Destaques

segunda-feira, 4 de julho de 2016

Revista de Manguinhos: edição aborda ações da Fiocruz contra zika, dengue e chikungunya

A edição número 34 da Revista de Manguinhos apresenta os esforços da Fiocruz no enfrentamento à emergência sanitária relacionada à tríplice epidemia (dengue, chikungunya e zika) e mostra que a instituição está engajada nesta campanha desde antes de o assunto ganhar destaque na imprensa. Pesquisadores e dirigentes que atuam na área e têm dedicado horas de esforço para entender e enfrentar a emergência e dar as respostas que a população necessita aparecem com seus trabalhos. A reportagem de capa também apresenta o Gabinete para o Enfrentamento à Emergência Epidemiológica em Saúde Pública, que unifica as ações da instituição contra a tríplice epidemia. Este número aborda ainda outros temas relevantes para a saúde pública, como o sequenciamento completo do DNA mitocondrial da filária O. volvulus, e o estudo que aponta a associação entre infecção intestinal e uma forma grave de leishmaniose. E celebra a abertura de dois novos cursos de mestrado pela Casa de Oswaldo Cruz (COC) e os aniversários de 40 anos do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos) e de 30 anos do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict). Na seção Fio da História, correspondência do cientista Oswaldo Cruz descreve a atmosfera bélica na Europa durante a 1ª Guerra Mundial. Pesquisador saiu do Brasil em 1914 com a missão de conduzir pesquisas com instituições europeias

Faça o download da revista na página da Agência Fiocruz de Notícias

Fonte: Agência Fiocruz de Notícias


OMS: 13 países e territórios registram casos de malformações fetais que podem ter ligação com zika

Mosquitos Aedes aegypti podem carregar o vírus da zika assim como da dengue e chikungunya. Foto: AIEA

Publicado nesta quinta-feira (30), um novo levantamento da Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que 13 países e territórios — incluindo Brasil, Cabo Verde, Colômbia, El Salvador, Estados Unidos e Espanha — já notificaram casos de microcefalia e outras malformações do sistema nervoso central que estão potencialmente associados ao vírus zika ou são sugestivos de infecções congênitas.

Três destas nações — Eslovênia, Estados Unidos e Espanha — informaram ter identificado casos de microcefalia em bebês cujas mães possuem histórico recente de viagens para países afetados pela epidemia de zika na América Latina.
O relatório destaca também um aumento na incidência da síndrome de Guillain-Barré e/ou da confirmação laboratorial de casos da doença relacionados a infecção pelo zika em 17 países e localidades.

De acordo com o documento da OMS, 61 Estados e territórios registram atualmente transmissão do zika pelo mosquito Aedes aegypti, enquanto outras dez nações — como França, Alemanha, Argentina, Portugal e Estados Unidos — já encontraram evidências de contaminação entre indivíduos, provavelmente por via sexual.

Com base nas pesquisas realizadas até 29 de junho, há consenso científico de que o zika é uma das causas de microcefalia e da síndrome de Guillain-Barré.

A OMS observa que o zika continua a se propagar geograficamente para áreas onde os vetores estão presentes. Embora em alguns países o número de infecções pelo vírus tenha diminuído, ou em algumas regiões desses países, a vigilância tem que permanecer elevada, alerta a agência de saúde da ONU. Com base nas evidências disponíveis, a Organização não prevê um declínio geral da epidemia.


Acordo de cooperação entre Brasil e Portugal avança nos setores científico e tecnológico


Nanotecnologia, física de altas energias, biocombustíveis e parques tecnológicos são algumas áreas em que Brasil e Portugal querem aprofundar a cooperação bilateral, que completou 30 anos no mês passado. O assunto foi discutido nesta quinta-feira (30) pelo secretário de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento do MCTIC, Jailson de Andrade, e a ministra-adjunta da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior de Portugal, Teresa Tavares, em videoconferência.

