A ABRAIDI - programou para o
segundo dia do I Fórum Brasileiro de Importadores e Distribuidores de Produtos
para a Saúde uma série de debates focados no cotidiano do associado.
O painel "As recentes
mudanças regulatórias e os desdobramentos para o setor" foi aberto pelo
diretor técnico da ABRAIDI, Sérgio Madeira, que ressaltou a antiga colaboração
que a Associação tem com a regulação sanitária do país. "Desde 2004,
quando realizamos o Fórum de Segurança Sanitária de Produtos para Ortopedia, a
ABRAIDI tem debatido o assunto".
A assessora da Diretoria de
Regulação Sanitária da Anvisa, Daniela Manzoli Bravo, comentou as várias regras
e sistemáticas regulatórias implantadas recentemente pela Agência, com o
objetivo de desburocratização. Citou a RDC 211/2018, que aumentou o prazo de
renovação e revalidação de registros para 10 anos e beneficiou o setor. A
assessora da Anvisa comentou os inúmeros problemas que ainda existem em PAFs,
mas que a Agência tem buscado soluções para agilizar a liberação sanitária. O
representante da Câmara Técnica de Implantes da AMB, Luis Carlos Sobania, que é
ortopedista, lembrou das várias iniciativas médicas para também colaborar com a
Anvisa, ao longo dos últimos 10 anos, e anunciou que, durante a Hospitalar,
será apresentado os primeiros resultados do Registro Nacional de
Implantes, uma nova parceria entre Agência e sociedades de especialidade.
Os modelos de pagamento
baseados em valor foi a temática do painel moderado por Daniel Greca, diretor
de Healthcare da KPMG. Greca ressaltou que o ritmo de transformação do modelo
de remuneração é lento, mas está acontecendo. "Deixamos o discurso e
conseguimos passar para a prática. O que é motivador", concluiu o diretor
da KPMG. Participaram das discussões Fabrício Campolina, da J&J e do Instituto
Coalizão Saúde, Glauco Chagas, da Unimed Porto Alegre, e Luiz Felipe
Costamilan, CEO do CBEX’s.
Reforma Tributária, tecnologia
e compliance
O deputado federal Luiz Carlos
Hauly (PSDB/PR) proferiu palestra no Fórum e abordou como fazer o Brasil
crescer e distribuir rendas com justiça social. "Temos inúmeras restrições
no país para promover a Reforma Tributária por conta do receio da União,
estados e municípios, em relação à partilha dos impostos. Temos que criar um
pacto federativo para não mexer na partilha. Só assim a Reforma terá condições
de caminhar", defendeu. Debateram com o parlamentar a moderadora e
advogada tributarista, Hella Gottschefsky, Carmino Antônio de Souza, diretor de
Relações Institucionais e Parlamentares do Conasems, Ruy Baumer, diretor do
Comitê da Cadeia Produtiva da Saúde da FIESP, e Edson Rogatti, presidente da
CMB. O deputado propôs a criação do IVA, que aglutinaria o ICMS, ISS e IPI,
entre outros impostos. "O IVA é a cobrança de débito e crédito e pode
fazer o Brasil crescer de 5% a 7% ao ano e desconcentrar a renda",
finalizou Hauly.
O professor da Faculdade de
Saúde Pública da USP, Gonzalo Vecina, fez uma apresentação sobre as tecnologias
que estão no mercado e as que ainda irão surgir para movimentar o setor da
saúde. "Os vetores da tecnologia jogam o custo para cima, mas temos a
eficiência que pode justificar os investimentos com a qualidade de vida
propiciada", ressaltou Vecina. Para o professor, o custo é uma esfinge que
nos ameaça, "se não respondermos as perguntas seremos devorados".
Vecina lembrou que o Brasil tem um dos preços mais elevados para DMI.
"Precisamos encontrar saídas para qualidade e segurança, custos e
acessibilidade. Não existem soluções simples para problemas complexos, mas o
ideal é que o caminho venha do próprio setor". Debateram com o professor
Vecina, o presidente da ABRAIDI, Sérgio Rocha, e o diretor da BR Hommed,
Giuliano Sant'anna.
