Destaques

sábado, 4 de março de 2017

Vetores da febre amarela

Do início de 2017 até 24 de fevereiro, o Brasil registrou 326 casos confirmados de febre amarela, com 109 óbitos. Até o momento, os dados indicam que as notificações estão associadas ao ciclo silvestre da doença, afetando pessoas que contraíram o vírus em áreas de mata ou em suas proximidades. Segundo o Ministério da Saúde, os casos de infecção urbanos não ocorrem no país desde 1942. Uma das diferenças centrais entre as duas formas de aquisição da infecção está nos mosquitos que transmitem o vírus da febre amarela em cada ambiente, como explicam pesquisadoras do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz). Enquanto nas florestas insetos dos gêneros Haemagogus e Sabethes disseminam o agravo, nas cidades, o Aedes aegypti, vetor da dengue, zika e chikungunya, tem potencial de transmissão.

Os mosquitos Haemagogus, como o Hg. leucocelaenus, são vetores primários da febre amarela silvestre (foto: Josué Damacena)

“Os mosquitos Haemagogus e Sabethes vivem na copa das árvores. Por isso, o alvo preferencial das suas picadas são os macacos, que compartilham o mesmo habitat”, relata Dinair Couto, pesquisadora do Laboratório de Mosquitos Transmissores de Hematozoários. Assim, no ciclo silvestre da febre amarela, a circulação do vírus é mantida pela interação entre os vetores e os primatas, que são os principais hospedeiros e amplificadores do vírus: é a partir da picada em primatas infectados que mais mosquitos podem contrair o vírus. Os símios da América do Sul são muito sensíveis ao vírus da febre amarela. Eles adoecem de forma semelhante aos seres humanos e frequentemente morrem. O óbito de macacos em determinada área é um dos principais indício de circulação do vírus na floresta. “Nesse ciclo, a infecção humana ocorre de forma acidental. Ao entrar ou se aproximar de uma área de mata onde há epizootia [mortalidade de macacos], as pessoas não vacinadas podem contrair a infecção através de picadas de mosquitos Haemagogus ou Sabethes infectados, que eventualmente descem da copa das árvores para perto do solo. Sem imunidade à doença, elas serão infectadas”, completa Maria Goreti Freitas, pesquisadora do mesmo Laboratório.

Diferentes espécies de mosquitos dos gêneros Haemagogus e Sabethes podem transmitir a febre amarela em ambientes silvestres. No Brasil, as mais frequentes são Haemagogus janthinomys e Haemagogus leucocelaenus, insetos considerados vetores primários da forma silvestre da doença, uma vez que suas características genéticas, biológicas e comportamentais são favoráveis para a transmissão, tornando-os capazes de desencadear e manter a circulação do vírus. Entre as espécies do gênero Sabethes, as mais comuns são Sabethes chloropterus e Sabethes albiprivus, mosquitos considerados vetores secundários do vírus, pois não são capazes de sustentar a circulação viral isoladamente, mas podem contribuir para a sua manutenção. Os dois gêneros de insetos podem ser encontrados em florestas de Norte a Sul do país.

Hábitos e aparência

Visualmente, Haemagogus e Sabethes são mosquitos bem diferentes. No entanto, seus hábitos apresentam semelhanças. No primeiro grupo, os Hg. leucocelaenus apresentam o tórax coberto de escamas escuras com uma faixa prateada longitudinal na parte superior, enquanto os Hg. janthinomys possuem o tórax coberto de escamas de tonalidade escura, que varia de verde-escuro a azul. “A olho nu, os Haemagogus se parecem com os Aedes, sendo que os Hg. leucocelaenus se assemelham especialmente aos Aedes albopictus por possuírem a mesma listra longitudinal no tórax. A principal diferença é que eles não apresentam listras brancas nas pernas”, destaca Dinair. Por outro lado, os Sabethes chamam atenção pelo colorido metalizado, com tons de violeta, roxo, azul e verde.

Segundo Dinair, algumas características da biologia dos mosquitos Haemagogus, como o tempo de vida longo, podem favorecer a transmissão da febre amarela silvestre (foto: Josué Damacena)

Os Haemagogus e Sabethes são estritamente silvestres, sendo que os Sabethes são ainda mais seletivos na sua dispersão. Os vetores se concentram nos locais de vegetação preservada, e os Haemagogus podem ser encontrados ainda na periferia das florestas, nas chamadas franjas da mata, onde os Sabethes geralmente não se aventuram. Hg. leucocelaenus pode voar alguns quilômetros através de desacampados para atingir porções de mata isoladas pela ação do homem. Para se reproduzir, esses insetos colocam seus ovos nos ocos das árvores e em bambus, no acúmulo de água formado nos internódios (as conexões entre trechos do caule). Assim como os Aedes, os Haemagogus não depositam seus ovos diretamente na superfície aquática, mas sim na parede interna do criadouro próximo à lâmina d’água. Quando os ovos são submersos, as larvas eclodem e passam a se desenvolver, se alimentado da matéria orgânica presente na água, até se tornarem pupas. Cerca de sete a dez dias após a eclosão dos ovos, os Haemagogus chegam à fase de mosquitos adultos. Já os Sabethes lançam seus ovos diretamente sobre a superfície da água e chegam à fase adulta quase um mês depois. Insetos Haemagogus e Sabethes possuem um tempo de vida considerado longo para mosquitos, o que pode favorecer a propagação dos vírus. Observações em laboratório indicam que o tempo de sobrevivência de ambos ultrapassa meses após os insetos atingirem a idade adulta. “Esse fator é importante porque, uma vez infectado, o mosquito permanece portador e capaz de transmitir o vírus da febre amarela durante toda a vida”, diz Dinair.
Comparações com o Aedes

Insetos Haemagogus e A. aegypti compartilham uma vantagem reprodutiva: seus ovos podem permanecer viáveis no ambiente por períodos de seca, até que a chuva abasteça novamente os criadouros com água, contribuindo para o nascimento das larvas. A resistência à dessecação é menor para os Haemagogus – cerca de quatro meses – do que para os A. aegypti – pode chegar a um ano. Ainda assim, segundo as pesquisadoras, o período é longo o suficiente para favorecer a continuidade das espécies em locais com variação na frequência de chuvas. Em contrapartida, os ovos de Sabethes precisam entrar em contato com a água logo após a postura ou perdem a viabilidade.

