Desde o início das
investigações, em outubro de 2015, 7.936 casos suspeitos foram notificados ao
Ministério da Saúde. Destes, 3.308 já foram descartados e 3.047 permanecem em
investigação
O Ministério da Saúde
confirmou 1.581 casos de microcefalia e outras alterações do sistema nervoso,
sugestivos de infecção congênita em todo o país. Os dados estão no boletim
epidemiológico divulgado nesta quarta-feira (15). O informe reúne as
informações encaminhadas semanalmente pelas secretarias estaduais de saúde
referentes à semana 23 deste ano, que vai até 11 de junho.
O novo boletim registrou 3.308
casos descartados por apresentarem exames normais, ou por apresentarem
microcefalia e ou malformações confirmadas por causa não infecciosas ou não se
enquadrarem na definição de caso. Outros 3.047 permanecem em investigação. Ao
todo, desde o início das investigações, em outubro de 2015, foram notificados
7.936 casos suspeitos de microcefalia em todo o Brasil.
Do total de casos confirmados,
226 tiveram confirmação por critério laboratorial específico para o vírus Zika.
O Ministério da Saúde, no entanto, ressalta que esse dado não representa,
adequadamente, a totalidade do número de casos relacionados ao vírus. A pasta
considera que houve infecção pelo Zika na maior parte das mães que tiveram
bebês com diagnóstico final de microcefalia. Os 1.581 casos confirmados em todo
o Brasil ocorreram em 562 municípios, localizados em 25 unidades da federação e
no Distrito Federal. Não existe registro de confirmação apenas no estado do
Acre.
Em relação aos óbitos, no
mesmo período, foram registrados 317 óbitos suspeitos de microcefalia e/ou
alteração do sistema nervoso central após o parto ou durante a gestação
(abortamento ou natimorto) no país. Destes, 73 foram confirmados para
microcefalia e/ou alteração do sistema nervoso central. Outros 198 continuam em
investigação e 46 foram descartados.
O Ministério da Saúde ressalta
que está investigando todos os casos de microcefalia e outras alterações do
sistema nervoso central, informados pelos estados, e a possível relação com o
vírus Zika e outras infecções congênitas. A microcefalia pode ter como causa,
diversos agentes infecciosos além do Zika, como Sífilis, Toxoplasmose, Outros
Agentes Infecciosos, Rubéola, Citomegalovírus e Herpes Viral.
A pasta orienta as gestantes
adotarem medidas que possam reduzir a presença do mosquito Aedes aegypti, com a
eliminação de criadouros, e proteger-se da exposição de mosquitos, como manter
portas e janelas fechadas ou teladas, usar calça e camisa de manga comprida e
utilizar repelentes permitidos para gestantes.
Distribuição dos
casos notificados de microcefalia por UF, até 11 de junho de 2016
Regiões e Unidades Federadas |
Casos
de Microcefalia e/ou malformações, sugestivos de infecção congênita
|
Total
acumulado1 de casos notificados de 2015 a 2016
|
||
Em
investigação
|
Confirmados2,3
|
Descartados4
|
||
Brasil
|
3.047
|
1.581
|
3.308
|
7.936
|
Alagoas
|
61
|
73
|
173
|
307
|
Bahia
|
667
|
254
|
214
|
1.135
|
Ceará
|
178
|
122
|
205
|
505
|
Maranhão
|
81
|
130
|
56
|
267
|
Paraíba
|
297
|
139
|
450
|
886
|
Pernambuco
|
474
|
366
|
1.159
|
1.999
|
Piauí
|
9
|
87
|
73
|
169
|
Rio
Grande do Norte
|
258
|
113
|
63
|
434
|
Sergipe
|
73
|
110
|
50
|
233
|
Região
Nordeste
|
2.098
|
1.394
|
2.443
|
5.935
|
Espírito
Santo
|
92
|
12
|
49
|
153
|
Minas
Gerais
|
59
|
3
|
55
|
117
|
Rio
de Janeiro
|
276
|
70
|
145
|
491
|
São
Paulo
|
209ª
|
8b
|
166
|
383
|
Região
Sudeste
|
636
|
93
|
415
|
1.144
|
Acre
|
21
|
0
|
17
|
38
|
Amapá
|
1
|
7
|
3
|
11
|
Amazonas
|
11
|
6
|
5
|
22
|
Pará
|
40
|
1
|
0
|
41
|
Rondônia
|
5
|
5
|
7
|
17
|
Roraima
|
5
|
10
|
11
|
26
|
Tocantins
|
48
|
11
|
80c
|
139
|
Região
Norte
|
131
|
40
|
123
|
294
|
Distrito
Federal
|
4
|
5
|
36
|
45
|
Goiás
|
59
|
14
|
67
|
140
|
Mato
Grosso
|
86
|
23
|
118
|
227
|
Mato
Grosso do Sul
|
2
|
2
|
14
|
18
|
Região
Centro-Oeste
|
151
|
44
|
235
|
430
|
Paraná
|
3
|
4
|
30
|
37
|
Santa
Catarina
|
1
|
1
|
5
|
7
|
Rio
Grande do Sul
|
27
|
5
|
57
|
89
|
Região
Sul
|
31
|
10
|
92
|
133
|
1 Número cumulativo de casos
notificados que preenchiam a definição de caso operacional anterior (33 cm),
além das definições adotadas no Protocolo de Vigilância (a partir de
09/12/2015) que definiu o Perímetro Cefálico de 32 cm para recém-nascidos com 37
ou mais semanas de gestação e demais definições do protocolo.
2Apresentam alterações
típicas: indicativas de infecção congênita, como calcificações intracranianas,
dilatação dos ventrículos cerebrais ou alterações de fossa posterior entre
outros sinais clínicos observados por qualquer método de imagem ou
identificação do vírus Zika em testes laboratoriais.
3Foram confirmados 226 casos
por critério laboratorial específico para vírus Zika (técnica de PCR e
sorologia).
4Descartados por apresentar
exames normais, por apresentar microcefalia e/ou malformações congênitas
confirmada por causas não infecciosas ou por não se enquadrar nas definições de
casos.
a. Conforme informado pelo
Centro de Vigilância Epidemiológica “Prof. Alexandre Vranjac”, da Secretaria de
Estado de Saúde de São Paulo 209 casos se encontram em investigação para
infecção congênita. Desses, 39 são possivelmente associadoscom a infecção pelo
vírus Zika, porém ainda não foram finalizadas as investigações.
b. 01 caso confirmado de
microcefalia por Vírus Zika em recém-nascido com local provável de infecção em
outra UF.
c. Redução no valor após
revisão e correção (erro de digitação, classificação).