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segunda-feira, 25 de julho de 2016

Fiocruz discute zika em simpósio sobre vigilância em saúde

Com o objetivo de preparar-se para a 1ª Conferência Nacional de Vigilância em Saúde, que ocorrerá em abril de 2017 em Brasília, a Vice-Presidência de Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde (VPAAPS/Fiocruz) promoveu, na última quinta-feira (21/7), o simpósio sobre aspectos diversos da zika, como epidemiologia, estudos clínicos, distribuição espacial e fatores socioambientais, além da vigilância em saúde e o SUS. Realizado no auditório do Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz), em Manguinhos, no Rio de Janeiro, o evento Emergência Sanitária: contribuições da Fiocruz para a 1ª Conferência Nacional de Vigilância em Saúde reuniu representantes da Fundação, do Ministério da Saúde e de diversas instâncias estaduais e municipais do Sistema Único de Saúde (SUS).

Na mesa de abertura, o vice-presidente de Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde (VPAAPS/Fiocruz), Valcler Rangel, destacou a importância do evento no contexto da epidemia de zika, dengue e chikungunya, como também elencou outros temas a serem discutidos futuramente para a conferência, como violência e saúde pública, o impacto das doenças crônicas não transmissíveis e a crise global ambiental. “Esse debate é o início de um processo de preparação para a conferência e também um espaço de reflexão sobre as questões que a tríplice epidemia apresenta. Trata-se de um quadro epidemiológico complexo, que exige um patamar diferenciado na pesquisa, na atenção, na vigilância. Precisamos pensar em um enfrentamento integral”, explicou ele. “No âmbito da conferência, consideramos que a Fiocruz e seus parceiros têm muito para contribuir. Queremos ser referência para os debates com os vários atores e nas várias instâncias, de modo que a conferência seja um elemento organizador para o nosso sistema de saúde”.

A vice-presidente de Ensino, Informação e Comunicação (VPEIC/Fiocruz), Nísia Trindade, destacou a importância da relação entre academia, o serviço de saúde e os movimentos sociais da sociedade civil, não só no contexto da epidemia como na construção da conferência, e apontou a importância do SUS no contexto do zika. “A epidemia mostrou a importância do Sistema Único de Saúde para a sua identificação, para integrar conhecimento científico, para as propostas terapêuticas e no campo da inovação e também na questão das vacinas, dos kits diagnósticos e de todas as políticas”, esclareceu.

Epidemiologia de zika
Primeiro a falar na mesa de debate sobre epidemiologia de zika, o subsecretário de Vigilância em Saúde da Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro, Alexandre Chieppe, destacou os principais desafios das autoridades em saúde do Brasil para monitorar e combater as doenças transmitidas pelo Aedes. Mesmo admitindo as dificuldades para o controle da dengue, Chieppe afirmou que o sistema de vigilância epidemiológica do país está mais fortalecido para as Olimpíadas e permanecerá como legado após os Jogos 2016.

De acordo com Alexandre Chieppe, a epidemia de dengue que assolou o Rio de Janeiro neste ano, com mais de 70 mil casos notificados, pode ter incluído casos não-diagnosticados de zika. “O pico de transmissão de dengue no Rio de Janeiro se dá nos meses de março e abril. O pico de transmissão de zika aconteceu em janeiro e já começou a decair no início de fevereiro. A gente viveu uma curva epidêmica de zika importante no ano anterior. A gente não conseguiu identificar isso porque o sistema de vigilância não estava preparado para tal”, afirmou.

O subsecretário de Vigilância em Saúde da Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro explicou que uma segunda onda epidêmica de zika, prevista para o ano que vem, não deve ter a mesma intensidade da primeira, já que parte significativa da população do estado do Rio de Janeiro está imunizada contra a doença. Alexandre Chieppe disse que a preocupação no estado deve se voltar para a possibilidade de uma epidemia de chikungunya em 2017.

Segundo Chieppe, a circulação do vírus zika no ano que vem deve atingir as regiões metropolitanas de São Paulo e Minas Gerais, trazendo novos desafios para as autoridades em saúde do país. No Rio de Janeiro, os esforços da vigilância epidemiológica também devem estar voltados para a possibilidade da entrada de outras doenças transmitidas pelo Aedes, como a febre amarela, por conta da intensa circulação de pessoas nas Olimpíadas.