Goreti ressalta que a vacinação é fundamental para prevenir a febre amarela nas áreas com risco de transmissão da doença (foto: Josué Damacena)

Ainda no aspecto reprodutivo, os Hg. leucocelaenus possuem uma particularidade: apenas partes dos seus ovos eclode após a primeira submersão em água, enquanto o restante permanece latente, pronto para eclodir em submersões subsequentes. Esse mecanismo faz com que um único lote de ovos dê origem a diversos grupos de mosquitos no decorrer do tempo, favorecendo a sobrevivência da espécie no ambiente por um longo período. Ao mesmo tempo, contribui para a manutenção da circulação do vírus da febre amarela, uma vez que as fêmeas infectadas transmitem o vírus para a prole, em um processo chamado de transmissão transovariana.

A capacidade de percorrer longas distâncias também é um diferencial dos Hg. leucocelaenus. Esses insetos podem alcançar um raio de dispersão de até 6 km, distanciando-se bastante dos seus criadouros. Para comparação, os A. aegypti costumam passar toda a vida adulta perto dos locais onde nasceram. Pesquisas apontam que em ambientes com alta densidade, com casas muito próximas, esses mosquitos voam usualmente num raio de 40 a 50 metros. Já em regiões sem barreiras, como montanhas, praias ou grandes avenidas, eles atingem até 800 metros.

Haemagogus e Sabethes são mosquitos diurnos, assim como os A. aegypti. No entanto, enquanto a espécie urbana prefere picar no começo da manhã e no final da tarde, os vetores silvestres apresentam maior atividade do meio-dia até o pôr do sol, com alguns estudos indicando dois picos: das 12h às 14h e das 16h às 17h. “É interessante observar que esses horários coincidem, muitas vezes, com a atividade humana na mata, tanto para trabalho, quanto para lazer”, comenta Goreti.

Sazonalidade

A presença do vetor não é o único fator necessário para a ocorrência de casos de febre amarela. Para que a doença seja disseminada, é preciso haver também vírus em circulação e indivíduos suscetíveis, que possam ser infectados. Considerando esse tripé, os registros de febre amarela em áreas silvestres costumam ter um caráter sazonal, com ocorrência de surtos maiores em intervalos de cinco a dez anos. Geralmente, os casos acontecem entre dezembro e maio, meses chuvosos em grande parte do Brasil, o que favorece a proliferação dos vetores. Além disso, embora haja registros da doença anualmente, epizootias de maior escala são observadas em intervalos de cinco a dez anos. Isso ocorre porque, após um surto, grande parte dos primatas infectados morre e aqueles que sobrevivem adquirem imunidade para o resto da vida. Com isso, a circulação da doença se torna limitada pela ausência de indivíduos suscetíveis e só volta a crescer conforme o número de macacos jovens, que não tiveram contato com o agravo, aumenta.
Importância da prevenção

“Quando ocorre uma grande epizootia, o risco de casos humanos acontecerem aumenta, pois a circulação do vírus se torna mais intensa. Porém, é importante destacar que, diferentemente dos animais, as pessoas possuem um meio eficaz de se prevenir: a vacina”, enfatiza Dinair. Considerando a área de circulação do vírus, a vacinação de rotina é recomendada em 19 estados brasileiros. Além disso, por causa do aumento no número de casos registrados no Sudeste desde o início do ano, há indicação temporária de imunização para o oeste do Espírito Santo, noroeste do Rio de Janeiro e oeste da Bahia. A lista de municípios com recomendação de vacina pode ser conferida no site do Ministério da Saúde. Pessoas que vão viajar para estas localidades também devem se vacinar com, pelo menos, dez dias de antecedência.

De acordo com Goreti, além de seguir as recomendações para imunização, é importante intensificar o combate ao A. aegypti nas cidades, para prevenir um possível retorno da forma urbana da febre amarela. “Teoricamente, a transmissão do agravo no ambiente urbano pode vir a ocorrer se uma pessoa doente for picada por um A. aegypti. Portanto, combater o mosquito é fundamental para reduzir o risco da reintrodução, assim como para enfrentar a dengue, a zika e a chikungunya”, diz a pesquisadora, lembrando que eliminar os criadouros é uma das principais formas de atacar o vetor. “Diferentemente das espécies silvestres, que colocam seus ovos nos ocos das árvores, o A. aegypti prefere os criadouros artificiais, comuns no ambiente urbano. Por isso, é preciso vedar as caixas d’águas, colocar tela nos ralos e guardar adequadamente os objetos que podem acumular água”, orienta ela.

Fiocruz, Maíra Menezes (IOC/Fiocruz)


CÂMARA DOS DEPUTADOS - Agenda da próxima semana


SEGUNDA-FEIRA (6)

10 horas - Sessão Solene
Homenagem à Igreja Brasil Para Cristo.
Plenário Ulysses Guimarães

14 horas - Plenário
Sessão de debates.
Plenário Ulysses Guimarães

19 horas - Comissão Externa sobre a Fiscalização da Concessionária Eco 101 - BR 101/ES 
Reunião para debater a obra de ampliação da balança de pesagem de caminhões no município de Viana do Espírito Santo.
Rua Antônio Rodrigues Siqueira, n.º1 - Anexo à Igreja Católica - Bairro Ribeira, Viana/ES

TERÇA-FEIRA (7)
10 horas - Sessão Solene
Homenagem ao Bicentenário da Revolução Pernambucana de 1817
Plenário Ulysses Guimarães

10h30 - Comissão Externa sobre o Desaparecimento de Dezenove Brasileiros nas Bahamas. Audiência pública sobre o tema.
Foram convidados o subsecretário-geral das Comunidades Brasileiras e de Assuntos Consulares e Jurídicos do Itamaraty, o embaixador Henrique da Silveira Sardinha Pinto; e a diretora do Departamento Consular e de Brasileiros no Exterior, ministra Maria Luiza Ribeiro Lopes da Silva.
Plenário 13