"O acordo de cooperação entre Brasil e Portugal tem proporcionado vários avanços tecnológicos e científicos. Hoje, foram destacados vários deles em áreas como observação da terra, oceanos, que, aliás, com o navio Vital de Oliveira, faz com que o Brasil tenha hoje plenas condições de incrementar ainda mais essa cooperação. Há também interesse mútuo na área de satélites, observação das mudanças do clima, parques tecnológicos, que é prioridade para o ministério, bioenergia, entre outras" elencou Jailson.
Ele ressaltou ainda que a vasta experiência do Brasil em bioenergia e biocombustíveis pode contribuir para o avanço do setor em Portugal. "Hoje já operamos fábricas produzindo etanol de segunda geração e estamos caminhando para o de terceira geração. O Brasil tem larga experiência no setor. Já Portugal possui muito conhecimento em energia eólica, um tipo de energia renovável que tem crescido muito no Brasil nos últimos anos. Atualmente, temos implementado mais de oito gigawatts de energia eólica, o equivalente a produção de oito usinas nucleares", afirmou o secretário.
Carta de Intenções
Em setembro do ano passado, o MCTIC assinou Carta de Intenções entre Brasil, Espanha e Portugal para cooperação científica em nanotecnologia. O objetivo é fortalecer a cooperação em pesquisa, desenvolvimento e inovação tecnológica entre o Laboratório Ibérico Internacional de Nanotecnologia (INL), sediado em Braga, Portugal, e os institutos de pesquisa do MCTIC que integram o Sistema Nacional de Laboratórios em Nanotecnologia (SisNano).
As áreas prioritárias para colaboração são as de nanodispositivos, nanoeletrônica e nanopartículas aplicados à saúde, meio ambiente, água e alimentos. "Estamos disponíveis para colaborar e aproximar as nossas empresas e universidades em futuras colaborações nessas áreas, bem como, na ampliação dos parques tecnológicos", afirmou Teresa Tavares.
O governo brasileiro, por meio do Conselho Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico (CNPq), investiu R$ 121 milhões em bolsas de estudo (graduação, pós, sanduíche, pós-doutorado, mestrado, dentre outras) em Portugal, no período de 2011 a 2016. "Somente no ano passado foram investidos R$ 23 milhões em bolsas no território português", afirmou Jailson de Andrade.
"O objetivo é dar mais consistência a essas ações empreendidas, identificar novas áreas de interesse dos dois governos definindo prioridades estratégicas em comum e explorar o enorme potencial existente", avaliou o diretor do Departamento de Temas Científicos e Tecnológicos do Ministério das Relações Exteriores (MRE), o embaixador Benedicto Fonseca Filho.
Participaram da reunião, do lado brasileiro, representantes da Agência Espacial Brasileira (AEB), Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF), Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict), Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e Secretaria da Comissão Interministerial para os Recursos do Mar (Secirm) da Marinha do Brasil. Do lado português, o diretor de Serviços para as Américas do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Rui Gomes, e representantes da Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT) de Portugal.
Fonte: MCTIC

Seminário Internacional sobre Marco legal da Primeira Infância começa na terça-feira

Começa na terça-feira (5) o 4º Seminário Internacional Marco Legal da Primeira Infância, que prosseguirá na quarta (6)  e quinta (7). A abertura está marcada para as 9h, no auditório Petrônio Portela do Senado. A abertura deverá contar com a presença dos presidentes do Senado, Renan Calheiros, e da Câmara, Waldir Maranhão; da procuradora especial da Mulher do Senado, senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), e do ministro do Desenvolvimento Social e Agrário, Osmar Terra.
Também deverão fazer parte da mesa de abertura representantes do Banco Mundial e dos órgãos da Câmara e do Senado envolvidos na organização do evento, que é direcionado a parlamentares, gestores, representantes da sociedade e especialistas do Brasil e do exterior.
O seminário tem por objetivo contribuir para a adequada aplicação do marco legal da primeira infância (Lei 13.257/2016), por meio de exposições, trocas de experiências, debates e difusão de boas práticas e materiais de referência que favoreçam a adequada compreensão e implementação.
Legislação
Esta é a quarta edição do seminário, que possibilitou, com as três edições anteriores, a proposição e o aperfeiçoamento da nova legislação, sancionada em março deste ano. A norma estabelece um conjunto de ações para o início da vida, entre zero e seis anos de idade.  Uma das inovações é a ampliação da licença-paternidade, de cinco para 20 dias, para os trabalhadores de empresas inscritas no Programa Empresa-Cidadã.
Os empregados terão direito também a até dois dias para acompanhar consultas médicas e exames complementares durante a gravidez da esposa e por um dia por ano para acompanhar filho de até seis anos em consulta médica.
A norma, originária do PLC 14/2015aprovado pelo Senado em 3 de fevereiro, estabelece como questões prioritárias a serem cuidadas na primeira infância: saúde, alimentação, educação, convivência familiar e comunitária, assistência social, cultura, lazer, espaço e meio ambiente.
O 4º Seminário Internacional Marco Legal da Primeira Infância é uma iniciativa conjunta da Câmara dos Deputados (Frente Parlamentar Mista da Primeira Infância, Frente Parlamentar da Educação, Comissões de Defesa dos Direitos da Mulher; Educação; Seguridade Social e Família), do Ministério de Desenvolvimento Social e Agrário e do Senado Federal (Comissão de Valorização da Primeira Infância e Cultura da Paz e Procuradoria Especial da Mulher).
Os interessados podem se inscrever pela internet (acesse aqui).
Com informações da assessoria de imprensa da Procuradoria Especial da Mulher do Senado
Agência Senado 

