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sexta-feira, 10 de junho de 2016

MS / DstAids pública relação das entidades autorizadas a realizar o teste rápido HIV com fluido oral

O Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde publicou a lista das Organizações da Sociedade Civil (OSC) aprovadas para realização de testagem rápida do HIV com fluido oral entre as populações-chave. 

Foram classificados 51 projetos de 19 estados e do Distrito Federal. Paraná e Rio Grande do Sul foram os estados com maior número de projetos aprovados, com seis cada.

Os projetos serão executados em parceria com as OSC para realização de ações de testagem e prevenção, com enfoque na ampliação do diagnóstico, por meio da realização de testagem voluntária e oportuna do HIV. 

A testagem utilizará o teste rápido por amostra de fluido oral em populações-chave: gays e outros homens que fazem sexo com homens, profissionais do sexo, pessoas que usam álcool e outras drogas, travestis e transexuais e jovens de 15 a 24 anos em situação de maior vulnerabilidade, prioritariamente, incluídos nas populações acima citadas.

Confira o edital.

O Susp funcionaria nos moldes do Sistema Único de Saúde (SUS)


Policiais apontam falhas no projeto que cria o Sistema Único de Segurança Pública

    Lucio Bernardo Jr. / Câmara dos Deputados

De acordo com o projeto enviado pelo Executivo, o Susp teria coordenação entre as polícias Federal, Rodoviária, Ferroviária, Civil e Militar, além do Corpo de Bombeiro Militar e da Força Nacional de Segurança

Autoridades da área policial apontaram falhas no projeto de lei que cria o Sistema Único de Segurança Pública (Susp). Eles discutiram o tema nesta quarta-feira (8), na Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados que analisa a matéria.

De acordo com o projeto enviado pelo Executivo (PL 3734/12), o Susp funcionaria nos moldes do Sistema Único de Saúde (SUS) e teria como um de seus pilares a coordenação entre as polícias Federal, Rodoviária, Ferroviária, Civil e Militar, além do Corpo de Bombeiro Militar e da Força Nacional de Segurança.

Para o delegado da Diretoria de Combate ao Crime Organizado da Polícia Federal, Franco Perazzoni, o projeto é uma “carta de intenções”, sem impacto na realidade.

Segundo Perazzoni, entre outras fragilidades, o texto deixa de prever a atuação de peritos e do Poder Judiciário na solução de crimes. "Nós não podemos pensar em um sistema único de segurança pública que integre os boletins de ocorrência, que busque a integração entre as polícias judiciárias, mas não percebe a parte da criminalística, não percebe o papel do Poder Judiciário”, disse.

    Lucio Bernardo Jr. / Câmara dos Deputados
 Franco Perazzoni: o projeto é uma “carta de intenções”, sem impacto na realidade

Na opinião do delegado, o modelo contribui para a repetição da falácia de que a polícia é a única responsável pelo pouco tempo que os acusados passam na prisão, “dizem: investigamos mal, não é assim."

Previsão orçamentária
Já para o representante da Secretaria Nacional de Segurança Pública, Rogério Carneiro, sem previsão orçamentária o projeto é inócuo. Segundo ele, o problema de financiamento é maior nos municípios: "Avaliamos projetos em torno de R$ 9 milhões, mas somente R$ 6 milhões são aprovados. E desses R$ 6 milhões que são aprovados, somente 70% foram executados”, disse.

O representante da Associação Brasileira de Criminalística, Bruno Teles, por sua vez, cobrou a fiscalização do Ministério da Justiça sobre a aplicação dos recursos, o que contribui para mapear gargalos na política pública em estados de alta criminalidade. “Em Alagoas, nas celas das delegacias, havia inquéritos empilhados que nunca foram tocados. Por diversas vezes, só de ler, o relatório do policial miliar, você já tem a autoria apontada”, observou.