14 horas - Comissão Especial sobre a Reforma da Previdência (PEC 287/16) 
Audiência pública sobre os critérios diferenciados para aposentadoria.
Subtemas: Condição dos profissionais em atividade de risco: caracterização por categoria profissional; limite de idade e tempo de contribuição; fórmula de cálculo do benefício; e tempo cumprido em atividade efetivamente sujeita a risco.
Foram convidados os presidentes do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho (SINAIT), Carlos Fernando da Silva Filho; do Instituto de Estudos Previdenciários (IEPrev), Roberto de Carvalho Santos; e os representantes da União dos Policiais do Brasil (UPB), Luís Antônio de Araújo Boudens; e da Casa Civil.
Plenário 1

14 horas - Secretaria da Mulher da Câmara, Senado Federal e a Procuradoria Especial da Mulher
Palestra sobre o casamento infantil.
Foram convidados a pesquisadora do Banco Mundial, Paula Tavares; e o consultor da Câmara, Carlos David Carneiro Bichara.
Auditório Nereu Ramos

14 horas - Comissão Especial sobre a Destinação de Recursos da CIDE (PEC 159/07) 
Reunião para apresentação, discussão e votação do parecer do relator, dep. Mário Negromonte Jr (PP-BA).
Plenário 8


14h30  -  CPI Lei Rouanet 
Audiência pública para tomada de depoimento do presidente da Academia Latino-Americana de Arte (ALA), Fábio Ferrari Porchat de Assis.
Plenário 8

14h30  - Comissão Externa sobre a Fiscalização da Concessionária ECO 101/ BR 101/ES 
Reunião para apresentação da síntese dos trabalhos da Comissão.
Sala de Reuniões das Comissões Especiais

14h30 - Comissão Especial sobre a Reforma Trabalhista (PL 6787/16) 
Audiência pública para discutir o assunto com as centrais sindicais.
Foram convidados: presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Adilson Gonçalves Araújo; presidente da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), Antônio Fernandes dos Santos Neto; presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva; presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas; presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT), Ricardo Patah; e presidente da Nova Central Sindical dos Trabalhadores (NCST), José Calixto.
Plenário 2

14h30  - Comissão Especial que Torna permanente o Fundeb/Educação (PEC 15/15) 
Audiência pública sobre o Fundeb à luz do balanço de sua experiência, as perspectivas abertas pela PEC nº 15 de 2015, análise e sugestões para o aprimoramento de seu texto.
Foram convidados o ex-secretário do FNDE, Ex-ministro da Saúde e atual Prefeito de Piracicaba-SP, Barjas Negri; os professores da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da USP/Ribeirão Preto, José Marcelino Rezende Pinto; e da Faculdade de Educação da UnB, Luiz Araújo.
Plenário 12

14h30 - Comissão Especial sobre o Código de Processo Penal (PL 8045/10) 
Audiência pública para debater as medidas cautelares reais.
Foram convidados o professor de Direito Penal e ex-presidente da Associação dos Advogados de São Paulo, Leonardo Sica; advogado Fábio Trad; os presidentes do Instituto Brasileiro de Ciências Criminais (IBCCRIM), Cristiano Maronna; e da Associação dos Magistrados do Rio de Janeiro (AMAERJ), Renata Gil de Alcântara Videira.
Plenário 3

14h30 - Comissão Especial sobre a Revisão das Medidas Educativas do ECA (PL 7197/02)
Audiência pública para discutir a revisão das medidas educativas do ECA.
Foram convidados o integrante do Conselho Estadual de Educação do Rio Grande do Sul, Carmem Maria Craidy; o professor da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e vereador de Frederico Westphalen/RS, Oliverio de Vargas Rosado.
Plenário 5

15 horas - Comissão Especial sobre a Escola Sem Partido (PL 7180/14) 
Audiência pública sobre o tema.
Foram convidados o coordenador da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, Daniel Cara; e o diretor da Faculdade de Direito da Universidade Federal de Goiás e doutor em Direito Público Processual Penal Pedro Sérgio dos Santos.
Plenário 14

15 horas - Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher
Exposição “Mulher, como te vejo” .
Mostra organizada em parceria com os alunos de Artes Plásticas da Universidade de Brasília (UnB), para celebrar o Dia Internacional da Mulher.
O período para visitação será de 07 a 17/03, das 9h às 18h. No dia da abertura, haverá também o lançamento da cartilha com mais de 20 artigos assinados por deputadas, sobre temas como violência, participação das mulheres na política, no mercado de trabalho e empoderamento feminino.
Espaço Mário Covas

QUARTA-FEIRA (8)
11 horas - Sessão Solene do Congresso
Destinada a comemorar o Dia Internacional da Mulher e realizar a entrega do Diploma Bertha Lutz aos agraciados em sua 16ª Premiação.
Plenário do Senado

14 horas  -  Comissão Especial sobre a Reforma da Previdência (PEC 287/16) 
Audiência pública para debater os critérios diferenciados para aposentadoria e a condição dos profissionais em atividade prejudicial à saúde: Caracterização por categoria profissional no RPPS ou no RGPS; Limite de idade e tempo de contribuição; Fórmula de cálculo do benefício; Tempo cumprido em atividade efetivamente prejudicial à saúde. Condição dos professores: Histórico da proteção constitucional; Motivos para o tratamento diferenciado: prejudicialidade à saúde.
Convidados a definir.
Plenário 2

14 horas - Comissão Mista sobre a MP 752/16
Medida provisória que autoriza a prorrogação e a relicitação de contratos de parceria nos setores rodoviário, ferroviário e aeroportuário.
Audiência pública com transmissão ao vivo e participação popular em http://senado.leg.br/ecidadania .
Foram convidados os representantes do Ministério dos Transportes; da Secretaria Especial do PPI da Secretaria-Geral da Presidência da República; da Associação Nacional das Empresas Administradoras de Aeroportos (ANEAA); da Anac; e da Infraero.
Plenário 7, da ala Alexandre Costa, do Senado

14 horas - Comissão Especial sobre a Destinação de Recursos da CIDE (PEC 159/07) 
Reunião para continuação da discussão e votação do parecer do relator, dep. Mário Negromonte Jr (PP-BA).
Plenário a definir

14h30 - Comissão Especial sobre a Reforma Trabalhista (PL 6787/16) 
Audiência pública para debater com as Confederações Patronais.
Foram convidados os presidentes da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), João Martins da Silva Junior; da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), Antonio Oliveira Santos; da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade; da Confederação Nacional do Transporte (CNT), Clésio Soares de Andrade; da Confederação Nacional da Saúde (CNS), Tércio Egon Paulo Kasten; e consultor da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Magnus Ribas Apostólico.
Plenário a definir

