Destaques

terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

Global scientific community commits to sharing data on Zika

Leading global health bodies including academic journals, NGOs, research funders and institutes, have committed to sharing data and results relevant to the current Zika crisis and future public health emergencies as rapidly and openly as possible.

Organizations including the Bill and Melinda Gates Foundation, Médecins Sans Frontières, the US National Institute of Health and the Wellcome Trust, along with leading academic journals including Nature, Science and the New England Journal of Medicine, have signed a joint declaration and hope that other bodies will come on board in the coming weeks.
The statement is intended to ensure that any information that might have value in combatting the Zika outbreak is made available to the international community, free of charge, as soon as is feasibly possible. Journal signatories provide assurance that doing so will not preclude researchers from subsequently publishing papers in their titles.
It follows a consensus statement arising from a WHO consultation in September 2015, in which leading international stakeholders from multiple sectors affirmed that timely and transparent pre-publication sharing of data and results during public health emergencies must become the global norm.
Dr Jeremy Farrar, Director of the Wellcome Trust and a signatory of the statement, said: “Research is an essential part of the response to any global health emergency. This is particularly true for Zika, where so much is still unknown about the virus, how it is spread and the possible link with microcephaly.
“It’s critical that as results become available they are shared rapidly in a way that is equitable, ethical and transparent. This will ensure that the knowledge gained is turned quickly into health interventions that can have an impact on the epidemic.
“It’s extremely heartening to see so many leading international organizations united in this unprecedented commitment to open science, reinforcing the decision by  the WHO to declare Zika a Public Health Emergency of International Concern.”

Statement on Data Sharing in Public Health Emergencies:

The arguments for sharing data, and the consequences of not doing so, have been thrown into stark relief by the Ebola and Zika outbreaks.
In the context of a public health emergency of international concern, there is an imperative on all parties to make any information available that might have value in combatting the crisis.
We are committed to working in partnership to ensure that the global response to public health emergencies is informed by the best available research evidence and data, as such:
  • Journal signatories will make all content concerning the Zika virus free to access. Any data or preprint deposited for unrestricted dissemination ahead of submission of any paper will not pre-empt its publication in these journals.
  • Funder signatories will require researchers undertaking work relevant to public health emergencies to set in place mechanisms to share quality-assured interim and final data as rapidly and widely as possible, including with public health and research communities and the World Health Organization.
We urge other organizations to make the same commitments.
This commitment is in line with the consensus statement agreed at a WHO expert consultation on data sharing last year whereby researchers are expected to share data at the earliest opportunity, once they are adequately controlled for release and subject to any safeguards required to protect research participants and patients.
Signatories to the Statement

Academy of Medical Sciences, UK
Bill and Melinda Gates Foundation
Biotechnology and Biological Sciences Research Council (BBSRC)
The BMJ
Bulletin of the World Health Organization
Canadian Institutes of Health Research
The Centers for Disease Control and Prevention
Chinese Academy of Sciences
Chinese Centre for Disease Control and Prevention
The Department of Biotechnology, Government of India
The Department for International Development (DFID)
Deutsche Forschungsgemeinschaft (DFG)
eLife
The Economic and Social Research Council (ESRC)
F1000
Fondation Mérieux
Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz)
The Institut Pasteur
Japan Agency for Medical Research and Development (AMED)
The JAMA Network
The Lancet
Médecins Sans Frontières/Doctors Without Borders (MSF)
National Academy of Medicine
National Institutes of Health, USA
National Science Foundation, USA
The New England Journal of Medicine (NEJM)
PLOS
Science Journals
South African Medical Research Council
Springer Nature
UK Medical Research Council
Wellcome Trust
ZonMw - The Netherlands Organisation for Health Research and Development

Credit: LSHTM, Wellcom

MINISTÉRIO DA SAÚDE/SCTIE E OPAS/MS REVISÃO DA MATRIZ LÓGICA DO TERMO DE COOPERAÇÃO 59

Na última sexta-feira, 12.02.2016, a Unidade Técnica de Medicamentos e Tecnologias em Saúde da representação brasileira da Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (UTMTS/OPAS/OMS), conjuntamente com o Departamento do Complexo Industrial e Inovação em Saúde da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde (DECIIS/SCTIE/MS), concluiu a revisão da Matriz Lógica do Termo de Cooperação nº 59 (TC 59), denominado Complexo Econômico-Industrial da Saúde.

