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sábado, 17 de fevereiro de 2018

Ministério da Saúde atualiza casos de febre amarela


O Brasil confirmou 464 casos de febre amarela e 154 óbitos no período de 1º julho de 2017 a 16 de fevereiro deste ano. No mesmo período do ano passado, foram confirmados 532 casos e 166 óbitos

Até 16 de fevereiro foram confirmados 464 casos de febre amarela e 154 óbitos

O Ministério da Saúde atualizou nesta sexta-feira (16) as informações repassadas pelas secretarias estaduais de saúde sobre a situação da febre amarela no país. No período de monitoramento (de 1º de julho/2017 a 16 de fevereiro de 2018), foram confirmados 464 casos de febre amarela no país, sendo que 154 vieram a óbito. Ao todo, foram notificados 1.626 casos suspeitos, sendo que 684 foram descartados e 478 permanecem em investigação, neste período.

No ano passado, de julho de 2016 até 16 fevereiro de 2017, eram 532 casos de febre amarela confirmados e 166 óbitos confirmados. Os informes sobre a doença seguem, desde o ano passado, a sazonalidade da doença, que acontece, em sua maioria, no verão. Dessa forma, o período para a análise considera de 1º de julho a 30 de junho de cada ano.

CAMPANHA
O Ministério da Saúde reforça a importância da vacinação da população dos estados do Rio de Janeiro e São Paulo durante a campanha contra febre amarela. Dados preliminares dos estados do Rio de Janeiro e São Paulo apontam que, até esta sexta-feira (16), 4,3 milhões de pessoas foram vacinadas, sendo 3,9 milhões com doses fracionadas e 379,9 mil com doses padrão. O número corresponde a 21% do público-alvo previsto nos dois estados. A recomendação é que os estados continuem vacinando até atingir alta cobertura.
Itens relacionados

A previsão é que sejam vacinadas 20,4 milhões de pessoas, sendo 10,3 milhões em 54 municípios de São Paulo e 10 milhões em 15 municípios do Rio de Janeiro. No estado do Rio de Janeiro, 1,2 milhão de pessoas foram vacinadas (12,1%), sendo 963,4 mil com a fracionada e 257,5 mil com a padrão. Em São Paulo, a previsão para o término da campanha é neste sábado (17), quando acontece o Dia D de Mobilização. O estado vai avaliar a necessidade de prorrogação da campanha. No total, 3 milhões de paulistas foram vacinados, o que representa 29,6% do público-alvo, sendo 2,9 milhões de pessoas com a fracionada e 122,4 mil com a padrão. Na Bahia, a campanha de fracionamento da vacina de febre amarela terá início na próxima segunda-feira (19). O estado pretende vacinar 3,3 milhões de pessoas em 8 municípios.

A adoção do fracionamento das vacinas é uma medida preventiva e recomendada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) quando há aumento de epizootias e casos de febre amarela silvestre de forma intensa, com risco de expansão da doença em cidades com elevado índice populacional. A dose fracionada tem apresentado a mesma proteção que a dose padrão. Estudos em andamento já demonstraram proteção por pelo menos oito anos e novas pesquisas continuarão a avaliar a proteção posterior a esse período.

O Ministério da Saúde, no ano de 2017 até o momento, encaminhou às Unidades da Federação o quantitativo de aproximadamente 64,5 milhões de doses da vacina. Para os estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Bahia foram enviados cerca de 54,3 milhões de doses, com objetivo de intensificar as estratégias de vacinação, sendo 22,7 milhões (SP), 12 milhões (MG), 12 milhões (RJ), 3,7 milhões (ES) e 3,9 milhões (BA).

