Por
13 votos a 2, a Comissão de Assuntos Sociais (CAS) aprova a indicação da
farmacêutica Alessandra Soares para a direção da Agência Nacional de Vigilância
Sanitária (Anvisa). Análise segue ao Plenário do Senado
A
Comissão de Assuntos Sociais (CAS) aprovou nesta quarta-feira (29) a indicação
da farmacêutica Alessandra Bastos Soares para a diretoria da Agência Nacional
de Vigilância Sanitária (Anvisa). Também foi aprovado um pedido de urgência na
análise da mensagem indicando o nome (MSF 68/2017)
no Plenário do Senado.
O
fato de Alessandra Soares não ter ainda qualquer experiência de gestão na área
pública foi questionado pelos senadores Flexa Ribeiro (PSDB-PA) e Eduardo
Amorim (PSDB-SE).
Na
resposta, a farmacêutica confirmou que a indicação dela tem o intuito de
"ventilar o olhar da Agência, uma leitura mais ágil nos procedimentos,
principalmente daqueles que requerem mais celeridade neste momento". Mas a
profissional deixou claro que este viés não significa sob nenhuma hipótese
comprometer "a segurança e eficácia dos medicamentos e produtos".
—
Isto é indiscutível, com isso a gente não brinca. A segurança não será jamais
relegada a segundo plano. Se a gente não cuida antes do que entrega aos
pacientes, vamos ter que cuidar depois, e o ônus é incomensurável — afirmou
Alessandra.
A
indicada fez questão de ressaltar aos senadores que uma parte de seus 20 anos
atuando na área se deu dentro de hospitais públicos e privados, trabalhando
para planos de saúde e empresas que comercializam medicamentos e produtos.
Experiências que segundo ela lhe permitiram um background direto
voltado para a saúde e o bem-estar das pessoas. Alessandra Soares questão de
mencionar também que "todos os brasileiros usam os serviços da Anvisa
diariamente, desde a hora que acordam, pois os produtos que você usa para
escovar os dentes foram inspecionados por ela".
Fosfoetanolamina
Alguns
senadores questionaram Alessandra Soares sobre que tipo de atuação a Anvisa
pode ter na análise da fosfoetanolamina, a pílula que supostamente teria o
poder de curar o câncer. A profissional deixou claro que a Anvisa só pode
avaliar a eficácia de algum produto se for solicitada pelos interessados, o que
até o momento não ocorreu.
— Eu
pessoalmente adoraria que ela cumprisse o que promete. Mas é preciso antes que
quem controla a produção solicite à Agência a pesquisa e a obtenção do
registro. Como a Anvisa vai avaliar algo que até o momento não foi exposto por
quem eventualmente queira a liberação? — finalizou Soares.
Edilson
Rodrigues/Agência Senado
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