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quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

Brasil e EUA iniciam estudo na Paraíba sobre microcefalia associada ao vírus Zika

Objetivo e avaliar os riscos da infecção pelo vírus e associações com outras doenças. Serão analisadas mais de mil mães e bebês. Em reunião com o ministro da Saúde, Marcelo Castro, a União Europeia anuncia 10 milhões de euros para pesquisas sobre Zika
O Ministério da Saúde, em parceria com o governo da Paraíba e o Centro de Controle e Prevenção de Doenças Transmissíveis (CDC) dos Estados Unidos, inicia nesta terça-feira (16) um estudo de caso controle de microcefalia relacionada ao vírus Zika no Brasil. A pesquisa contará com a participação de 17 técnicos do CDC, nove do Ministério da Saúde, além de técnicos do governo da Paraíba. O objetivo da pesquisa é estimar a proporção de recém-nascidos com microcefalia associada ao Zika, além do risco da infecção pelo vírus.
“O Brasil tem atuado em parceria com outros países, estando à disposição da OMS desde o início, priorizando a investigação e o investimento em novas tecnologias que colaborem na busca de soluções e melhoria da assistência”, ressaltou o ministro da Saúde, Marcelo Castro.
O anúncio foi feito pelo ministro da Saúde, Marcelo Castro, durante reunião nesta terça-feira (16) com 24 embaixadores dos estados membros da União Europeia, em Brasília, para apresentar as medidas adotadas pelo Brasil para o enfrentamento ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, febre chikungunya e vírus Zika. Na ocasião, o embaixador da União Europeia, João Cravinho, informou ao ministro da abertura de uma linha de crédito para pesquisa no valor de 10 milhões de euros para estudos sobre Zika. Todas as instituições do mundo poderão participar do edital que deve ser lançado no dia 15 de março.
“A ciência hoje em dia não tem fronteiras. A intenção é criar alianças entre instituições brasileiras e instituições de outras partes do mundo. A expectativa é que o edital possibilite a criação de consórcios internacionais, juntando as melhores instituições especializadas nessas áreas”, destacou Cravinho.
A equipe do CDC desembarcou no Brasil para dar início nesta semana ao trabalho de pesquisa. Serão feitas reuniões com autoridades locais e estudos de campo com entrevistas e coleta de amostras de sangue para exames complementares de Zika e outras doenças como citomegalovírus e toxoplasmose. A Paraíba é o segundo estado com maior número de casos suspeitos de microcefalia no país. Ao todo, foram noticiados 756 casos, sendo 54 confirmados, 275 descartados e 427 em investigação.
O trabalho será realizado durante 50 dias com a coleta de informações de mulheres que tiveram bebês com ou sem microcefalia, recentemente, no estado. Para cada caso com microcefalia, serão escolhidas três mães da mesma região cujo bebê não possui a doença. A expectativa é que cerca de mais de mil mães e bebês sejam avaliados. O estudo deve terminar em abril deste ano.
Desde 2012, o Ministério da Saúde tem uma parceria com o CDC para cooperação de temas em saúde. Está é mais uma atividade desta cooperação envolvendo os dois países. Em relação às investigações atuais, o CDC participa de um estudo sobre Guillain Barré na Bahia, além de estarem colaborando com na área laboratorial de estudos da Fiocruz de Pernambuco sobre a relação do vírus Zika e microcefalia.
O ministro da Saúde, Marcelo Castro afirma que o Brasil tem sido um protagonista no enfrentamento do aumento de casos de microcefalia. “Quando decretamos Situação de Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional sinalizamos à Organização Mundial da Saúde a possiblidade de um evento de importância internacional e, desde então, colocamo-nos à disposição da organização para esclarecimentos e fornecimento de materiais técnicos”, comentou o ministro.
Nos próximos dias 23 e 24 de fevereiro, o Brasil recebe a visita da diretora-geral da OMS, Margareth Chan para acompanhar os atuais esforços do governo no combate ao Zika e à microcefalia. O convite foi feito pelo governo brasileiro para que a OMS possa acompanhar e conhecer as iniciativas desenvolvidas no Brasil.
COOPERAÇÃO – Na semana passada, o ministro da Saúde, Marcelo Castro, anunciou o primeiro acordo internacional para desenvolvimento de vacina contra o vírus Zika. A pesquisa será realizada conjuntamente pelo governo brasileiro e a Universidade do Texas Medical Branch dos Estados Unidos. Para isso, será disponibilizado pelo governo brasileiro US$ 1,9 milhão nos próximos cinco anos.
De acordo com o cronograma de trabalho, a previsão é de desenvolvimento do produto em dois anos. A parceria no Brasil para desenvolvimento da vacina será com o Instituto Evandro Chagas (IEC), órgão vinculado ao Ministério da Saúde.
O investimento em novas tecnologias é um dos eixos do Plano Nacional de Enfrentamento ao Aedes e à Microcefalia que está sendo executado pelo governo federal com envolvimento de todos os órgãos federais, além da parceria com os governos estaduais e municipais.
O plano foi criado para conter novos casos de microcefalia relacionados ao vírus Zika e oferecer suporte às gestantes e aos bebês. Ele é resultado da criação do Grupo Estratégico Interministerial de Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional e Internacional. O plano é dividido em três eixos de ação: Mobilização e Combate ao Mosquito, Atendimento às Pessoas e Desenvolvimento Tecnológico, Educação e Pesquisa.