O TC 59, que tem como principais objetivos a estruturação do Observatório da Política Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde e o apoio às políticas e programas voltados à estruturação e ao fortalecimento do Complexo Econômico-Industrial da Saúde (CEIS) em nível nacional e internacional abrangendo as atividades de pesquisa, desenvolvimento tecnológico e inovação em saúde, foi celebrado em 30.12.2009 e, após uma vigência inicial de 5 anos, foi prorrogado em 29.12.2014 por mais 5 anos.

De acordo com o Consultor Felipe Dias Carvalho, responsável pela gestão do referido Termo de Cooperação na UTMTS/OPAS/OMS, a revisão da Matriz Lógica do TC 59, que é o documento norteador desta cooperação técnica com o DECIIS/SCTIE/MS, era premente, visto que grandes avanços foram obtidos nos 5 anos iniciais do TC e por isso fazia-se necessário rever se os resultados esperados inicialmente já haviam sido alcançados; atualizar os indicadores para monitoramento das atividades a serem executadas na busca desses resultados; propor novos resultados, atividades e indicadores e; principalmente, delinear nova linha de base para este TC, considerando o atual nível de estruturação e desenvolvimento do CEIS.
A oficina foi coordenada pela equipe da Unidade de Planejamento, Programas e Projetos da representação brasileira da OPAS/OMS.

Agência passa a usar sistema novo para controlar drogas legais

http://portal.anvisa.gov.br/wps/wcm/connect/9e8556804bb20bc2af28afbab17fe222/NDS.png?MOD=AJPERES&CACHEID=9e8556804bb20bc2af28afbab17fe222Foi publicada hoje a RDC n° 62 (11/02/16) que regulamenta o uso do sistema National Drug Control System (NDS) no país. O sistema foi desenvolvido pelo Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crimes (UNODC) e auxilia órgãos governamentais e empresas a gerenciar movimentações legais de substâncias entorpecentes, psicotrópicas e precursoras. No caso do Brasil, essas substâncias estão sob controle da Portaria nº 344/98 (anexo I), da Anvisa.


O sistema é composto por quatro aplicativos: ExtWeb, NDS SPA, NDS módulo cliente e NDSWeb. Os três primeiros serão de utilização da Anvisa. ONDSWeb será de uso pelos estabelecimentos, via Internet, pelo endereço https://nds.anvisa.gov.br.

A adesão ao NDS deve ser imediata. Por isso, a Anvisa convoca todos os estabelecimentos que realizem atividades de importação e de exportação dos referidos produtos a se cadastrarem no NDSWeb. É importante fazê-lo com brevidade, a fim de evitar sobrecarga às vésperas do início da vigência da RDC.
A partir de 14/03/2016 (quando entra em vigor a resolução), as solicitações deverão ser realizadas por peticionamento eletrônico utilizando os seguintes códigos de assunto: 7654, 7656, 7657 e 7690. 

Novidades
Neste primeiro momento, o sistema permitirá às empresas informatizar solicitações de Autorização de Importação e de Exportação de substâncias entorpecentes, psicotrópicas e precursoras, bem como dos medicamentos que as contenham(listas A1, A2, A3, B1, B2, C3, D1, E, F1, F2, F3 e F4 do anexo I da Portaria nº 344), previstas na RDC nº 11/2013 e na RDC nº 99/2008.

O NDS contém uma funcionalidade que eliminará a necessidade de preenchimento do documento “Guia de Retirada”, atualmente necessário para o deferimento dos Licenciamentos de Importação(Procedimentos 1 e 1A) nos Postos da Anvisa em Portos, Aeroportos e Fronteiras (PAF), diminuindo os trâmites burocráticos nos pontos de entrada.
Numa segunda etapa será possível a informatização do envio dos dados estatísticos do consumo de substâncias controladas, pelos estabelecimentos, bem como a sua consolidação pela Agência (para posterior envio à Organização das Nações Unidas). Isto significa que todo o envio dos Balanços de Substâncias Psicoativas e Outras Substâncias Sujeitas a Controle Especial (BSPO) também será informatizado. As regras para utilização deste módulo constarão em Instrução Normativa Específica.