14h30  - Comissão Especial sobre Vaquejadas (PEC 270/16 e 304/17) 
Audiência pública sobre o tema.
Foram convidados o juiz federal Anderson Furlan; o professor da Universidade Federal Rural de Pernambuco, Hélio Cordeiro Manso Filho; o vice-presidente da Comissão do Bem Estar Animal da OAB de Alagoas, Henrique Carvalho de Araújo; e a representante do Fórum Nacional de Defesa e Proteção Animal, Vânia de Fátima Plaza Nunes.
Plenário a definir

14h30 - Comissão Especial que Regula Defensivos Fitossanitários (PL 6299/02) 
Audiência pública para discutir a disponibilidade e utilização de produtos fitossanitários no contexto das pequenas culturas, comumente chamadas "minor crops".
Foram convidados o Ph.D, diretor associado do Projeto IR-4, focado em soluções para o manejo de pragas em pequenas culturas ('minor crops'), vinculado à Universidade Estadual de New Jersey/EUA, Daniel Kunkel; o diretor do Departamento de Agricultura e Agro Alimentos do Canadá (AAFC), Marcos Alvarez; o diretor executivo de Registro e Avaliações da Autoridade de Pesticidas e Medicamentos Veterinários da Austrália, Alan Norden.
Auditório Freitas Nobre

14h30 - Comissão Especial sobre o Regime Penitenciário de Segurança Máxima (PL 7223/06) 
Audiência pública sobre o tema.
Foram convidados a ex-Procuradora-Geral de Justiça do Paraná, Maria Tereza Uille Gomes; o diretor-geral do Departamento Penitenciário Nacional (Depen), Marco Antônio Severo Silva; os presidentes da Federação Sindical Nacional de Servidores Penitenciários (Fenaspen), Fernando Ferreira de Anunciação; e do Conselho Penitenciário do Estado de Minas Gerais, Bruno César Gonçalves da Silva.
Plenário 9

14h30 - Comissão Mista sobre a MP 751/16
Medida provisória que cria o programa Cartão Reforma, com o objetivo de subsidiar a aquisição de materiais de construção destinados à reforma, à ampliação ou à conclusão de imóveis de famílias de baixa renda. Reunião para apreciação de relatório da senadora Ana Amélia (PP-RS).
Plenário 6, da ala Nilo Coelho, Senado Federal

17 horas - Secretaria da Mulher da Câmara, Senado Federal, Procuradoria Especial da Mulher e o Grupo Banco Mundial
Cerimônia de Premiação da 5ª Edição do Concurso sobre a Lei Maria da Penha.
Após a cerimônia, os parlamentares serão convidados para ir à exposição fotográfica "Empoderamento e Conscientização", no corredor de acesso ao Plenário.  A visitação será de 7 a 29 de março, das 9h às 17h.
Salão Nobre

QUINTA-FEIRA (9)
9 horas - Comissão Especial sobre a Reforma Trabalhista (PL 6787/16) 
Audiência pública para debater o Direito do Trabalho Urbano.
Foram convidados o ministro do Tribunal Superior do Trabalho, Luiz Philippe Vieira de Mello Filho; a desembargadora do Tribunal Regional do Trabalho - 1ª Região, Vólia Bomfim Cassar; o procurador do Trabalho, Cristiano Paixão Araújo Pinto; os presidentes da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (ABIMAQ), João Carlos Marchesan; professor da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo, José Pastore; e presidente da Associação Brasileira de Advogados Trabalhistas (ABRAT), Roberto Parahyba Arruda Pinto.
Plenário a definir

9 horas - Comissão Mista sobre a MP 752/16
Medida provisória que autoriza a prorrogação e a relicitação de contratos de parceria nos setores rodoviário, ferroviário e aeroportuário.
Audiência pública com transmissão ao vivo e participação popular em http://senado.leg.br/ecidadania.
Foram convidados os representantes do Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil; da Secretaria Especial do PPI da Secretaria-Geral da Presidência da República; do Tribunal de Contas da União (TCU); da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT); e da Associação Brasileira das Concessionárias de Rodovias (ABCR).
Plenário 6, da ala Nilo Coelho, no Senado

9h30 - Comissão Especial sobre a Reforma da Previdência (PEC 287/16) 
Audiência pública pra discutir o Regime Próprio do Servidor Público.
Subtemas: Previdência Complementar do Servidor Público; Regras de Transição; Fórmula de Cálculo da Aposentadoria e da Pensão; Cumulatividade de Benefícios
Convidados a definir.
Plenário 2

10 horas - Sessão Solene
Homenagem ao Dia Internacional da Mulher
Plenário Ulysses Guimarães

SEXTA-FEIRA (10)
14 horas - Comissão Especial sobre a Unificação das Polícias Civil e Militar
Seminário sobre a sua viabilidade e desdobramentos
Câmara Municipal de Juiz de Fora-MG

15 horas - Sessão Solene
Homenagem ao Dia Nacional do Combate ao Trabalho Escravo e ao Dia Nacional do Auditor-Fiscal do Trabalho
Plenário Ulysses Guimarães

Agência Câmara Notícias


RNP lança edital para Programas de P&D de 2017

A RNP lançou o seu edital para Programas de P&D de 2017, pelo qual serão desenvolvidos projetos acadêmicos inovadores na área de redes, aplicações e middleware. Pesquisadores de instituições públicas e privadas poderão enviar suas propostas até 14/3, que serão analisadas até 24/4, data em que será feito o anúncio dos Grupos de Trabalho selecionados para o período.

Este ano, o edital é mais abrangente e está dividido em dois Programas de P&D: Serviços Avançados e Internet Avançada. O Programa de P&D em Serviços Avançados busca propostas que possam contribuir para a evolução ou ampliação do portfólio de serviços avançados da RNP. Por isso, o edital incentiva a submissão de projetos que explorem temas como videocolaboração, distribuição de conteúdo digital e gestão de identidade.

Já o Programa de P&D em Internet Avançada contemplará propostas de produtos ou serviços que ajudem a otimizar ou automatizar a infraestrutura de redes, assim como aplicações de análise de monitoramento e novas arquiteturas que permitam a evolução da rede acadêmica, como por exemplo o uso do NFV (Network Functions Virtualization).