    Lucio Bernardo Jr. / Câmara dos Deputados

Subtenente Gonzaga: a Força Nacional de Segurança Pública é a demonstração clara da impossibilidade de o governo dar uma orientação às polícias estaduais

Força Nacional
O deputado Subtenente Gonzaga (PDT-MG), que solicitou o debate, disse que a existência de uma Força Nacional de Segurança Pública é “demonstração clara da impossibilidade de o governo federal, por meio do Ministério da Justiça, dar uma orientação para as polícias estaduais”, apontou.

A Força Nacional de Segurança, conforme o projeto, atuaria na intervenção federal, no estado de defesa ou de sítio, antes das Forças Armadas; em eventos de interesse e de repercussão nacional; e em apoio a entidades federais nos estados.

O deputado Aluísio Mendes (PTN-MA), por sua vez, criticou os gastos da União com o envio da Força Nacional. Ele lembrou que, para controlar uma série de ataques criminosos a ônibus, o Maranhão teria recebido o reforço de 126 policiais, o equivalente a 1% do efetivo do estado. “O gasto foi o de um ano no pagamento de diárias aos policiais locais”, reclamou.

Na visão do representante da Confederação Brasileira de Trabalhadores Policiais Civis (Cobrapol), Jânio Bosco Gandra, a Força Nacional também é dispensável. "Basta compor através de uma força tarefa: convocam-se policiais federais, policiais rodoviários federais, que também fazem parte da União e também os policiais estaduais que estão nas regiões”, disse.

Coube ao delegado Franco Perazzoni defender a atuação da Força Nacional de Segurança, em situações críticas, como no controle de ondas de crimes violentos em Alagoas, em 2012. Segundo ele, a atuação dos policiais contribuiu para a redução da taxa de homicídios em Maceió e Arapiraca. “A diferença é que a Força tem um policial motivado, escolhido por ótimo comportamento, e bem remunerado”, disse.

O projeto já foi aprovado pela Comissão de Educação da Câmara dos Deputados e agora está em tramitação no colegiado, onde o relator, deputado Pauderney Avelino (DEM-AM), que apresentou parecer favorável à proposta.

ÍNTEGRA DA PROPOSTA:
Reportagem - Emanuelle Brasil
Edição - Regina Céli Assumpção

quinta-feira, 9 de junho de 2016

Peru aciona plano de emergência sanitária após 91 casos de zika


Lima, 9 Jun 2016 (AFP) - O Peru acionou nesta quinta-feira um comitê de emergência sanitária para evitar a propagação do vírus da zika no seu território, após registrar 91 casos no país - 77 autóctones e 14 importados, informou o Ministério da Saúde.

O vírus foi detectado em localidades do norte - a província de Jaén, no departamento de Cajamarca; Yurimaguas, em Amazonas; Zarumilla, em Tumbes; e Tocache, em San Martín - e do oeste - na cidade de Pucallpa, em Ucayalí. Do total de casos, 34 são de mulheres grávidas.

O zika vírus, transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, se propagou rapidamente pela América Latina desde 2015.

O vírus, que também pode ser transmitido por contato sexual, pode causar microcefalia em fetos - malformação grave que prejudica o desenvolvimento - e problemas neurológicos em adultos, como a síndrome de Guillain-Barré, que causa paralisia e pode levar à morte.

"Em todas as regiões foram tomadas ações de prevenção e controle, temos um plano de preparação de resposta que consiste na emissão de alertas e na instalação do centro de operações de emergência", disse em uma coletiva de imprensa o vice-ministro da Saúde, Percy Minaya.

A vigilância será reforçada com ovitrampas - armadilhas para evitar a proliferação do mosquito - e com a instalação de um cerco epidemiológico.

O primeiro caso de infecção pelo zika no país foi registrado em 29 de janeiro deste ano em um cidadão venezuelano que tinha estado na Venezuela e na Colômbia antes de regressar ao Peru, onde mora. Desde então, os casos tinham sido esporádicos e, em sua maioria, importados.

O Peru mantém uma vigilância estrita da presença do Aedes aegypti em 392 distritos onde existem antecedentes de dengue, também transmitida pelo mosquito.