Anvisa e USP organização científica dos EUA firmam acordo para harmonizar farmacopeias

O diretor-presidente da Anvisa, Jarbas Barbosa, e o diretor-executivo da United States Pharmacopeial Convention (USP-EUA), Ronald Piervicenzi, assinaram, nesta quarta (29), um termo de compromisso com o intuito de fortalecer as relações e promover a cooperação para a harmonização das farmacopeias brasileira e americana.
O acordo, firmado em Washington, D.C. (EUA), tem validade de dois anos e prevê ações para a realização conjunta de atividades técnico-científicas de educação e treinamento de profissionais envolvidos com a elaboração e a utilização de compêndios de farmacopéia, de acordo com a necessidade e conveniência das duas instituições.
A colaboração abrange todos os produtos sob alcance de ambas as farmacopeias e as suas atividades relevantes, incluindo:
·         Insumos Farmacêuticos Ativos (IFA);
·         Excipientes;
·         Produtos acabados;
·         Monografias, capítulos gerais, métodos, testes e ensaios;
·         Medicamentos sintéticos;
·         Produtos fitoterápicos;
·         Produtos do sangue;
·         Medicina alternativa, incluindo medicamentos homeopáticos, antroposóficos e anti-homotóxicos;
·         Medicamentos biológicos;
·         Radiofármacos;
·         Gases medicinais;
·         Dispositivos médicos;
·         Alimentos e suplementos dietéticos;
·         Produtos compostos;
·         Padrões de referência; e
·         Testes laboratoriais.

Ressalte-se que as partes podem, por mútuo acordo, adicionar ou excluir itens da lista aqui especificados.

A ótima relação de confiança e cooperação mútua entre a Anvisa e a USP-EUA foi essencial para a elaboração do termo de compromisso. A troca de informações entre as instituições possibilitará proteger e melhorar a saúde pública e a segurança da população em seus respectivos países, por meio do compartilhamento de conhecimentos.
O acordo objetiva facilitar e aumentar o acesso a produtos seguros, eficazes e de alta qualidade, além de contribuir para a melhoria da qualidade e segurança em termos de controle, com a ajuda de especialistas de ambos os países na matéria.
USP-EUA é uma organização independente, científica e sem fins lucrativos, que estabelece normas para a identificação, potência, qualidade e pureza de medicamentos, ingredientes alimentícios e suplementos dietéticos fabricados, distribuídos e consumidos em todo o mundo. As normas da USP para medicamentos são reconhecidas pelas leis dos Estados Unidos por meio da Food and Drug Administration, e são utilizadas em mais de 140 países.

ABBIVIE recolherá KALETRA (LOPINAVIR/RITONAVIR) por erro na impressão do prazo de validade

DIRETORIA DE CONTROLE E MONITORAMENTO SANITÁRIOS
RESOLUÇÃO-RE No - 1.718, DE 30 DE JUNHO DE 2016

O Diretor da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, no uso das atribuições que lhe conferem o art. 151, V e VI, e o art. 54, I, § 1º do Regimento Interno aprovado nos termos do Anexo I da Resolução da Diretoria Colegiada - RDC n° 61, de 3 de fevereiro de 2016, e a Resolução da Diretoria Colegiada - RDC nº 46, de 22 de outubro de 2015, considerando o artigo 7º da Lei nº 6.360, de 23 de setembro de 1976;
considerando o comunicado de desvio de qualidade enviado pela empresa Abbvie Farmacêutica LTDA, para os lotes 1042956 e 1055165 do medicamento KALETRA 100/25 mg (lopinavir/ritonavir), 60 comprimidos revestidos, registrado pela ABBVIE FARMACÊUTICA LTDA (CNPJ:15.800.545/0001-50), informando a ocorrência de erro na impressão do prazo de validade do produto em desacordo com o aprovado no registro, resolve:

Art. 1º Tornar sem efeito a Resolução RE nº 1.676, de 27 de junho de 2016, publicada no DOU n° 122, de 28 de junho de 2016, Seção 1, pág. 33.

