Já está disponível, no
Portal da Anvisa, o
Relatório de Avaliação dos Dados de Produção dos Bancos de
Tecidos Humanos – Ano 2017. O documento reúne os dados de produção dos 63
bancos de tecidos em funcionamento no país, comparando número de doadores,
quantidade de tecidos obtidos e descartados, aproveitamento efetivo das doações
em transplantes, criando um coeficiente para quantificar o descarte de tecidos
e fazendo a listagem das condições que determinaram o descarte, por exemplo.
Os Bancos de Tecidos são os
estabelecimentos que realizam a triagem clínica, social, física e laboratorial
dos doadores, a retirada, a identificação, o transporte, o processamento, o
armazenamento e a disponibilização dos tecidos humanos, de forma a garantir sua
qualidade e segurança.
Bancos
No Brasil, há 52 Bancos de
Tecidos Oculares, seis Bancos de Tecidos Musculoesqueléticos, quatro Bancos de
Pele e um Banco de Tecidos Cardiovasculares, com maior concentração destes
bancos, nesta ordem, nas regiões Sudeste (24), Sul (18), Nordeste (12),
Centro-Oeste (5) e Norte (4).
A avaliação dos dados de
produção e dos indicadores de qualidade, de forma geral e individualizada por
banco, é ferramenta importante para o monitoramento dos serviços. Esses dados
podem ser usados pelo Sistema Nacional de Vigilância Sanitária de forma
complementar às ações de inspeção sanitária e pelo próprio Banco de Tecidos
como instrumento de melhoria dos seus processos de trabalho.
A proposta da Anvisa é
utilizar cada vez mais os indicadores de qualidade dos bancos de tecidos como
ferramentas para o planejamento de suas atividades de regulamentação,
monitoramento e fiscalização e para as ações coordenadas com o Ministério da
Saúde na definição de políticas aplicadas a esses estabelecimentos.
Tecidos Oculares
Os dados apresentados mostram
a evolução do número de doadores de tecidos oculares que sofreu um aumento de
cerca de 9% em 2017 com 17.781 doadores se comparado ao ano anterior que obteve
16.186.
Os cinco estados com os
maiores números de doadores foram, em ordem decrescente: São Paulo (7.836),
Ceará (1.540), Paraná (1.245), Minas Gerais (1.118) e Pernambuco (914). Os
cinco estados com os menores números de doadores foram, em ordem decrescente:
Sergipe (93), Pará (78), Rondônia (53), Tocantins (43) e Mato Grosso (30). Além
disso, os dados mostram que em 2017 foram fornecidas para transplante 19.404
córneas, um aumento de quase 10% em relação a 2016.
Tecidos Musculoesqueléticos
O número de peças de tecidos
musculoesqueléticos (tecido ósseo, tendão, fáscia e cartilagem, inteiros ou em
pedaços, retirados do doador) obtidas foi de 1.522 e o número de unidades (peça
ou derivado da peça resultante do processamento) produzidas foi de 13.156. A
quantidade de doadores foi de 252, número maior que ao ano de 2016 que foi de
234 doadores.
Os Bancos de Tecidos
Musculoesqueléticos, localizados em São Paulo (SP), Marília (SP), Ribeirão
Preto (SP), Rio de Janeiro (RJ) e Passo Fundo (RS), forneceram 12.814 unidades
de tecidos para uso odontológico e 1.856 unidades de tecidos para uso
ortopédico em 2017, o que representa um decréscimo de 10% no fornecimento de
tecidos para a odontologia e de 12% no fornecimento de tecidos para a ortopedia
em relação ao ano anterior.
Pele
Os bancos de pele em
funcionamento no ano de 2017, localizados em Curitiba (PR), Porto Alegre (RS),
Rio de Janeiro (RJ) e São Paulo (SP), foram responsáveis pela produção de
100.807 cm² de pele oriunda de 78 doadores e pelo fornecimento de 63.275 cm² de
pele para transplante.
Apesar da queda na quantidade
de doadores de pele, que passou de 83 em 2016 para 78 em 2017, houve um aumento
de quase 20% na quantidade de pele produzida se comparado ao ano anterior.
Ascom - ANVISA