OMS recomenda oficialmente que mulheres em locais de surto adiem gravidez

Genebra - A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que casais que vivem em locais com o surto do zika vírus adiem uma gravidez. Para os estrangeiros ou mesmo moradores locais que apresentaram algum sintoma, a sugestão publicada pela entidade é de que esperem pelo menos seis meses para iniciar uma gravidez. 
Conforme o jornal O Estado de S. Paulo havia publicado há dez dias, um primeiro alerta já havia sido publicado no final de maio pela entidade. Mas, desta vez, a OMS optou por fazer uma diferenciação maior entre estrangeiros que visitam locais com o surto e as mulheres vivendo em zonas com a presença do mosquito. 
"Nossa sugestão é de que pessoas em locais com surto adiem ou considerem adiar uma gravidez", disse Christian Lindmeier, porta-voz da OMS. Para a entidade, mulheres nesses países devem ter acesso a informação e medidas de prevenção, como preservativos. A recomendação deixa claro também que, por enquanto, não existe uma outra alternativa para se proteger e que, para a população em locais com a presença do mosquito, a melhor forma de evitar a má-formação é mesmo evitar uma gravidez. 
Alertando para o fato de que a transmissão sexual do vírus é mais importante que se imaginava, a OMS decidiu duplicar os prazos de espera para mulheres que queiram engravidar. Pela primeira vez, calendários são recomendados a diferentes grupos de risco e a entidade deixa claro que a proliferação do vírus em relações sexuais é "mais comum que previamente assumido". 
A orientação está sendo feita depois que novos estudos realizados pela entidade e cientistas apontaram que o vírus tem um período maior de permanência no sêmen, além do que se previa. Alguns estudos chegaram a indicar que a carga do vírus em um sêmen é 100 mil vezes maior que no sangue e ele pode permanecer ativo por 14 dias. Num do estudos, um homem que deixou as Ilhas Cook para o Reino Unido registrou a presença do zika vírus em seu sêmen 62 dias depois do início dos sintomas.
No total, dez países já registraram essa transmissão, entre eles EUA, França, Itália e treze casos na Alemanha.

TSE divulga lista de gestores públicos com contas irregulares


O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) recebeu nesta quinta-feira a lista com 6.738 gestores públicos que tiveram suas contas julgadas irregulares e podem ser julgados inelegíveis nas próximas eleições.

A partir dessa lista, os partidos políticos, as coligações e os próprios candidatos poderão propor ação de inelegibilidade contra possíveis candidatos nas eleições deste ano.

Os gestores são das três esferas da administração: federal, estadual e municipal. Eles tiveram suas contas reprovadas pelo TCU em 10.411 processos, uma vez que parte deles acumula mais de uma condenação. A lista leva em consideração os processos dos últimos oito anos.

A Lei da Ficha Limpa prevê que são inelegíveis por oito anos gestores com contas rejeitadas por irregularidade insanável em que tenha havido dolo (intenção) e em processos onde não couber mais recurso. Estão nesta lista, por exemplo, gestores que omitiram informação na prestação de contas, desrespeitaram normas ou causaram danos ao estado.

A entrega da lista foi feita pelo presidente do TCU, ministro Aroldo Cedraz, ao presidente do TSE, ministro Gilmar Mendes.

Cientistas descobrem método promissor para armazenar CO2


Washington, 9 Jun 2016 (AFP) - Pela primeira vez, cientistas conseguiram injetar com sucesso dióxido de carbono (CO2) no solo de basalto vulcânico e solidificá-lo, oferecendo uma solução promissora para o armazenamento deste gás de efeito estufa vinculado ao aquecimento global, segundo um estudo publicado na quinta-feira na revista americana Science.

Os cientistas conseguiram bombear emissões de carbono para dentro da terra e transformar o gás em sólido para armazenamento em alguns meses - radicalmente mais rápido do que as previsões anteriores, que sugeriram que o processo poderia demorar centenas ou inclusive milhares de anos para ser concluído.