De imediato, a utilização do novo sistema permitirá a ampliação da efetividade das ações de vigilância sanitária para substâncias controladas e medicamentos que as contenham, promoverá maior agilidade nas análises das petições de autorizações de importação e exportação e nas ações para internalização das cargas.

Mais orientações sobre cadastramento pelas empresas estão em http://s.anvisa.gov.br/wps/s/r/dCnI

Vacinas contra o vírus zika devem levar cerca de 18 meses para ser testadas

A Organização Mundial da Saúde (OMS) disse que uma vacina contra o vírus zika levaria “aproximadamente 18 meses” antes que possam ser realizados testes em larga escala, de modo a demonstrar a eficácia. Uma especialista da agência da ONU observou que pelo menos 15 empresas ou grupos acadêmicos já estão trabalhando com vacinas contra o zika, ou planejam dar início a um programa. A resposta de emergência foi acelerada a partir da experiência adquirida com a crise do ebola.


Confira todas as informações da ONU sobre sinais e sintomas da doença do vírus zika, transmissão, diagnóstico, prevenção, tratamento e o que a Organização Mundial da Saúde está fazendo sobre o tema em http://bit.ly/zika_oms; todos os vídeos sobre o tema em http://bit.ly/zikavideos; e, abaixo, confira as notícias mais atualizadas.



Projeto isenta de IPI a compra de aparelhos auditivos e cadeiras de rodas

Em análise na Câmara, o PL 1311/15, do deputado Pompeo de Mattos (PDT-RS), isenta do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) aparelhos auditivos e cadeiras de rodas. Hoje, esse benefício já é reconhecido pelo Decreto 7.660/11.
A proposta altera a Lei 10.754/03 que fixa a isenção do IPI na compra de automóveis usados no transporte autônomo de passageiros e de pessoas portadoras de deficiência física e no transporte escolar.
O autor observa que a isenção para cadeiras de rodas e aparelhos auditivos estava prevista na medida provisória que deu origem a essa lei, no entanto o artigo que tratava do assunto recebeu veto presidencial.
Mattos argumenta que a inserção em lei seria forma de dar maior estabilidade ao direito das pessoas portadoras de deficiência.
Tramitação
A proposta será analisada de forma conclusiva pelas comissões de Finanças e Tributação (inclusive quanto ao mérito); e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

ÍNTEGRA DA PROPOSTA:

Reportagem – Emanuelle Brasil
Edição - Newton Araújo

Agência Câmara Notícias

Relatório final da reforma tributária deve ser apresentado nesta semana

A Comissão Especial da Reforma Tributária realiza reunião na próxima quarta-feira (17) para apresentação, discussão e votação do relatório do dep. André Moura (PSC/SE).
O presidente da Comissão Especial da Reforma Tributária, deputado Hildo Rocha (PMDB-MA), antecipou que o relatório vai prever a criação de um fundo para compensar estados por eventuais perdas de arrecadação decorrentes da unificação da legislação sobre o Imposto de Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).
A reunião está marcada para 14h30, em plenário a definir.
Da Redação - MT
Agência Câmara Notícias

Ministro da Saúde se reúne com embaixadores da União Europeia para tratar do vírus Zika

O Ministro da Saúde, Marcelo Castro, se reúne com os embaixadores da União Europeia nesta terça-feira (16), às 11h, em Brasília (DF), para apresentar as medidas adotadas pelo Brasil para o combate ao Aedes aegypti, transmissor da Dengue, febre Chikungunya e vírus Zika. Na ocasião, o ministro tratará das ações do Plano Nacional de Enfrentamento ao Aedes e à Microcefalia que está sendo executado pelo governo federal. Ao final da reunião, o ministro estará disponível para falar com a imprensa.
Reunião com embaixadores da União Europeia sobre o vírus Zika
Data: 16/02 (terça-feira)
Horário: 11h
Local: Sede da Delegação da União Europeia, SHIS QI 07, Bloco A, Lago Sul – Brasília (DF).