Distribuição espacial do vírus e saneamento
A distribuição espacial e os fatores sócio-ambientais do zika no Brasil foram os temas da palestra do pesquisador do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict), Christovam Barcellos. Comparando as diferentes dinâmicas de transmissão de dengue, zika e chikungunya no país, Barcellos utilizou a ferramenta do Google Trends para analisar as tendências de buscas dos internautas sobre as três epidemias e identificar a evolução das doenças no país.

O monitoramento tem sido importante para a construção de uma plataforma de dados e um painel de estudos e alertas sobre dengue, zika e chikungunya no Icict/Fiocruz, com a definição de uma modelagem matemática necessária para entender as epidemias. Segundo Christovam Barcellos, um dos desafios, por exemplo, é compreender por que os casos estão concentrados no Nordeste. “Nosso próximo passo é investigar que grupos sociais são os mais atingidos. Quem são essas pessoas? Idade, sexo, ocupação? São pistas importantes para a gente seguir”, afirmou.

Abordando a emergência sanitária sob a perspectiva do saneamento, o pesquisador do Centro de Pesquisas René Rachou (Fiocruz Minas) Leo Heller lamentou que o tema ainda seja negligenciado nas estratégicas de combate às arboviroses transmitidas pelo Aedes no Brasil. “Apesar de muitas advertências, inclusive internacionais, sobre a importância do assunto, o saneamento tem ficado num plano muito inferior”. De acordo com o especialista, todos os componentes oficias do saneamento, como o abastecimento de água, o esgotamento sanitário e o manejo de resíduos sólidos, são importantes para o controle das epidemias de dengue, zika e chikungunya no país. “40% da população não tem atendimento adequado de abastecimento de água”, apontou.

Ao citar diferentes estudos sobre o impacto do saneamento na presença e na multiplicação do Aedes nos territórios, Leo Heller também reforçou a necessidade de articular as intervenções físicas, químicas e biológicas para o controle do Aedes. “O método mais efetivo de controle são abordagens integradas. Intervenções isoladas tem menos eficácia”, disse.

Estudos clínicos e a emergência sanitária
A pesquisadora Sheila Pone, do IFF/Fiocruz, abordou a questão dos ‘estudos clínicos e a emergência sanitária’. Em sua participação ela fez um histórico do zika desde sua origem. Descrito em 1953 e com duas linhagens, o vírus teve poucos casos até 2007: apenas sete, em todo o mundo. Até que ocorreu uma epidemia na Micronésia, naquele ano, e 5 mil pessoas foram infectadas, numa população de 6,7 mil pessoas. Depois disso foram registradas outras epidemias em ilhas e arquipélagos do Pacífico, como na Polinésia Francesa. Até então cientificamente chamada de ‘dengue-like’, a zika chegou ao Brasil em 2015, em sua linhagem asiática. O país foi o primeiro das Américas a ter casos registrados de zika, com oito casos no Rio Grande do Norte. Nos meses seguintes a enfermidade atingiu outros 19 países do continente.


“A partir de agosto daquele ano já podemos falar em um surto, com o aumento do número de casos de microcefalia em 20 vezes. Logo depois houve a decretação, pelo governo federal, da emergência sanitária nacional e em seguida, pela OMS, a emergência internacional. Atualmente o correto é usarmos o termo Síndrome da Zika Congênita, já que a microcefalia – a diminuição do perímetro craniano – é somente um dos problemas causados pelo vírus. O invasor também pode provocar outros danos ao desenvolvimento das crianças. A síndrome congênita é esse conjunto de sintomas provocados pelo vírus e que os bebês de mães infectadas manifestam ao nascer”, diz Sheila.
Concluindo a apresentação, a pesquisadora do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz), unidade que é referência na assistência a gestações de alta complexidade e na atenção integral a crianças com doenças crônicas e que vem acompanhando as consequências da infecção pelo zika em gestantes, mostrou fotos de crianças que nasceram com o problema. As fotos, segundo definição da própria Sheila, são ‘devastadoras’ por mostrarem as gravíssimas lesões causadas pelo vírus.