Por Amanda Mendes, da Agência Saúde

FAPESP-MRC Call: Zika Rapid Response Initiative

Closing date: 22/02/2016 - 12:00
 To better understand the nature of the risk posed by the Zika virus, the Medical Research Council (MRC) lauched a rapid response funding initiative (www.mrc.ac.uk/funding/browse/zika-rapid-response-initiative/).
Considering the RCUK/FAPESP memorandum of understanding, FAPESP is hereby announcing guidelines for researchers in the State of São Paulo who might be interested in partnering with colleagues from the UK.
1. Scope
Short term (12 – 18 month) proposals are sought that will provide novel, critical and timely insights into the nature of the risk posed by the Zika virus and/or potential avenues for its management or prevention.
1.1 Possible avenues of research include but are not limited to the following:
·         Epidemiological characteristics, e.g. vector transmission potential, geographical spread, interactions with other arboviruses, changing viral genotype, host susceptibility, incubation period, etc.
·         Development of more specific rapid diagnostic tests for Zika virus that can reduce misdiagnoses that may occur due to the presence of dengue or other viruses in a test sample.
·         Viral pathogenicity, association with and potential mechanistic links to neurodevelopment / microcephaly
·         Mechanisms of infection and host immune responses and potential therapeutics / vaccines
2. Funding available
In total up to £1m will be made available by the MRC for this initiative.
FAPESP is offering support envisaging that applications will be for a balanced partnership, not specifically in monetary terms but with equivalent research commitment and efforts from both sides (São Paulo and UK).
3. Eligibility
FAPESP funding will be through a Regular Research Award (“Auxílio à Pesquisa Regular”). The proposal must follow the guidelines and eligibility requirements applied for this scheme, described at www.fapesp.br/137.
3.1 Interested researchers must previously consult FAPESP by email (bruna@fapesp.br) regarding their eligibility. Consultations will be accepted up to February 18, 2016 in order to accelerate the eligibility evaluation. The email must contain the following documents:
a) Summaries CV of the Principal Investigator (according to www.fapesp.br/5266);
b) Project Title, containing the name and institution of the UK PI;
c) An estimative of the proponents´ weekly dedication in hours/week and the duration of the project (months).
d) Estimative of requested budget (please follow the guidelines for Regular Research Awards, available atwww.fapesp.br/137)
3.2 Important – Please note that the norm for FAPESP’s Regular Grants specifies (www.fapesp.br/137 item 2.1) that “FAPESP expects relevant time dedication by the PI to ythe research activities proposed. Thus, only in exceptional and very well justified conditions can proposals be accepted which have starting date before the end of another Regular Grant under the responsibility of the same PI.” The request for exceptional consideration must be submitted by the proposer.
4. How to Apply
Proposals must be submitted by the partner applicant in the UK in agreement to the full guidelines available atwww.mrc.ac.uk/funding/browse/zika-rapid-response-initiative/.
4.1 All applications must be collaborative proposals involving the association of researchers working within higher education and research institutions located in the State of São Paulo and researchers eligible for RCUK funding. The following FAPESP documents must be annexed to the submission done by the UK partner PI:
·         FAPESP Proposal Form (please check the “Regular Grant” option]
·         FAPESP Consolidated Budget
5. Grant Start Date
Given that this opportunity is for timely proposals, grants are expected to start expeditiously.
6. Selection process
Proposals will be reviewed directly by an Expert Panel drawn from relevant MRC and FAPESP Board, Oversight Group and Panel membership, complemented where appropriate with additional expertise.
6.1 Key assessment criteria for the submissions will include:
·         Potential to provide valuable novel insights into the threat posed by Zika and/or options for its management/prevention
·         Need for rapid activation
·         Access to required resources
·         Applicant expertise and experience
·         Partnership: including strength and clarity of collaborations and opportunities provided
·         Design and feasibility of project plan
·         Value for money
7. Contacts and guidance
For general queries relating to the call please contact:
FAPESP – Bruna Musa: chamada_mrc_zika@fapesp.br
MRC - Sandeep Sandhu: sandeep.sandhu@headoffice.mrc.ac.uk

Page last updated on February 15, 2016
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Epidemia de Zika agiliza mecanismos de financiamento de pesquisa no país