Lei das estatais, limite da dívida da União e participação da Petrobras no pré-sal estão na pauta

A Lei de Responsabilidade das Estatais é o primeiro item da pauta da sessão deliberativa do Senado na terça-feira (16).  O projeto (PLS 555/2015), que divide a opinião dos senadores, teve sua discussão adiada para que o tema fosse incluído em reunião de líderes e possibilitasse a apresentação de proposta alternativa.


O senador Roberto Requião (PMDB-PR) deve propor alterações para dois dispositivos do projeto. Um deles é o que determina que todas as empresas estatais brasileiras sejam constituídas sob a forma de sociedade anônima. Outro questionamento é sobre a proibição imposta a pessoas que exerceram cargos em organizações partidárias e sindicais de ocuparem vagas nos conselhos de administração e nas diretorias das estatais.
Também consta da pauta do Plenário projeto de Resolução (PRS 84/2007) sobre o limite global para o montante da dívida da União. Do senador José Serra (PSDB-SP), o projeto estabelece limites para a dívida consolidada e para a dívida consolidada líquida. Serra observa que a proposta atende a uma determinação da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Segundo o senador, o espírito da responsabilidade fiscal “anda perdido no Brasil” e seu projeto pode servir de incentivo ao equilíbrio das contas públicas.
Mais um projeto de resolução previsto para discussão é o PRS 61/2015 que cria, no âmbito do Senado, a Instituição Fiscal Independente (IFI). Em discussão desde o ano passado, a ideia é aprimorar os mecanismos de avaliação e controle social da política fiscal.
Com prioridade para deliberação, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 128/2015 é um dos itens incluídos na ordem do dia. Reivindicação dos governadores e encampada pela Agenda Brasil, a proposta proíbe a União de criar ou transferir despesas para os entes federados sem a previsão dos repasses necessários para o custeio.
Está prevista ainda a votação em primeiro turno da PEC 110/2015 que restringe a quantidade de cargos em comissão na administração pública e estabelece processo seletivo público.
Finalmente, dois projetos tramitam em regime de urgência. Um deles é o PLS 131/2015, que acaba com a obrigatoriedade de a Petrobras participar de 30% dos projetos de exploração no pré-sal.
O outro projeto (PLS 400/2014) institui percentual mínimo em relação à produção total para o excedente de óleo destinado à União sob o regime de partilha.
Agência Senado 

Proposições legislativas

·         PEC 110/2015
·         PEC 128/2015
·         PLS 131/2015
·         PLS 400/2014
·         PLS 555/2015
·         PRS 61/2015
·         PRS 84/2007
·         Moreira Mariz/Agência Senado


segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

Vecina deixa Sírio-Libanês e Paulo Chapchap é novo CEO

Com crescimento acima do mercado hospitalar, – com receita bruta em torno de R$ 1,6 bilhão em 2015, 14,3% acima do registrado em 2014 – o Sírio-Libanês anunciou Paulo Chapchap como o novo CEO da instituição. Ele assume a liderança executiva da gestão do hospital – agora sem a presença de Gonzalo Vecina na superintendência corporativa. Chapchap, de olho na estratégia da instituição, e Vecina trabalharam por oito anos lado a lado.
O momento para a mudança na gestão é desafiador devido ao momento atual econômico, em paralelo com a estratégia de crescimento do Hospital Sírio-Libanês, que nos últimos anos tem investido para chegar em 691 leitos (SP). Entre 2014 e 2015 foram abertos 83 novos leitos, totalizando as atuais 451 unidades de internação. Além disso, também foram abertas duas novas unidades em São Paulo e outras duas em Brasília – com a previsão de inaugurar a terceira, na mesma cidade, ainda este ano.
A taxa de ocupação se manteve estável ao longo do ano passado, em torno de 85%, praticamente a mesma registrada de 2014 (85,7%).
De acordo com Chapchap, o Sírio vem obtendo bons resultados em sua trajetória, mas necessariamente vai buscar novos modelos para continuar a crescer. “O avanço do conhecimento científico e o modo de cuidar, bem como a mudança da relação das pessoas com a própria saúde, exigirão esse entendimento, para que possamos construir o futuro da instituição”, afirmou Chapchap em comunicado ao mercado.