Os projetos começam a ser desenvolvidos logo após a divulgação dos resultados e têm duração de um ano, podendo ser prorrogados por igual período. Na primeira fase, os Grupos de Trabalho desenvolvem e demonstram um protótipo de um novo serviço/produto. Depois de avaliado seu desempenho e suas características, alguns desses protótipos são selecionados para a segunda fase. Nesta, os GTs devem desenvolver o protótipo apresentado, visando à implantação de um piloto a ser testado por um grupo de instituições.

Desde 2002, RNP promove a formação de parcerias com grupos de pesquisa para o desenvolvimento e a introdução de aplicações e serviços inovadores na rede acadêmica. São priorizadas propostas que contemplem arquiteturas de software facilmente reutilizáveis, extensíveis e bem documentadas, de forma a facilitar futuras atualizações e a formação de uma comunidade de desenvolvedores. Os componentes utilizados no desenvolvimento dos resultados devem ter independência de licenças comerciais, portanto o resultado de software deve ser de código aberto.




Ministério da Saúde anuncia investimento e parcerias com a TECPAR

O ministro da Saúde, Ricardo Barros, assina nesta segunda-feira (6), às 10h, em Curitiba (PR), contrato com o Instituto de Tecnologia do Paraná (TECPAR) para compra de vacinas. Serão anunciadas também as parcerias de transferência de tecnologia que envolvem a TECPAR com objetivo de produzir no país medicamentos estratégicos para o SUS.

O laboratório do estado é uma das três unidades públicas eleitas para produção de medicamentos biológicos dentro da política do Ministério da Saúde de inovação tecnológica no setor.

Anúncio de investimento e parcerias com o Instituto de Tecnologia do Paraná (TECPAR)
Data: 6 de março (segunda-feira)
Horário: 10h
Local: Rua Professor Algacyr Munhoz Mader, 3775 - Cidade Industrial, Curitiba - PR
Assessor em viagem: Renato Strauss 


FURP PROMOVE PDV para reduzir despesas com pessoal com apoio do Governo e da Secretaria de Estado de Saúde

A Comissão de Política Salarial do Governo do Estado de São Paulo aprovou o Programa de Demissão Voluntária (PDV) da FURP.

A Direção da FURP com apoio da Secretaria de Estado da Saúde dedicou os esforços necessários para aprovação do programa e já disponibilizou aos funcionários o Regulamento, Termo de Adesão e Perguntas e Respostas para esclarecimentos de todos os funcionários.

Os Programas de Demissão Voluntária (PDV) têm sido utilizados como instrumentos de redução de despesas com pessoal e, ao mesmo tempo, oferecem incentivos financeiros aos empregados que possuem outros projetos de vida e que tenham interesse em se desligar da empresa.

O objetivo da FURP é promover meios para que os empregados possam requerer a extinção do contrato de trabalho e readequar o seu quadro de pessoal, com vistas à adequação da linha de produção e a distribuição de medicamentos e reduzir o grau de comprometimento do orçamento financeiro com a folha de pagamento de pessoal.

As inscrições para o PDV da FURP serão realizadas no período de 15/02/2017 à 16/03/2017. O prazo é de 30 dias e não haverá prorrogação.



Antônio Faleiros novo presidente da IQUEGO

O governador em exercício, José Eliton, empossou nesta quarta-feira (1), às 15 horas, no Teatro do Instituto Tecnológico de Goiás (Itego) em Artes Basileu França, na Avenida Universitária, nº 1750, Setor Leste Universitário, em Goiânia, os novos colaboradores:

  • Antônio Faleiros na presidência da IQUEGO
  • Prof. Ricardo Brisolla Balestreri na secretaria de Segurança Pública e Administração Penitenciária (SSPAP),
  • Lucas Calil, deputado estadual (PSL) em uma Secretaria Extraordinária de Esportes
  • Sandes Junior, suplente de deputado federal assumiu uma Secretaria Extraordinária
  • Jardel Sebba, ex-prefeito de Catalão e ex-presidente da Assembleia Legislativa será o chefe do Gabinete de Gestão da Governadoria
  • Denício Trindade, ex-vereador presidirá as Centrais de Abastecimento do Estado de Goiás (Ceasa-GO)
  • Edivaldo Cardoso, ex-presidente da CEASA, passa a comandar a Agência Brasil Central (ABC), voltada para o setor de comunicação social
  • Humberto Tannús, economista e ex-presidente da ABC  assume a vice-presidente da Celg GT

Com informações do jornal opção e site do governo de Goiás



sexta-feira, 3 de março de 2017

Novos critérios para doação de sangue e transplante

Critérios específicos para triagem de candidatos à doação de sangue e transplante busca evitar casos de febre amarela.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e o Ministério da Saúde (MS) publicaram Notas Técnicas conjuntas (Anvisa/SAS/MS Nº 001/2017 e Nº 011/2017 ) relacionadas aos critérios clínicos para triagem de candidatos à doação de sangue e de potenciais doadores de órgãos e tecidos para o vírus da febre amarela. A medida visa a prevenção da transmissão do vírus da febre amarela.

As notas foram emitidas considerando os recentes registros de casos de febre amarela silvestre em regiões do Brasil, alertando para a necessidade de se considerar o risco de transmissão dessa doença por meio de transfusão sanguínea ou transplante. Isso porque há relatos de transmissão do vírus da febre amarela por transfusão, após a vacinação de doadores de sangue.

As Notas indicam, ainda, que os critérios referentes ao período de inaptidão clínica poderão ser mais restritivos, caso estes serviços avaliem ser mais apropriado para a realidade epidemiológica local. A recomendação do MS é que os candidatos à doação de sangue que já tiverem sido vacinados deverão aguardar 04 (quatro) semanas para doar sangue, a partir da data da vacinação.

A lista atualizada dos municípios com casos suspeitos e/ou confirmados de febre amarela pode ser consultada no link: http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/o-ministerio/principal/leia-mais-o-ministerio/619-secretaria-svs/l1-svs/27300-febre-amarela-informacao-e-orientacao


Anvisa comunica ao MS que não se mudará para novo prédio

A perda da economicidade da proposta, acarretada por despesas importantes que foram acrescentadas recentemente, inviabiliza a mudança.