A última intervenção da primeira mesa do dia foi do pesquisador André Siqueira, do Laboratório de Pesquisa Clínica em Doenças Febris Agudas do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz). Siqueira abordou as manifestações clínicas do vírus, os sinais e sintomas e comentou os aspectos virológicos do zika. Ele reafirmou que são necessários mais ensaios clínicos para que se conheça melhor o vírus e suas consequências.

Entre as limitações da abordagem atual, Siqueira listou: as dificuldades em confirmar diagnósticos; as estimativas imprecisas de transmissão; a ausência de características distinguíveis; a falta de adequação dos métodos sorológicos usados hoje para caracterizar a infecção; a reação cruzada com outros flavivírus (o mesmo gênero do zika); e a real extensão de casos assintomáticos. O pesquisador também citou estudos recentes, feitos por brasileiros e publicados em renomadas revistas científicas internacionais, que reforçam a associação entre o zika e a microcefalia.

Foco na vigilância em saúde
Na parte da tarde, o passado e o futuro da vigilância em saúde entraram em pauta. Primeiro palestrante da mesa, o pesquisador da Ensp José Fernando Verani falou sobre o histórico da do conceito de vigilância em saúde, indo de esforços ainda na antiguidade até o atual cenário brasileiro. Verani observou que um dos maiores desafios na área no Brasil hoje é resolver a vigente compartimentação da vigilância em saúde em sete áreas (vigilância e o controle das doenças transmissíveis; vigilância das doenças e agravos não transmissíveis; vigilância da situação de saúde; vigilância ambiental em saúde; vigilância da saúde do trabalhador; e vigilância sanitária), o que por vezes prejudica a coordenação da vigilância como um todo. “O primeiro grande problema que temos que resolver é o diálogo entre os vários sistemas de vigilância”, disse.

Em seguida dois representantes do Conselho Nacional de Saúde, o presidente Ronald Ferreira dos Santos e a conselheira Nelcy Ferreira da Silva, falaram sobre a importância da primeira Conferência Nacional de Vigilância em Saúde, esperada para acontecer neste ano. “O Conselho entende que passou da hora dessa conferência ser realizada. Nós precisamos assumir a vigilância em saúde na complexidade que vimos ao longo deste seminário. Contamos com vários parceiros para realizá-la, como é o caso da Ensp e da Fiocruz”, disse Nelcy. Em seguida, Ronald, em recado por mensagem de vídeo, reafirmou a relevância da Conferência adiantada pela colega, e conclamou a sociedade a participar da mesma. “O CNS concluiu e deliberou pela convocação da sociedade brasileira para discutir uma política nacional de vigilância em saúde. Há muito tempo conhecemos a necessidade de integração de esforços para orientar o estado brasileiro, a academia, os trabalhadores e os usuários num sentido de se estabelecer que ações podemos desenvolver”, disse.

Último palestrante do dia, o assessor de Saúde e Ambiente da Vice-Presidência de Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde da Fiocruz (VPAAPS/Fiocruz), Guilherme Franco Netto, também ressaltou a importância da participação social na vigilância em saúde. “Talvez a vigilância em saúde, exceto em algumas pequenas situações específicas (como a estruturação dos programas de Aids), tenha sido conduzida e formatada sem praticamente sem nenhuma participação da sociedade”, disse. ”Tem um elemento de domínio do conhecimento da vigilância por uma tecnocracia – cuja importância não ignoro – que é de fundamental importância transformar, para que possamos fazer com que todas as questões sejam transformadas em um processo de aglutinação, de redes horizontais, transversais, participativas. No caso de agrotóxicos, por exemplo, é impossível desenvolver um sistema de vigilância se quem está sendo contaminado sistematicamente não consegue criar mecanismos de alerta dentro de sua própria prática”.