Distribuição dos casos de febre amarela notificados: 1º/7/2017 a 16/02/2018
UF (LPI)*
Notificados
Descartados
Em Investigação
Confirmados
Óbitos
AC
1
1
0
-
-
AP
2
2
0
-
-
AM
5
2
3
-
-
PA
24
20
4
-
-
RO
8
6
2
-
-
RR
2
2
0
-
-
TO
12
7
5
-
-
AL
2
1
1
-

BA
22
18
4
-
-
CE
2
2
0
-
-
MA
1
1
0
-
-
PE
1
1
0
-
-
PI
3
3
0
-
-
RN
1
1
0
-
-
SE
1
0
1
-

DF
33
20
12
1
1
GO
31
20
11
-
-
MT
1
0
1
-
-
MS
5
4
1
-
-
ES
64
51
13
-
-
MG
617
200
192
225
76
RJ
66
5
4
57
24
SP
663
284
198
181
53
PR
31
21
10
-
-
RS
15
6
9
-
-
SC
13
6
7
-
-
Total
1.626
684
478
464
154
Dados preliminares e sujeitos à revisão
*LPI – Local Provável de Infecção



Ministro da Saúde convoca população para vacinação contra febre amarela


O ministro da Saúde, Ricardo Barros, anunciou que está baixa a procura pela vacina contra a febre amarela, nas campanhas que ocorrem em São Paulo e no Rio de Janeiro. A campanha iniciará também na Bahia e o ministro pediu que as pessoas não deixem de procurar os postos de vacinação nos municípios apontados como área de recomendação da vacina.


sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018

Mais da metade dos diabéticos não checa glicemia


Fonte: Google imagens


Por ser uma condição crônica, o diabetes precisa ser controlado constantemente. E sim, com esse cuidado é possível levar uma vida cheia de saúde. E isso depende, principalmente, do monitoramento diário da glicemia. Mas é aí que está o problema. A pesquisa Life Insights: Health Report¹, conduzida pelo portal Minha Vida, revela que um em cada três diabéticos acredita não ser necessário checar os níveis de açúcar no sangue. No entanto, fazer um acompanhamento mais próximo de sua glicemia ajuda a aferir a eficácia do tratamento, entender melhor as oscilações ao longo do dia, ter controle dos alimentos que se ingere, prevenir possíveis complicações e até mesmo a evitar a hipoglicemia noturna.

Apesar de 62,8% dos entrevistados que possuem diabetes considerarem importante checar a glicemia, apenas 47,6% o fazem diariamente. E, dentre os que checam, 60,6% o fazem apenas uma vez ao dia. Mas por que as pessoas não fazem esse monitoramento? Dentre as dificuldades encontradas, a maior parte dos respondentes (37,6%) destacou o preço elevado das fitas de medição. Esse obstáculo foi seguido pelo incômodo físico causado pela agulha (18,4%) e pela falta de acesso ao glicosímetro (13,4%), aparelho necessário para realizar a medição em casa.

O estudo aponta ainda outro dado preocupante: um em cada cinco portadores deste quadro não sabe o tipo de diabetes que tem. Identificar se o diabetes é tipo 1 ou 2 é fundamental para a escolha do melhor tratamento. Afinal, enquanto o primeiro é uma condição autoimune, o segundo é muito mais impactado por mudanças de hábito, como alimentação e exercícios.

“O índice glicêmico representa a velocidade com que a glicose é absorvida no intestino. Quanto maior o IG, mais rápida é esta absorção, o que é ruim para quem tem diabetes”, afirma o nutrólogo Roberto Navarro, membro da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN). No entanto, apenas 45,9% observa esse índice na hora de escolher o que comer, o que pode favorecer picos de insulina nas refeições (que, aliás, normalmente são detectados com um monitoramento constante da glicose).


Fonte: Abrafarma



Procedimentos especiais de medicamentos para doenças raras: norma entra em vigor dia 27


Pedidos de anuência de ensaios clínicos ou de registro de novos medicamentos para doenças raras poderão seguir os critérios estabelecidos pela nova normativa.

A norma da Anvisa que trata dos procedimentos especiais de registro de novos medicamentos e outros trâmites para medicamentos destinados a doenças raras, a RDC 205/2017, entrará em vigor no próximo dia 27 de fevereiro. A partir desta data, as solicitações de anuência de ensaios clínicos e de registro para estes produtos podem seguir critérios estabelecidos pela resolução.

A Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) 205/2017 foi publicada em 28 de dezembro de 2017. A norma estabelece procedimento especial para anuência de ensaios clínicos, certificação de boas práticas de fabricação (CBPF) e registro de novos medicamentos para tratamento, diagnóstico ou prevenção de doenças raras.