Art. 2º Determinar, como medida de interesse sanitário a suspensão da importação, distribuição, comercialização e uso, em todo o território nacional, dos lotes nº 1042956 e 1055165, do medicamento KALETRA®, (lopinavir/ritonavir), registro MS 198600010.

Art. 3º Determinar à empresa o cumprimento de todos os requisitos relativos ao recolhimento descritos na Resolução - RDC nº 55/2005.

Art. 4º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.
JOSÉ CARLOS MAGALHÃES DA SILVA MOUTINHO

WESLEY LOPES KUHN substituí ELISANGELA RODRIGUES GUEDES DA COSTA na chefia da div. análise técnica da Ass. de Assuntos Internacionais de Saúde

PORTARIA Nº 1.243, DE 30 DE JUNHO DE 2016
O MINISTRO DE ESTADO DA SAÚDE, no uso da competência que lhe foi subdelegada pela Portaria nº 1.056, de 11 de junho de 2003, da Casa Civil da Presidência da República,
resolve: Exonerar, a pedido, a partir de 20 de junho de 2016,
ELISÂNGELA RODRIGUES GUEDES DA COSTA do cargo de Chefe da Divisão de Análise Técnica, código DAS 101.2, nº 01.0078, da Assessoria de Assuntos Internacionais de Saúde, do Gabinete do Ministro.
RICARDO BARROS PORTARIA Nº 1.244, DE 30 DE JUNHO DE 2016
O MINISTRO DE ESTADO DA SAÚDE, no uso da competência que lhe foi subdelegada pela Portaria nº 1.056, de 11 de junho de 2003, da Casa Civil da Presidência da República,
resolve: Nomear
WESLEY LOPES KUHN, para exercer o cargo de Chefe da Divisão de Análise Técnica, código DAS 101.2, nº 01.0078, da Assessoria de Assuntos Internacionais de Saúde, do Gabinete do Ministro. RICARDO BARROS

MOISÉS QUEIROZ MOREIRA é o novo chefe da Assessoria Parlamentar do MCTI

MINISTÉRIO DA CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO
O MINISTRO DE ESTADO CHEFE DA CASA CIVIL DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA, no uso de suas atribuições e tendo em vista o disposto no art. 1o do Decreto no 4.734, de 11 de junho de 2003,
resolve NOMEAR
MOISÉS QUEIROZ MOREIRA, para exercer o cargo de Chefe da Assessoria Parlamentar do Gabinete do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, código DAS 101.4. ELISEU LEMOS PADILHA

domingo, 3 de julho de 2016

Butantan inicia testes da vacina nacional da dengue na região Norte

O Instituto Butantan levou os testes em humanos da primeira vacina brasileira da dengue para a região. 
Norte do país. Desde 30 de junho, os estudos, que já estão em andamento no Estado de São Paulo, começaram a ser realizados com cerca de 2,5 mil voluntários nas cidades de Boa Vista (RR) e Manaus (AM), de acordo com a Assessoria de Imprensa do Instituto.