Nova edição da Revista Visa em Debate está disponível online

Já está disponível o volume 4, número 2, de 2016, da revista eletrônica Vigilância Sanitária em Debate: Sociedade, Ciência & Tecnologia – Visa em Debate. A edição traz artigos e análises relacionados a inovação farmacêutica, nanotecnologia e controle de vetores, onde trata especificamente do mosquito Aedes aegypti.

O artigo de revisão intitulado Repelentes de mosquitos, eficácia para prevenção de doenças e segurança do uso na gravidez, desenvolve uma discussão sobre as evidências da segurança do uso desses produtos na gravidez e traz informações disponíveis sobre a eficácia dos repelentes mais comumente empregados.

A edição traz também um relato de experiência exitosa sobre o controle do Aedes aegypti, sem uso de veneno, no município de Pedra Branca, no sertão do Ceará. A experiência adquirida no município se contrapõe ao modelo hegemônico de controle vetorial químico e mostra a eficiência das ações de controle, destacando a articulação intersetorial e o envolvimento comunitário, bem como o compromisso dos gestores do município.

Outros assuntos abordados dizem respeito aos obstáculos que dificultam a inovação em instituições públicas da área farmacêutica no Brasil e a regulação das Nanotecnologias. Conheça a edição.

Fonte: INCQS/Fiocruz


Seminário internacional discute fluxo de recursos genéticos

Pesquisadores e especialistas do Brasil e de países europeus reunidos em Brasília para debater formas de aprimorar e facilitar o envio, remessa e transporte internacional de amostras do patrimônio genético e melhorar a rastreabilidade de informações genéticas presentes em moléculas e substâncias retiradas de organismos. O workshop internacional Diálogo entre o Brasil e a União Europeia sobre o Protocolo de Nagoya – Construindo pontes para o intercâmbio de Recursos Genéticos teve início nesta terça (8/6) e termina na sexta-feira (10/6).

O evento é promovido pela Fundação Oswaldo Cruz, o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, o Ministério do Meio Ambiente e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).

Todos os integrantes da mesa de abertura destacaram a importância da parceria entre o Brasil e outros países da comunidade europeia para transporte e fluxo de materiais. A assessora da Vice-Presidência de Pesquisa e Laboratórios de Referência da Fiocruz, Manuela da Silva, ressaltou que é preciso unir forças com o intuito de trabalhar os procedimentos que envolvem o fluxo de materiais biológicos entre os países e tentar fazer com que o processo seja mais fluido, adaptando às legislações já existentes. Manuela da Silva falou também sobre a importante atuação da Fiocruz na área de saúde pública que inclui pesquisas e desenvolvimento tecnológico envolvendo patrimônio genético e conhecimento tradicional associado, além de atuar como provedora de recursos genéticos por meio de suas 30 coleções biológicas institucionais.

O chefe-geral da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, José Manoel Cabral, observou que é um tema extremamente importante e que é preciso construir pontes, estabelecer protocolos, regulamentos, em alguns casos, modificar a legislação para uma ação efetiva de coleta, caracterização e preservação dos recursos genéticos em benefício da sociedade e da humanidade.

Os recursos genéticos podem ser vegetais, sementes, animais bovinos, equinos, caprinos, suínos, ovinos e microrganismos, como vírus, bactérias, fungos e ácaros. “Para nós é de fundamental importância entender e passar a praticar essas convenções e o que está definido no Protocolo Nagoya, ao qual esperamos que o Brasil seja signatário em breve”, afirmou José Manoel Cabral.

O diretor do Departamento de Patrimônio Genético do Ministério do Meio Ambiente, Rafael Marques, explicou que as políticas públicas precisam de recursos financeiros e a repartição de benefícios é parte essencial desse processo. Marques lembrou que as pesquisas indicam que os países estão perdendo, todos os anos, patrimônio genético e biodiversidade. Espécies estão desaparecendo em uma velocidade muito maior do que a natural. Para ele, é importante que tenhamos a priorização de construção de pontes entre o Brasil e todos os países que quiserem ajudar a pesquisar a biodiversidade do país. Alerta que para que isso funcione bem, é preciso respeitar todas as regras e em especial aquelas que permitem repartir os benefícios, inclusive para financiar essas pesquisas.

