Ministério
da Saúde marca o dia com a promoção de várias ações e lançamento da campanha
nacional para diminuir o estigma social sobre a doença
No
mundo cerca de 14 milhões de pessoas tem câncer. O dia 27 de novembro é um dia
simbólico, que oferece uma excelente oportunidade para reflexões sobre essa
doença, seu potencial, prevenção e controle. No Dia Nacional de Combate ao
Câncer o Ministério da Saúde inaugurou o novo Centro de Diagnóstico do Câncer
de Próstata, no Rio de Janeiro, e entregou à população do Distrito Federal um
acelerador linear de radioterapia, dos 100 que ainda serão distribuídos em todo
o país.
Segundo
o secretário de atenção à saúde, Francisco de Assis Figueiredo, o principal
objetivo do Ministério da Saúde-MS, é ampliar o acesso e melhoria dos serviços
de prevenção. “Quando analisamos as estatísticas e vemos o crescimento das
doenças oncológicas no Brasil, precisamos levar em consideração dois fatores:
expectativa de vida (1940- 45 anos e 2017- 75 anos) e mais acesso ao SUS, em
relação aos exames de diagnóstico, que é fundamental para o início do
tratamento no tempo certo”, explicou.
De
acordo com dados da Organização Mundial da Saúde-OMS, cerca de 30 a 50% das
mortes por câncer poderiam ser evitadas. A incidência do câncer tem crescido,
não só como resultado do envelhecimento populacional, mas principalmente devido
a uma maior exposição dos cidadãos à fatores de risco evitáveis como o
tabagismo, alimentação inadequada, sedentarismo entre outros. Por isso o MS vem
investindo pesado no que diz respeito à prevenção e tratamento do câncer.
“Nós,
no Ministério estamos fazendo um trabalho muito grande, com Plano de Expansão
da Radioterapia, nunca antes visto, que irá garantir até o final de 2018 cerca
de 21 aparelhos instalados e funcionando no país”, disse Francisco.
Na
solenidade estavam presentes Mônica Andreis, da Aliança de Controle do
Tabagismo- ACT; Ana Cristina Pinho (INCA), pela Comissão Nacional para
Implementação da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco –CONICQ; Marco
Fireman, Secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos– SCTIE/MS; e
outros deputados da casa.
CAMPANHA - Aproveitando a importância do Dia Nacional
de Combate ao Câncer, o Ministério da Saúde e o INCA lançaram a campanha “O
Câncer Não Pode Acabar com a Vontade de Viver” para diminuir o estigma social
sobre câncer. O objetivo é mostrar à população que a doença, com a evolução do
diagnóstico e do tratamento, não é mais sinônimo de morte.
As
peças da campanha publicitária reforçam a ideia de que ter câncer não é motivo
de vergonha, isolamento ou sentimento de derrota e que o carinho e o cuidado
dos familiares e amigos estimulam o paciente a se sentir seguro, ter coragem
para enfrentar o tratamento e vontade de viver. A campanha será veiculada na
internet, televisão e rádio.
INCA – No Ministério da Saúde, o Instituto
Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA), é o responsável pela
formulação da política nacional de prevenção, diagnóstico e tratamento do
câncer, juntamente com a Coordenação Geral de Atenção Especializada – CGAE/SAS.
Entre
as ações específicas de vigilância do câncer, encontram-se a estruturação e o
aprimoramento permanente dos sistemas especializados de informação sobre câncer
- os Registros de Câncer, assim como a elaboração e a divulgação das
informações por eles produzidas. Essas informações, divulgadas sob a forma de
documentos, reguladores e técnicos, são fundamentais e impulsionam a tomada de
decisões estratégicas em todos os níveis.
Para
dra. Ana Cristina Pinho Mendes Pereira, Diretora-geral do Inca, a grande ação
de prevenção ao câncer está no combate ao tabagismo, um dos principais fatores
de risco e de altamente evitável. O consumo constante do tabaco está
relacionado com vários tipos de câncer, sendo o do pulmão o mais forte. No
Brasil, quase 80% dos casos de câncer de pulmão são atribuídos ao tabagismo e é
apesar de tudo o que mais mata homens e o segundo tipo que mais mata mulheres.
“Os
dados são alarmantes: temos cerca de 21 milhões de fumantes no Brasil. O
prejuízo com os investimentos para o tratamento das doenças oncológicas
causadas pelo tabagismo, chegam a 57 bilhões, em contrapartida a arrecadação
dos impostos aplicados sobre os cigarros que não cobrem nem 23% desses gastos”,
explica Ana Cristina.
O
Brasil é membro da Convenção Quadro da OMS para o Controle do Tabaco, que prevê
a redução do tabagismo e suas consequências no mundo. Essa convenção compõe a
Agenda da ONU e tem urgência para a implementação para o alcance dos objetivos
do desenvolvimento sustentável em 2030. Sua recomendação é para que os países
aumentem os impostos sobre os produtos de tabaco, como forma de obter recursos
para fomentar a sua manutenção.
Acesse
as fotos do evento no Flickr
Por
Bruna Bonelli , do Nucom SAS
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