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sexta-feira, 12 de agosto de 2016

OMS esclarece boatos sobre vírus zika e microcefalia

Baseada nas mais atuais evidências científicas, a Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS) esclarece os rumores que têm circulado sobre o vírus zika e suas consequências.  
Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil
Baseada nas mais atuais evidências científicas, a Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS) esclarece os rumores que têm circulado sobre o vírus zika e suas consequências.
Entre os assuntos abordados estão a liberação de mosquitos com a bactéria Wolbachia e o boato de que vacinas causam microcefalia.
Confira abaixo.

A bactéria utilizada para controlar a população de mosquitos machos não está ajudando a espalhar o vírus zika

Wolbachia é uma bactéria que pode deter vírus como os da dengue e zika em mosquitos, o que pode impedir a transmissão dessas doenças para seres humanos. Quando as fêmeas acasalam com machos que carregam a bactéria os ovos não eclodem – suprimindo assim as populações de mosquitos. A bactéria Wolbachia é encontrada em 60% dos insetos comuns, incluindo borboletas, moscas-das-frutas e alguns mosquitos.
Os mosquitos Aedes portadores dessa bactéria foram liberados como parte de testes experimentais em diversos lugares desde 2011 – incluindo Austrália, Brasil, Indonésia e Vietnã – para ajudar no controle da dengue (transmitida pelo mesmo mosquito responsável pelo vírus zika). Cientistas libertaram milhares de mosquitos infectados com Wolbachia no subúrbio do Rio de Janeiro em setembro de 2014 e repetiram a medida um ano depois. Essas implantações-piloto precisam ser monitoradas e avaliadas com o intuito de verificar se essas novas ferramentas são bem-sucedidas na interrupção da propagação e controle da doença. O Grupo de Controle Vetorial da OMS está preparando um manual sobre a melhor forma de planejar tais estudos. O documento deve ser lançado ainda neste ano.

Não existem evidências de que o vírus zika e suas consequências sejam causados por mosquitos geneticamente modificados no Brasil

Não há nenhuma evidência de que o vírus zika ou a microcefalia no Brasil sejam causados por mosquitos geneticamente modificados. Apenas mosquitos machos geneticamente modificados são liberados, por isso não há risco de transmissão de doenças, pois apenas os mosquitos fêmeas picam seres humanos. Os genes dos machos são modificados com o objetivo de futuramente causar a morte da prole. Essa prática é projetada para controlar as populações de mosquitos.
A OMS encoraja os países afetados pela epidemia e seus parceiros a impulsionar o uso das atuais intervenções para o controle de mosquitos como medida imediata de defesa e também para testar criteriosamente novas abordagens que podem ser aplicadas no futuro.

Não há evidência de que mosquitos esterilizados contribuam para a propagação do zika

Uma técnica que vem sendo desenvolvida para impedir o zika é o lançamento em massa de mosquitos esterilizados com baixas doses de radiação. Quando um macho estéril acasala, os ovos da fêmea não sobrevivem. A técnica vem sendo usada de forma bem sucedida e em larga escala para controlar insetos e moscas-das-frutas, por exemplo. Não há prova de que a técnica está associada ao aumento de casos de microcefalia ou qualquer anomalia ou má formação.
A OMS incentiva países afetados, bem como seus parceiros, a ampliar o uso das atuais ações de intervenção e controle como a forma mais imediata de reação, e a testar criteriosamente novas abordagens que possam ser utilizadas no futuro.

A maioria dos sintomas da infecção pelo vírus zika é diferente daqueles causados pela gripe sazonal

Os sintomas em comum entre a gripe sazonal e a infecção pelo vírus zika são febre (com variação de intensidade) e dores musculares e articulares. A gripe sazonal pode causar doenças graves ou levar à morte. A doença é caracterizada pelo aparecimento súbito de febre alta, tosse (geralmente seca, podendo ser grave), dor de cabeça, dores musculares e articulares, mal-estar grave, dor de garganta e coriza.
A infecção pelo vírus zika geralmente causa uma doença leve e a maioria das pessoas não apresenta quaisquer sintomas. Os mais comuns são: febre baixa, erupções na pele, conjuntivite e dores musculares e articulares, que aparecem poucos dias após a picada de um mosquito infectado ou relação sexual com uma pessoa que está com o vírus. No entanto, há consenso científico de que o vírus zika é uma causa da microcefalia e da Síndrome de Guillain-Barré, que pode ser uma doença fatal.