O 1º conselheiro da delegação da União Europeia no Brasil, Rui Ludovino, falou sobre a parceria que existe desde 2007, com 36 diálogos políticos em todas as áreas: agricultura, questão sanitária, transporte, clima, meio ambiente e direitos humanos. Ele explicou que foi identificada a necessidade de um projeto que possibilite a implementação desses diálogos políticos com ações práticas. “O workshop vai gerar muitos frutos, trabalhos e resultados. A cooperação internacional nessas questões globais é essencial. A União Europeia está comprometida com esse trabalho e continuaremos a apoiar essas ações. ”

Participaram também da mesa abertura do workshop o representante da Coordenação-geral de Biodiversidade e Ecossistemas do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicação, Ricardo Melamed e a representante do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, Giovana Veloso. O evento continua até sexta-feira (10/6), com grupos de trabalho, palestras, painel e seminário para apresentação dos resultados.

Fonte: Fiocruz

Reunião de Alto Nível da ONU debate estratégias para resposta ao HIV, em Nova Iorque

Brasil vai apresentar os avanços nos últimos cinco anos e reafirmará os compromissos para o fim dos níveis epidêmicos de aids até 2030

Os compromissos políticos assumidos pelos países-membros da Organização das Nações Unidas (ONU) para atingir o fim dos níveis epidêmicos da aids até 2030 e os debates para acelerar a resposta ao HIV nos próximos cinco anos serão temas, a partir desta quarta-feira, 8, da High Level Meeting (Reunião de Alto Nível) da ONU, em Nova Iorque (EUA). O evento, que será realizado até sexta-feira, 10, terá a presença do presidente da Assembleia Geral das Nações Unidas, Mogens Lykketoft; do Secretário-Geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon; chefes dos Estados-Membros; funcionários de alto escalão; representantes de organizações internacionais; sociedade civil; e pessoas vivendo com HIV.

A Declaração Política sobre HIV/aids de 2011 é o documento base para a elaboração da nova Declaração Política que será acordada durante o encontro. O Brasil apresentará os avanços da resposta brasileira ao HIV nos últimos cinco anos e reafirmará os compromissos assumidos internacionalmente, tendo no horizonte as metas intermediárias para 2020 e o fim dos níveis epidêmicos de aids até 2030.

Na delegação brasileira que participará do evento estão três representantes do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde: a diretora Adele Benzaken; a chefe da Assessoria de Cooperação Internacional, Juliana Givisiez; e o técnico da Coordenação Geral de Prevenção e Articulação Social Diego Callisto.

A diretora do DDAHV, Adele Benzaken, ressalta a expectativa de atuar no evento tendo como foco as populações com maior risco de contrair HIV. “Esperamos que a declaração sirva de referência para lutar por melhorias no acesso a serviços e garantir direitos às pessoas marginalizadas e discriminadas, tais como as que estão vivendo com HIV, mulheres, jovens, negros, indígenas, crianças, adolescentes, homens gays, homens que fazem sexo com outros homens, profissionais do sexo, pessoas que usam drogas injetáveis, travestis, mulheres transexuais e pessoas privadas de liberdade”, afirma.

PROGRAMAÇÃO – Na sessão de abertura, será realizada a “plenária da Assembleia Geral da ONU: roteiro para o fim da aids”, com a participação do presidente da Assembleia Geral, Mogens Lykketoft; do Secretário-Geral da das Nações Unidas, Ban Ki-moon; do diretor executivo do Unaids, Michel Sidibé; do nomeado pela Força-Tarefa de stakeholders da Reunião de Alto Nível, Loyce Maturu (Zimbábue); e do neto de Nelson Mandela e ativista na resposta ao HIV Ndaba Mandela.

