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sexta-feira, 10 de novembro de 2017

MEMANTINA para casos moderados e graves de Alzheimer É INCORPORADO AO SUS

Nesta quinta-feira(9) o Ministério da Saúde incorporou ao Sistema Único de Saúde (SUS) o medicamento memantina para pacientes com Alzheimer moderado e grave. A substância age impedindo a ação do excesso do glutamato nos neurônios. Em níveis elevados, o glutamato facilita a entrada de cálcio nas células neuronais, levando-os à morte.

Em pacientes graves, o tratamento deve ser combinado com um medicamento inibidor de colinesterase, substância que inibe a ação de enzimas que destroem a acetilcolina, neurotransmissor atuante na memória. Já nos casos leves, a memantina pode ser usada isoladamente.

A recomendação da incorporação da terapia foi feita em julho por uma comissão de avaliação que concluiu: "apesar do tamanho do efeito ser pequeno, ele é significativo e influencia favoravelmente a qualidade de vida dos doentes e cuidadores". De acordo com a portaria publicada no Diário Oficial da União (DOU), em até 180 dias o medicamento deverá estar disponível no SUS.

O relatório da pasta diz que a memantina deve ser combinada a inibidores da acetilcolinesterase nos casos moderados. Já em casos graves, ela pode ser usada isoladamente. O remédio não é indicado para casos leves.

O Alzheimer é uma doença neurodegenerativa causada pelo acúmulo das proteínas beta-amiloide e tau no cérebro. Seus efeitos são neurodegeneração gradual e demência caracterizas por perda cognitiva progressiva, sintomas neuropsiquiátricos (comportamentais) e prejuízo das atividades da vida diária (funcionais) dos doentes.

Acomete 1% da população entre 65 e 69 anos, 33% dos indivíduos com mais de 85 anos e compromete mais de 35 milhões no mundo. Não existe cura para a doença, mas os tratamentos atuais são capazes de diminuir os sintomas.



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