Enquanto os cientistas brasileiros se preparavam para uma eventual epidemia de chikungunya e desenvolviam métodos para diagnosticar rapidamente a doença, considerada altamente debilitante, o vírus Zika – até então visto como benigno e causador de uma espécie de “dengue light” – foi se espalhando no país de forma quase despercebida.
Somente quando veio à tona sua possível associação com os crescentes casos de microcefalia na região Nordeste, em 2015, as atenções do país e do mundo se voltaram ao patógeno originário da Floresta de Ziika, em Uganda.
O fato de o Brasil ter sido surpreendido por essa epidemia pode ter ao menos um aspecto positivo: a criação de mecanismos para agilizar o financiamento de pesquisas científicas no país. A avaliação foi feita pelo professor do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (ICB-USP) Paolo Zanotto, que no último mês de dezembro ajudou a articular a chamada Rede Zika, uma força-tarefa para pesquisar e combater o vírus no Estado de São Paulo.
Assista o vídeo sobre a matéria no link: https://youtu.be/4dQEDdHv_-4

Segundo Zanotto, quando a FAPESP, em dezembro de 2015, aprovou em questão de dias aditivos para projetos em andamento – de forma que parte das atividades fosse redirecionada para responder questões emergenciais relacionadas com a epidemia de Zika (Leia mais em: agencia.fapesp.br/22671/) – criou uma reação em cadeia em outros agentes indutores de pesquisa no Brasil.

“A Capes [Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior] viu o que a FAPESP fez ao aprovar rapidamente os aditivos para projetos já vigentes, o que encurta muito a velocidade de indução, irrigando com recursos o que precisa ser irrigado, e está buscando agilizar o processo. O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) acompanhou esse processo e quer fazer o mesmo, em uma modalidade com financiamento fast track via FAPs [as fundações de amparo à pesquisa dos diversos estados] e via INCTs [Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia], ou seja, todos entenderam que não temos tempo a perder”, afirmou Zanotto.
Se ao final da experiência o saldo for positivo, avaliou o professor do ICB-USP, pode surgir uma nova modalidade na indução de ciência no Brasil: um modelo fast track para casos emergenciais, acelerando processos de pesquisa e desenvolvimento
“Quando temos problemas exponenciais, as respostas têm que ser exponenciais. E isso começou a ser bem entendido pelos gestores de ciência e saúde no Brasil”, disse.
Esse e outros temas relacionados aos crescentes casos de Zika e de microcefalia no Brasil foram comentados por Zanotto em entrevista à Agência FAPESP.

Agência FAPESP – Quais temas de pesquisa foram definidos como prioritários pela Rede Zika? 
Paolo Zanotto Temos uma visão parecida com a da União Europeia e do National Institutes of Health [NIH, principal órgão de pesquisa dos Estados Unidos]: o ponto crucial neste momento é criar ferramentas para diagnóstico rápido, capazes de discriminar o vírus Zika de outros arbovírus, como o da dengue. A parte de ácidos nucleicos [exames do tipo PCR, que identificam o DNA viral no sangue e servem para a fase aguda] está muito bem desenvolvida, mas precisamos de diagnósticos sorológicos [que identificam anticorpos contra o vírus mesmo após a fase aguda]. A segunda questão é entender essa relação do vírus com a microcefalia. São os dois temas fundamentais do ponto de vista da urgência. Depois há outros aspectos também importantes, como o desenvolvimento de uma vacina, estudos de entomologia, para entender a genética do mosquito e sua capacidade de infectar as pessoas. E tem a parte de controle biológico associado à entomologia. A BR3, uma empresa do Centro de Inovação, Empreendedorismo e Tecnologia (Cietec) da USP, vem trabalhando com o Bacillus thuringiensis (BTI), uma bactéria cujo esporo acumula quatro toxinas letais para o Aedes. Isso é conhecido desde os anos 1980, mas o grande problema era como fazer o esporo sobreviver no ambiente. A BR3 criou uma estrutura chamada bio-oca. É uma pastilha que quando jogada na água vai para o fundo do criadouro e forma uma espécie de iglu, que aos poucos libera os esporos. Com a quantidade correta de pastilhas, cerca de 50% das larvas do mosquito morrem nas primeiras cinco horas e, depois, o nível de letalidade de 100% é mantido por 120 dias. Mas a questão do controle biológico, inclusive a produção de mosquitos transgênicos, enfrenta um problema de escalonamento. Ainda não há capacidade de produzir o material em quantidade elevada para atender a demanda. Outra parte importante do trabalho da rede é acompanhar o espalhamento do vírus. Pretendemos isolar os vírus circulantes, sequenciar e depois estudar a distância evolutiva entre eles em uma árvore de família para saber de onde vêm. Tem ainda a parte de genética humana: investigar fatores que podem influenciar na gravidade da doença. E a última tarefa, que é crucial do ponto de vista de saúde pública, é o acompanhamento de coortes de caso-controle, ou seja, no momento em que é confirmada uma gestação, fazemos o teste para o vírus Zika e continuamos acompanhando a mãe e o feto para ver o que acontece. Isso está sendo feito em Jundiaí, São José do Rio Preto, Ribeirão Preto e aqui em São Paulo. À medida que alguma das gestantes é infectada, muda a forma de seguimento. Depois que tiver ocorrido alguns ciclos completos de gravidez nessas populações vamos começar a entender, por exemplo, qual é o risco de uma mãe infectada por Zika ter um filho com microcefalia. Pode haver influência genética ou de exposição a outros agentes durante a gravidez, outros vírus.


