadouros, e proteger-se da exposição de mosquitos, como manter portas e janelas fechadas ou teladas, usar calça e camisa de manga comprida e utilizar repelentes permitidos para gestantes. Mais informações

CONVITE MINISTRO: SANÇÃO DO MARCO LEGAL DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO E LANÇAMENTO DA CHAMADA UNIVERSAL

Coordenação-Geral do Cerimonial
Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação - MCTI
Esplanada dos Ministérios, Bloco E, Sala T-70
CEP 70067-900 Brasília - DF
Telefone: (61) 2033-7560

sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

MS converte valor de pregão para o dólar para o dia

RESULTADO DE JULGAMENTO PREGÃO No - 52/2015
O Ministério da Saúde por meio do Pregoeiro Oficial, torna público o resultado de julgamento do processo 25000.121781/2015-91, referente ao Pregão Eletrônico SRP 52/2015, cujo objeto é o Registro de Preços para futura aquisição de Preservativo Masculino, tendo sido adjudicado e homologado para a empresa estrangeira HILL LIFECARE LIMITED, representada pela empresa nacional F.B.M. INDÚSTRIA FARMACÊUTICA LTDA, CNPJ: 02.060.549/0001-05, o item 02 ao preço unitário de U$$ 0,027303 que convertido à razão do fechamento do dólar do dia 10/11/2015 (BACEN) de R$ 3,7981, perfaz o preço unitário de R$ 0,1037.
GUSTAVO HOLANDA REGO
Pregoeiro

DESFIBRILADOR, CARDIOVERSOR, adquiridos da INDUMED pelo MS no valor total de R$ 13.047.056,64

EXTRATO DE CONTRATO No - 184/2015 - UASG 250005 No - Processo: 25000232438201317. PREGÃO SRP No - 42/2015.
Contratante: MINISTÉRIO DA SAÚDE -CNPJ Contratado: 01985366000391.
Contratado : INDUMED COMERCIO IMPORTAÇÃO E -EXPORTAÇÃO DE PRODUTOS ME.
Objeto: Aquisição de 136 desfibriladores, cardioversor, modo automático e manual.
Fundamento Legal: Lei nº 10.520/2002 e Decreto nº 5.450/2005. Vigência: 05/01/2016 a 04/01/2017.
Valor Total: R$13.047.056,64. Fonte: 6151000000 - 2015NE802746. Data de Assinatura: 05/01/2016. (SICON - 07/01/2016) 250110-00001-2015NE800074

PALIVIZUMABE é adquirido da ABBVIE, pelo MS por inexigibilidade no valor total de R$ 103.247.090,04

EXTRATO DE CONTRATO No - 2/2016 - UASG 250005 No - Processo: 25000120650201596. INEXIGIBILIDADE No - 66/2015.
Contratante: MINISTERIO DA SAUDE -CNPJ Contratado: 15800545000311.
Contratado : ABBVIE FARMACEUTICA LTDA. –
Objeto: Aquisição de 36.470 frascos-ampola de Palivizumabe 50m e de 27.352 frascos-ampola de Palivizumabe 100mg.
Fundamento Legal: Lei nº 8.666/1993 . Vigência: 06/01/2016 a 05/01/2017.
Valor Total: R$103.247.090,04. Fonte: 6151000000 - 2015NE802819. Data de Assinatura: 06/01/2016. (SICON - 07/01/2016) 250110-00001-2015NE800074

ARTHUR LAZARO LAUDANO BREGUNCI, substituí EDUARDO SILVA DA COSTA na coordenação e promoção de eventos da Ass. Comunicação Social do Gabinete do Ministro

PORTARIA No - 32, DE 7 DE JANEIRO DE 2016
O MINISTRO DE ESTADO DA SAÚDE, no uso da competência que lhe foi subdelegada pela Portaria nº 1.056, de 11 de junho de 2003, da Casa Civil da Presidência da República, resolve:
Exonerar
EDUARDO SILVA DA COSTA do cargo de Coordenador de Promoção e Eventos, código DAS 101.3, nº 01.0092, da Assessoria de Comunicação Social, do Gabinete do Ministro.
MARCELO CASTRO

PORTARIA No - 33, DE 7 DE JANEIRO DE 2016
O MINISTRO DE ESTADO DA SAÚDE, no uso da competência que lhe foi subdelegada pela Portaria nº 1.056, de 11 de junho de 2003, da Casa Civil da Presidência da República, resolve:
Nomear
ARTHUR LAZARO LAUDANO BREGUNCI, para exercer o cargo de Coordenador de Promoção e Eventos, código DAS 101.3, nº 01.0092, da Assessoria de Comunicação Social, do Gabinete do Ministro.
MARCELO CASTRO

MINISTRO DA SAÚDE designa "rodizio" na Presidência da ANVISA durante ausência de Jarbas Barbosa, em janeiro

PORTARIA No - 29, DE 7 DE JANEIRO DE 2016

O MINISTRO DE ESTADO DA SAÚDE, no uso de suas atribuições, e tendo em vista o disposto no parágrafo único do art. 13 do Regulamento aprovado pelo Decreto nº 3.029, de 16 de abril de 1999, resolve:
Designar
JOSE CARLOS MAGALHÃES DA SILVA MOUTINHO para exercer o encargo de substituto do Diretor-Presidente CD 1, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, no período de 11 a 13 de janeiro de 2016.
MARCELO CASTRO