Nesses municípios, os testes serão conduzidos em parceria com a Universidade Federal de Roraima, com a Fundação de Medicina Tropical Doutor Heitor Vieira Dourado (FMT-HVD), de Manaus, e com a Fiocruz Amazônia.
Trata-se da última fase da pesquisa em humanos antes de a vacina ser submetida à aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para que possa ser produzida em larga escala pelo Butantan e disponibilizada para campanhas de imunização em massa na rede pública de saúde em todo o Brasil.
Os estudos envolverão a participação de 17 mil voluntários em 13 cidades brasileiras nas cinco regiões do país e serão conduzidos por 14 centros de estudos credenciados pelo Butantan.
Os ensaios clínicos desta última etapa foram iniciados em fevereiro deste ano na capital paulista, em parceria com o Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP e, desde a última semana de junho, estão sendo conduzidos também em São José do Rio Preto, interior do Estado de São Paulo, pela faculdade de medicina local (Famerp).
A vacina do Butantan, desenvolvida em parceria com o National Institutes of Health, dos Estados Unidos, tem potencial para proteger contra os quatro vírus da dengue com uma única dose e é produzida com os vírus vivos, mas geneticamente atenuados, isto é, enfraquecidos. “Com os vírus vivos, a resposta imunológica tende a ser mais forte, mas, como estão enfraquecidos, eles não têm potencial para provocar a doença”, explica o diretor do Instituto Butantan, Jorge Kalil.
Nesta última etapa da pesquisa, os estudos visam a comprovar a eficácia da vacina. Do total de voluntários, 2/3 receberão a vacina e 1/3 receberá placebo, uma substância com as mesmas características da vacina, mas sem os vírus, ou seja, sem efeito. Nem a equipe médica nem o participante saberão quais voluntários receberam a vacina e quais receberam o placebo. O objetivo é descobrir, mais à frente, a partir de exames coletados dos voluntários, se quem tomou a vacina ficou protegido e quem tomou o placebo contraiu a doença.
Os dados disponíveis até agora das duas primeiras fases indicam que a vacina é segura, que ela induz o organismo a produzir anticorpos de maneira equilibrada contra os quatro vírus da dengue e que ela é potencialmente eficaz.

Brasil exportará urânio enriquecido pela primeira vez

A empresa brasileira Indústrias Nucleares do Brasil (INB) exportará urânio enriquecido pela primeira vez. A empresa, vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, firmou acordo com a empresa estatal argentina Combustibles Nucleares Argentinos (Conuar), que prevê o envio de quatro toneladas de pó de dióxido de urânio para a carga inicial de abastecimento de um reator nuclear localizado na cidade de Lima, ao norte de Buenos Aires. O contrato, no valor de US$ 4,5 milhões, foi assinado em junho.

Enriquecido na fábrica da INB em Resende (RJ), o produto ainda precisa de autorização da Coordenação-Geral de Bens Sensíveis do ministério e da Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen) para completar o processo de exportação, o que deve ocorrer até o fim deste ano. As 4 toneladas serão divididas em três lotes, com teores de enriquecimento de 1,9%, 2,6% e 3,1%.

Além do Brasil, o urânio é enriquecido por outros 11 países. A tecnologia usada na unidade da INB em Resende é a de ultracentrifugação para enriquecimento isotópico, desenvolvida pelo Centro Tecnológico da Marinha em São Paulo em parceria com o Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares, autarquia gerida administrativa e tecnicamente pela Cnen.

Segundo o ministério, a exportação não afeta o abastecimento de combustível das centrais nucleares de Angra dos Reis (RJ). Atualmente, a Usina de Enriquecimento tem seis cascatas de ultracentrífugas em operação e atende a cerca de 40% das necessidades de Angra 1.

O acordo com a Argentina não envolve intercâmbio de conhecimento, uma vez que prevê a entrega de um produto pronto, mas abre essa perspectiva. A empresa estatal argentina Invap participa do desenvolvimento do Reator Multipropósito Brasileiro, e os programas nucleares dos dois países são contemporâneos, iniciados na década de 1960.

Criada em 1988, a INB atua na cadeia produtiva do urânio, da mineração à fabricação do combustível que gera energia elétrica nas usinas nucleares. A empresa pública tem sede no Rio de Janeiro e também está presente nos estados da Bahia, Ceará, Minas Gerais e São Paulo.
Urânio
O urânio é um mineral com propriedades físicas de emitir partículas radioativas, a radioatividade
Marcelo Correia/Divulgação – INB

O urânio é um mineral com propriedades físicas de emitir partículas radioativas, a radioatividade. Sua principal aplicação comercial é na geração de energia elétrica, como combustível para os reatores nucleares de potência.

Segundo a INB, o Brasil tem a sétima maior reserva geológica de urânio do mundo, o que permite o suprimento das necessidades domésticas no longo prazo e uma possível disponibilização do excedente para exportação. As reservas estão concentradas nos estados da Bahia, do Ceará, Paraná e de Minas Gerais, com cerca de 309 mil toneladas de concentrado de urânio.