Agência FAPESP – A relação entre o vírus Zika e a microcefalia já está confirmada? Já se sabe como o vírus afeta o sistema nervoso? 
Zanotto O anúncio feito pela Organização Mundial da Saúde (OMS) sugeriu que o vírus é culpado até provado inocente. É um raciocínio extremamente racional, mas inverte a forma como a ciência funciona. Geralmente, tentamos estabelecer a relação causal para depois determinar o que acontece em nível do processo. O que estamos tentando fazer: pegar o vírus Zika, jogar no sistema animal e mostrar que só com a exposição ao vírus ocorre desenvolvimento de doença equivalente à microcefalia. Depois infectamos células do sistema nervoso e avaliamos se o vírus sozinho causa um determinado tipo de morte celular. Em seguida, vamos destrinchando o problema e entendendo qual é o papel do Zika no tecido. A ciência progride assim. Mas, numa situação de risco, a gente tem de inverter um pouco as coisas. Quando há um problema em que a vida das pessoas está em risco é preciso tomar uma decisão de ação, assumir que o vírus é culpado até provado inocente. Há uma superposição espaço-temporal muito boa entre os casos da doença e, em seguida, os casos de microcefalia, tanto na Polinésia Francesa como no Brasil. No entanto, a presença do Zika no cérebro de um feto com microcefalia, abortado, foi demonstrada. 


Agência FAPESP – Os casos de microcefalia que estão sendo associados ao vírus Zika são semelhantes aos associados a citomegalovírus (CMV), sífilis e outras doenças? 
Zanotto Parece haver um padrão próprio do vírus Zika, com algumas características semelhantes à da infecção por parvovírus B19 [causador de virose conhecida como eritema infeccioso], como as calcificações no tecido. Também há fatores semelhantes aos já observados na infecção por CMV, como a liquefação do tecido nervoso ocorrendo tardiamente na gravidez. Por volta do sétimo, oitavo mês, ocorre uma aparente destruição do tecido nervoso. O córtex, a parte de cima do cérebro, praticamente desaparece. Nos casos que estamos acompanhando, comprovamos que não houve infecção por CMV. Levamos em consideração todos os fatores de risco para malformação congênita.


Agência FAPESP – Crianças pequenas também são suscetíveis a danos neurológicos se infectadas? 
Zanotto  Não há evidência nesse sentido. Mas é preciso ficar atento, pois existe sempre o fator demográfico. À medida que mais pessoas são infectadas, manifestações severas começam a ser observadas. Não posso dizer com certeza que “não”.


Agência FAPESP – Existe um período gestacional em que a infecção pode ser mais prejudicial? 
Zanotto  Tenho conversado com pediatras e obstetras no Recife e parece haver certas fases críticas de desenvolvimento do cérebro. Por volta de 29 semanas, as células progenitoras de neurônios começam a se diferenciar em neurônios de forma muito rápida e esses neurônios começam a construir sinapses com outros neurônios. Ao mesmo tempo, os neurônios que não estão fazendo sinapses começam a sofrer apoptose [morte celular programada]. Estamos deduzindo, pelas observações de múltiplos casos, que essa semana 29 é importante. Isso precisa ser estudado com mais detalhes para saber qual é a janela de tempo que temos para entrar com uma terapia, por exemplo. Inicialmente, tínhamos a ideia de que talvez um evento que acontecesse no primeiro trimestre da gestação fosse mais perigoso. Depois, começamos a observar relatos de pessoas que faziam o exame morfométrico no sexto ou sétimo mês e a criança aparentemente não tinha problema. De repente, o cérebro literalmente se desmanchava. Sabemos também que a pessoa pode ter sido infectada no primeiro trimestre da gravidez e a complicação fetal surgir bem mais tarde. Precisamos entender como ocorre esse dano tardio.


Agência FAPESP – O senhor acredita haver alguma relação entre a microcefalia e a vacina contra rubéola ou entre o surto de Zika com os mosquitos transgênicos como tem sido aventado em redes sociais? 
Zanotto  O surto de Zika associado ao mosquito transgênico é uma fábula interessante, porque há alguma relação com uma pseudociência, mas vale ressaltar que o mosquito transgênico é macho e o macho não é portador do vírus e não infecta ninguém, pois ele não pica e se alimenta apenas em flores. Portanto, não faz sentido. O segundo aspecto também é falso, porque desconsidera completamente certos aspectos fundamentais em epidemiologia. Há uma questão espaço-temporal importante que precisa ser observada. Os lotes de vacina usados na Polinésia Francesa e no Brasil não foram os mesmos. E no Brasil, no caso de microcefalia registrado em São Paulo, há o histórico da paciente, que foi atendida na mesma Unidade Básica de Saúde (UBS) desde o seu nascimento, ou seja, sabemos quais vacinas lhe foram aplicadas e quando. No caso de surtos de dengue, por exemplo, há um espalhamento em gradiente. Para haver relação com a vacina, o mesmo lote tem que ser repassado de Pernambuco para Sergipe, Bahia, até São Paulo, da mesma maneira como os casos estão sendo registrados, e isso não está acontecendo desse modo. Se olharmos o padrão de microcefalia e ou síndrome de Guillain-Barré na Nova Caledônia, na Polinésia Francesa e no Brasil, os registros são de espalhamento viral. É questão de usar bom senso e ter mecanismos para poder argumentar de forma lúcida sobre esses aspectos.