A Anvisa não vai mais mudar suas instalações para o edifício PO-700, localizado no Setor de Rádio e TV Norte. A decisão de permanecer no atual endereço foi comunicada formalmente, ontem (02/03), ao Ministério da Saúde pela Presidência da Agência.

Um dos impedimentos foi criado a partir do indeferimento, por parte da Administração Regional de Brasília, da utilização do subsolo do PO-700 pela Anvisa, o que impossibilitaria a instalação dos arquivos da Agência naquele espaço.

Sem a possibilidade de utilização da área física do subsolo, haveria a necessidade de se alugar (ou terceirizar) outro espaço para acomodar os arquivos, além da consequente realocação, no próprio edifício PO-700, de áreas como o parlatório e patrimônio, entre outras. Além disso, a informação recente de que o condomínio não arcaria com os custos de manutenção predial das áreas privativas, conjuntamente com os novos valores informados do IPTU do prédio, também acarretariam o aumento de custos não previstos inicialmente.

Ou seja: deixou de ser uma vantagem econômica para a Anvisa a concretização da mudança para o novo prédio. Apesar da melhor localização, o que facilitaria o acesso dos usuários da Agência, desde o início nossa posição tem sido de buscar também a economicidade na proposta.

O posicionamento da Anvisa sobre esse tema da mudança tem sido o de realizar estudos cuidadosos para embasar a tomada de decisões objetivas e assegurar que a Agência tenha efetiva economicidade e melhores condições de funcionamento.

Ressalte-se que a Anvisa colaborou de forma bastante transparente com todo o processo de mudança, fornecendo todas as informações requeridas pelo Ministério. O contrato de aluguel da atual sede encerra-se em junho próximo. Serão iniciadas as negociações para sua renovação, com base em avaliações oficiais do valor de mercado imobiliário atual, visando, sempre, o máximo de economicidade e de conforto para usuários e servidores da Agência. Caso essas negociações resultem desvantajosas para a Anvisa, iniciaremos o processo de busca de novo prédio para nos alocar, de maneira funcional e confortável, além de vantajosa economicamente.

Além disso, a Presidência continuará as tratativas, junto aos órgãos competentes, para que se resolva em definitivo a questão das instalações da Agência, com a aquisição ou mesmo a construção de uma sede própria.



Ministério da Saúde amplia vacinação em todas as faixas etárias

Os postos de saúde de todo o país já estão com o novo calendário de vacinação para 2017. Neste ano, foi ampliado o público-alvo de seis vacinas: tríplice viral, tetra viral, dTpa adulto, HPV, Meningocócica C e  hepatite A. A medida foi possível devido à economia de R$ 66,5 milhões, obtida pelo Ministério da Saúde, a partir da negociação e redução de até 11% no valor da dose de três vacinas: Hepatite A, HPV e dTpa. A eficiência de gestão garantiu a ampliação da cobertura vacinal e a aquisição de mais de 11,5 milhões de doses da vacina de febre amarela.

Vejaa apresentação que traz o detalhamento das mudanças no Calendário Nacinal deVacinação 2017 

Entrevista com a  coordenadora doPrograma Nacional de imunização (PNI), Carla Domingues

“O Ministério da Saúde investe anualmente R$ 3,9 bilhões na compra de 300 milhões de doses de vacinas para proteger contra 20 tipos de diferentes de doenças. Estamos conseguindo negociar com os fornecedeores, inclusive os laboratórios públicos, vacinas por um menor. Só em três vacinas, economizamos R$ 66,5 milhões, e com isso, conseguimos ampliar a vacinação para diversos grupos, como por exemplo, a vacina HPV para meninos. Assim, vamos alcançar maior cobertura vacinal e mais segurança de saúde para a população”, afirmou o ministro da Saúde, Ricrado Barros.

A coordenadora do Programa Nacional de imunização (PNI), Carla Domingues, alertou para a necessidade da população ficar atenta às vacinas que estão disponíveis durante todo o ano nos postos de saúde. “Não adianta termos todas as vacinas preconizadas pelo Organização Mundial de Saúde (OMS) disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS), se a população não se conscientizar da necessidade de manter a caderneta de vacinação atualizada”, destacou Carla Domingues.  Para ela, “é preciso que a população brasileira passe a considerar a vacinação como uma ação de familía, não restrita apenas aos cuidados com as crianças. Adolescentes e adulto também precisam manter esse documento de vacinação atualizada e em dia”, ressaltou.

HEPATITE A – A vacina hepatite A passa a ser disponibilizada para crianças até 5 anos de idade. Antes, a idade máxima era até 2 anos. Essa vacina é altamente eficaz, com taxas de soroconversão de 94% a 100%. Em países que adotaram o esquema de vacinação com uma dose, houve controle da incidência da doença, principalmente em creches e instituições semelhantes, proporcionando proteção de rebanho para a população geral. Além disso, estudos também têm demonstrado que, em cerca de 95% dos vacinados, há produção de anticorpos em níveis protetores, quatro semanas após a vacinação com uma dose.

TETRA VIRAL (sarampo, caxumba, rubéola e varicela) – Em 2017, para as crianças, há ampliação da oferta da vacina tetra viral, passando a ser administrada de 15 meses até quatro anos de idade. Antes era administrada na faixa etária de 15 meses a menor de dois anos de idade. O Programa Nacional de Imunizações (PNI) recomenda a vacinação das crianças com a tríplice viral (sarampo, Caxumba e rubéola) aos 12 meses de idade (primeira dose) e aos 15 meses com a tetra viral (segunda dose com a varicela). Vale reforçar que em países que adotaram esquema de uma dose contra varicela (semelhante ao do Brasil) houve queda acentuada do número total de casos da doença, de hospitalizações e de óbitos a ela relacionados.

HPV – Também será ofertada, a partir de 2017, a vacina HPV para meninos. Desde 2014, a vacina é oferecida para meninas de 9 a 13 anos. Agora, o público-alvo incluirá também meninas de 14 anos. Ainda para este ano, além dos meninos, a vacina também será oferecida para homens vivendo com HIV e aids entre 9 e 26 anos de idade, e para imunodeprimidos, como transplantados e pacientes oncológicos. Desde 2015, as mulheres (9 e 26 anos) que vivem com HIV/Aids recebem a vacina.