Peticionamento
A RDC 205/2017 prevê em seu Artigo 5º que no momento do protocolo da petição deve ser informado se a solicitação é referente a medicamento para doença rara. A Anvisa está evoluindo o sistema de peticionamento para possibilitar que, em breve, a solicitação ocorra desta forma.

Portanto, nesse momento, as empresas interessadas em solicitar anuência de ensaios clínicos ou registro de novos medicamentos para doenças raras pelo procedimento especial deverão fazê-lo por meio do código de assunto 11316 – Aditamento doenças raras, em até cinco (5) dias úteis após o protocolo da petição de pesquisa clínica ou de registro. Este código de assunto (11316) estará disponível para peticionamento eletrônico a partir do dia 27 de fevereiro.

Deverá ser informado na folha de rosto do aditamento a petição para a qual se solicita avaliação pelo procedimento especial. Também deve ser anexada justificativa que comprove que a solicitação é referente a medicamento para doença rara e a ata da reunião de pré-submissão realizada na Anvisa.

Conforme disposto no art. 7º da RDC 205/2017, “as petições de anuência de ensaios clínicos e de registro de novo medicamento referentes a medicamento para doença rara devem estar acrescidas da seguinte documentação:
I - Descrição da doença rara para a qual o medicamento será indicado;
II - Relevância do medicamento para tratamento, diagnóstico ou prevenção da doença;
III - dados mundiais e nacionais sobre a prevalência e a incidência da doença rara para a qual o medicamento será indicado; e
IV - Documento comprobatório de designação de medicamento para doença rara por outra autoridade reguladora, quando disponível.”.
De acordo com o Artigo 8º da RDC 205/2017, “caso não seja confirmado durante a análise técnica das petições de anuência de ensaios clínicos e de registro de novo medicamento que a solicitação se refere a medicamento para doença rara, a petição será indeferida”.

Medicamento novo sintético
No caso de solicitação de registro de medicamento novo sintético, quando a empresa desejar avaliação pelo procedimento especial, o peticionamento deverá ser feito somente por meio do Datavisa, pelo código 11306 - Medicamento Novo - Registro de Medicamento Novo.



Participe do Webinar sobre o Certificado de Vacinação


Você pode tirar dúvidas enviando perguntas pelo chat, durante a conferência virtual.

A sétima edição do Webinar Anvisa vai ocorrer no dia 21 de fevereiro, às 15 horas. Desta vez, o tema tratado será sobre a emissão e a exigência do Certificado Internacional de Vacinação ou Profilaxia - CIVP. O tema será apresentado pela Gerência-Geral de Portos, Aeroportos e Fronteiras (GGPAF). As dúvidas poderão ser tiradas por meio de chat, durante a conferência virtual.

O Webinar Anvisa é o novo formato para discussão dos temas técnicos da Agência com seus usuários. A transmissão é via web e há a possibilidade de interação do público por meio de chat.

Durante a conferência, serão abordados quatro pontos específicos:
  • O que é o CIVP e quais são os requisitos para sua emissão e exigência
  • Quando o viajante precisa do CIVP
  • Impacto do atual surto de febre amarela sobre o CIVP
  • Esclarecimento sobre dose fracionada x CIVP
Como participar
Para participar do Webinar Anvisa basta clicar no link abaixo na data e hora marcada:

O Webinar é uma iniciativa da área de Gestão do Conhecimento da Anvisa e tem por objetivo fortalecer as iniciativas de transparência ativa da Agência, levando conhecimento atualizado ao público externo.




Santa Casa de Maringá ganha reforço de R$ 2 milhões


O recurso vai ampliar e qualificar os serviços de média e alta complexidade oferecidos pela instituição por meio do Sistema Único de Saúde

O município de Maringá está ganhando reforço de R$ 2 milhões para ampliar e qualificar os atendimentos de média e alta complexidade oferecidos por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). O recurso é destinado para a Santa Casa de Maringá (Hospital e Maternidade Maria Auxiliadora) e já está disponível. O anúncio acontecerá, às 10h, deste sábado (17), na própria Santa Casa, e contará com a presença do ministro da Saúde, Ricardo Barros.