Não existe repelente específico que seja mais eficaz contra o mosquito Aedes

Existem diversos repelentes eficazes contra todos os tipos de mosquitos, incluindo o Aedes. Repelentes eficazes contém DEET (diethyltoluamide), IR 3535 ou Icaridin, que são os ingredientes biologicamente ativos em repelentes de insetos. Os princípios ativos são listados no rótulo do produto. Os seguintes princípios ativos repelem ou matam o mosquito quando ele pousa ou se aproxima da pele: DEET (N, N-diethyl-3-methylbenzamide), IR3535 (3- [N-butyl-N-acetyl], aminopropionic acid ethyl-ester) ou Icaridin (piperidinecarboxílico acid-1, 2- (2-hydroxyethyl) – 1-metilpropilester).
Não há estipulação de percentual mínimo ou máximo dos princípios ativos. Os repelentes de insetos devem ser aplicados sob a pele exposta ou em roupas para evitar picadas de mosquitos. A OMS recomenda que as pessoas cubram a pele o máximo possível e use repelente como medida efetiva de proteção contra mosquitos que transmitem vírus como os da chikungunya, dengue, febre amarela e zika. O produto deve ser usado de acordo com as instruções da embalagem. Não existem evidências de quaisquer restrições do uso de repelentes por mulheres grávidas, desde que o produto seja utilizado de acordo com as instruções.

Não há evidências de que vacinas causam microcefalias em bebês

Não existe evidência relacionando qualquer vacina ao aumento de casos de microcefalia, identificados primeiramente na Polinésia Francesa, na epidemia de 2013-2014, e mais recentemente na Região Nordeste do Brasil.
Uma extensa revisão de literatura realizada em 2014 não encontrou evidências de que vacinas aplicadas durante a gravidez resultaram em má-formação nos recém-nascidos. O Comitê Global de Aconselhamento em Segurança de Vacinas, que oferece aconselhamento científico independente à OMS sobre questões de segurança, chegou a uma conclusão similar em 2014.
Além disso, agências reguladoras nacionais são responsáveis por garantir que produtos distribuídos para uso da população, como vacinas, sejam devidamente avaliados de maneira a obterem padrões internacionais de qualidade e segurança. A OMS auxilia os países no fortalecimento dos seus sistemas nacionais de regulamentação.

Não há evidência de que o inseticida pyriproxyfen causa microcefalia

Uma equipe de cientistas da OMS revisou recentemente dados sobre a toxicologia do pyriproxyfen, um dos 12 inseticidas recomendados pela OMS para reduzir as populações de mosquitos. Não foram encontradas evidências de que larvicidas afetam o curso da gestação ou o desenvolvimento do feto. A Agência Norte-Americana de Proteção Ambiental e investigadores da União Europeia chegaram a uma conclusão semelhante quando fizeram uma avaliação em separado do produto.
Larvicidas são armas importantes no arsenal da saúde pública. Especificamente em cidades e municípios nos quais não há água encanada, as pessoas costumam armazenar água potável em ambientes ao ar livre. Essas fontes de água, assim como água parada que pode se acumular no lixo, vasos de flores e pneus são criadouros ideais para os mosquitos.
Larvicidas como o pyriproxyfen são frequentemente usados em recipientes nos quais as pessoas armazenam água para matar o mosquito ainda em seu estágio larval. Quando as pessoas bebem água de recipientes que foram tratados com pyriproxyfen, elas são expostas ao larvicida – mas em quantidades pequenas que não causam danos à saúde. Além disso, 90% a 95% de qualquer larvicida são expelidos pela urina em até 48 horas. Esse produto vem sendo usado desde o final dos anos 90 sem qualquer relação com a microcefalia.

Peixes podem ajudar a acabar com o zika

Alguns países afetados pelo vírus zika e pela dengue estão usando métodos biológicos como parte de uma abordagem integrada de controle dos mosquitos. El Salvador, por exemplo, com grande apoio das comunidades de pescadores, está introduzindo peixes que se alimentam de larvas em recipientes de armazenamento de água.

IFA de OSELTAMIVIR é comprado da HOFFMANN - LA ROCHE por FARMANGUINHOS, INEXIGIBILIDADE no valor de R$ 57.637.545,00

EXTRATO DE INEXIGIBILIDADE DE LICITAÇÃO
Nº 26/2016 - UASG 254446 Nº Processo: 25387000137201673 .
Objeto: Aquisição, via importação, IFA Oseltamivir Fosfato
Total de Itens Licitados: 00001. Fundamento Legal: Art. 25º, Caput da Lei nº 8.666 de 21/06/1993..
Justificativa: Somente o determinado item atende à necessidade da Administração Declaração de Inexigibilidade em 03/08/2016. RAINER WILHELM KONRAD. Tecnologista em Saúde Publica. Ratificação em 10/08/2016. HAYNE FELIPE DA SILVA. Diretor.
Valor Global: R$ 57.637.545,00. CNPJ CONTRATADA : Estrangeiro HOFFMANN-LA ROCHE.

