Destaques

sexta-feira, 10 de novembro de 2017

Marco Aurélio Krieger e Mário Santos Moreira, responderão pela Presidência da Fiocruz, de 11 a 13 de novembro e de 14 a 19 respectivamente

FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ
PORTARIA Nº 1.586, DE 9 DE NOVEMBRO DE 2017
A Presidente da Fundação Oswaldo Cruz, no Uso de suas atribuições e da competência que lhe foi delegada pela Portaria do MS/nº 938, de 22.07.99,
resolve:
- Designar Marco Aurélio Krieger, Vice-Presidente de Produção, Inovação em Saúde - VPPIS, para o exercício da Presidência no período de 11/11/2017 a 13/11/2017.
NÍSIA TRINDADE LIMA

PORTARIA Nº 1.587, DE 9 DE NOVEMBRO DE 2017
A Presidente da Fundação Oswaldo Cruz, no Uso de suas atribuições e da competência que lhe foi delegada pela Portaria do MS/nº 938, de 22.07.99,
resolve:
Designar Mário Santos Moreira , Vice-Presidente de Gestão e Desenvolvimento Institucional, para o exercício da Presidência no período de 14/11/2017 a 19/11/2017.
NÍSIA TRINDADE LIMA


BRUNO GONCALVES ARAUJO RIOS, Diretor Adjunto, da ANVISA, participará da Feira Médica, em Düsseldorf, Alemanha

BRUNO GONCALVES ARAUJO RIOS, Diretor Adjunto, da ANVISA, participará da Feira Médica, em Düsseldorf, Alemanha, no período de 11/11/17 a 17/11/17, incluído o trânsito


22ª Reunião Científica Anual de Neuro-Oncologia, do Curso de Revisão de Neuro-Oncologia 2017 promovidas pela Sociedade de NeuroOncologia - SNO, em São Francisco, Califórnia - EUA

CAROLINA FITTIPALDI PESSÔA, Médica Tecnologista, do Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva - INCA, da Secretaria de Atenção à Saúde, do Ministério da Saúde, participará da 22ª Reunião Científica Anual de Neuro-Oncologia, do Curso de Revisão de Neuro-Oncologia 2017 e da Reunião Anual e Dia Educativo, precedidas de comemoração alusiva ao Dia da Educação, promovidas pela Sociedade de NeuroOncologia - SNO, em São Francisco, Califórnia - EUA, no período de 14 a 20 de novembro de 2017, inclusive trânsito


BIOGEN, em Hillerod-Dinamarca; SAMSUNG BIOEPIS, em Incheon-Coreia do Sul; e MERCK S.A, em Vevey e Aubonne-Suíça, receberão visita técnica da BIOMANGUINHOS na égide das TRANSFERENCIAS DE TECNOLOGIAS

ANTONIO DE PÁDUA RISOLIA BARBOSA e RODRIGO COELHO VENTURA PINTO, Tecnologistas em Saúde Pública do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos Bio-Manguinhos, da Fundação Oswaldo Cruz, do Ministério da Saúde, realizarão visitas técnicas às unidades fabris das Empresas BIOGEN, em Hillerod-Dinamarca; SAMSUNG BIOEPIS, em Incheon-Coreia do Sul; e MERCK S.A, em Vevey e Aubonne-Suíça, para tratar de questões relativas a contratos de transferência de tecnologia, no período de 18 de novembro a 2 de dezembro de 2017, inclusive trânsito