MENINGOCÓCICA C – O Ministério da Saúde também passou a disponibilizar a vacina meningocócica C (conjugada) para adolescentes de 12 a 13 anos. A faixa-etária será ampliada, gradativamente, até 2020, quando serão incluídos crianças e adolescentes com 9 anos até 13 anos.A meta é vacinar 80% do público-alvo, formado por 7,2 milhões de adolescentes. Além de proporcionar proteção aos adolescentes, a ampliação alcançará o efeito protetor da imunidade de rebanho; ou seja, a proteção indireta das pessoas não vacinadas. O esquema vacinal para esse público será de um reforço ou uma dose única, conforme a situação vacinal.

dTpa ADULTO – Avacina adsorvida difteria, tétano e pertussis (acelular) tipo adulto passa a ser  recomendada para as gestantes a partir da 20ª semana de gestação. As mulheres que perderam a oportunidade de serem vacinadas durante a gestação, devem receber uma dose de dTpa no puerpério, o mais precoce possível. Com essa medida, o Ministério da Saúde busca garantir que os bebês possam nascer protegidos contra a coqueluche, por conta dos anticorpos que são transferidos da mãe para o feto, evitando que eles contraiam a doença até que completem o esquema de vacinação com a vacina penta, o que só ocorre aos seis meses de idade.

Apesar da vacina dTpa poder ser aplicada no puerpério, é importante ressaltar que esta estratégia só deve ser realizada como última opção, pois ao se vacinar uma gestante após o parto, não haverá transferência de anticorpos para o feto, consequentemente, há diminuição da possibilidade de proteção das crianças contra a coqueluche nos primeiros meses de vida.

TRIPLICE VIRAL (sarampo, caxumba e rubéola) - Outra alteração se deu para a vacina tríplice viral, com a introdução da segunda dose para a população de 20 a 29 anos de idade. Anteriormente, a segunda dose era administrada até os 19 anos de idade. Com esta mudança, busca-se a correção da falha vacinal neste grupo e também considera a situação epidemiológica da caxumba nos últimos anos, cujos surtos têm acometido, principalmente, adolescentes e adultos jovens nesta faixa etária. A adoção do esquema de duas doses para esse grupo contribuirá na redução de casos da doença. Deste modo, duas doses contra sarampo, caxumba e rubéola passam a ser disponibilizadas para pessoas de 12 meses até 29 anos de idade. Para os adultos de 30 a 49 anos permanece a indicação de apenas uma dose de tríplice viral.

VACINAS – Atualmente são ofertadas gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS) 19 vacinas recomendadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS), beneficiando todas as faixas etárias. Por ano, são disponibilizados pela rede pública de saúde de todo o país, cerca de 300 milhões de doses de imunobiológicos para combater mais de 20 doenças.

Em 2016, o investimento do Ministério da Saúde na oferta de vacinas foi de R$ 3,9 bilhões um crescimento de 225% na comparação com o ano de 2010, quando foi investido R$ 1,2 bilhão. Para 2017 está previsto um investimento de R$ 3,9 bilhões.
Nivaldo Coelho, da Agência Saúde


Fibromialgia: os desafios de uma doença invisível

Apesar de não ser identificada em exames laboratoriais, a forte dor pode prejudicar muito a rotina das pessoas. Principal tratamento é com a prática de exercícios físicos regulares

O servidor público Hélvio Sodré (à direita) recebe um certificado no muay thay

Sentir dores intensas por todo o corpo e ainda lidar com a desconfiança de quem não entende os sintomas. O duplo desafio é constantemente narrado entre pessoas diagnosticadas com fibromialgia, uma dor crônica caracterizada por se disseminar por várias partes do corpo e provocar fadiga, distúrbios de sono e episódios depressivos.

“No começo é bem difícil de você mesmo aceitar a doença, e também é ruim porque as pessoas acham que você está fazendo corpo mole”, descreve o servidor público e músico Hélvio Sodré, de 33 anos, 10 deles debaixo do diagnóstico da fibromialgia.

Por ser silenciosa, não detectável em exames laboratoriais e não causar qualquer transformação externa na pessoa, muitas vezes a fibromialgia é vista como um transtorno apenas psicológico. “Como boa parte dos pacientes sofre muito porque tem dor crônica, eles acabam sendo imputados como doentes psicológicos, o que não é verdade. Eles sentem dor mesmo”, reforça o reumatologista e coordenador da Comissão de Dor, Fibromialgia e outras Síndromes de Partes Moles, da Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR), José Eduardo Martinez.

Apesar de nem todos os pacientes com fibromialgia apresentarem depressão, o médico destaca a existência de uma relação entre as doenças. “A dor crônica leva à depressão e a depressão leva à dor crônica. Hoje a gente considera a depressão como fator agravante de quem tem fibromialgia”, explica o reumatologista.

A origem da doença ainda não é totalmente conhecida. Contudo, já foi constatado que os fibromiálgicos apresentam alterações no sistema nervoso para o controle da dor. “A predisposição genética é uma das possíveis explicações, mas também há uma relação com estresse. Pacientes que têm uma vida em que foram submetidos a um número maior de fatores estressores têm tendência a ter mais dor”, argumenta José Eduardo.

No caso de Hélvio, as dores começaram embaixo da escápula esquerda. “Começou do nada, até imaginei que fosse uma dor muscular por ter dormido de mau jeito. Tentei fazer fisioterapia, massagem, acupuntura, mas não passava, e ela começou a irradiar para outros lugares no corpo”, relembra.

“Normalmente existem dois caminhos que levam as pessoas a ter dor no corpo”, avalia José Eduardo. “Ou a pessoa já tem alguma doença que gera dor, como um problema de ombro, ou uma doença reumática, e na não resolução dessa dor localizada, ela acaba, ao longo do tempo, se generalizando. Outro caminho é o estresse crônico, que leva a tensão muscular, que gera dores musculares, o que acaba culminando em uma dor fora de controle e generalizada”, aponta.

De acordo com o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) de Dor Crônica, do Ministério da Saúde, dados norte-americanos mostram que 31% da população têm alguma dor crônica, acarretando incapacidade total ou parcial em 75% dos casos. A fibromialgia acomete mais as mulheres na faixa etária de 30 a 55 anos, mas existem alguns casos em pessoas mais velhas, crianças e adolescentes. Por isso, a sociedade alerta para a importância de os pais observarem sintomas como dor desproporcional a lesões ou excesso de fadiga. A SBR calcula que, no Brasil, a doença afete cerca de 3% da população.