Agência FAPESP – O que já se sabe sobre outras possíveis formas de contágio além da picada de mosquitos do gênero Aedes? 
Zanotto Já existem dois casos identificados de transmissão por transfusão de sangue em Campinas. Na saliva, conseguimos detectar o vírus mais facilmente que no sangue. Na urina ele persiste mais tempo que no sangue. Mas casos de transmissão por essas vias ainda não foram confirmados. Existem três casos fortemente associados com transmissão sexual. São pessoas que viajaram para países onde há casos de Zika, manifestaram os sintomas quando regressaram ao país de origem, no qual não há o vetor, e infectaram o cônjuge. Então pode sim haver transmissão sexual. Mas a gente tem que tentar entender qual é a importância disso do ponto de vista epidemiológico. Se for um fator importante muda completamente o cenário. Mas também pode ser uma exceção, algo sem muito impacto na dinâmica de espalhamento.


Agência FAPESP – O senhor acredita que a realização dos Jogos Olímpicos no Brasil pode contribuir para disseminação do vírus pelo mundo? 
Zanotto  Tenho um pensamento ambíguo em relação a isso. Assim como a Copa do Mundo, a Olimpíada acontece no inverno e, em temperaturas mais baixas, os vetores têm dificuldade para manter populações suficientes para sustentar surtos. Claro que isso não vale para os estados do Nordeste e Norte, onde não há essa limitação climática. O número de picadas que a pessoa recebe no inverno também é muito mais baixo do que no verão e isso está diretamente relacionado com a probabilidade de infecção. Mas, por causa do fenômeno El Niño, estamos em um ano atípico, com muita precipitação, muita flutuação de temperatura. Esse é um fator que precisa ser considerado. Há outra questão importantíssima que é saber quais vetores o vírus está usando no país, se é apenas o Aedes aegypti ou também o A. albopictus ou outras espécies de mosquitos. Esses estudos começaram há pouco tempo.


Agência FAPESP – Já há alguma evidência que mostre que o pernilongo ou algum outro inseto podem transmitir o vírus Zika? 
Zanotto  Na árvore de família dos flavivírus tem um grupo que é vetorado pelo Culex [gênero ao qual pertence o pernilongo], como o vírus da encefalite japonesa, o vírus do Oeste do Nilo e o vírus da encefalite de São Luís. Em outro braço da família estão os vírus associados ao Aedes, como os causadores de Zika, dengue e febre amarela. No caso da dengue, não há evidência de transmissão por Culex, então eu não esperaria que fosse um problema no caso do Zika. Mas é preciso testar. Já o A. albopictuspode ser problemático. É uma das grandes preocupações dos países do hemisfério norte. Ele poderia espalhar o vírus em toda a região continental americana e entrar acima dos Pirineus e dos Alpes na Europa.


Agência FAPESP – Por que o calor favorece os surtos de dengue, Zika e outras arboviroses? 
Zanotto O metabolismo do Aedes se acelera à medida que a temperatura ambiente sobe. Um aumento de 5 graus Celsius pode dobrar a velocidade de replicação do mosquito e fazer com que ele produza mais vírus em um menor tempo. Mas o vírus Zika é uma zoonose com comportamento atípico. No Senegal, tem sido observada sua presença ao longo de todo o ano desde a década passada. Na África, está sendo investigado qual é esse mecanismo de manutenção. Pode ser a transmissão vertical [quando a fêmea do mosquito põe ovos já infectados com o vírus] ou a presença de reservatórios virais com ciclos de reprodução mais rápidos, que não estão sendo detectados. Na África, há várias espécies de Aedes infectadas com o vírus Zika e percebemos que o patógeno se adapta rapidamente a cada vetor. É um vírus extremamente plástico, com capacidade adaptativa adequada para se tornar pandêmico.


