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terça-feira, 28 de novembro de 2017

Saúde anuncia contratação de profissionais temporários nos hospitais federais do Rio de Janeiro

Aproximadamente dois mil profissionais poderão ser contratos temporariamente. Medida faz parte do plano de reestruturação dos hospitais federais do RJ

“Vamos ampliar e qualificar o atendimento nos hospitais federais do Rio de Janeiro”, diz ministro da Saúde

O ministro da Saúde, Ricardo Barros, anunciou nesta segunda-feira (27) a contratação de novos profissionais temporários para atuarem nos hospitais federais do Rio de Janeiro. Aproximadamente dois mil profissionais devem ser distribuídos nos hospitais federais e institutos da capital fluminense. Estão previstos novos contratos nos hospitais federais do Andaraí, Bonsucesso, Cardoso Fontes, Ipanema, Lagoa e dos Servidores do Estado, além dos institutos nacionais de Câncer (Inca), de Traumatologia e Ortopedia (Into) e de Cardiologia (INC).

A contratação deverá ocorrer de acordo com a necessidade de cada unidade. Esta avaliação será realizada por meio de consultores do Hospital Sírio Libanês, que agora passam a atuar em cada um dos seis hospitais federais contribuindo no planejamento. Esses profissionais irão avaliar a necessidade de novas contratações com base no atendimento à população e na especialização proposta de cada unidade. Está previsto ainda, para dezembro, a integração das centrais de regulação. Hoje, as centrais do estado e municípios do Rio de Janeiro atuam separadamente, sem a participação dos hospitais federais. A partir do próximo mês a central de regulação será unificada, possibilitando a criação da fila única do SUS. Essas medidas deverão ocorrer gradualmente, de forma escalonada.

“Com estas ações estamos organizando a rede de assistência do estado do Rio de Janeiro e melhorando a oferta de serviços a partir da especialização de cada unidade. A expectativa é ampliar em 20% o número de cirurgias com a mesma estrutura. A unificação da central de regulação deve organizar as demandas do SUS numa fila única, os pacientes saberão seu lugar na fila. É preciso um sistema organizado e é isso que estado e municípios estão articulando junto às unidades federais, para que todos ofertem um conjunto de serviços adequado à população”, reforçou o ministro Ricardo Barros, durante o anúncio.

As novas medidas integram o plano de reestruturação dos hospitais federais, que prevê a especialização de cada uma das seis unidades em determinadas áreas de atuação, qualificando a assistência e ampliando a oferta dos serviços à população. A meta é aumentar em 20% o atendimento em oncologia, ortopedia e cardiologia. O anúncio ocorreu durante a Inauguração do Centro de Diagnóstico de Câncer de Próstata do INCA, no Rio de janeiro.

A iniciativa do plano de reestruturação dos hospitais federais do Rio de Janeiro, que já está em curso, visa aperfeiçoar o atendimento oferecido na capital do Rio. Foi empreendido pelo Departamento de Gestão Hospitalar do Ministério da Saúde (DGH). A especialização das unidades possibilitará um aumento do número de procedimentos realizados e maior qualificação das equipes de profissionais. Setores com baixa produção em uma unidade serão realocados para outra, onde a estrutura existente poderá ser melhor aproveitada pela população.

As mudanças previstas não alteram o atendimento já agendado dos pacientes nem prevê qualquer suspensão, diminuição ou corte de serviços. Pelo contrário, a expectativa é aumentar a oferta. Na rede de seis hospitais, desde janeiro, a espera cirúrgica das seis unidades foi reduzida em 82%, de 17 mil em janeiro deste ano, para 3.056 cirurgias (número atual).

Para viabilizar a proposta, está em andamento o processo de especialização das unidades federais no Rio de Janeiro, com a consultoria de profissionais do hospital Sírio Libanês (SP), por meio do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do SUS (Proadi-SUS), promovendo entre as seis unidades uma redefinição dos perfis assistenciais, otimizando o funcionamento dentro de uma rede unificada. A medida deve ampliar a assistência à cirurgia vascular. Cada unidade terá capacidade de realizar 40 cirurgias por mês, que representa cerca de duas mil cirurgias ao ano.

O orçamento destinado às seis unidades federais é crescente a cada ano. Pela Lei Orçamentária, a previsão para este ano é 22% maior, cerca de R$ 673,8 milhões. Atualmente, o Ministério da Saúde reserva cerca de R$ 1 bilhão para o pagamento de profissionais nessas unidades.

Por Nicole Beraldo, da Agência Saúde


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