PEDRO CANISIO BINSFELD é designado para exercer o encargo de substituto eventual do Diretor do DECIIS/SCTIE , em substituição ao JOSELITO PEDROSA

SECRETARIA EXECUTIVA
PORTARIA Nº 666, DE 11 DE AGOSTO DE 2016
O SECRETÁRIO-EXECUTIVO DO MINISTÉRIO DA SAÚDE, no uso da competência que lhe foi delegada pelo Ministro de Estado da Saúde, por meio da Portaria nº 474, publicada no Diário Oficial da União de 17 de março de 2011,
resolve: Designar
PEDRO CANISIO BINSFELD para exercer o encargo de substituto eventual do Diretor do Departamento do Complexo Industrial e Inovação em Saúde, DAS 101.5, código nº 35.0028, da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos, ficando dispensado JOSELITO PEDROSA.
ANTONIO CARLOS FIGUEIREDO NARDI

PATRÍCIA DE SOUZA BOAVENTURA, para exercer o cargo de Coordenadora-Geral de Gestão do Conhecimento em Ciência e Tecnologia da SCTIE/MS

PORTARIA Nº 1.500, DE 11 DE AGOSTO DE 2016
O MINISTRO DE ESTADO DA SAÚDE, no uso da competência que lhe foi subdelegada pela Portaria nº 1.056, de 11 de junho de 2003, da Casa Civil da Presidência da República,
resolve: Nomear
PATRÍCIA DE SOUZA BOAVENTURA, para exercer o cargo de Coordenadora-Geral de Gestão do Conhecimento em Ciência e Tecnologia, código DAS 101.4, nº 35.0026, do Departamento De Ciência e Tecnologia, da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos.
RICARDO BARROS

JOSÉ CARLOS MAGALHÃES DA SILVA MOUTINHO é o novo substituto eventual do Diretor Presidente da ANVISA, anteriormente ocupado pelo IVO BUCARESKY

PORTARIA Nº 1.496. DE 11 DE AGOSTO DE 2016
O MINISTRO DE ESTADO DA SAÚDE, no uso de suas atribuições, e tendo em vista o disposto no parágrafo único do art. 13 do Regulamento aprovado pelo Decreto nº 3.029, de 16 de abril de 1999,
resolve: Dispensar
IVO BUCARESKY do encargo de substituto do Diretor-Presidente CD I, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, nos impedimentos e afastamentos legais, temporais e eventuais do titular do cargo.
RICARDO BARROS

PORTARIA Nº 1.497, DE 11 DE AGOSTO DE 2016
O MINISTRO DE ESTADO DA SAÚDE, no uso de suas atribuições, e tendo em vista o disposto no parágrafo único do art. 13 do Regulamento aprovado pelo Decreto nº 3.029, de 16 de abril de 1999,
resolve: Designar
JOSÉ CARLOS MAGALHÃES DA SILVA MOUTINHO, para exercer o encargo de substituto do Diretor-Presidente CD I, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, nos impedimentos e afastamentos legais, temporais e eventuais do titular do cargo.
RICARDO BARROS

Comissão Científica em Vigilância Sanitária (CCVISA) MS reconduz e nomeia novos membros, dentre eles GONZALO VECINA NETO

GABINETE DO MINISTRO
PORTARIA Nº 1.495, DE 11 DE AGOSTO DE 2016
O MINISTRO DE ESTADO DA SAÚDE, no uso da atribuição que lhe confere o inciso II do parágrafo único do art. 87 da Constituição, e considerando o disposto no art. 19-C do Decreto nº 3.029, de 16 de abril de 1999,
resolve:
Art. 1º Reconduzir, nos termos do art. 19-C, do Decreto nº 3.029, de 16 de abril de 1999, para mandato de três anos, os seguintes membros titulares e suplentes da Comissão Científica em Vigilância Sanitária (CCVISA):
I - Mauro Martins Teixeira – titular, Fernando Queiroz Cunha - suplente
II - Mayana Zatz – titular, Maria Rita Passos-Bueno - suplente
III - Paulo Marcelo Ghem Hoff - titular
Art. 2º Nomear como membros titulares e suplentes da Comissão Científica em Vigilância Sanitária (CCVISA), para mandato de três anos:
I - Gonzalo Vecina Neto – titular, Marco Akerman - suplente
II - João Lauro Viana de Camargo – titular, Maria Luiza Cotrim Sartor de Oliveira - suplente
III - Mario Borges Rosa – titular, Edson Perini - suplente
IV - Maurício Lima Barreto – titular, Maria da Glória Lima Cruz Teixeira - suplente
V - Gustavo dos Santos Fernandes - suplente de Paulo Marcelo Ghem Hoff.
Art. 3º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.
RICARDO BARROS