Agência FAPESP – O Brasil hoje tem condições para controlar o Aedes? 
Zanotto  O ministro da Saúde foi criticado por dizer que o Brasil está perdendo a guerra contra o Aedes, mas, na verdade, o mundo está perdendo essa guerra. Se olharmos o espalhamento do mosquito no globo, percebemos que ele conquistou toda a parte equatorial e tropical do planeta. Isso é um problema mundial, incluindo os países mais avançados. Talvez se possa pensar na eliminação do vetor, mas o mais adequado seria pensar no controle em locais onde seja possível diminuir significativamente a infestação, porque a diminuição significa número menor de surtos. Isso aconteceu, por exemplo, no Guarujá, em 2013, quando encontramos focos e fizemos intervenções, colapsando o surto causado pelo vírus dengue do sorotipo 4. Existem maneiras de se fazer intervenção em tempo real, detectar as pessoas virêmicas, incluindo sua localização espacial, criando mecanismos de ação localizados. É caro, mas é mais caro não fazer isso. Então existem mecanismos que podem ser feitos localmente, mas envolvendo a iniciativa privada, a academia, o governo e a sociedade.


Agência FAPESP – Além dos quatro vírus mais associados ao Aedes, há possibilidade de transmissão de outros, como o Mayaro e o Oropouche? 
Zanotto Sim, são vírus que estão no Brasil e têm um espalhamento razoável. Ao todo, são dois milhões de tipos de febres que ocorrem na região da Amazônia e não estão esclarecidos. A quantidade de agentes é gigantesca. O Aedes e sua proximidade com os demais vírus originários da África pode nos levar a ter que lidar no futuro com uma lista imensa de vírus, alguns deles extremamente perigosos. Atualmente, esses vírus já são bastante estudados. Nossa experiência com o Zika vai ser útil para pesquisas a serem desenvolvidas como parte de um convênio entre a USP, a Fiocruz e o Instituto Pasteur, que já tem inclusive uma área alocada na USP de São Paulo. Uma das atuações que teremos com o grupo com o qual colaboramos na África será começar, de forma proativa, a ter plataformas montadas de detecção molecular e sorológica desses vírus no Brasil. Se tivéssemos nos preparado para o Zika há dez anos, talvez a história fosse diferente. Precisamos aprender com essa situação. Esse momento nos fez mudar o entendimento sobre a importância de acompanhar os vírus de forma proativa, mesmo que eles não estejam no Brasil.


Agência FAPESP – No caso do chikungunya, que já provocou morte no Brasil, há possibilidade de um surto grande como o do Zika? 
Zanotto Para o vírus da febre chikungunya, por exemplo, já estávamos mais preparados do que para o Zika. Existem métodos comerciais de detecção disponíveis. Parte disso é porque as manifestações desse vírus são muito mais severas. Há sete meses, acreditava-se que o Zika não seria um problema, pois a maior parte dos casos é assintomática. Mas a microcefalia mudou totalmente o patamar de gravidade desse agente. Sabemos de interações entre chikungunya e Zika, de cocirculação e sobreposição em várias partes da Ásia e do Pacífico, então é preciso entender melhor isso.


Agência FAPESP – Se a maior parte das manifestações de Zika não é percebida, como uma mulher grávida pode lidar com essas informações? É possível pensar em um teste já no pré-natal? 
Zanotto  Nesse momento, temos um pedaço da proteína do vírus que é útil para discriminar o Zika dos outros flavivírus. Esse material está chegando agora da África e sendo sintetizado pelo prof. Luis Carlos Ferreira, no ICB da USP, que está iniciando a produção de proteínas em bactérias para testar a reação do soro de nossos pacientes infectados por Zika. Se tudo funcionar bem, poderemos ter, em breve, um sistema para teste imunológico rápido. E isso pode ser extremamente importante, pois a mãe, no acompanhamento, poderá saber se já foi infectada algum dia por Zika. O cenário confuso gradualmente vai se dissipando, porque temos conseguido avançar rapidamente no estado, inclusive com bancos de sangue já reportando a presença de vírus (Leia mais em: agencia.fapesp.br/ 22657/). Enquanto não temos um ensaio simples e rápido que discrimine o Zika de outros arbovírus, somos obrigados a usar um teste mais demorado e soroneutralização, no qual infectamos as células com os vírus junto com soro de pacientes que, se neutralizarem a infecção, indicam que eles foram infectados por Zika. Temos feito muitas confirmações em termos acadêmicos, mas ainda não podemos fazer isso em massa para a população. Por isso, a chegada desses peptídeos e sua produção na USP pode nos ajudar a criar testes diagnósticos rápidos para todos.


Agência FAPESP – A visibilidade que essa questão dá aos atores envolvidos propicia uma projeção internacional à pesquisa brasileira? 
Zanotto  Há duas maneiras de medir esse avanço. Uma é a produção científica, que depende de acesso a materiais e recursos, inclusive físicos, para desenvolver os trabalhos. Há dificuldades, mas estamos nos organizando. A Anvisa [Agência Nacional de Vigilância Sanitária] está auxiliando, facilitando a entrada de recursos e de materiais, como reagentes, que está funcionando bem. Temos um potencial enorme de geração de ciência no Estado de São Paulo. Por outro lado, tem um segundo componente crucial, que é o controle da epidemia. O fato de estarmos gerando esses dois componentes, conhecimento científico e controle, é importante. O Brasil vai dar uma grande contribuição, até porque é aqui que temos a maior quantidade de casos. Percebo, atualmente, pelas várias propostas que estão surgindo, as modalidades de interação, de financiamento da comunidade europeia, financiamento no NIH, que estão levando em consideração esse aspecto de que eles têm parceiros aqui, o que é muito bom para todos. No nosso caso, a postura é a de parceria, colaboração. A comunidade científica brasileira é desenvolvida e tem capacidade de lidar bem com isso, dadas as circunstâncias de uma boa estrutura, com a academia funcionando, bom financiamento, boas articulações entre as instituições para um trabalho em rede, e boas articulações internacionais, que são necessárias até pela velocidade de evolução de certas soluções fundamentais.