O professor Gonzalo Vecina
também moderou o Painel "o compliance no século XXI: em
busca da sustentabilidade para o setor de saúde". Participaram das
discussões, Gláucio Pegurin Libório, presidente do Instituto Ética Saúde,
Adriano Caldas, CEO Medical Devices da Johnson & Johnson, Marcelo Chaves,
secretário de Controle Externo da Saúde do TCU, Polyanna Vilanova, conselheira
do CADE, Viviane Souza, diretora de Compliance do Hospital
Albert Einstein, e Gil Pinho, diretor de Operações da Medartis Brasil.
"O que foi falado aqui em
relação ao compliance é uma música para os meus ouvidos e para
o CADE", afirmou a conselheira Polyanna Vilanova. Já o secretário de
Controle Externo da Saúde do TCU, Marcelo Chaves, elogiou a iniciativa do setor
ao idealizar o Instituto Ética Saúde. "O TCU e o IES possuem valores
comuns e todo evento que o IES nos convidar faremos esforço para
participar", disse.
Para o presidente da ABRAIDI,
Sérgio Rocha, as distorções, inúmeras nesse setor, trazem custo maior para o
consumidor, que é o paciente. "Além de todo esse cenário complexo,
apresentado nos dois dias de evento, soma-se o tamanho e a ineficiência do
Estado, a burocracia e a carga tributária que criam uma barreira à inovação e à
atualização tecnológica na saúde. Tudo isso promove uma deformação no mercado e
uma eterna luta entre todos os players. Precisamos pensar de forma
diferente. Três palavras poder mudar o setor: cooperação, transparência e
ética", concluiu Sérgio Rocha.
O evento foi realizado, em 25
e 26 de abril, no Hotel Meliá Paulista, em São Paulo/SP, teve o apoio da
Aliança Brasileira da Indústria Inovadora em Saúde - ABIIS, do Instituto Ética
Saúde, da Hospitalar, da Healthcare Management e da South America Health
Exhibition - SAHE.O painel "As recentes mudanças regulatórias e os
desdobramentos para o setor" foi aberto pelo diretor técnico da ABRAIDI,
Sérgio Madeira, que ressaltou a antiga colaboração que a Associação tem com a
regulação sanitária do país. "Desde 2004, quando realizamos o Fórum de
Segurança Sanitária de Produtos para Ortopedia, a ABRAIDI tem debatido o assunto".
A assessora da Diretoria de
Regulação Sanitária da Anvisa, Daniela Manzoli Bravo, comentou as várias regras
e sistemáticas regulatórias implantadas recentemente pela Agência, com o
objetivo de desburocratização. Citou a RDC 211/2018, que aumentou o prazo de renovação
e revalidação de registros para 10 anos e beneficiou o setor. A assessora da
Anvisa comentou os inúmeros problemas que ainda existem em PAFs, mas que a
Agência tem buscado soluções para agilizar a liberação sanitária. O
representante da Câmara Técnica de Implantes da AMB, Luis Carlos Sobania, que é
ortopedista, lembrou das várias iniciativas médicas para também colaborar com a
Anvisa, ao longo dos últimos 10 anos, e anunciou que, durante a Hospitalar,
será apresentado os primeiros resultados do Registro Nacional de
Implantes, uma nova parceria entre Agência e sociedades de especialidade.
Os modelos de pagamento
baseados em valor foi a temática do painel moderado por Daniel Greca, diretor
de Healthcare da KPMG. Greca ressaltou que o ritmo de transformação do modelo
de remuneração é lento, mas está acontecendo. "Deixamos o discurso e
conseguimos passar para a prática. O que é motivador", concluiu o diretor
da KPMG. Participaram das discussões Fabrício Campolina, da J&J e do
Instituto Coalizão Saúde, Glauco Chagas, da Unimed Porto Alegre, e Luiz Felipe
Costamilan, CEO do CBEX’s.