ROSANA REIS NOTHEN é designada substituta eventual do Coordenador-Geral de Sangue e Hemoderivados, do Dep. de Atenção Hospitalar e de Urgência, da SAS, ficando dispensado FABIANO ROMANHOLO FERREIRA

ROSANA REIS NOTHEN é designada para exercer o encargo de substituta eventual do Coordenador-Geral de Sangue e Hemoderivados, DAS-101.4, código 30.0057, do Departamento de Atenção Hospitalar e de Urgência, da Secretaria de Atenção à Saúde, ficando dispensado FABIANO ROMANHOLO FERREIRA.

Um terço dos homens não acompanha o estado de saúde

Quase um terço (31%) dos homens brasileiros não tem o hábito de ir aos serviços de saúde para acompanhar seu estado de saúde e buscar auxílio na prevenção de doenças e na qualidade de vida. Pesquisa realizada pelo Ministério da Saúde aponta que barreiras socioculturais interferem na prevenção à saúde. Em muitos casos, os homens pensam que não ficam doentes ou têm medo de descobrir doença, além de sentirem que esse cuidado pode interferir na sua imagem de cuidado com a família.

“Saúde é importante para que os homens participem ativamente das atividades familiares. Nossa chamada é para que os pais procurem os serviços e recebam orientações para cuidar de sua saúde e prevenir doenças, como manter as vacinas em dia. Filhos, lembrem seus pais de cuidar regularmente da saúde. Esse será o melhor presente para toda a família”, afirmou o ministro da Saúde, Ricardo Barros.


Uma das respostas mais comuns entre os homens (55%) é dizer que não buscaram os serviços de saúde, pois nunca precisaram. Essa falta de cuidado, no entanto, esconde uma crescente consequência para a maioria dos brasileiros: eles morrem mais cedo do que as mulheres e de doenças que poderiam ser prevenidas, como acidentes vasculares, infartos, cânceres e doenças do aparelho digestivo.
A partir deste diagnóstico e aproveitando a semana em que se comemora o Dia dos Pais, o Ministério da Saúde lança o Guia do Pré-Natal do parceiro e o Guia da Saúde do Homem para agente comunitário de saúde. O objetivo é aproveitar o momento em que o homem está mais próximo do serviço de saúde, acompanhando sua parceira no Pré-Natal, para que ele adote hábitos saudáveis e realize exames preventivos. Como a chegada de um filho traz mudanças à família, a ideia é despertar nos futuros pais a necessidade de adoção de medidas preventivas que lhe garantam um futuro ao lado dos filhos.

“Alguns pilotos de capacitação com profissionais de saúde já foram feitos na Bahia, São Paulo e Paraná. Nossa ideia é mostrar a forma triangular da família e sair daquele binômio mãe e filho. Algumas unidades de saúde já atendem em horário ampliado para atrair os homens”, informa Francisco Norberto, coordenador da saúde do homem.

A pesquisa mostrou ainda que, apesar do Pré-natal da parceira ser o momento em que o homem está mais próximo do serviço de saúde, ele ainda é pouco aproveitado pelos profissionais. A maioria dos homens (80%) disse que acompanhou a parceira nas consultas de pré-natal, mas 56% disseram que o atendimento teve foco apenas nas orientações para a gestante.

Sobre a realização de exames, 84,6% dos pais não realizaram nenhum durante o pré-natal. Os exames mais pedidos para os que realizaram foram tipagem sanguínea (70,4%), seguido da sorologia para HIV e hemograma. Também foi alto o percentual de homens que informaram que não atualizaram o seu cartão de vacinas – 64%. Quanto às orientações sobre planejamento familiar, 61% relataram ter recebido atendimento nos serviços de saúde.

O inquérito telefônico foi realizado em 2015, com mais de seis mil homens cujas parceiras fizeram parto no SUS. Dentre os participantes, 80% tinham entre 20 e 39 anos e 67,3% afirmaram ter renda entre 1 e 2 salários mínimos. Quase metade (49%) relataram que são casados e apenas 36,9% possuíam nível médio completo.

O Ministério da Saúde também lançou com a Avasus um curso a distância chamado Pai Presente – Cuidado e Compromisso. O curso é voltado para todos os pais que querem viver uma paternidade ativa e consciente. Quem tiver interesse, o endereço é https://avasus.ufrn.br/

SAÚDE DO HOMEM – O resultado da busca tardia pelo serviço de saúde é que, em média, os homens vivem sete anos a menos que as mulheres. Segundo a última pesquisa do IBGE, enquanto a expectativa de vida dos homens alcançou 71 anos, entre as mulheres, a expectativa é de 78 anos. As causas que mais matam os homens são as externas, (acidentes de trânsito, violências), seguido de doenças do aparelho circulatório, neoplasias e aparelho digestivo. Ou seja, males que, se conhecidos no estágio inicial, podem ser prevenidos ou controlados.