André Costa, César Guerra Chevrand, Mônica Mourão e Ricardo Valverde (Agência Fiocruz de Notícias)


HBV DNA E RNA VIRAL HCV, testes para os reagentes são adquiridos da ABBOTT pelo MS no valor R$ 1.184.546,60

EXTRATO DE TERMO ADITIVO Nº 1/2016 - UASG 250005 Número do Contrato: 96/2015. Nº Processo: 25000179844201336. PREGÃO SRP Nº 31/2014.
Contratante: MINISTÉRIO DA SAÚDE -CNPJ Contratado: 56998701003212. Contratado : ABBOTT LABORATÓRIOS DO BRASIL LTDA.
Objeto: Acréscimo de 25% ao quantitativo dos testes para reagentes HBV DNA e RNA viral HCV. Fundamento Legal: Lei n.º 8.666/1993 . Vigência: 20/07/2016 a 31/12/2016. Valor Total: R$ 1.184.546,60. Fonte: 6151000000 - 2016NE801494. Data de Assinatura: 20/07/2016.
(SICON - 22/07/2016) 250110-00001-2016NE800177

FURP fornecerá ao MS ESTREPTOMICINA E ETAMBUTOL no valor de R$ 311.241,72

EXTRATO DE DISPENSA
DE LICITAÇÃO Nº 625/2016 - UASG 250005 Nº Processo: 25000197312201542 . Objeto: Frascos-ampola de ESTREPTOMICINA SULFATO 1G e comprimidos de ETAMBUTOL DICLORIDRATO 400MG. Total de Itens Licitados: 00002. Fundamento Legal: Art. 24º, Inciso VIII da Lei nº 8.666 de 21/06/1993. Justificativa: A FURP é um laboratório oficial criado para esse fim específico. Declaração de Dispensa em 19/07/2016. EDUARDO SEARA MACHADO POJO DO REGO. Coordenador-geral de Análise Das Contratações de Insumos Estratégicos para Saúde. Ratificação em 21/07/2016. DAVIDSON TOLENTINO DE ALMEIDA. Diretor do Departamento de Logística em Saúde. Valor Global: R$ 311.241,72. CNPJ CONTRATADA : 43.640.754/0001-19 FUNDAÇÃO PARA O REMÉDIO POPULAR FURP.
(SIDEC - 22/07/2016) 250110-00001-2016NE800177

ALDURAZYME é adquirido pelo MS por judicialização no valor R$ 5.042.881,91, GENZIME

EXTRATO DE DISPENSA
DE LICITAÇÃO Nº 608/2016 - UASG 250005 Nº Processo: 25000020703201146 .
Objeto: Aquisição de 3751fra ALDURAZYME 2,9MG/5ML. Total de Itens Licitados: 00001. Fundamento Legal: Art. 24º, Inciso IV da Lei nº 8.666 de 21/06/1993. Justificativa: Trata-se de Ação Judicial. Declaração de Dispensa em 21/07/2016. EDUARDO SEARA MACHADO POJO DO REGO. Coordenador-geral de Análise Das Contratações de Insumos Estratégicos para Saúde. Ratificação em 21/07/2016. DAVIDSON TOLENTINO DE ALMEIDA. Diretor do Departamento de Logística em Saúde. Valor Global: R$ 5.042.881,91. CNPJ CONTRATADA : 68.132.950/0001-03 GENZYME DO BRASIL LTDA..

MYOZIME é comprado pelo MS no valor de R$ 8.632.16,30 da GENZIME

EXTRATO DE DISPENSA DE LICITAÇÃO Nº 546/2016 - UASG 250005
Nº Processo: 25000025419201166 . Objeto: Aquisição de 6138fra MYOZYME 50MG. Total de Itens Licitados: 00001. Fundamento Legal: Art. 24º, Inciso IV da Lei nº 8.666 de 21/06/1993.. Justificativa: Trata-se de Ação Judicial. Declaração de Dispensa em 21/07/2016. EDUARDO SEARA MACHADO POJO DO REGO. Coordenador-geral de Análise Das Contratações de Insumos Estratégicos para Saúde. Ratificação em 21/07/2016. DAVIDSON TOLENTINO DE ALMEIDA. Diretor do Departamento de Logística em Saúde. Valor Global: R$ 8.632.176,30. CNPJ CONTRATADA : 68.132.950/0001-03 GENZYME DO BRASIL LTDA.

