Nesta quinta-feira(9) o Ministério
da Saúde incorporou ao Sistema Único de Saúde (SUS) o
medicamento memantina para pacientes com Alzheimer moderado e grave. A
substância age impedindo a ação do excesso do glutamato nos neurônios. Em
níveis elevados, o glutamato facilita a entrada de cálcio nas células
neuronais, levando-os à morte.
Em pacientes graves, o
tratamento deve ser combinado com um medicamento inibidor de colinesterase,
substância que inibe a ação de enzimas que destroem a acetilcolina,
neurotransmissor atuante na memória. Já nos casos leves, a memantina pode ser
usada isoladamente.
A recomendação da incorporação
da terapia foi feita em julho por uma comissão de avaliação que concluiu:
"apesar do tamanho do efeito ser pequeno, ele é significativo e influencia
favoravelmente a qualidade de vida dos doentes e cuidadores". De acordo
com a portaria publicada no Diário Oficial da União (DOU), em até 180 dias o
medicamento deverá estar disponível no SUS.
O relatório da pasta diz que a
memantina deve ser combinada a inibidores da acetilcolinesterase nos casos
moderados. Já em casos graves, ela pode ser usada isoladamente. O remédio não é
indicado para casos leves.
O Alzheimer é uma doença
neurodegenerativa causada pelo acúmulo das proteínas beta-amiloide e tau no
cérebro. Seus efeitos são neurodegeneração gradual e demência caracterizas por
perda cognitiva progressiva, sintomas neuropsiquiátricos (comportamentais) e
prejuízo das atividades da vida diária (funcionais) dos doentes.
Acomete 1% da população entre
65 e 69 anos, 33% dos indivíduos com mais de 85 anos e compromete mais de 35
milhões no mundo. Não existe cura para a doença, mas os tratamentos atuais são
capazes de diminuir os sintomas.
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