HIPOCLORITO DE SÓDIO - MS compra do LAFEPE no Valor Global: R$ 30.916.012,40

EXTRATO DE DISPENSA DE LICITAÇÃO Nº 507/2017 - UASG 250005 Nº Processo: 25000051766201730 .
Objeto: Aquisição de HIPOCLORITO DE SÓDIO. Total de Itens Licitados: 00001. Fundamento Legal: Art. 24º, Inciso VIII da Lei nº 8.666 de 21/06/1993.
Justificativa: Entidade que integre Administração Pública, criada para esse fim específico em data anterior à vigência desta lei. Declaração de Dispensa em 01/11/2017. ADRIANA RODOVALHO BEZERRA. Coordenador Geral de Análise Das Contratações de Insumos Estratégicos para Saúde - Substituta. Ratificação em 03/11/2017. DAVIDSON TOLENTINO DE ALMEIDA. Diretor do Departamento de Logística em Saúde. Valor Global: R$ 30.916.012,40. CNPJ CONTRATADA : 10.877.926/0001-13 LABORATORIO FARMACEUTICO DO ESTADO DE PERNAMBUCO GOVERNADOR MIGUEL ARRAES S/A -. (SIDEC - 09/11/2017) 250110-00001-2017NE800177


VACINA HUMANA, MENINGOCÓCICA CONJUGADA GRUPO "C", é adquirida pelo MS através da FUNED na égide da PDP no valor global de R$ 493.050.000,00

EXTRATO DE DISPENSA DE LICITAÇÃO Nº 510/2017 - UASG 250005 Nº Processo: 25000196036201686 .
Objeto: Aquisição de VACINA HUMANA, MENINGOCÓCICA CONJUGADA GRUPO "C".
Total de Itens Licitados: 00001. Fundamento Legal: Art. 24º, Inciso XXXII da Lei nº 8.666 de 21/06/1993..
Justificativa: Dispensada a licitação por se tratar de uma Transferência de Tecnologia de produto estratégico para o SUS. Declaração de Dispensa em 01/11/2017. ADRIANA RODOVALHO BEZERRA. Coordenador Geral de Análise Das Contratações de Insumos Estratégicos para Saúde - Substituta. Ratificação em 07/11/2017. DAVIDSON TOLENTINO DE ALMEIDA. Diretor do Departamento de Logística em Saúde. Valor Global: R$ 493.050.000,00. CNPJ CONTRATADA : 17.503.475/0001-01 FUNDACAOEZEQUIEL DIAS.
(SIDEC - 09/11/2017) 250110-00001-2017NE800177


Superbactérias: de onde vêm, como vivem e se reproduzem

Bactérias que se tornam mais fortes por causa do uso de antibióticos de forma errada.

O que pode parecer uma profecia alarmista é na verdade uma realidade nos sistemas de saúde de todo o mundo. A resistência aos antimicrobianos, especialmente a resistência aos antibióticos, é um tema que preocupa tanto os países desenvolvidos como países em desenvolvimento. O problema é mais sério em locais onde o consumo de antibióticos não é bem controlado nem orientado.

A explicação para o surgimento de bactérias mais resistentes está na teoria da seleção natural das espécies elaborada por Charles Darwin. Quando são expostas aos antibióticos, um grupo pequeno de bactérias mais fortes pode sobreviver e posteriormente se reproduzir. Isso significa que, a cada geração, as bactérias mais resistentes dão origem a outras bactérias que também são resistentes.

Quando o microrganismo é resistente a mais de um tipo de medicamento dizemos que ele é multirresistente aos antimicrobianos.

Essa resistência pode surgir por uma mutação que dá ao microrganismo condições de resistir ao medicamento. Também pode acontecer pela troca de material genético entre microrganismos comuns com microrganismos resistentes.

O problema é mais frequente com antibióticos, mas também afeta antivirais, antifúngicos e antiparasitários. Antimicrobiano é o nome comum para todos estes medicamentos.

Por isso, o uso de antibióticos adequados para o tipo de infecção, no tempo correto e na dosagem correta é fundamental para evitar a sobrevivência de bactérias mais resistentes.
Além disso, outros fatores também contribuem para o surgimento de superbactérias. Conheça os principais:
·         Tratamento maior ou menor que o recomendado pelo médico
·         Uso de antibiótico para tratar doenças que não são infecções bacterianas, exemplo, gripe
·         Uso de antibiótico não indicado para o tipo de bactéria que está causando a infecção
·         Uso inadequado de antibióticos na área veterinária, especialmente em animais utilizados para o consumo humano
·         Falta de um bom controle de infecções nos serviços de saúde

Os serviços de saúde são locais de preocupação das autoridades de saúde quando o assunto é resistência aos antibióticos. Isso porque são locais com alta concentração de microrganismos que causam doenças e também de antibióticos de diferentes tipos.