LEVI LOURENÇO NARCISO, nomeado chefe da Ass. Comunicação Social do MS

LEVI LOURENÇO NARCISO, para exercer o cargo de Chefe da Assessoria de Comunicação Social, código DAS 101.4, nº 01.0080, do Gabinete do Ministro.

Reunião Técnica e de Países para a Validação do Custo dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável - Análise e Impacto, promovida pela OMS, em Genebra - Suíça

SECRETARIA EXECUTIVA
PORTARIA Nº 615, DE 21 DE JULHO DE 2016
O SECRETÁRIO-EXECUTIVO DO MINISTÉRIO DA SAÚDE, no uso da competência que lhe foi subdelegada pela Portaria nº 1.339, publicada no Diário Oficial da União nº 125, de 29 de junho de 2012, e na forma do disposto no Decreto nº 1.387, de 7 de fevereiro de 1995,
resolve:
Autorizar o afastamento do país da servidora MARIA DE FATIMA MARINHO DE SOUZA, Diretora do Departamento de Vigilância de Doenças e Agravos Não-Transmissíveis e Promoção da Saúde, da Secretaria de Vigilância em Saúde, com a finalidade de participar de Reunião Técnica e de Países para a Validação do Custo dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável - Análise e Impacto, promovida pela OMS, em Genebra - Suíça, no período de 23 a 29 de julho de 2016, inclusive trânsito, com ônus limitado (Processo nº 2 5 0 0 0 . 111 4 5 7 / 2 0 1 6 - 4 5 ) .
ANTONIO CARLOS FIGUEIREDO NARDI

10ª Reunião do IMDRF acontecerá em Florianópolis

O próximo encontro do International Medical Device Regulators Forum (IMDRF) discutirá como os reguladores consideram as normas técnicas em seus regulamentos, bem como tais normas são utilizadas pelas indústrias globalmente. As discussões acontecerão por meio do Workshop da DITTA, que será realizado no dia 12 de setembro e o Fórum dos Stakeholders, que ocorrerá no dia 14 de setembro. Ambos serão no Costão do Santinho Resort, em Florianópolis. 
O IMDRF foi criado em fevereiro de 2011 como um fórum para discussão sobre as direções futuras na convergência regulatória mundial de dispositivos médicos. O encontro reúne as agências reguladoras do Brasil, Austrália, Canadá, China, Estados Unidos, Japão, União Europeia e Rússia. A iniciativa faz parte de um esforço conjunto desses países para implementar mecanismos mais eficientes e colaborativos na área de registro de dispositivos médicos. 
Informações: 
Workshop da DITTA 
Data: 12 de setembro
Horário: 9h às 17h
Local: Costão do Santinho Resort em Florianópolis/SC
Endereço: Estrada do Vereador Onildo Lemos, 2505 – Praia do Santinho, Florianópolis – SC

Fórum dos Stakeholders 
Data: 14 de setembro 
Horário: 9h às 18h
Local: Costão do Santinho Resort em Florianópolis/SC
Endereço: Estrada do Vereador Onildo Lemos, 2505 – Praia do Santinho, Florianópolis – SC

EMBRAPII e MEI realizam Programa de Imersões com empresários

A EMBRAPII (Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial) e a MEI (Mobilização Empresarial pela Inovação) realizarão entre os dias 8 e 12 de agosto o Programa de Imersões em Ecossistemas de Inovação. Nesses dias, empresários brasileiros visitarão oito Unidades EMBRAPII, além de centros de excelência em PD&I com o objetivo de conhecer o os novos instrumentos de incentivo à cooperação academia-indústria, além de temas relevantes para a competitividade de seus negócios. Foram disponibilizadas 20 vagas para o evento.
Durante as visitas técnicas, líderes da MEI irão compartilhar com os participantes as experiências de cooperação entre as empresas e unidades visitadas. As competências tecnológicas que serão abordadas no programa serão: sistemas inteligentes; integração de sistemas; automação e manufatura integrada; equipamentos para a internet e computação móvel; comunicações ópticas; desenvolvimento e escalonamento de processos biotecnológicos; e sistemas de bioenergia e novos materiais.
Os interessados deverão preencher uma ficha de inscrição até o dia 25/07 e enviá-la para o e-mail  candida.oliveira@cni.org.br . As despesas com transporte, hospedagem e alimentação são de responsabilidade do participante.