Agência FAPESP – O que tem sido feito para acelerar os estudos relacionados à epidemia de Zika? 
Zanotto  Estamos acompanhando alguns casos de microcefalia em São Paulo e pretendemos desenvolver pesquisa básica totalmente inserida num contexto de utilidade pública quase que imediata. Qualquer coisa encontrada, potencialmente útil, deve ser disponibilizada, pois pode ter repercussão no diagnóstico, no acompanhamento das mães. Nesse sentido, a Capes viu o que a FAPESP fez ao aprovar rapidamente aditivos para projetos já vigentes, o que encurta muito a velocidade de indução, irrigando com recursos o que precisa ser irrigado, e está buscando agilizar o processo. O Ministério da Ciência Tecnologia e Inovação acompanhou esse processo e quer fazer o mesmo em uma modalidade com financiamento via FAPs e INCTs, ou seja, todos entenderam que não temos tempo a perder. Se fôssemos fazer os trâmites nos prazos convencionais, não teríamos tempo. A Capes está atenta a isso e quer tentar uma modalidade de fast track. A FAPESP fez isso e causou uma reação em cadeia em outros agentes indutores da pesquisa no Brasil. Isso é muito importante, pois criou mecanismos de agilização. Se isso tudo funcionar e tivermos no final dessa experiência um resultado positivo, podemos estar criando uma nova modalidade de atuação na indução de ciência no Brasil. Porque quando temos problemas exponenciais, as respostas têm que ser exponenciais. E isso começou a ser bem entendido pelos gestores de ciência e saúde no Brasil. 


Karina Toledo e Samuel Antenor Agência FAPESP

Pesquisadores criam método que permite detectar o zika em sangue de transfusão

Esta é mais uma inovação entre as inúmeras que vem surgindo sobre métodos de detecção do zika vírus

Pesquisadores criam método que permite detectar o zika em sangue de transfusão. Esta é mais uma inovação entre as inúmeras que vem surgindo sobre métodos de detecção do zika vírus.

Sobre o assunto, o Revista Brasília conversou com o pesquisador da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e chefe do Departamento de Biologia Molecular da Fundação Pró-Sangue - Hemocentro, professor José Eduardo Levi, para explicar sobre as propostas deste novo método.

Segundo o pesquisador, o objetivo é selecionar algumas bolsas de sangue destinadas a grávidas ou para procedimentos muitos raros. Esses dois grupos que são de um número muito pequeno de pessoas, foi usado como medida de precaução para testes de apenas sangue negativo. Os pesquisadores acharam que não seria boa ideia usar todas as bolsas de sangue, porque, além de parecer algo perigoso, não se tem nenhuma indicação de que o zika seja patogênico numa transfusão de sangue.

A proposta foi fazer um teste para ser usado em um número pequeno de bolsas de sangue, ou seja, 0,16% do estoque do banco de sangue. No caso da Zika, só existem dois casos descritos até hoje no mundo de transmissão de contágio por transfusão. Num dos casos, a pessoa faleceu. No outro, mesmo recebendo sangue contaminado pelo vírus a pessoa não teve nenhum tipo de sintoma da doença.


Dênio Simões/Agência Brasília

Diretoria da Anvisa faz terceira reunião pública do ano, dia 18 de fevereiro, às 10h, sede da Anvisa

http://portal.anvisa.gov.br/wps/wcm/connect/5e5067804bb508869071baeb584405a8/fachada+pequena.png?MOD=AJPERES&CACHEID=5e5067804bb508869071baeb584405a8A Diretoria Colegiada da Anvisa fará, nesta quinta-feira (18/02), a 3ª Reunião Ordinária Pública de 2016. Na ocasião, será analisada a proposta de alteração da Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) n° 55/2008, que trata dos requisitos de segurança e eficácia para registro de produtos usados em tatuagem.  A reunião será transmitida ao vivo, a partir das 10 horas. (Acesso disponível apenas por meio do Internet Explorer)

A pauta prevê, também, a análise de sete propostas de iniciativa, conforme transcrito abaixo, e o julgamento de dezenas de recursos administrativos interpostos pelo setor regulado em assuntos como cosméticos, medicamentos, saneantes e produtos para a saúde.
O encontro ocorre a partir das 10h, na sala de reuniões da Diretoria Colegiada da Agência.
Serviço: Reunião Ordinária Pública 3/2016
Data: 18.2.2016
Horário: 10h
Local: Sala de Reuniões da Diretoria Colegiada – Térreo do Bloco E, na Sede da Anvisa (Setor de Indústria e Abastecimento – SIA – Trecho 5 Área Especial 57 – Brasília/DF)