Atualmente, a Santa Casa dedica 60% de todos os atendimentos e procedimentos aos pacientes que dependem da rede pública de saúde e atua, entre outras coisas, nas áreas de maternidade, hemodiálise, pediatria, oncologia, fisioterapia, psicologia, neurocirurgia e transplantes.

Em dezembro do ano passado, o ministro da Saúde, Ricardo Barros, participou da cerimônia de inauguração do novo Centro de Especialidades de Maringá, que funciona dentro da Santa Casa. Ao todo, foram investidos R$ 17 milhões pelo governo para construção e aquisição de equipamentos da unidade, que será referência para consultas e exames de média e alta complexidade do município e outras 29 cidades que compõem a Regional de Saúde, abrangendo uma população de 800 mil pessoas.

O novo centro, que passou a ter sede própria, tem capacidade para fazer até 20 mil atendimentos por mês em diversas especialidades, como angiologia, cardiologia, dermatologia, endocrinologia, gastroenterologia, geriatria, ginecologia, nefrologia, neurologia, neurologia pediátrica, oftalmologia, otorrinolaringologia, pediatria, pneumonia, psiquiatria, além de uma variedade de exames clínicos, de imagem e laboratoriais.

Além desses valores, o Governo Federal também está anunciando a liberação de R$ 1,8 milhão para custeio de serviços ambulatoriais e hospitalares, como consultas, exames especializados e cirurgias eletivas, para os municípios que compõem o Consórcio Público Intermunicipal de Saúde do Setentrião Paraense (CISAMUSEP), formado por Maringá, que é a cidade polo, e outros 29 municípios

Com o incremento financeiro, o objetivo é diminuir o tempo de espera e o tamanho da lista de pessoas que aguardam por algum procedimento eletivo, que são aqueles marcados, sem caráter de urgência e emergência, nos municípios do consórcio. A verba será incorporada ao Teto Financeiro de Média e Alta (MAC) Complexidade do Paraná, principal rubrica do Governo Federal para custeio desses procedimentos, e caberá ao Consórcio fazer os devidos aportes para ampliar e qualificar os atendimentos, conforme a necessidade e demanda de cada município.

GESTÃO
Em 600 dias de gestão, o estado do Paraná recebeu aproximadamente R$ 550 milhões de recursos federais para habilitar e qualificar 815 serviços e abertura de 531 leitos nos 399 municípios do estado. Apenas em 2016 foram repassados mais de R$ 150 milhões entre habilitações de leitos e outros serviços ambulatoriais e hospitalares. Em 2017, foram repassados cerca de R$ 400 milhões para custear esses serviços.

O Paraná também ganhou um reforço de R$ 32,9 milhões na Atenção Básica, beneficiando 127 municípios. O recurso diz respeito à habilitação de 415 novos Agentes Comunitários de Saúde, 118 Equipes de Saúde da Família, 109 Equipes de Saúde Bucal, 43 Núcleos de Apoio à Saúde da Família, 19 Polos de Academia da Saúde e 03 Equipes de Saúde Prisional.

Durante esta gestão, também foram habilitadas 16 UPAS 24hs em 15 municípios do estado, com um custo de R$ 26 milhões. No início de 2017 o Ministério da Saúde anunciou a doação de 23 ambulâncias para renovação da frota do SAMU 192 em 18 municípios do estado, totalizando um investimento de R$ 5,1 milhões. Em outubro de 2017, foi anunciado que 12 veículos do estado seriam contemplados com mais recursos federais para ampliação e qualificação.

Também foram liberados, nesta gestão, R$ 575,2 milhões em emendas parlamentares para todo o estado. Os recursos são destinados ao custeio da atenção básica, serviços de média e alta complexidade, aquisição de equipamentos e materiais permanentes e obras de construção, reforma e ampliação de unidades de saúde no Paraná.