Em seguida, estão programados os painéis “A aids no âmbito dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável: aproveitando o fim da aids para a transformação social e o desenvolvimento sustentável” e “Financiamento e apoio para o fim da aids: a janela de oportunidade”.

Também serão realizados os eventos paralelos “Eliminando mortes por tuberculose entre pessoas vivendo com HIV: hora de agir”; “Garantindo uma resposta sustentável ao HIV em países de renda média; construção de parcerias para transições responsáveis”; “Proporcionando uma geração livre de aids”; “Não deixar ninguém para trás: os direitos e a saúde dos mais vulneráveis”; “Quebrando esquemas: serviços integrados para as meninas adolescentes e jovens mulheres”.

Assessoria de Comunicação
Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais


DDAHV anuncia resultado dos projetos aprovados para testagem por fluido oral em populações-chave

Foram aprovados 51 projetos de 18 estados e do Distrito Federal

O Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde publicou nesta terça-feira, 7, edital com lista das propostas das Organizações da Sociedade Civil (OSC) aprovadas para realização de testagem rápida do HIV com fluido oral entre as populações-chave. Foram classificados 51 projetos de 19 estados e do Distrito Federal. Paraná e Rio Grande do Sul foram os estados com maior número de projetos aprovados, com seis cada.

Os projetos serão executados em parceria com as OSC para realização de ações de testagem e prevenção, com enfoque na ampliação do diagnóstico, por meio da realização de testagem voluntária e oportuna do HIV. A testagem utilizará o teste rápido por amostra de fluido oral em populações-chave: gays e outros homens que fazem sexo com homens, profissionais do sexo, pessoas que usam álcool e outras drogas, travestis e transexuais e jovens de 15 a 24 anos em situação de maior vulnerabilidade, prioritariamente, incluídos nas populações acima citadas.

Confira o edital.

Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais


Uso de avião agrícola para combate à dengue encontra resistência no Ministério da Saúde

combate ao mosquito Aedes aegypti, causador da dengue, da Zika e da Chikungunya pode ter a aviação agrícola como aliada. Em audiência nesta quinta-feira (9) na Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA), representantes do Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola defenderam a aplicação aérea de inseticidas como uma das alternativas para tentar evitar uma nova epidemia de dengue. Mas a proposta de fazer o "fumacê aéreo" nas encontra resistência dentro do Ministério da Saúde.

Entre as vantagens do método, estão a velocidade do tratamento (mais de 400 hectares por hora), o efeito de choque sobre o mosquito adulto, o alcance em áreas que o "carro fumacê” não consegue atingir, uniformidade de deposição e o custo reduzido, de acordo com Júlio Augusto Kampf, vice-presidente do Sindag.
A proposta das empresas de aviação agrícola é escolher uma área piloto em uma região de epidemia da doença e, ali, utilizar um avião para aplicar o mesmo inseticida atualmente utilizado apenas por terra. A intenção é chegar a um protocolo de operações que garanta a segurança da população:
– Se estamos em guerra [contra o mosquito], vamos utilizar todas as ferramentas para diminuir a epidemia – disse Kampf.
O engenheiro agrônomo José Carlos Christofoletti registrou que o uso de aviões para combate a mosquitos é comum nos Estados Unidos e em diversos países da América Latina. No Brasil, a técnica também foi utilizada em 1975, quando  aviões agrícolas foram responsáveis pela eliminação dos focos de mosquitos Culex na região da Baixada Santista, em São Paulo.
A experiência de pulverização aérea realizada em 1975 não pode, no entanto, servir de parâmetro para determinar a segurança e a eficácia dessa prática de acordo com o Ministério da Saúde. A densidade demográfica e a organização das cidades eram diferentes segundo os argumentos. Além disso, o Aedes aegypti e o Culex têm características diversas, o que poria em xeque o efeito do método.
A coordenadora-geral dos Programas Nacionais de Controle da Dengue e da Malária da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde (MS), Ana Carolina Santelli, teme que a pulverização aérea de inseticidas para o controle de vetores cause doenças nos seres humanos. Ela defendeu o aprofundamento dos estudos antes que seja autorizada a realização de um projeto-piloto:
Na implantação de uma estratégia em saúde pública temos um rito a seguir. O primeiro rito a seguir é ver se funciona. O segundo é ver se é seguro – disse a representante do Ministério da Saúde.
“Se o Ministério da Saúde se baseia em eficácia, segurança e novas tecnologias, a pesquisa com a aviação agrícola deve ser considerada”,  disse o senador Ronaldo Caiado (DEM-GO) durante a reunião presidida pela senadora Ana Amélia (PP-RS). Para o senador, o  uso de aviação agrícola no combate ao mosquito da dengue e zika é uma medida necessária:
- As empresas de aviação agrícola colocam avião à disposição, piloto à disposição e a única coisa que se pede do Ministério da Saúde é controle se está sendo feito corretamente.  Por que não fazer isso no Nordeste onde temos três mil casos de microcefacelia? – questionou o senador.
Ao defender o início imediato do projeto-piloto, Waldemir Moka (PMDB-MS) ponderou que o governo não pode esperar o começo de uma nova epidemia para agir:
- O Ministério da Saúde tem que dar uma abertura para isso. O correto seria que lugares que têm infestação grande sejam consultados para fazer o projeto-piloto. Ninguém está defendendo fazer isso massivamente – observou.
Agência Senado