Dados do Vigitel 2015 mostraram ainda outros problemas de saúde. No quesito da nutrição, 57% dos homens têm sobrepeso e 18% estão obesos, 25% deles consomem bebidas alcóolicas, 13% deles fumam e apenas 31% consomem regularmente frutas e verduras.
O governo brasileiro foi o primeiro das Américas a desenvolver e executar uma política exclusiva para homens. Atualmente, além do Brasil, apenas a Austrália e Irlanda apresentam uma política com a mesma finalidade.

Agora, com o Guia do Pré-Natal do Parceiro para Profissionais de Saúde e o Guia da Saúde do Homem para o Agente Comunitário de Saúde (ACS), o Ministério da Saúde quer estimular os homens a assumirem cuidados preventivos – no mês que é marcado, no Brasil, pelo Dia dos Pais e que, por isso, foi adotado como mês de valorização da paternidade. “Gravidez também é assunto de homem. Estimular a participação do parceiro é fundamental para o bem estar da mãe, do bebê e do próprio homem”, afirma o coordenador da saúde do homem, Francisco Norberto.

Já o Guia da Saúde do Homem do Agente Comunitário de Saúdetem o propósito desensibilizar os ACS’s no sentido de levar o homem às unidades básicas de saúde para trabalhar a prevenção. “Nossa intenção é educar o homem para que ele entenda as unidades de saúde como um espaço de cuidado”, completa o coordenador.

As publicações serão apresentadas em capacitações que acontecerão em todo o país de agosto a novembro deste ano. Serão distribuídos 242.500 exemplares do Guia do Pré-Natal do Parceiro para Profissionais de Saúde,voltado para inserção dos homens no pré-natal de suas parceiras. Ele orienta e incentiva o homem a exercer a paternidade desde o planejamento reprodutivo do casal, passando pela fase do pré-natal, parto e atenção às crianças.

Carolina Valadares, da Agência Saúde 


LED é mais eficiente do que medicamento para tratar candidíase oral, sugere estudo

O uso de luz associado a um composto fotossensibilizante mostrou-se mais eficaz do que medicamentos antifúngicos para tratar a candidíase oral, doença causada pelo fungo Candida abicas, que causa lesões, manchas e rachaduras na lateral da boca e atinge, prioritariamente, crianças, idosos e pessoas com o sistema imunológico debilitado.

Esse resultado foi apresentado no estudo “Treatment of Oral Candidiasis Using Photodithazine® - Mediated Photodynamic Therapy In Vivo", publicado recentemente na revista PLoS One.

O trabalho foi realizado por pesquisadores do Centro de Pesquisas em Óptica e Fotônica (CePOF), um Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID) da FAPESP, em parceria com pesquisadores do Departamento de Materiais Odontológicos e Prótese e de Fisiologia e Patologia, da Faculdade de Odontologia da Universidade Estadual Paulista (Unesp) em Araraquara, e divulgado pela Assessoria de Comunicação do Instituto de Física de São Carlos da Universidade de São Paulo (IFS/USP) .

As espécies do gênero Candida são parte da microbiota bucal, sendo que a C. albicans é a mais associada ao desenvolvimento de candidíase oral, popularmente conhecida como “sapinho”. Um dos tratamentos mais indicados para combater as lesões provocadas por esse fungo é o bochecho com medicamentos à base de nistadina, um antifúngico tópico. Entretanto, de acordo com estudos anteriores, o uso contínuo de antifúngicos pode resultar no desenvolvimento de espécies de Candida mais difíceis de combater com os fármacos existentes.

Para tratar as lesões, os pesquisadores administraram a um grupo de camundongos a terapia fotodinâmica antimicrobiana (APDT), que consistiu no uso de Photodithazine (PDZ), um fotossensibilizador de segunda geração composto por um sal de glucosamina de clorina solúvel em água, associado à aplicação de uma luz vermelha emitida por LED. Um segundo grupo recebeu nistadina. Os tratamentos foram administrados uma vez ao dia, durante cinco dias consecutivos.

Os dois métodos foram igualmente eficazes para inativar o fungo. A terapia fotodinâmica, porém, eliminou as lesões mais rapidamente – 24 horas após o término do tratamento. O grupo tratado com nistadina apresentou apenas remissão parcial das lesões. Os pesquisadores também testaram isoladamente o uso de luz ou o do PDZ. Mas nenhum dos dois eliminou as lesões completamente.