CISAMUPEP
Os municípios do Consórcio CISAMUSEP foram contemplados com R$ 65,1 milhões para fortalecimento da saúde. Desse total, R$ 33,8 milhões foram para custeio de 60 serviços/leitos de média e alta complexidade que funcionavam sem a contrapartida federal. Outros R$ 421,1 mil foram repassados, entre julho e dezembro de 2017, para fortalecimento da Atenção Básica, principal porta de entrada para o SUS, dos municípios integrantes do consórcio.

Durante o período, também foram liberados R$ 30,9 milhões referentes a 175 emendas parlamentares que tramitavam na pasta e aguardavam liberação desde 2014, contemplando todos os municípios do Consórcio CISAMUSEP.

Por Gustavo Frasão, da Agência Saúde 


Vacina fracionada feita no Brasil protege contra febre amarela em 98% dos casos


Segundo os autores da pesquisa, os resultados colocam o fracionamento da vacina como uma abordagem adequada para combater as epidemias

As doses fracionadas da vacina contra a febre amarela geram anticorpos contra a doença em 98% dos casos, de acordo com um novo estudo publicado hoje na revista científica New England Journal of Medicine. Segundo os autores da pesquisa, os resultados colocam o fracionamento da vacina como uma abordagem adequada para combater as epidemias. O estudo avaliou a mesma vacina fracionada que vem sendo aplicada no Brasil.

A pesquisa foi financiada pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês) dos Estados Unidos, com o objetivo de avaliar a resposta imune à dose fracionada em uma campanha de vacinação em larga escala. Os estudo foi realizado a partir de um programa de vacinação realizado em 2016, durante epidemia de febre amarela na República Democrática do Congo.

De acordo com o artigo, como o suprimento disponível da vacina era insuficiente para uma campanha de tal dimensão, o governo congolês seguiu uma recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS) e vacinou 7,6 milhões com uma dose fracionada da vacina produzida pelo Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos da Fiocruz (Biomanguinhos), que é equivalente a um quinto da dose padrão.

"Uma dose fracionada de vacina contra a febre amarela foi efetiva para induzir a soroconversão na maioria dos participantes. Esses resultados apoiam o uso de uma vacinação com doses fracionadas para controle de epidemias", conclui o estudo.
Os cientistas avaliaram os testes de anticorpos neutralizantes contra a febre amarela em amostras de sangue obtidas antes da vacinação e de 28 a 36 dias após a vacinação. Entre os 716 participantes, 98% tinham anticorpos após a vacinação. Entre os 483 participantes que eram soronegativos antes da vacinação, 98% apresentaram anticorpos. Dos 223 participantes que já eram soropositivos antes da vacinação, 66% apresentaram resposta imune.

De acordo com o estudo, a proporção de pessoas que apresentaram anticorpos com a vacina fracionada é semelhante à que é observada quando os pacientes recebem a dose padrão. Segundo os cientistas, isso prova que a dose fracionada é uma abordagem viável para fornecer imunidade e conter surtos da doença.

"Esse resultado é importante, levando em conta o risco global de epidemias de febre amarela, como mostrou o Brasil em 2017, quando mais de 26 milhões de doses de vacinas contra a febre amarela foram distribuídas para controlar uma epidemia no início do ano", escreveram os autores.

Diversos estudos anteriores já sugeriam a eficácia da vacina fracionada. De acordo com o Ministério da Saúde, a própria OMS recomendou o fracionamento da vacina quando há risco de expansão da doença em cidades grandes que não tinham recomendação para imunização anteriormente.

"O Ministério da Saúde reitera a segurança e eficácia da medida de fracionamento de doses da vacina para febre amarela. A estratégia de fracionar as doses é recomendada pela OMS quando há necessidade de vacinar um grande número de pessoas em um curto espaço de tempo, como medida excepcional. A decisão (de fracionar a vacina) foi tomada em comum acordo entre o Ministério da Saúde, estados e municípios que participam da campanha. A OMS foi consultada e informada sobre a realização da medida", informou a pasta em nota.

Segundo o Ministério da Saúde, para o fracionamento, é utilizada a mesma vacina já utilizada na rotina dos municípios brasileiros, produzida pela Fiocruz desde 1937. "A única diferença entre as doses está no volume, que é menor na dose fracionada. A vacinação fracionada foi utilizada em mais de 7,8 milhões de pessoas na África por recomendação da OMS e resultou na interrupção do surto da doença."