“Faltam engenheiros de PD&I para tirar inovação do papel no Brasil”, apontam especialistas durante Reunião da SBPC

Enquanto o Brasil não construir uma política concreta de gestão de inovação dificilmente conseguirá tirar a palavra inovação do papel. Essa foi a tônica do debate com os especialistas Edson Hirokazu Watanabe, diretor da Coppe e professor de programa de engenharia elétrica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), e o físico Leandro Tessler, professor associado do Instituto de Física Gleb Wataghin da Unicamp, na 68ª Reunião Anual da SBPC, que ocorreu entre 03 e 09 de julho, em Porto Seguro, na Bahia.

Os especialistas discorreram sobre o tema “como fortalecer o processo de pesquisa em educação em engenharia no Brasil” e foram unânimes em criticar a falta de engenheiros da área de pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I) para criar produtos em larga escala e fazer a máquina funcionar.
Segundo o diretor da Coppe, Watanabe, a falta de engenheiros ligados à área de CT&I é um dos gargalos que se somam ao ambiente desfavorável para os negócios em PD&I, o que piora os riscos inerentes ao processo de desenvolvimento de produtos inovadores, o chamado “vale da morte” – período de transição a partir do momento que uma tecnologia em desenvolvimento é considerada promissora, mas é muito nova para validar seu potencial comercial, até o momento que possa atrair o capital necessário para seu desenvolvimento continuado.
Para Watanabe, os engenheiros formados no Brasil são para o desenvolvimento de testes e papers. “O Brasil não está formando nada de engenheiro de PD&I. Esse ficou esquecido. Depois da graduação, se for bom pode crescer por conta própria”, criticou. Ele reconheceu não ser da área da educação, mas se disse preocupado com a formação da engenharia no Brasil.
Diante desse cenário, Watanabe aponta dificuldade para o País progredir para as fases mais avançadas do processo tecnológico. Ou seja, para o nível de amadurecimento da tecnologia – a Technology Readiness Levels (TRL) -, nas escalas de 05 a 09, fase que, segundo calcula, requer recursos robustos.
Citou, por exemplo, o trem de levitação magnética desenvolvido pela Coppe e que já se encontra fora do laboratório, mas que ainda circulam dentro do campus da UFRJ. Segundo ele, os trens devem circular na Olimpíada, dentro da Vila Olímpica, somente. “Precisamos dar mais um passo para poder circular (na rua). É preciso testar e ter a certeza de que o trem funciona e são seguros de fato, em todas as situações. Essa fase exige muitos recursos”, disse.
Falta de investimento privado
Watanabe acrescentou que a universidade está preparada para ir até a escala 05 do desenvolvimento de uma tecnologia, no máximo. Segundo ele, em países mais desenvolvidos, as fases mais avançadas da tecnologia são de responsabilidade das empresas. “Aqui as empresas esperam que alguém vá fazer, e só entram no buraco, ‘no vale da morte’. Se nos países desenvolvidos grande parte das tecnologias morre, imagina no Brasil. Na Microsoft, por exemplo, 91% do que fazem são jogados fora, mesmo assim, erram 18% menos do que a média mundial. Mas no Brasil errar (ou ousar) é feio nessa área”.