“O novo método, baseado no uso de luz e Photodithazine, é um exemplo de novas alternativas que têm impedido a evolução desse tipo de microrganismos”, disse Vanderlei Bagnato, coordenador do CePOF e um dos pesquisadores responsáveis pelo estudo, à Assessoria de Comunicação do IFSC/USP.

Os pesquisadores da Faculdade de Odontologia da Unesp estão testando o tratamento à base de luz e PDZ em 60 pacientes idosos. “Clinicamente foi observado que, ao afinal das aplicações, houve remissão completa das lesões em alguns pacientes”, disse Ana Claudia Pavarina, da Unesp e coordenadora do estudo, que ainda está em andamento



Encontrada no Brasil bactéria resistente a um dos mais poderosos antibióticos

Colônias de E. coli (à esquerda) e antibiograma da bactéria (à direita), em que cada disco branco é um dos 16 antibióticos testados; a ausência de halo de inibição (o espaço livre de bactérias entre a cultura e os discos de antibiótico) corresponde à resistência do microrganismo à droga: no caso, a 11 dos 16 antibióticos

Recentemente descoberto na China e também encontrado em países da Europa, da Ásia e da África, o gene mcr-1, que causa resistência a uma classe de antibióticos utilizados justamente para tratar infecções por bactérias multirresistentes, foi identificado pela primeira vez no Brasil em cepas da bactéria Escherichia coli isoladas de animais de produção.

Os pesquisadores do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (ICB-USP) responsáveis pela identificação da bactéria também reportaram o primeiro caso de infecção humana no Brasil, em um hospital de alta complexidade em Natal (RN), por uma cepa da bactéria portadora do gene e resistente a Colistina (polimixina E), um dos mais poderosos antibióticos, considerados como último recurso no tratamento de infecções produzidas por bactérias que não respondem a outras drogas.

“A aparição desse gene no Brasil pode contribuir para o surgimento de bactérias totalmente resistentes aos antibióticos, com risco de enfrentarmos uma situação similar ao que foi a era pré-antibiótica, quando doenças comuns, como uma infecção urinária ou um ferimento profundo na pele, levavam facilmente a óbito”, alerta Nilton Lincopan, responsável pela pesquisa Monitoramento de bactérias Gram-negativas multirresistentes de importância médica (humana e veterinária): impacto clínico/ambiental e desenvolvimento de alternativas terapêuticas e produtos de inovação tecnológica, realizada com apoio da FAPESP.

Os resultados da pesquisa foram publicados nas revistas científicas Eurosurveillance, do European Centre for Disease Prevention and Control, e Antimicrobial Agents and Chemotherapy, da American Society for Microbiology.

Superbactéria
Descoberta em 1949, a produção de Colistina foi descontinuada entre a década de 1970 e o ano 2000 por sua elevada toxicidade, ficando o antibiótico restrito ao uso veterinário. No início do século, entretanto, com a emergência de bactérias produtoras de enzimas responsáveis por provocar resistência a praticamente todos os antibióticos beta-lactâmicos, como as penicilinas, a Colistina voltou a ser utilizada como última alternativa terapêutica no tratamento de infecções produzidas por microrganismos multirresistentes, principalmente associadas a surtos de infecção hospitalar.

Por muito tempo, conta Lincopan, a comunidade científica internacional acreditou que o desenvolvimento da resistência bacteriana a Colistina seria um processo difícil. “Porém, ao final do ano passado, um artigo alarmante foi publicado na revista Lancet Infectious Diseases, em que pesquisadores chineses descreveram a identificação de um novo gene (o mcr-1) que confere resistência contra polimixina E e polimixina B.”

Ainda mais preocupante, de acordo com o pesquisador, foi a descoberta de que o gene é facilmente transferível de uma espécie bacteriana a outra por meio de plasmídeos, fragmentos de DNA extracromossômicos que podem se replicar autonomamente e que podem ser transferidos entre diferentes espécies bacterianas por conjugação – processo de reprodução das bactérias por meio do qual pedaços de DNA passam diretamente de uma para a outra. O fragmento de DNA transferido se recombina com o material genético da bactéria receptora, produzindo novas combinações genéticas que serão transmitidas às células-filhas na próxima divisão celular.

Cepas bacterianas carregando o gene mcr-1 foram encontradas tanto em animais de produção como em seres humanos, levantando suspeitas sobre a existência de uma cadeia na disseminação da resistência a Colistina que começa a partir do uso do antibiótico na alimentação animal, propagando-se para os animais abatidos, os alimentos derivados e o ambiente.