Vai faltar antibiótico?
O principal problema da resistência é a redução das opções de antibióticos para tratar infecções por bactérias mais fortes. Cada vez que uma pessoa adoece por causa de uma bactéria resistente, o tratamento se torna mais difícil. Se esta pessoa estiver infectada por uma bactéria multirresistente, ou seja, resistente a diferentes antibióticos, é possível que não se encontre um tratamento adequado.

Quem se torna resistente? A bactéria ou a pessoa?
Quem se torna resistente é a bactéria. Se uma pessoa contrai uma bactéria resistente, o seu tratamento será mais difícil.

O que posso fazer?
As medidas para conter a resistência aos antibióticos dependem tanto dos pacientes como dos profissionais que prescrevem os medicamentos e dos outros profissionais de saúde.


1ª Fábrica de biológicos do DF a UNIÃO QUÍMICA é mais uma opção de produção de itens estratégicos para o SUS

Instalada em Santa Maria, a indústria produzirá medicamentos inovadores como o Interferon, utilizado no tratamento de hepatite B e C

Ministro da Saúde, Ricardo Barros, visita as instalações da primeira Fábrica de Medicamentos Biológicos do DF. Confira galeria no Flickr

O ministro da Saúde, Ricardo Barros, participou nesta quarta-feira (08/11) da inauguração da primeira Fábrica de Medicamentos Biológicos do Distrito Federal. Instalada na região administrativa de Santa Maria, a Fábrica de Biotecnologia da União Química Farmacêutica produzirá medicamentos biológicos inovadores como o Interferon Alfa 2A, indicado para o tratamento de hepatite B e C e alguns tipos de leucemia. Também está prevista a produção de um novo fármaco para tratamento do câncer, que terá desenvolvimento 100% nacional em parceria com o Instituto Butantan. A fábrica vai ter a capacidade de produzir até 8 milhões de doses (ampolas) ao ano.

O incentivo à produção nacional, como a instalação desse tipo de fábrica no país, impacta diretamente na queda de custos para a compra de medicamentos aos usuários do SUS. Isso porque a maioria desses produtos é importada e demanda mais da metade (51%) do orçamento para aquisição de medicamentos do Ministério da Saúde. Hoje, são destinados R$ 15 bilhões para aquisição desses insumos de alto custo.

“É uma fábrica muito moderna que produzirá medicamentos importantes, com tecnologia avançada. Só internalizando esse tipo de tecnologia e viabilizando preços mais baixos é que podemos ampliar o acesso para todos que precisam desse fármaco. Esta é a meta da nossa gestão. E com mais essa fábrica nacional, podemos ter produtos mais baratos e substituir os importados”, enfatizou o ministro da Saúde, Ricardo Barros.

Para fortalecer o Complexo Industrial da Saúde, o Ministério da Saúde lançou no ano passado a Política de Plataformas Inteligentes de Tecnologia em Saúde. Foram garantidos investimentos de mais de R$ 6,4 bilhões para incentivos à produção nacional de medicamentos. A expectativa é de fortalecer e executar a estratégia nacional de fomento à produção industrial brasileira e criar soluções tecnológicas em saúde, como forma de promover o acesso integral, reduzindo a vulnerabilidade do sistema de saúde.

Para os biológicos, o investimento será de R$ 6 bilhões e ainda serão construídas três novas fábricas (Fiocruz, Butantan e Tecpar), com foco na produção de medicamentos para pessoas com câncer; soros contra raiva e picadas de animais venenosos, além de vacinas para gripe, hepatite A e HPV. 