Doutor em clínica cirúrgica pela Universidade de São Paulo, foi membro do Conselho da Sociedade Internacional de Transplante Hepático, de 2007 a 2011.
Antes de assumir a Superintendência de Estratégia Corporativa do Hospital Sírio-Libanês, Chapchap foi membro do Conselho de Administração da instituição.
Atualmente, como diretor do Programa de Transplante de Fígado do hospital, acumula a liderança de uma equipe pioneira na área no Brasil, com a maior experiência em transplantes pediátricos intervivos, com índices de sobrevida semelhantes ou superiores às principais instituições internacionais.
Também é pró-reitor de cursos de pós-graduação stricto sensu, presidente do Conselho de Ensino e Pesquisa do Instituto Sírio-Libanês de Ensino e Pesquisa e membro do Conselho de Administração da Associação Nacional dos Hospitais Privado (Anahp).
·         Por Verena Souza – SB

Óleo de San Carlo - por Dirceu Barbano

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O dia 30 de maio de 2008 foi marcado pelo falecimento do jovem Lorenzo Odone, um dia após completar 30 anos de idade. Aos seis anos, ele foi diagnosticado com adrenoleucodistrofia, ou ALD, quando os médicos avisaram aos seus pais que teria, no máximo, mais dois anos de vida. Ele morreu após uma forte pneumonia, causada pela aspiração de alimentos. Começou a sangrar muito e morreu antes da chegada da ambulância. “Não podia ver ou se comunicar, mas ainda estava conosco”, declarou o pai, Augusto Odone, no dia da morte.

O filme “O Óleo de Lorenzo” (1992), de George Miller, conta a história da infância de Lorenzo e foi indicado ao Oscar de melhor roteiro original em 1993. Miller, que ganhou notoriedade ao dirigir Mad Max em 1979, é formado em medicina na Universidade de New South Wales, na Austrália, onde nasceu e exerceu a profissão de médico, o que pode justificar seu interesse na história.

A obra cinematográfica relata a luta dos pais para entenderem o problema de saúde do filho. A doença é causada por uma falha genética que resulta em um colapso do sistema neurológico, decorrente do acúmulo de ácidos graxos não metabolizados nas células nervosas. Eles chegaram a uma fórmula preparada com a mistura de dois derivados de triglecerois, oriundos dos óleos de oliva e de canola, que seria capaz de interromper a síntese de ácidos graxos no organismo, retardando os danos neuronais ocasionados pela doença. O Sr. Odone ganhou título de doutorhonoris causa na Universidade de Stirling da Escócia, por seus estudos sobre a ALD.

Muitas das questões levantadas com a história da família Odone se mantem contemporâneas e guardam estreita relação com os fatos envolvendo a produção e distribuição de fosfoetanolamina sintetizada nos laboratórios acadêmicos do Instituto de Química da USP de São Carlos, pelo químico e professor aposentado Gilberto Chierice.

A fosfoetanolamina é utilizada pelo organismo para produzir cadeias de fosfolipídeos que, assim como os ácidos graxos insaturados do óleo de Lorenzo, entram na composição das células humanas. Os fundamentos científicos do metabolismo das células cancerosas foram objeto de estudos publicados em 1926 e levaram um bioquímico alemão ao Prêmio Nobel de Medicina em 1931. A alteração da função bioenergética das células é considerada uma pedra fundamental da carcinogenêse e a célula maligna tem um defeito que está associado à diminuição da ação da fosfoetanolamina.

O professor Chierice prende-se a esses dados bioquímicos quando defende o uso da substância como uma forma de cura para o câncer. Ele é um respeitado cientista que já publicou livros e quase uma centena de artigos científicos, além de ter orientado 32 mestrados e 27 doutoramentos. Por isso, conhece bem os ritos formais aos quais o produto deveria ter sido submetido para elucidação da sua eficácia e segurança.