Clique aqui para assistir à reunião. (Acesso disponível apenas por meio do Internet Explorer)


DIRETORIA COLEGIADA – DICOL
REUNIÃO ORDINÁRIA PÚBLICA
ROP 003/2016
PAUTA DE REUNIÃO
O Diretor-Presidente Substituto da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, no uso das atribuições que lhe conferem o Decreto de nomeação de 29 de julho de 2013, da Presidenta da República, publicado no Diário Oficial da União de 30 de julho de 2013, a Portaria GM/MS 487, de 24 de abril de 2015, publicada no DOU de 27 de abril de 2015 e tendo e em vista o disposto art. 12 da RDC 61, de 3 de fevereiro de 2016, publicada no DOU de 5 de fevereiro de 2016, e da RDC 46, de 22 de outubro de 2015, publicada no DOU de 23 de outubro de 2015 e de acordo com a Portaria 616, de 24 de abril de 2012, convoca a Diretoria Colegiada para Reunião Ordinária Pública:
Data: 18.02.2015
Horário: 10h00
Local: Sala de Reuniões da Diretoria Colegiada - Térreo, Bloco e , Sede da Anvisa: Setor de Indústria e Abastecimento (SIA) trecho 5, área especial nº. 57– Brasília/DF
Apreciação de recursos em sigilo: os procedimentos estão indicados nos itens “c; d; e” do campo “observações” ao final da pauta.
Sustentação e manifestação oral: os procedimentos para solicitação estão definidos nos itens “c; d; e” do campo “observações” ao final da pauta.
I. ASSUNTOS PARA DISCUSSÃO e INFORMES: Não há item a deliberar
II. ASSUNTOS DELIBERATIVOS de REGULAÇÃO
2.1. Proposta de Iniciativa:
2.1.1
Relator: Fernando Mendes Garcia Neto
Processo: 25351.837260/2016-43
Expediente: 206776/16-5
Proposta de Iniciativa que trata de proposta de Instrução Normativa que dispõe sobre os procedimentos de inspeção em boas práticas clínicas – dispositivos médicos.
Área: GGTPS
2.1.2
Relator: Fernando Mendes Garcia Neto
Processo: 25351.795967/2016-61
Expediente: 138376/16-1
Proposta de Iniciativa que trata da alteração da Resolução RDC 72/2009 que dispõe sobre o regulamento técnico que visa a promoção da saúde nos portos de controle sanitário instalados em território nacional, embarcações que eles transitem.
Área: Supaf
2.1.3
Relator: Fernando Mendes Garcia Neto
Processo: 25351.543238/2015-95
Expediente: 790181/15-0
Proposta de Iniciativa que trata da revisão da Instrução Normativa 3/2009 que dispõe sobre a atualização do anexo I da RDC 199/2006 com a Lista padronizada de medicamentos sujeitos a notificação simplificada e dá outras providências.
Área: Sumed
2.1.4
Relator: Fernando Mendes Garcia Neto
Processo: 25351.799162/2016-59
Expediente: 142862/16-4
Proposta de Iniciativa que trata do processo de elaboração de regulamentação sobre comunicação de roubo, furto ou extravio de produtos sujeitos a vigilância
sanitária.
Área: GGFIS
2.1.5
Relator: Fernando Mendes Garcia Neto
Processo: 25351.613218/2015-64
Expediente: 879098/15-1
Proposta de Iniciativa sobre minuta de Instrução Normativa que dispõe sobre os procedimentos de apresentação de documentos para comprovação de porte econômico de empresas para concessão de redução dos valores da Taxa de Fiscalização de Vigilância Sanitária - TFVS.
Área: GGGAF
2.1.6
Relator: Fernando Mendes Garcia Neto
Processo: 25351.389915/2013-14
Expediente: 0549103/13-7
Proposta de Iniciativa sobre proposta de RDC para instruir o peticionamento eletrônico para a importação de bens e produtos de controle sanitário.
Área: Supaf
2.1.7
Relator: Fernando Mendes Garcia Neto
Processo: 25351.778406/2014-74
Expediente: 145575/14-3
Proposta de Iniciativa sobre proposta de Instrução Normativa para procedimentos de inspeção em boas práticas clínicas em centros de pesquisa.
Área: Sumed
2.2. Proposta de Consulta Pública: Não há item a deliberar.
2.3. Proposta de Resolução da Diretoria Colegiada (RDC):
2.3.1
Relator: Renato Alencar Porto
Processo: 25351.750067/2014-98
Expediente: 103644/14-1
Proposta de RDC para alteração da RDC 55/2008 quanto aos requisitos de segurança e eficácia para registro de produtos implantáveis para pigmentação artificial permanente da pele.
Área: GGTPS

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