Diante da ameaça de que muitas infecções poderiam se tornar intratáveis, um alerta mundial foi emitido no início do ano pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês), agência do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos. Segundo Lincopan, papers de pesquisadores de diferentes países reportaram em seguida a identificação do gene mcr-1 em cepas de bactérias clinicamente importantes, como Escherichia coliSalmonella spp. e Klebsiella pneumoniae.

“O aspecto mais assustador sobre o gene é a facilidade com que ele é transferido entre diferentes espécies bacterianas. Consequentemente, algumas bactérias hospitalares têm alinhado este gene junto a outros de resistência a antibióticos, favorecendo que a espécie bacteriana receptora fique resistente a praticamente a totalidade dos medicamentos. Assim, se um paciente estiver gravemente infectado, por exemplo, por uma E. coli, não haverá nada que se possa fazer”, diz o pesquisador.

Urgência epidemiológica
De acordo com Lincopan, suspeita-se que a principal razão para o surgimento e a propagação do mcr-1 seja o uso exacerbado de Colistina na produção agropecuária, como promotora de crescimento. Entretanto, a presença do gene também foi descrita em amostras de animais domésticos, alimentos e ambientes aquáticos, evidenciando a disseminação para diversos ecossistemas.

“No Brasil, no início deste ano, nosso grupo de pesquisa identificou pela primeira vez a presença do gene mcr-1 em animais de produção das regiões Sudeste (São Paulo e Minas Gerais) e Sul (Paraná e Santa Catarina), o que deve ser considerado uma urgência epidemiológica e um alerta para as implicações no agronegócio, visto que o país é um grande produtor e exportador de produtos de origem animal.”

Para os pesquisadores, os órgãos reguladores do setor deveriam reavaliar o uso de antibióticos como a Colistina.

“O impacto real da resistência bacteriana no Brasil também precisa ser avaliado pelo poder público e pela comunidade científica. Além disso, devemos privilegiar a educação sobre o uso racional de antibacterianos. Clinicamente, muitos estudos e reuniões científicas têm alertado que bactérias multirresistentes estão adquirindo um caráter de endemicidade em centros hospitalares, sendo frequentemente associadas a altas taxas de falha terapêutica e subsequente morbimortalidade”, conta Miriam Fernandes, aluna de doutorado da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP e primeira autora dos artigos publicados. “Estes esforços poderiam evitar uma situação irreversível”.

Um plano de ação global contra o risco do colapso dos antibióticos, avalia Lincopan, deve incluir “o uso racional desses fármacos na saúde humana e animal, o reforço da vigilância epidemiológica e o estímulo de pesquisas na área, a educação da população e dos profissionais da saúde humana e veterinária, assim como fazendeiros e produtores, sobre o uso adequado de antibióticos e o desenvolvimento de novos compostos e ferramentas de diagnóstico”.

Os resultados da pesquisa podem ser acessados no artigo First Report of the Globally Disseminated IncX4 Plasmid Carrying the mcr-1 Gene in a Colistin-Resistant Escherichia coli ST101 isolated from a Human Infection in Brazil, disponível emaac.asm.org/content/early/2016/07/19/AAC.01325-16.abstract, e no artigo Silent dissemination of colistin-resistant Escherichia coli in South America could contribute to the global spread of the mcr-1 gene, em www.eurosurveillance.org/ViewArticle.aspx?ArticleId=22458.

Diego Freire | Agência FAPESP 



DEPOIS DE INOCENTADO MOZART JÚLIO TABOSA SALES PEDI DISPENSA DO CARGO DE DIRETOR DA HEMOBRÁS

MINISTÉRIO DA SAÚDE
DECRETO DE 11 DE AGOSTO DE 2016
O VICE-PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no exercício do cargo de PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, caput, inciso XXV, da Constituição, e tendo em vista o disposto no art. 9o da Lei no 10.972, de 2 de dezembro de
2004, e no art. 17, § 10, do Estatuto aprovado pelo Decreto no 5.402, de 28 de março de 2005, resolve
DISPENSAR, a pedido,
MOZART JÚLIO TABOSA SALES do cargo de Diretor da Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia - HEMOBRÁS, a partir de 4 de agosto de 2016, em virtude de renúncia.
Brasília, 11 de agosto de 2016; 195o da Independência e 128o
da República.
MICHEL TEMER
Ricardo José Magalhães Barros

quinta-feira, 11 de agosto de 2016

Decisão do CTE sobre prazos de análise de recursos ao CTE, reconsiderações, medicamentos liberados e Documentos Informativos de Preço que envolvam casos omissos

COMUNICADO N° 10, DE 10 DE AGOSTO DE 2016
Comunica decisão do CTE sobre prazos de análise de recursos ao CTE, reconsiderações, medicamentos liberados e Documentos Informativos de Preço que envolvam casos omissos.