Reforma Tributária, tecnologia
e compliance
O deputado federal Luiz Carlos
Hauly (PSDB/PR) proferiu palestra no Fórum e abordou como fazer o Brasil
crescer e distribuir rendas com justiça social. "Temos inúmeras restrições
no país para promover a Reforma Tributária por conta do receio da União,
estados e municípios, em relação à partilha dos impostos. Temos que criar um
pacto federativo para não mexer na partilha. Só assim a Reforma terá condições
de caminhar", defendeu. Debateram com o parlamentar a moderadora e
advogada tributarista, Hella Gottschefsky, Carmino Antônio de Souza, diretor de
Relações Institucionais e Parlamentares do Conasems, Ruy Baumer, diretor do
Comitê da Cadeia Produtiva da Saúde da FIESP, e Edson Rogatti, presidente da
CMB. O deputado propôs a criação do IVA, que aglutinaria o ICMS, ISS e IPI,
entre outros impostos. "O IVA é a cobrança de débito e crédito e pode
fazer o Brasil crescer de 5% a 7% ao ano e desconcentrar a renda",
finalizou Hauly.
O professor da Faculdade de
Saúde Pública da USP, Gonzalo Vecina, fez uma apresentação sobre as tecnologias
que estão no mercado e as que ainda irão surgir para movimentar o setor da
saúde. "Os vetores da tecnologia jogam o custo para cima, mas temos a
eficiência que pode justificar os investimentos com a qualidade de vida
propiciada", ressaltou Vecina. Para o professor, o custo é uma esfinge que
nos ameaça, "se não respondermos as perguntas seremos devorados".
Vecina lembrou que o Brasil tem um dos preços mais elevados para DMI.
"Precisamos encontrar saídas para qualidade e segurança, custos e
acessibilidade. Não existem soluções simples para problemas complexos, mas o
ideal é que o caminho venha do próprio setor". Debateram com o professor
Vecina, o presidente da ABRAIDI, Sérgio Rocha, e o diretor da BR Hommed,
Giuliano Sant'anna.
O professor Gonzalo Vecina
também moderou o Painel "o compliance no século XXI: em
busca da sustentabilidade para o setor de saúde". Participaram das
discussões, Gláucio Pegurin Libório, presidente do Instituto Ética Saúde,
Adriano Caldas, CEO Medical Devices da Johnson & Johnson, Marcelo Chaves,
secretário de Controle Externo da Saúde do TCU, Polyanna Vilanova, conselheira
do CADE, Viviane Souza, diretora de Compliance do Hospital
Albert Einstein, e Gil Pinho, diretor de Operações da Medartis Brasil.
"O que foi falado aqui em
relação ao compliance é uma música para os meus ouvidos e para
o CADE", afirmou a conselheira Polyanna Vilanova. Já o secretário de
Controle Externo da Saúde do TCU, Marcelo Chaves, elogiou a iniciativa do setor
ao idealizar o Instituto Ética Saúde. "O TCU e o IES possuem valores
comuns e todo evento que o IES nos convidar faremos esforço para
participar", disse.
Para o presidente da ABRAIDI,
Sérgio Rocha, as distorções, inúmeras nesse setor, trazem custo maior para o
consumidor, que é o paciente. "Além de todo esse cenário complexo,
apresentado nos dois dias de evento, soma-se o tamanho e a ineficiência do
Estado, a burocracia e a carga tributária que criam uma barreira à inovação e à
atualização tecnológica na saúde. Tudo isso promove uma deformação no mercado e
uma eterna luta entre todos os players. Precisamos pensar de forma
diferente. Três palavras poder mudar o setor: cooperação, transparência e
ética", concluiu Sérgio Rocha.
O evento foi realizado, em 25
e 26 de abril, no Hotel Meliá Paulista, em São Paulo/SP, teve o apoio da
Aliança Brasileira da Indústria Inovadora em Saúde - ABIIS, do Instituto Ética
Saúde, da Hospitalar, da Healthcare Management e da South America Health
Exhibition - SAHE.