Comissão de Seguridade debate alterações no programa Saúde da Família

A Comissão de Seguridade Social e Família realiza audiência Pública, nesta quinta-feira (9), para debater a ampliação das possibilidades de composição das equipes de atenção básica, assim como o valor do incentivo referente ao acréscimo dos profissionais na equipe multiprofissional - Saúde Família.

O assunto está previsto nas Portarias 958 e 959, de 10 de maio de 2016, do Ministério da Saúde, que respectivamente altera o anexo I da Portaria 2.488/GM/MS, de 21 de outubro de 2011.

O debate foi solicitado pelos deputados Raimundo Gomes de Matos (PSDB-CE), Valtenir Pereira (PMDB-MT), Odorico Monteiro (PROS-CE), Jorge Solla (PT-BA), Carmem Zanotto (PPS-SC), Dr. João (PR-RJ), Alexandre Serfiotis (PMDB-RJ), Marx Beltrão (PMDB-AL), Geraldo Resende (PSDB-MS) e Zenaide Maia (PR-RN).

“As alterações previstas nessas portarias precisam ser amplamente debatidas nesta comissão, com o objetivo de definirmos com clareza as funções da equipe multiprofissional que integra o programa Saúde da Família”, justificou Gomes de Matos ao pedir o debate.

Segundo o deputado Valtenir Pereira, as alterações previstas nas portarias “traz consequências nefastas à Política Nacional de Atenção Básica (PNAB), aos agentes comunitários de saúde e à própria sociedade, em especial os mais humildes.

Já o deputado Odorico Monteiro destacou a presença de agentes comunitários de saúde na reunião da Comissão de Seguridade Social e Família no último dia 18, em que estava prevista a participação do Ministro da Saúde, deputado Ricardo Barros. “Na ocasião, foi entregue aos deputados documento assinado por dirigentes da CNACS, manifestando contrariedade e preocupação com a publicação das portarias do Ministério da Saúde de 958/2016”, lembrou.

Convidados
Foram convidados para o debate o presidente do Conselho Nacional de Saúde (CNS), Ronald Ferreira dos Santos; o presidente do Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde (CONASEMS), Mauro Guimarães Junqueira; a presidente da Confederação Nacional dos Agentes Comunitários de Saúde e Agentes de Combates às Endemias (CONACS), Ilda Angélica Correia; o presidente da Federação Nacional dos Agentes Comunitários de Saúde e Agentes de Combate às Endemias, Fernando Cândido do Nascimento, e um representante do Ministério da Saúde.

A audiência será realizada às 9h30, no auditório Nereu Ramos.

Da Redação - LC
Câmara Notícias

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