Por Victor Maciel, da Agência Saúde


MEMANTINA para casos moderados e graves de Alzheimer É INCORPORADO AO SUS

Nesta quinta-feira(9) o Ministério da Saúde incorporou ao Sistema Único de Saúde (SUS) o medicamento memantina para pacientes com Alzheimer moderado e grave. A substância age impedindo a ação do excesso do glutamato nos neurônios. Em níveis elevados, o glutamato facilita a entrada de cálcio nas células neuronais, levando-os à morte.

Em pacientes graves, o tratamento deve ser combinado com um medicamento inibidor de colinesterase, substância que inibe a ação de enzimas que destroem a acetilcolina, neurotransmissor atuante na memória. Já nos casos leves, a memantina pode ser usada isoladamente.

A recomendação da incorporação da terapia foi feita em julho por uma comissão de avaliação que concluiu: "apesar do tamanho do efeito ser pequeno, ele é significativo e influencia favoravelmente a qualidade de vida dos doentes e cuidadores". De acordo com a portaria publicada no Diário Oficial da União (DOU), em até 180 dias o medicamento deverá estar disponível no SUS.

O relatório da pasta diz que a memantina deve ser combinada a inibidores da acetilcolinesterase nos casos moderados. Já em casos graves, ela pode ser usada isoladamente. O remédio não é indicado para casos leves.

O Alzheimer é uma doença neurodegenerativa causada pelo acúmulo das proteínas beta-amiloide e tau no cérebro. Seus efeitos são neurodegeneração gradual e demência caracterizas por perda cognitiva progressiva, sintomas neuropsiquiátricos (comportamentais) e prejuízo das atividades da vida diária (funcionais) dos doentes.

Acomete 1% da população entre 65 e 69 anos, 33% dos indivíduos com mais de 85 anos e compromete mais de 35 milhões no mundo. Não existe cura para a doença, mas os tratamentos atuais são capazes de diminuir os sintomas.



Genômica e Big Data, para o tratamento de dados armazenados, serão os primeiros memorandos específicos da cooperação bilateral Brasil / China assinado entre o CDC/Fiocruz

A Fiocruz e o Centro Chinês de Controle e Prevenção de Doenças (CDC/China) deram um passo decisivo para o fortalecimento da cooperação bilateral em Ciência e Desenvolvimento Tecnológico em Saúde.

A presidente da Fiocruz, Nisia Trindade Lima e o diretor geral do CDC/China, George Gao assinaram, no dia 1º de novembro, um Memorando de Entendimento, que visa o desenvolvimento conjunto de projetos de pesquisa e desenvolvimento tecnológico, intercâmbio de especialistas e de informações, tecnologia e materiais.

A cerimônia de assinatura aconteceu durante a primeira reunião da Subcomissão de Saúde da Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação (Cosban) e contou com a presença do Ministro da Saúde, Ricardo Barros, e do vice-ministro da Comissão Nacional de Saúde e Planejamento Familiar da China, Guoqiang Wang, além de delegações dos dois países.

Os próximos passos da cooperação devem acontecer até o final deste ano, com a assinatura de dois Memorandos específicos nas áreas de Genômica e Big Data, para o tratamento de dados armazenados. Para isso, está prevista para dezembro uma missão à China da presidente Nísia e do diretor do Centro de Desenvolvimento Tecnológico em Saúde (CDTS/Fiocruz), Carlos Morel.

Gustavo Mendelsohn Carvalho, foto: Lúcia Marques, Cris (Agência Fiocruz de Notícias)


HUMBERTO COSTA, ex-ministro da saúde é acusado por CÉSAR ROMERO, ex-subcretário de saúde do RJ, POR RECEBER PROPINA DO ESQUEMA MIGUEL ISKIN NO INTO

Romero afirmou que ex-ministro Humberto Costa está entre envolvidos

O ex-subsecretário de saúde do Estado do Rio de Janeiro, César Romero, depôs nesta quarta-feira (7) ao juiz Marcelo Bretas, na 7ª Vara Federal, e afirmou que o esquema que envolveu o empresário Miguel Iskin e o ex-diretor do Into (Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia), Sérgio Côrtes, incluiu pagamento de propina a interlocutores no Ministério da Saúde. Romero afirmou que, entre os envolvidos, está o ex-ministro Humberto Costa, que atualmente é senador pelo PT de Pernambuco e líder da oposição.