Ainda de acordo com o Ministério da Saúde, a decisão de fracionar a vacina teve base em um estudo realizado por Biomanguinhos que apontou a presença de anticorpos contra febre amarela oito anos após a aplicação da dose fracionada. "Em 2009, uma pesquisa avaliou 319 militares vacinados com a dose fracionada. Em 2017, ou seja, após oito anos, verificou-se a presença de anticorpos contra a doença em 85,3% dos participantes, semelhante ao observado na resposta imune da dose padrão neste mesmo período (88%). Estudos em andamento continuarão a avaliar a proteção posterior a esse período", informou a pasta.



Reajuste de preços para medicamentos deve ser um dos menores dos últimos 13 anos


Projeção feita pela Interfarma (Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa) indica que o reajuste anual de preços de medicamentos deverá ser um dos menores dos últimos 13 anos. Em 2005, quando o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) foi de 3,02%, o menor índice médio de reajuste dos remédios foi de 1,49%.

A menos que haja alguma mudança inesperada e expressiva na economia, neste ano teremos uma correção de preços de medicamentos muito pequena, afirma Antônio Britto, presidente-executivo da Interfarma. Como o IPCA de 2017 foi de 2,95%, se não houver nenhuma variação expressiva até março, data em que o índice compõe as fórmulas de reajuste dos medicamentos, as correções de preço também serão baixas, informa a associação. Com exceção de 2016, nos últimos 13 anos o reajuste médio esteve sempre abaixo da inflação.

Três fatores incidem na definição do percentual de reajuste: produtividade da in- dústria, concentração de mercado das classes terapêuticas e oscilações do câmbio e influências no setor de fatores tarifa de energia elétrica, por exemplo. Os valores exatos serão divulgados no final de março, segundo a associação.

Fonte: Agora São Paulo

No Sindusfarma, Anvisa afirma que RDC 208 vai dar previsibilidade e melhorar prazos


A convite do Sindusfarma, o gerente-geral de Portos, Aeroportos, Fronteiras e Recintos Alfandegados da Anvisa, Marcus Aurélio Miranda Araújo, orientou as empresas do setor sobre a Resolução RDC nº 208/2018, que simplifica procedimentos para a importação de bens e produtos sujeitos à Vigilância Sanitária.

"A Anvisa tem como objetivo principal dar previsibilidade para o setor e melhorar a questão dos prazos, focando mais em risco sanitário”, disse Marcus Aurélio no encontro realizado na quarta-feira (31), que lotou o auditório da entidade.

Incorporando várias sugestões do Sindusfarma, a RDC 208/18 contribui para a redução de custos de armazenagem e tempo de liberação de cargas da indústria farmacêutica em portos e aeroportos. A medida revisa e revoga vários itens da RDC nº 81/2008.
 
O encontro foi coordenado pela diretora de Assuntos Regulatórios do Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos no Estado de São Paulo (Sindusfarma), Rosana Mastellaro, e contou com a participação de Ricardo de Nóbrega, gerente de Comércio Exterior da Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec) e Cristiano Gregis, coordenador da Coordenação de Gestão da Informação do Sistema Nacional de Vigilância Sanitária da Anvisa.

Alinhamento


Em 2009, a entidade publicou o Manual de Comércio Exterior, que serviu de referência para que os postos de CVS/PAF de todo o Brasil alinhassem os requisitos regulatórios estabelecidos pela RDC 81/2008.

Em 2017, o Sindusfarma promoveu diversas reuniões entre as empresas associadas e a Anvisa,  encaminhando vários pleitos e contribuições para melhoria dos prazos, que  eram muito longos e comprometiam o setor farmacêutico, prejudicando o acesso da população a medicamentos e produtos para a saúde.

Em especial, a entidade apoiou e colaborou com a iniciativa inovadora da Diretoria de Monitoramento da Anvisa, dirigida pelo Dr. William Dib, relacionada à liberação remota e à proposta de revisão da RDC 81/2008.

Fonte: Portal snifbrasil.com.br

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