PORTARIA No - 30, DE 7 DE JANEIRO DE 2016

O MINISTRO DE ESTADO DA SAÚDE, no uso de suas atribuições, e tendo em vista o disposto no parágrafo único do art. 13 do Regulamento aprovado pelo Decreto nº 3.029, de 16 de abril de 1999, resolve:
Designar
FERNANDO MENDES GARCIA NETO para exercer o encargo de substituto do Diretor-Presidente CD 1, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, no período de 14 a 15 de janeiro de 2016.
MARCELO CASTRO

PORTARIA No - 31, DE 7 DE JANEIRO DE 2016

O MINISTRO DE ESTADO DA SAÚDE, no uso de suas atribuições, e tendo em vista o disposto no parágrafo único do art. 13 do Regulamento aprovado pelo Decreto nº 3.029, de 16 de abril de 1999, resolve:
Designar RENATO ALENCAR PORTO para exercer o encargo de substituto do Diretor-Presidente CD 1, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, no dia 25 de janeiro de 2016.
MARCELO CASTRO

RONALD FERREIRA DOS SANTOS, novo presidente do CONSELHO NACIONAL DE SAÚDE é representante do segmento de Profissionais de Saúde

GABINETE DO MINISTRO PORTARIA No - 2.185, DE 28 DE DEZEMBRO DE 2015 (*)

O MINISTRO DE ESTADO DA SAÚDE, no uso de suas atribuições e tendo em vista o art. 9º do Decreto nº 5.839, de 11 de julho de 2006 e a eleição realizada no dia 5 de novembro de 2015, conforme Resolução CNS nº 502, de 9 de julho de 2015 e considerando a Portaria nº 2.056/GM/MS, de 14 de dezembro de 2015, que designou os membros do Conselho Nacional de Saúde, resolve:

Art. 1º Designar Ronald Ferreira dos Santos, representante do segmento de Profissionais de Saúde, como Presidente do Conselho Nacional de Saúde, para o mandato de 16 de dezembro de 2015 a 16 de dezembro de 2018, eleito na Quinquagésima Oitava Reunião Extraordinária, realizada no dia 16 de dezembro de 2015.

Art. 2º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.

MARCELO CASTRO (*) Republicada por ter saído no Diário Oficial da União nº 248, de 29 de dezembro de 2015, Seção 2, páginas 19, com incorreções no original.

Mesa diretora:

Conselho Nacional de Saúde
Ronald Ferreira dos Santos - Presidente do CNS

imgConselheiros(as) Nacionais de Saúde

imgMesa Diretora do CNS
Ronald Ferreira dos Santos - Federação Nacional dos Farmacêuticos - FENAFAR
André Luiz de Oliveira - Conferência Nacional dos Bispos do Brasil - CNBB
Cleoneide Paulo Oliveira Pinheiro - Federação Nacional das Associações de Celíacos do Brasil - FENACELBRA
Edmundo Dzuaiwi Omoré - Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira - Coiab
Francisca Rêgo Oliveira Araújo - Associação Brasileira de Ensino em Fisioterapia - ABENFISIO
Geordeci Menezes de Souza - Central Única dos Trabalhadores – CUT
Jurandi Frutuoso Silva - Conselho Nacional dos Secretários de Saúde - CONASS
Lenir Santos - Ministério da Saúde MS

http://conselho.saude.gov.br/img/conselho/com_bolinhacopia.gifSecretaria Executiva do Conselho Nacional de Saúde
José João Lanceiro da Palma - Secretário Executivo do CNS

http://conselho.saude.gov.br/img/conselho/com_bolinhacopia.gifAssessoria de Imprensa

Ayana Figueiredo - Jornalista
Lídia Maia - Jornalista
Márcio Venciguerra - Jornalista
Mariana Silva - Jornalista
Patricia Araújo - Jornalista
Wilany Santos - TI


http://conselho.saude.gov.br/img/conselho/com_bolinhacopia.gifContatos
Fone: (61) 3315-3821 / 3315-2151 / 3315-3566
Fax: (61) 3315-2414 / 3315-2472
Endereço: Esplanada dos Ministérios, Bloco G, Anexo B. Sala 104B.
Brasília-DF, CEP:70.058-900

Câmara rejeita uso de créditos do IPI na compra de matérias-primas

A Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados rejeitou proposta (PL 495/15) que permite ao produtor usar créditos acumulados do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) na compra de matéria-prima, produto intermediário e material de embalagem.
Na prática, o texto rejeitado concede aos contribuintes a oportunidade de pagar alguns insumos já tributados pelo IPI, com o saldo de créditos do imposto acumulados ao final de um trimestre.
Por ter sido rejeitado na única comissão de mérito em que foi analisado, e como não houve recurso para a apreciação pelo Plenário, o Projeto de Lei PL 495/15, do deputado William Woo (PV-SP), foi arquivado.
Segundo o autor, a ideia era beneficiar os contribuintes que se tornam credores do IPI, mas ficam impossibilitados de usar esses créditos, inclusive no abatimento de débitos do próprio IPI.
“Várias cadeias produtivas têm a tributação do IPI quando da aquisição da matéria prima, produto intermediário e material de embalagem, mas não têm a incidência do IPI na saída do produto final”, explica Woo.
Sem compensação
Relator, deputado Ricardo Barros (PP-PR), argumenta, entretanto que a medida diminui a receita tributária da União, sem apontar o montante da perda e as formas de compensá-la, em conflito com a Lei de Diretrizes Orçamentárias para 2015 (LDO - Lei 13.080/15).