O ex-subsecretário detalhou o esquema de corrupção que, segundo a denúncia do Ministério Público Federal, começou no Into e depois foi replicado na Secretaria Estadual de Saúde, quando Côrtes foi nomeado secretário pelo ex-governador do Rio Sérgio Cabral.

Por volta de 2003, de acordo com Romero, o Instituto passou a integrar o Projeto Suporte, do Ministério da Saúde, em que serviços especializados eram oferecidos em outros estados. Ainda segundo a versão do delator, uma portaria do ministério determinou a compra de equipamentos via Into para esse fim. A mudança, de acordo com Romero, ocorreu a partir de relações de Côrtes e Iskin no ministério, e foi comemorada pelo grupo do Instituto em uma festa paga pelo empresário Miguel Iskin, em São Paulo. O delator disse  que o empresário fez pagamentos ao ex-ministro e a um gestor da área de orçamento do ministério.

Em nota, o ex-ministro e atual senador Humberto Costa disse que a acusação de César Romero é mentirosa, absurda e irresponsável. O texto afirma ainda que o Projeto Suporte foi criado pela Portaria nº 401, de 16 de março de 2005, que em seu Art. 4° delegava diretamente ao Into a assessoria e execução do projeto, responsabilidades entre as quais estava a incumbência de licitações e contratações, sem qualquer interferência do Ministério da Saúde. As modificações ocorridas na portaria mencionadas na delação do réu ocorreram após a saída de Humberto Costa do comando da pasta.

César Romero depôs como parte do processo gerado pela Operação Fatura Exposta, que investiga atos ilícitos na Secretaria Estadual de Saúde durante o governo Cabral. Ele fechou um acordo de colaboração premiada com o Ministério Público Federal.

Esquema

Romero contou que foi levado para o Into por Sérgio Côrtes, que dirigia o instituto. Desde o primeiro mês, ele afirmou que foi exposta a intenção de favorecer o empresário Miguel Iskin nos pregões licitatórios do instituto. Romero contou também que recebeu mesadas do empresário que começaram em R$ 4 mil e chegaram a R$ 25 mil, além de bônus anuais de até R$ 250 mil.

Diretor jurídico do Into, Romero afirmou que chegou a entregar envelopes com dinheiro ilícito para diretores e gerentes do instituto. O colaborador também atuava na redação de editais que eram direcionados a empresas de Iskin, e o próprio empresário participava da formulação das exigências. No depomento, Romero disse ainda que médicos do instituto chegaram a receber viagens para assinar especificações técnicas.

Quando os pregões se tornaram eletrônicos, o grupo apostou nos pregões internacionais para barrar outras empresas brasileiras que concorriam com a Iskin, já que Romero afirmou que o empresário também tinha influência sobre representantes de empresas estrangeiras no Brasil.
Com as importações, o grupo ganhava ilegalmente arrecadando recursos de impostos que constavam no pregão, mas que teriam que ser abatidos na hora da liberação do dinheiro para a compra.

Segundo César Romero, o modus operandi do esquema foi reproduzido na Secretaria Estadual de Saúde, onde Côrtes foi secretário, e o próprio delator foi subsecretário. Àquela época, os recursos arrecadados com as importações abasteciam o esquema liderado pelo ex-governador Sérgio Cabral, e eram divididos entre a quadrilha do ex-governador, César Romero, Sérgio Côrtes e Miguel Skin.