Nesse contexto, o diretor da Coppe mencionou a dificuldade de tirar a inovação do papel.  Lembrou que em 2011 a inovação foi incluída no Ministério de Ciência e Tecnologia (MCT). Já em fevereiro de 2015 foi promulgada a Emenda Constitucional nº 85 que inclui o termo “inovação” na Constituição. E este ano foi aprovado o Marco Legal da Ciência, Tecnologia e Inovação, que não deu resultado, até agora, segundo disse.
“Hoje ainda se quer saber o que é inovação. Na inovação não basta ter uma ideia, ela tem de funcionar e ser aprovada pelo mercado, alguém tem de comprá-la”, disse. Ele definiu o inovador uma pessoa ousada, corajosa e empreendedora. Um exemplo, disse, é Akio Morita (1926 a 1999), fundador da Sony.
O diretor da Coppe lançou a pergunta sobre como formar engenheiros mais inovadores, e respondeu que “o bom é quando ele busca conhecimento das coisas que ninguém sabe”.
O físico da Unicamp, Leandro Tessler, reforçou tal posicionamento e disse que o chamado ‘vale da morte” no Brasil tem a ver também com a falta de profissionais capacitados para atuar nas escalas mais avançadas do desenvolvimento da tecnologia. “O índice de inovação no País parece boca de jacaré que só abre com o tempo”, criticou e disse que o cenário estimula o Brasil a manter a dependência tecnológica do exterior.
Distância entre produção científica e PIB
Nesse caso, o diretor da Coppe mencionou o descompasso entre a produção científica nacional, figurando na 13ª posição mundial, a participação da economia nacional no mundo (entre 7º e 9º lugar), e o índice de inovação, em 70º no ranking mundial. “Alguma coisa não está funcionando direito e talvez seja pelo fato de não formamos engenheiros em PD&. É preciso transformar conhecimento em inovação”, reforçou.

O diretor da Coppe defendeu um programa de iniciação à inovação, inclusive para professores.  “É preciso incluir os conceitos relativos à inovação em disciplinas de graduação, lembrando dos TRL nas escalas de 5 a 9, para conscientizar professores e alunos de que não basta gerar conhecimentos. Alguém tem de aprender a transformá-los em produtos”, recomendou.
Formação da engenharia
Nesta atual conjuntura, de recessão econômica profunda, o diretor da Coppe defendeu a ideia de “formar bons alunos” para melhorar a economia. “É preciso atitudes para melhorar o nível de confiança entre as pessoas, mais ética e mais técnica corretas entre as pessoas. É preciso também desburocratizar o ambiente de negócios. A falta de confiança no Brasil, um dos piores do mundo em termos de confiança, gerou muita burocracia”, criticou.

Na mesma sintonia, o físico da Unicamp, Leandro Tessler, disse que a prática requer engenheiros diferentes do perfil formado. Segundo ele, os engenheiros são formados para solução de problemas, de cálculos. Mas que têm pouco contato com o mundo “que nos cerca”.
No mundo, segundo ele, a formação de engenheiro é mais curta, com quatro anos, contra 5 anos no Brasil, e há mais ênfase em habilidade do que em conteúdo. Para ele, um dos problemas no País é o corpo docente conservador. “Ninguém faz esforço para mudar isso, porque sairia da zona de conforto”.
Questionados pela plateia sobre como o ensino básico poderia se preparar para a graduação da engenharia, o diretor da Coppe saiu em defesa da valorização do professor.  “É preciso refletir para melhorar a educação básica, iniciando pela valorização da carreira do professor. Isso teria de ser um projeto de País”, concluiu.
(Viviane Monteiro/ Jornal da Ciência) ANPEInews

NEILTON A. OLIVEIRA é dispensado em favor de PAULO MARCOS CASTRO RODOPIANO DE OLIVEIRA, EXONERADOS: JOSELITO PEDROSA E WALFREDO S. CALMON, NOMEADOS: PEDRO CANISO BINSFELD, THIAGO RODRIGUES SANTOS, dentre outros

GABINETE DO MINISTRO
PORTARIAS DE 22 DE JULHO DE 2016
O MINISTRO DE ESTADO DA SAÚDE, no uso de suas atribuições legais, e considerando o art. 38 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, resolve:

- 1.329- Dispensar NEILTON ARAÚJO DE OLIVEIRA do encargo de substituto eventual do Secretário-Executivo, código NES-7, nº 05.0001.

- 1.330- Designar PAULO MARCOS CASTRO RODOPIANO DE OLIVEIRA, para exercer o encargo de substituto eventual do Secretário-Executivo, código NES-7, nº 05.0001.