A LDO determina que as proposições legislativas que, direta ou indiretamente, importem ou autorizem diminuição de receita pública ou aumento de despesa da União, deverão estar acompanhadas de estimativas desses efeitos no exercício em que deva iniciar sua vigência e nos dois seguintes.

ÍNTEGRA DA PROPOSTA:

Reportagem – Emanuelle Brasil
Edição – Newton Araújo

CPMF não deve ser votada no tempo esperado pelo governo, dizem deputados


Luis Macedo/Câmara dos Deputados
Arthur Lira
Arthur Lira: "Não acredito em aprovação no Congresso antes de junho deste ano"
A presidente da República, Dilma Rousseff, afirmou, nesta quinta-feira (7), que a volta da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) é uma das prioridades para este ano, mas deputados não acreditam que a aprovação do tributo no Congresso Nacional aconteça facilmente, a tempo do governo arrecadar mais de R$ 10 bilhões, como prevê o Orçamento.
Para a CPMF gerar o que se espera para 2016, a proposta (PEC 140/15) precisa ser aprovada até maio, uma vez que só pode entrar em vigor três meses depois de virar lei. E para isso, há um longo caminho a percorrer no Congresso: a proposta precisa ser analisada primeiro pela Comissão de Constituição e Justiça da Câmara. Se aprovada sua admissibilidade, vai para uma comissão especial e depois para votação em dois turnos no Plenário da Câmara e outros dois no Plenário do Senado.
Designado relator da PEC na CCJ, o deputado Arthur Lira (PP-AL) afirmou que deve apresentar seu parecer em fevereiro, na volta do recesso do Legislativo. O deputado, entretanto, não está tão otimista quanto o governo: "Em nenhum momento nós colocamos a perspectiva de facilidade de aprovação. Eu acho que vai ser muito debatida [a CPMF] e eu não acredito em uma aprovação no Congresso antes de junho deste ano".

Sem consenso
De fato, a volta da CPMF está longe de ser consenso. O líder do Democratas, deputado Mendonça Filho (PE), já adiantou que é contra e não acredita que a contribuição seja aprovada este ano, em que ocorrem eleições municipais no segundo semestre.: "Nós vamos empreender todo o esforço possível para impedir a aprovação da volta da CPMF. Não se pode aceitar que a gente vá resolver a crise econômica grave que o Brasil vive a partir de medidas que sejam de aumento da carga tributária".

Já o líder do PMDB, deputado Leonardo Picciani (RJ), defende o imposto: "Eu não acho que a CPMF em si seja a vilã da história. É um imposto de alíquota barata, que a maioria da população não paga, sobretudo os que ganham menos, e é um importante instrumento de fiscalização. Então eu creio que, neste momento, é importante para reestabelecer a credibilidade do país".
Histórico
A CPMF foi criada em 1997 para ser provisória, mas acabou sendo renovada várias vezes e durou 11 anos. Entre 1997 e 2007, arrecadou R$ 223 bilhões. Segundo a Receita Federal , só no último ano de vigência foram mais de R$ 37 bilhões. Tinha o objetivo de financiar a saúde, no entanto, mais de R$ 33 bilhões foram usados em outros setores.

PEC 140/15
A volta da CPMF está prevista na Proposta de Emenda à Constituição (PEC 140/15), encaminhada pelo governo à Câmara em setembro. O texto prevê que 0,2% de cada transação bancária vá para o governo federal financiar a Previdência Social. Na justificativa, o governo aponta que o déficit da Previdência Social deverá aumentar de R$ 88 bilhões para R$ 117 bilhões em 2016, por causa do aumento do número de beneficiários e do reajuste dos pagamentos. Mas já existem negociações para subir essa alíquota para que o dinheiro seja dividido entre estados e municípios. A cobrança está prevista para durar até 31 de dezembro de 2019.

A presidente Dilma Rousseff afirmou que o retorno da CPMF é fundamental para ajudar a equilibrar o caixa do governo - não só o federal - neste momento em que a economia desacelerou e a arrecadação do governo caiu. "Uma das formas de resolver o problema que está no país inteiro é aprovar a CPMF e destinar a metade da CPMF para estados e municípios. Eles querem destinar esse valor para a saúde. A CPMF não é questão só de reequilíbrio fiscal. No caso de estados e municípios, ela é uma questão de saúde pública", declarou.

ÍNTEGRA DA PROPOSTA:

Reportagem - Ginny Morais
Edição – Luciana Cesar

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