O delator contou que os recursos pagos a ele e a Côrtes eram depositados em uma conta no exterior, cujo saldo chegou a US$ 16 milhões. Apesar de ter feito transferências e dispor da senha eletrônica da conta, Romero alegou não se lembrar de qual era o banco. O delator relatou que a parte que podia usar do montante depositado era de cerca de US$ 4 milhões, US$ 600 mil foram usados para comprar um barco no Brasil.




quinta-feira, 9 de novembro de 2017

HEMOBRÁS E BIOMANGUINHOS RECEBERAM INDICATIVO DE PARALISAÇÃO DAS OBRAS POR GRAVES IRREGULARIDADES, SEGUNDO RELATORIO ANUAL DO TCU APROVADO POR UNANIMIDADE NA PLENÁRIA DO ÚLTIMO DIA 8

Fiscobras 2017: TCU aponta indícios de irregularidades graves em três de cada quatro obras fiscalizadas

Segundo cálculos do Tribunal, as medidas de correção propostas significam uma economia potencial de R$ 3,5 bilhões aos cofres públicos

O Tribunal de Contas da União (TCU) aprovou, por unanimidade, o relatório anual de consolidação das fiscalizações de obras, o Fiscobras 2017. O relator do processo é o ministro Vital do Rêgo.

O documento foi apreciado na sessão plenária do TCU desta quarta-feira (8) e já foi encaminhado ao Congresso Nacional. As informações deverão auxiliar a Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização (CMO) para definir a distribuição dos recursos orçamentários para o próximo ano.

Entre as 94 obras auditadas, foram encontrados indícios de irregularidades graves em 72 delas, o equivalente a 76,5% do total. Os achados mais recorrentes foram: projeto inexistente, deficiente ou desatualizado (em 23 obras); e por sobre preço ou superfaturamento (em 19 obras).

As dotações orçamentárias das obras fiscalizadas somam R$ 26,2 bilhões, o que corresponde a 32,29% dos valores destinados a obras na Lei Orçamentária Anual de 2017. Segundo os cálculos do Tribunal, as medidas de correção propostas significam uma economia potencial de R$ 3,5 bilhões aos cofres públicos.

Das 72 obras com irregularidades graves, apenas 11 receberam indicativo de paralisação (IGP), o que corresponde a 15,3% das classificadas, e 11,7% do total de obras fiscalizadas. São elas: Canal do Sertão (AL); obras de construção da BR-235 (BA) – do Km 282 ao km 357,4; adequação da travessia urbana em Juazeiro (BA), BR 235 e BR 407; construção da fábrica de hemoderivados e biotecnologia (PE); construção da Vila Olímpica (PI); Usina Termonuclear de Angra III (RJ); obras de construção da BR-040 (RJ); construção de centro de processamento final de imunobiológicos (RJ); corredor de ônibus – Radial Leste – trecho 1 (SP);  corredor de ônibus – Radial Leste – trecho 2 (SP); BRT de Palmas (TO).

A recomendação de paralisação não se aplica à totalidade de cada obra, mas especificamente aos contratos fiscalizados. Cabe ao Congresso Nacional decidir se suspende ou não os recursos e se inclui cada contrato no bloqueio da Lei Orçamentária Anual de 2018.

A região Nordeste recebeu o maior número de auditorias (30), correspondendo a dotação orçamentária de R$ 3,4 bilhões. Em seguida, está a região Sudeste, com 24 fiscalizações (R$ 18,7 bilhões). Segundo o ministro Vital do Rêgo, a diferença entre os valores não significa a concentração de investimentos no Sudeste, mas sim, a inclusão do plano de fiscalização de obras da Petrobras, localizado prioritariamente na região.

 Serviço:
Leia a íntegra da decisão: Acórdão 2449/2017 – Plenário
Acesse a apresentação do relator aqui
Acesse publicação com resumo do Fiscobras/2017 aqui
Processo: 026.173/2016-6
Sessão: 08/11/2017
Secom – IG/ed


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