Em tempos de resistência
antimicrobiana, reunião pretende dar primeiro passo rumo a nova estratégia para
abordar essa infecção sexualmente transmissível
A
diretora do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais (DDAHV), Adele
Benzaken, participa, nesta segunda e terça-feira (27/06 e 28/06), em Genebra,
Suíça, de um encontro de especialistas para discutir as atuais necessidades de
pacientes acometidos de gonorreia no mundo. Promovida pela Global Antibiotic
Research and Development (GARD) Partnership, a reunião representa um primeiro
passo rumo a uma nova estratégia para abordar essa infecção sexualmente
transmissível num contexto global específico e muito atual: o da resistência
antimicrobiana (RAM) ao tratamento de primeira linha para gonorreia. Hoje,
diante da resistência generalizada à ciprofloxacina – introduzida na primeira
década do novo milênio para substituir medicamentos que se tornaram obsoletos
por meio da RAM –, o mundo enfrenta a iminente ameaça de a gonorreia se tornar
intratável.
Assim, o encontro pretende
identificar novas opções de medicamentos e tratamento para a gonorreia e
obstáculos ao desenvolvimento de novos medicamentos, propondo soluções; e
identificar formas de promover a pesquisa e o desenvolvimento nesse campo.
A reunião conta também com a
presença da professora Maria Luiza Bazzo, da Universidade de Santa Catarina
(UFSC) , pois o projeto brasileiro para detecção da resistência do gonococos é
uma iniciativa da UFSC em parceria com o DDAHV.
GONORREIA – Em
2012, estima-se que 357 milhões de novos casos de infecções sexualmente
transmissíveis (e curáveis, como gonorreia, clamídia, sífilis e tricomoníase)
tenham ocorrido em todo o mundo. Atualmente, o quadro é agravado por um fato: a
rápida mudança na susceptibilidade antimicrobiana da Neisseria gonorrhoeae,
desde a introdução dos antibióticos, criou desafios para o controle da
infecção, levando à resistência generalizada e à perda de eficácia de
antibióticos mais antigos e mais baratos. O mesmo pode ocorrer com as
ciprofloxacinas de terceira geração – ainda recomendadas como tratamento de
primeira linha para infecções gonocócicas.
GARD – A
Global Antibiotic Research and Development Partnership (ou Parceria Global para
a Pesquisa e Desenvolvimento de Antibióticos) é uma iniciativa conjunta da
Organização Mundial de Saúde (OMS) e da Drugs for Neglected Diseases Initiative
(ou Iniciativa de Medicamentos para Doenças Negligenciadas/DNDi). Lançada em
maio de 2016, a GARD pretende trabalhar em cooperação com os setores público e
privado para desenvolver novos tratamentos com antibióticos que abordem a
resistência antimicrobiana – promovendo a sua utilização responsável e
garantindo o acesso equitativo a todos.
Fonte: Assessoria de Comunicação
Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais
Conheça também a página do DDAHV no Facebook:
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Fonte: Assessoria de Comunicação
Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais
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