As cápsulas são produzidas por ele há mais de 20 anos, tempo suficiente para que as convicções do professor pudessem se converter em uma possibilidade concreta de tratamento para as pessoas com câncer, sem a necessidade de se produzir qualquer tensionamento sobre a ciência ou órgãos reguladores, como fizeram os pais do Lorenzo. Deve haver motivos para que o Prof. Chierice tenha sido adotado um caminho informal por tanto tempo e para que os institutos de pesquisa não tenham se interessado antes pelos potenciais usos médicos da substância.

Para as pessoas doentes ou seus familiares, que convivem com o mais profundo medo diante de um câncer que pode ser incurável, as promessas e os dados disponibilizados sobre a fosfoetanolamina, naturalmente geram interesse, esperanças e mobilização. Enfim, apesar do ceticismo de parte dos cientistas, profissionais de saúde e reguladores, às vezes, a solução pode estar em coisas simples, como ocorreu com o óleo que ajudou Lorenzo a viver muito mais do que seus médicos acreditavam.

O órgão regulador, por sua vez, adota a postura que também era esperada, afirmando que o produto não passou por estudos que permitam atestar sua segurança e eficácia. Foi a mesma posição que a agência americana de medicamentos adotou em relação a mistura de ácidos graxos utilizada por inúmeros pacientes portadores de ALD, quando ela foi desenvolvida pelo casal Odone.

Se há uma promessa envolvendo uma substância que é produzida em laboratório de uma das maiores universidades do país e que conta com a chancela de um cientista respeitável, é esperado que o Poder Judiciário acolha pedidos no sentido do acesso ao produto, como aconteceu com a decisão do Ministro Luiz Edson Fachin do Supremo Tribunal Federal. “O objetivo da decisão era fomentar o debate público sobre as pesquisas da área da saúde feitas em universidades públicas”, conforme ele próprio esclareceu.

O professor e, certamente, discípulos seus são profundos conhecedores das potencialidades de uso da fosfoetanolamina no tratamento de câncer, há um conjunto de importantes e reconhecidas instituições de pesquisa que podem realizar os estudos de forma correta, precisa e rápida. O órgão regulador de medicamentos do Brasil, a Anvisa, está dotada de capacidade para orientar, acompanhar e apoiar a realização desses estudos.

Esses caminhos eram conhecidos e poderiam ter sido trilhados antes pelo ilustre professor. Talvez, à tempo de evitar que Michaela Odone, mãe de Lorenzo, falecesse de câncer no pulmão em 2000. Esse pode ser um bom exemplo que pode obrigar a adequada articulação entre as instituições de ensino, pesquisa, produção e regulação de medicamentos, no sentido de abreviar o tempo para a pesquisa e desenvolvimento de um novo medicamento no país. Então, é mais simples agir do que discutir.

Tecnologia pioneira do Paraná possibilita teste simultâneo de dengue, zika e chikungunya