A única mina de urânio em operação no Brasil está em Caetité (BA) e tem capacidade de produzir 400 toneladas de concentrado de urânio por ano. Em 2013, a produção mundial de urânio concentrado foi 70.330 toneladas.
Edição: Talita Cavalcante

Butantan cria grupo para estudar doenças como dengue, zika e chikungunya

O Instituto Butantan, ligado à Secretaria da Saúde de São Paulo, que realiza pesquisas biomédicas, anunciou a criação do Grupo de Ação Rápida para Doenças Emergentes (Garde-IB), dedicado ao estudo de doenças graves,  que demandam esforços urgentes e interdisciplinares como dengue, Zika e chikungunya.

“Esse espaço será um grande avanço nas pesquisas de doenças emergentes que demandam cada dia mais atenção da saúde pública e ações efetivas para seu monitoramento, tratamento e combate”, disse o secretário da Saúde, David Uip. Serão necessários R$ 25 milhões para reforma e adaptação do prédio onde funcionará o Garde-IB, que antes era ocupado pelo Paço das Artes.

Reunindo 30 pesquisadores do Instituto Butantan, o Garde-IB vai atuar em diversas frentes, da pesquisa básica à aplicada, envolvendo ainda o desenvolvimento de novos produtos de saúde, informou o instituto. “O objetivo é ter um núcleo de vanguarda em pesquisa nas áreas de biologia molecular e biologia celular que, a partir de abordagem multidisciplinar, consiga fazer frente à demanda por respostas ágeis para novas doenças que ameacem a saúde pública brasileira e mundial, em geral, doenças virais”, diz, em nota, o diretor do Instituto Butantan, Jorge Kalil.

Doenças transmitidas pelo Aedes aegypti serão o
foco inicial dos estudos  Arquivo/Agência Brasil

Além das doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, que serão o foco inicial dos trabalhos, o núcleo poderá trabalhar na pesquisa de outras enfermidades que já estão presentes no mundo, como encefalite japonesa, febre do Nilo Ocidental e síndrome respiratória do Oriente Médio.

O início da reforma do prédio que vai abrigar o Garde-IB está previsto para o segundo semestre e deve durar cerca de um ano.

Paço das Artes
O prédio, antes ocupado pelo Paço das Artes, foi reintegrado ao Instituto Butantan após acordo entre as secretarias estaduais da Cultura e da Saúde. Segundo a pasta da Saúde, haverá estudos de viabilidade de transferência de uma área na Rua Tenente Pena, no Bom Retiro, à pasta da Cultura, visando à implantação do Paço das Artes.

“O Paço das Artes no Bom Retiro integrará uma área de intensa vida cultural por estar próximo de equipamentos como a Pinacoteca do Estado, Sala São Paulo, Oficina Cultural Oswald de Andrade e o Memorial da Resistência”, disse o secretário da Cultura, Marcelo Araújo.

Edição: Nádia Franco
Camila Boehm – Repórter da Agência Brasil


Possíveis fatores associados ao vírus Zika no desenvolvimento de malformações congênitas, em especial a microcefalia.

O Ministério da Saúde acompanha os trabalhos de pesquisadores que investigam fatores que possam estar associados ao vírus Zika no desenvolvimento de malformações congênitas, em especial a microcefalia.
No dia 20 de junho, pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e do Instituto de Pesquisa Professor Joaquim Amorim Neto (Ipesq), da Paraíba, informaram que, além de presença do vírus Zika, foram encontradas partículas do vírus da diarreia viral bovina (VDVB), em amostras obtidas por necropsia de tecido cerebral de fetos e recém-nascidos com microcefalia.
O VDVB tem distribuição mundial e afeta predominantemente bovinos, podendo levar a manifestações clínicas entéricas, respiratórias, malformações, ou reprodutivas e fetais.
Entretanto, a presença de partículas ou fragmentos do VDVB nas amostras coletadas não significa a existência de vírus ativo, nem que essa espécie de vírus seja responsável pelas malformações. Há necessidade de novas pesquisas para esclarecer o significado desses achados.
Conforme regulamento sanitário internacional, o Ministério da Saúde informou o achado à Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS/OMS).
Os ministérios da Saúde e da Agricultura, Pecuária e Abastecimento estão trabalhando em conjunto no monitoramento deste achado. A OPAS está acompanhando e apoiando processo de monitoramento do Ministério da Saúde, incluindo cooperação técnica.

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