EXONERAÇÕES:

- 1.331- Exonerar JOSELITO PEDROSA do cargo de Coordenador Geral de Assuntos Regulatórios, código DAS 101.4, nº 35.0033, do Departamento do Complexo Industrial e Inovação em Saúde, da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos.

- 1.333-Exonerar WALFREDO DA SILVA CALMON do cargo de Coordenador-Geral de Equipamentos e Materiais de Uso em Saúde, código DAS 101.4, nº 35.0031, do Departamento do Complexo Industrial
e Inovação em Saúde, da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos.

NOMEAÇÕES:

- 1.332-Nomear PEDRO CANISO BINSFELD, para exercer o cargo de Coordenador-Geral de Assuntos Regulatórios, código DAS 101.4, nº 35.0033, do Departamento do Complexo Industrial e Inovação em Saúde, da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos

- 1.334-Nomear THIAGO RODRIGUES SANTOS, para exercer o cargo de Coordenador-Geral de Equipamentos e Materiais de Uso em Saúde, código DAS 101.4, nº 35.0031, do Departamento do Complexo
Industrial e Inovação em Saúde, da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos.

- 1.335- Nomear ANA PAULA DE CAMPOS SCHIAVONE, para exercer o cargo de Gerente de Projeto, código DAS 101.4, nº 32.0054, do Departamento de Planejamento e Regulação da Provisão de Profissionais de Saúde, da Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde.

- 1.336- Nomear EDNEWTON VIANA ARAÚJO, para exercer o cargo de Coordenador de Gestão Editorial, código DAS 101.3, nº 05.0104, da Coordenação-Geral de Documentação e Informação, da
Subsecretaria de Assuntos Administrativos, da Secretaria-Executiva.

- 1.337- Nomear PAULO CESAR KLUGE, para exercer o cargo de Coordenador-Geral de Gestão de Projetos, código DAS 101.4, nº  05.0428, do Departamento de Informática do SUS, da Secretaria Executiva.

Programa de pré-aceleração de empresas “Crowd Londrina” está com inscrições abertas

Estão abertas, até 10/08, as inscrições para o programa de pré-aceleração de empresas “Crowd Londrina”, que podem ser realizadas através do link http://www.aintec.com.br/intuel/crowd/crowd-processo-seletivo/. O programa é resultado da parceria entre a Agência de Inovação Tecnológica da Universidade Estadual de Londrina (AINTEC), o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Paraná (Sebrae-PR) e a Telefónica Open Future.
Serão selecionadas empresas de base tecnológica em áreas consideradas estratégicas pelo Grupo Telefónica (dono da marca Vivo), tais como E2E Digital (end-to-end, soluções focadas na conexão de pontas da cadeia), B2C móvel (business para consumidor), soluções para pequenas e médias empresas e Internet das Coisas (IoT).
O Crowd Londrina é um programa voltado para empresas de base tecnológica com alto potencial inovador. A pré-aceleração terá duração de 12 meses e consistirá no desenvolvimento de metodologias e ferramentas para potencializar o negócio, além do contato com investidores e com o mercado empresarial por meio da Plataforma Open Future.
Os projetos selecionados contarão com espaço de trabalho compartilhado, suporte técnico e mentorias. “Além disso, passarão a fazer parte de um ecossistema mundial, em que poderão trocar experiências com empreendimentos de outros países, executivos e parceiros do Open Future”, afirma Renato Valente, diretor do programa no Brasil.
Durante todo o processo, os empreendedores serão acompanhados pela Academia Wayra, aceleradora que também integra as iniciativas do Open Future, e que poderá selecionar projetos que estejam em fase mais madura para receberem apoio direto e fazer negócio com a Telefónica Vivo.
A seleção das propostas será realizada em duas etapas, uma on-line e outra presencial, e levará em conta questões como viabilidade econômica do empreendimento, capacidade empresarial dos proponentes, grau de inovação e potencial financeiro e mercadológico.
Para mais informações, acesse o site da AINTEC.
(Anprotec, com informações da AINTEC – Agência de Inovação Tecnológica – UEL)

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