Delegado
permanente do Brasil em Genebra, Guilherme Patriota, apresentou os avanços do
país na universalização do tratamento e os desafios para atingir as metas
Durante sua participação na 38ª Junta de
Coordenação do Programa Unaids (PCB, sigla em inglês), em Genebra (Suíça), o
delegado permanente alterno da delegação do Brasil junto à ONU e às demais
organizações internacionais em Genebra, Guilherme Patriota, reforçou o apoio do
Brasil ao cumprimento da Meta 90-90-90 como meio de intensificar a resposta
global ao HIV/aids. “Tanto esse objetivo como a estratégia prevista no
relatório do Secretário-Geral ̶ sobre a via rápida para acabar com a epidemia
de aids ̶ nos obrigam a articular os três elementos que devem orientar os
nossos esforços: universalizar o acesso à prevenção e tratamento; promover os
direitos humanos das pessoas infectadas com o HIV/aids; e assegurar a
disponibilidade dos recursos nacionais e internacionais necessários”, afirmou
em sua apresentação durante o encontro.
Guilherme
Patriota também destacou o pioneirismo brasileiro na universalização do
tratamento do HIV, em 1996, e o fato de o Brasil ser o primeiro país em
desenvolvimento a adotar o tratamento para todos os que vivem com HIV,
independentemente da contagem de CD4. “Atualmente, cerca de 475 mil pessoas
podem se beneficiar do tratamento em nosso país. Ao analisar as tendências da
epidemia desde 2012, é possível observar evoluções significativas no sentido de
atingir as metas 90-90-90”, afirmou.
Para
enfrentar o desafio de alcançar essas metas, Guilherme Patriota apresentou as
ações desenvolvidas pelo DDAHV até o momento. “Onze dos 22 antirretrovirais
recomendados no Brasil são produzidos no país. Os preços cobrados no mercado
interno são mais baixos do que os preços internacionais, e muitas parcerias
para o desenvolvimento produtivo foram confirmadas até agora”, disse. “Outros
aspectos são de que, nas últimas três décadas, temos estado a olhar para a
dimensão social da epidemia, com atenção para as múltiplas facetas de programas
que precisam ser discutidas. No Brasil, a participação da sociedade civil nos
conselhos de HIV/aids foi sempre um tema importante para a inclusão e eficácia
de nossas políticas públicas”.
A
diretora do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais, Adele Benzaken,
também presente ao encontro, adiantou que o Brasil se esforça para o
cumprimento das metas, com atenção à prevenção combinada. “A tendência é de
diminuição do número de novas infecções pelo HIV para os próximos anos, dado o
investimento na prevenção combinada, especialmente quando se trata do aumento
significativo no número de pessoas que vivem com HIV no tratamento
antirretroviral”, disse. O Brasil já atingiu a meta da supressão da carga viral
̶ até o final de 2015, 90% das pessoas em ARV apresentaram carga viral
suprimida.
Guilherme
Patriota ressaltou, ainda, a importância das populações-chave no processo de
prevenção. “É fundamental notar que, no Brasil, as populações mais atingidas
são homens gays e outros homens que fazem sexo com homens, profissionais do
sexo, pessoas trans e pessoas que usam drogas. Estamos tentando garantir que
essas pessoas não sejam deixadas para trás”.
PCB - A Junta de Coordenação do Programa, conhecida em inglês como Programme Coordinating Board (PCB), atua como o corpo governante sobre todas as questões programáticas relativas à política, estratégia, finanças, acompanhamento e avaliação do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids). É informada sobre todos os aspectos do desenvolvimento do Unaids e leva em consideração, em termos de estratégia e orientações técnicas, os relatórios e recomendações do Comitê das Organizações Copatrocinadoras e do Diretor Executivo.
Além
disso, conta com representantes de 22 governos de todas as regiões geográficas,
das agências copatrocinadoras e cinco representantes de organizações não
governamentais, incluindo associações de pessoas vivendo com HIV.
Fonte:
Assessoria de Comunicação
Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais
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