Diagnóstico e tratamento

Com a dor persistente, Hélvio Sodré procurou um reumatologista. Por meio de um exame em que o paciente deve manifestar dor em ao menos 11 dos 18 locais esperados de pontos musculares dolorosos, e a partir da exclusão de outras condições clínicas, como doenças reumáticas e distúrbios primários do sono, finalmente ele acabou diagnosticado com a fibromialgia.

“Tive muitos problemas no trabalho, precisei entrar com licenças médicas. Isso é muito ruim no seu processo de vencer as crises, mas o primeiro passo é entender que você tem essa condição e que é possível ter qualidade de vida mesmo com a doença”, opina Hélvio. Para ele, a melhor saída encontrada foi por meio da prática de exercícios físicos – a principal recomendação médica para o tratamento da fibromialgia.

O desafio era, então, encontrar um exercício que aliasse prazer à melhora no quadro de saúde. “No início eu deixava um pouco de lado, aí a minha saúde oscilava muito”, admite o servidor público, que chegou a fazer natação, musculação e exercícios aeróbicos na academia, antes de descobrir uma atividade de que realmente gostava. “Desde 2010 eu acompanhava canais de lutas. Sempre tive um fascínio muito grande, mas não me julgava em condições de praticar, me achava limitado pela fibromialgia”, conta.

Só depois de ganhar mais confiança e força muscular na musculação, Hélvio resolveu se aventurar em uma aula de muay thai. “Decidi ir no meu ritmo. Expliquei a minha condição para o professor e ele falou que tinha outros alunos com fibromialgia e que conseguiram um bom resultado. Comecei devagar, fui conhecendo os limites do meu corpo e ganhando segurança”, relembra. “Foi bom para a minha autoestima, saber que a doença não me limita a praticar o esporte”, afirma.

“Sem dúvida praticar exercícios físicos é a intervenção mais importante e mais efetiva que a literatura mostrou no tratamento da fibromialgia. É importante e efetiva porque o exercício físico diminui a dor, melhora a depressão, a ansiedade, o sono e a fadiga, que são componentes importantíssimos da fibromialgia”, destaca o reumatologista da SBR. “O paciente com fibromialgia tem que começar com uma atividade leve e progredir lentamente”, reforça.

Em relação a medicamentos, o PCDT de dores crônicas indica o uso de relaxantes musculares apenas por curtos períodos de tempo, em casos de dor aguda, sendo desaconselhado o uso contínuo. Em geral, a doença é tratada com o uso de antidepressivos. Além disso, com a publicação da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares, foram institucionalizadas no Sistema Único de Saúde (SUS) a homeopatia, as plantas medicinais e fitoterápicos, a medicina tradicional chinesa/acupuntura, a medicina antroposófica e o termalismo social-crenoterapia. Essas terapias, associadas aos tratamentos convencionais, ajudam a minimizar os efeitos colaterais, trazendo maior qualidade de vida ao paciente durante o tratamento e ajudando-o a apresentar resultados positivos.

A estratégia para o tratamento ideal da dor crônica é uma abordagem multidisciplinar com a combinação de modalidades de tratamentos não farmacológico e farmacológico. O tratamento deve ser elaborado, em discussão com o paciente, de acordo com a intensidade da sua dor, funcionalidade e suas características, sendo importante também levar em consideração as questões biopsicossociais e culturais. A dor crônica é um estado de saúde persistente que modifica a vida. O objetivo do seu tratamento é o controle, e não a eliminação.

A Coordenação-Geral de Atenção Especializada do Ministério da Saúde realizou um levantamento no ano passado, junto aos estados que possuem hospitais habilitados em oncologia, e localizou 13 estados (AC, AL, BA, ES, MA, MG, MT, RO, RR, RS, SC, SP e TO) com centros da dor que atendem pelo SUS. Dos 27 estados, somente o Amazonas e o Piauí não contam com centros da dor pelo SUS ou privado.  

A Sociedade Brasileira de Reumatologia disponibiliza a cartilha, anexa, com informações sobre a fibromialgia.


Ana Cláudia Felizola, para o Blog da Saúde



Ministro anuncia novo calendário vacinal




Câmara deve instalar comissão para analisar política de redução de agrotóxicos - Rádio - Câmara Notícias - Portal da Câmara dos Deputados

Brasil é maior mercado de defensivos agrícolas do mundo, segundo entidade sanitária

A Câmara deve instalar nos próximos dias comissão especial para analisar o projeto (projeto de lei 6670/2016) que cria a Política Nacional de Redução de Agrotóxicos. A proposta foi uma sugestão da Abrasco, Associação Brasileira de Saúde Coletiva, à Comissão de Legislação Participativa. De acordo com a associação, o Brasil é o maior mercado de agrotóxicos do mundo, ultrapassando a marca de um milhão de toneladas por ano, o que equivale a um consumo médio de 5,2 kg de veneno agrícola por habitante. A média dos Estados Unidos em 2012 era de 1,8 kg por habitante. O Instituto Nacional do Câncer também tem alertado para o perigo da situação para a saúde das pessoas.

O deputado Bohn Gass (PT-RS) disse que vai defender a aprovação do projeto.

"Nós temos que reduzir os agroquímicos na produção de alimentos que nós consumimos e que provocam doenças. Nunca há recursos suficientes para pagar tratamentos de câncer. É preciso evitar isso. Infelizmente, no Brasil, de 2001 a 2011, a venda de agrotóxicos subiu de US$ dois bilhões para US$ 8,5 bilhões."

A política nacional proposta pretende monitorar o uso de agrotóxicos no país e estimular o uso de sistemas de produção orgânicos e de base agroecológica. Também seriam privilegiadas técnicas de manejo sustentável para o controle dos problemas fitossanitários. O texto determina ainda a proibição do uso de agrotóxicos nas proximidades de moradias, escolas, recursos hídricos, áreas ambientalmente protegidas e áreas de produção agrícola orgânica ou agroecológica. E procura tornar mais transparente o uso de organismos geneticamente modificados.

Reportagem - Sílvia Mugnatto


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