O Governo do Paraná apresentou nesta sexta-feira (5) a nova tecnologia utilizada pelo Laboratório Central do Estado (Lacen-Pr) para o diagnóstico simultâneo de dengue, zika e chikungunya. Pioneiro no país, o Teste para Diagnóstico Molecular de Arboviroses Metodologia Multiplex, em uso desde o dia 3 de fevereiro, amplia a capacidade de análise do Lacen de 60 para 1400 exames semanais. 
“A possibilidade de detectar simultaneamente os três vírus é uma iniciativa pioneira no Brasil e só foi possível devido ao investimento contínuo do Governo do Paraná em tecnologia e ampliação do Parque Tecnológico do Laboratório Central do Estado” disse o secretário estadual da Saúde, Michele Caputo Neto. Ele ressaltou o compromisso da equipe de profissionais do Lacen em aplicar seus conhecimentos para qualificar o trabalho desenvolvimento. 
O Parque Tecnológico de Biologia Molecular do Lacen-Pr recebeu mais de R$ 1 milhão em investimentos do Governo do Estado. Para o desenvolvimento da nova tecnologia apresentada hoje foram aplicados cerca de R$ 500 mil em equipamentos de pipetagem, extração e amplificação. 
Segundo a coordenadora da equipe de Arbovirologia Molecular do Lacen, Irina Riediger, esse teste se baseia no protocolo desenvolvido e validado pelo Centers for Disease Control and Prevention (CDC – Atlanta – EUA), que é recomendado pela Organização Mundial da Saúde. 
“A metodologia Multiplex para diagnóstico simultâneo, desenvolvida no Lacen-Pr já era usada para identificação dos vírus respiratórios em circulação no Paraná. Num momento em que o Estado enfrenta epidemia de dengue e com o surgimento de novos vírus em circulação adotamos o mesmo processo para as arboviroses (doenças virais transmitidas por insetos) e ganhamos em agilidade, redução de custos e processividade”, explica Irina. 
PROCESSO – Anteriormente as análises se baseavam na pesquisa direta do vírus, sendo necessário cultivá-los no laboratório para permitir sua identificação, o que levava até 40 dias, sendo que somente os laboratórios de referência nacional faziam os testes moleculares para chikungunya e zika. A partir de agora o Lacen-Pr tem condições de analisar todas as amostras enviadas para as três doenças simultaneamente. 
A superintendente de Vigilância em Saúde, Cleide Oliveira, explica que o período de 40 dias era necessário para a identificação de qual o sorotipo de dengue em circulação na região onde houve a infecção, mas a confirmação de diagnóstico de dengue já era feito em no máximo uma semana. 
“Para as equipes de epidemiologia é necessário saber qual o sorotipo de dengue e se há outros vírus em circulação. Com a resposta laboratorial mais rápida, a equipe de saúde pode aplicar o tratamento adequado ao paciente e desencadear bloqueio ao mosquito transmissor na região onde foi detectado o caso, eliminando criadouros para interromper a cadeia de transmissão”, diz Cleide.
 Fonte: Secretaria Estadual de Saúde do Paraná

ZIKA, Dengue e Chicungunya - Esclarecimento sobre o uso do larvicida pyriproxifen

Não existe nenhum estudo epidemiológico que comprove a associação do uso de pyriproxifen e a microcefalia. O Ministério da Saúde somente utiliza larvicidas recomendados pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Os produtos passam por um rigoroso processo de avaliação da World Health Organization Pesticed Evaluation Scheme (WHOPES). 

O  pyriproxifen está entre os produtos aprovados por esse comitê e também possui certificação pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), que avalia a segurança do larvicida no Brasil. 


Ao contrário da relação entre o vírus Zika e a microcefalia, que já teve sua confirmação atestada em exames que apontaram a presença do vírus em amostras de sangue, tecidos e no líquido amniótico, a associação entre o uso de pyriproxifen e a microcefalia não possui nenhum embasamento cientifico. É importante destacar que algumas localidades que não utilizam o pyriproxifen também tiveram casos de microcefalia notificados.

A Secretaria de Estado da Saúde do Rio Grande do Sul (SES/RS), como autoridade de saúde local, tem autonomia para utilizar o produto adquirido e distribuído pelo Ministério da Saúde ou desenvolver estratégias alternativas.


Cabe ressaltar que o Ministério da Saúde somente recomenda a utilização de larvicidas em situações especiais, onde há necessidade de armazenamento de água e os depósitos não podem ser protegidos fisicamente.


É importante lembrar que para erradicar o Aedes aegypti e todos os seus possíveis criadouros, é necessária a adoção de uma rotina com medidas simples para eliminar recipientes que possam acumular água parada. Quinze minutos de vistoria são o suficiente para manter o ambiente limpo. Pratinhos com vasos de planta, lixeiras, baldes, ralos, calhas, garrafas, pneus e até brinquedos podem ser os vilões e servir de criadouros para as larvas do mosquito. Outras iniciativas de proteção individual também podem complementar a prevenção das doenças, como o uso de repelentes e inseticidas para o ambiente.


Confira relatório da OMS sobre a utilização do pyriproxifen:

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