A Secretaria-Executiva da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED), com fulcro no disposto no inciso XIII do artigo 12 da Resolução CMED nº 3, de 29 de julho de 2003;
Considerando o disposto no inciso I do art. 6º da Lei nº 10.742, de 6 de outubro de 2003, que confere à CMED competência para definir procedimentos relativos à regulação econômica do mercado de medicamentos;
Considerando a necessidade de estabelecimento de prazo para análise dos casos omissos de que trata o artigo 20 da Resolução CMED nº 2, de 5 de março de 2004;
Considerando a necessidade de estabelecimento de prazo para análise do pedido de reconsideração e do recurso de que tratam o artigo 17 e seu parágrafo único da Resolução CMED nº 2, de 5 de março de 2004;
Considerando a necessidade de estabelecimento de prazo para pedidos de liberação dos critérios de ajuste ou estabelecimento de Preço Fábrica, por similaridade aos produtos constantes da Resolução CMED n. 5, de 9 de outubro de 2003;
Considerando decisões do Comitê Técnico-Executivo da CMED, nas reuniões realizadas em 12 de julho e 09 de agosto de 2016;
Expede o presente Comunicado:
1. Documento Informativo de Preços (DIP) de apresentações de medicamentos enquadradas como caso omisso de que trata o art. 20 da Resolução CMED nº 2, de 5 de março de 2004, será analisado pela Secretaria-Executiva da CMED (SCMED) no prazo máximo de 90 dias e relatado para decisão do Comitê Técnico-Executivo (CTE) na reunião ordinária subsequente.
1.1 O prazo a que se refere o item 1 somente iniciará a partir do recebimento pela SCMED de documentos imprescindíveis para início da análise do processo;
1.2 Qualquer membro do CTE poderá sugerir a retirada do tema de pauta, não podendo a decisão ser postergada por mais de uma reunião.
2. O pedido de reconsideração de trata o art. 17 da Resolução CMED nº 2, de 5 de março de 2004, será decidido pela SCMED em até 90 (noventa) dias a partir do seu recebimento.
2.2 Em se tratando de pedido de reconsideração de caso omisso, a SCMED analisará em até 90 (noventa) dias e relatará na reunião ordinária do CTE subsequente;
2.3 Qualquer membro do CTE poderá sugerir a retirada do tema de pauta, não podendo a decisão ser postergada por mais de uma reunião.
3. O recurso de que trata o Parágrafo único do art. 17 da Resolução CMED nº 2, de 5 de março de 2004, será relatado em até quatro reuniões ordinárias subsequentes, contadas a partir do recebimento dos autos pelo órgão relator.
3.1 A SCMED ao receber o recurso a que se refere o item 3 o enviará para distribuição por sorteio na próxima reunião do CTE, desde que recebido pela SCMED até cinco dias antes da publicação da pauta.
3.2 A Secretaria-Executiva encaminhará o processo ao órgão relator em até dois dias úteis após a distribuição por sorteio.
4. Os prazos de que tratam os itens 1, 2 e 3 ficarão suspensos durante o período em que estiverem pendentes esclarecimentos ou documentos imprescindíveis à análise do processo, solicitados por qualquer meio que assegure a ciência por parte do interessado.
4.1 A suspensão de que trata o item 4 aplica-se, de igual forma, no caso de pedido de diligência à Secretaria-Executiva.
4.2 A Secretaria-Executiva deverá responder a diligência de que trata o item 4.1 na reunião ordinária subsequente ao prazo de 30 dias contados a partir do recebimento da diligência ou, se for o caso, de informações requeridas a terceiros.
5. Os pedidos de liberação dos critérios de ajuste ou estabelecimento de Preço Fábrica, por similaridade aos produtos constantes da Resolução CMED n. 5, de 9 de outubro de 2003, serão analisados pela Secretaria-Executiva em até 60 dias e relatados para decisão do CTE na reunião ordinária subsequente.
6. Caso haja pedido de vista em processo referente a caso omisso, a reconsideração de caso omisso, a recurso ao CTE, ou liberação dos critérios e ajuste ou estabelecimento de Preço Fábrica, este deve ser reapresentado para decisão no máximo até a segunda reunião ordinária subsequente.
7. Em casos excepcionais, caracterizados pelo seu ineditismo, mediante justificativa técnica, o CTE poderá prorrogar os prazos previstos neste Comunicado.
8. Este Comunicado entra em vigor na data de sua publicação, sendo que os seus efeitos somente alcançarão os pedidos protocolados a partir desta data.
LEANDRO PINHEIRO SAFATLE
Secretário-Executivo

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