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quinta-feira, 18 de julho de 2019

Ministério da Saúde vai comprar remédios no setor privado

Estadão Conteúdo

O Ministério da Saúde disse nesta terça-feira, 16, que, para garantir que não faltem medicamentos de distribuição obrigatória no Sistema Único de Saúde (SUS), os remédios que eram fornecidos por laboratórios públicos e tiveram contratos suspensos serão adquiridos da iniciativa privada.

A pasta suspendeu, nas últimas três semanas, contratos com 7 laboratórios públicos nacionais para a produção de 18 medicamentos e uma vacina distribuídos gratuitamente pelo SUS. Documentos obtidos pela reportagem apontam que houve suspensão de projetos de Parcerias para o Desenvolvimento Produtivo (PDPs) destinados à fabricação de remédios para pacientes que sofrem de câncer e diabete, por exemplo.

Em nota, o ministério justificou que a suspensão das parcerias aconteceu por seis motivos principais: Recomendação de órgãos de controle (como a Controladoria-Geral da União e o Tribunal de Contas da União), decisão judicial, descumprimento de cronograma, falta de avanços esperados, falta de investimentos em estrutura ou solicitação de saída do parceiro privado.

Em nota nesta terça, a pasta disse que a etapa atual permite que os laboratórios públicos apresentem medidas para reestruturar o cronograma de ações e atividades dos contratos suspensos. "Trata-se de uma medida regular e recomendada pelos órgãos de controle, como Tribunal de Contas da União (TCU) e Controladoria-Geral da União (CGU), além de estar prevista no marco regulatório das PDPs e realizada com normalidade. Toda e qualquer parceria que estiver em desacordo é suspensa para avaliação".

A Associação de Laboratórios Farmacêuticos Oficiais do Brasil (Alfob), porém, disse que foi pega de surpresa com as suspensões e vai ingressar com ações na Justiça contra a pasta.
"Para suspender um PDP precisa ter uma avaliação de um comitê técnico, de um comitê deliberativo, ter aprovação do grupo executivo do complexo industrial da saúde", disse à reportagem o presidente da Bahiafarma, Ronaldo Ferreira Dias, que também preside a associação de laboratórios.

Fonte: jcnet.com.br 

ETANERCEPTE - AVISO DE LICITAÇÃO


COORDENAÇÃO-GERAL DE LICITAÇÕES E CONTRATOS DE INSUMOS ESTRATÉGICOS

AVISO DE LICITAÇÃO PREGÃO ELETRÔNICO Nº 44/2019 - UASG 250005 Nº Processo: 25000187652201816.
Objeto: Aquisição do medicamento ETANERCEPTE, 50 MG/ML, SOLUÇÃO INJETÁVEL, SERINGA-PREENCHIDA, conforme demais descrições contidas do Edital e Termo de Referência.. Total de Itens Licitados: 1. Edital: 18/07/2019 das 08h00 às 12h00 e das 14h00 às 17h59. Endereço: Esplanada Dos Ministérios, Bloco G, Anexo, Ala a - 4º Andar - Sala 464, Sof Sul - BRASÍLIA/DF ou www.comprasgovernamentais.gov.br/edital/250005-5-00044-2019.
Entrega das Propostas: a partir de 18/07/2019 às 08h00 no site www.comprasnet.gov.br. Abertura das Propostas: 30/07/2019 às 08h30 no site www.comprasnet.gov.br. Informações Gerais: . GREGORIO BITTENCOURT FERREIRA SANTOS Administrador/Pregoeiro


NUSINERSENA - MS COMPRA POR DISPENSA DE LICITAÇÃO DA BIOGEN NO VALOR GLOBAL DE R$ 27.867.126,55


COORDENAÇÃO-GERAL DE LICITAÇÕES E CONTRATOS DE INSUMOS ESTRATÉGICOS PARA SAÚDE
EXTRATO DE DISPENSA DE LICITAÇÃO Nº 100/2019 - UASG 250005 Nº Processo: 25000096863201913 .
Objeto: Aquisição de nusinersena 12mg/5ml. Total de Itens Licitados: 00001. Fundamento Legal: Art. 24º, Inciso IV da Lei nº 8.666 de 21/06/1993.
Justificativa: Trata-se de Ação Judicial Declaração de Dispensa em 17/07/2019. LUCIANE KARWOWSKI. Coordenadora-geral de Aquisições de Insumos Estratégicos para Saúde. Ratificação em 17/07/2019. ROBERTO FERREIRA DIAS. Diretor do Departamento de Logística em Saúde.
Valor Global: R$ 27.867.126,55.
CNPJ CO N T R AT A DA : Estrangeiro BIOGEN INTERNATIONAL GMBH.
(SIDEC - 17/07/2019) 250110-00001-2019NE800085


VACINA MENINGOCÓCICA ACWY CONJUGADA - MS PUBLICA REGISTRO DE PREÇOS PARA GSK, SANOFI PASTEUR e PFIZER NOS VALORES TOTAIS DE R$ 91.318.605,00, 165.243.190,00 e 95.667.110,00 RESPECTIVAMENTE


DEPARTAMENTO DE LOGÍSTICA EM SAÚDE
EXTRATO DE REGISTRO DE PREÇOS

Espécie: Ata de Registro de Preços nº 47/2019 - Pregão Eletrônico - SRP n.º 15/2019; Processo: 25000.090011/2018-31.
. Item Descrição do Objeto Unid. De Fo r n e c . Quant. Máx. Preço Unitário (US$) Preço Unitário (R$) Preço Total (US$) Preço Total (R$)
. 1 VACINA, MENINGOCÓCICA ACWY, CONJUGADA, INJETÁVEL Dose 1.050.000 21,6193 86,9701 22.700.265,00 91.318.605,00
Partes: DLOG/SE/MINISTÉRIO DA SAÚDE X Empresa Estrangeira GLAXOSMITHKLINE BIOLOGICALS S.A. representada pela Empresa Nacional GLAXOSMITHKLINE BRASIL LTDA., Vigência: 17.07.2019 a 17.07.2020.

Espécie: Ata de Registro de Preços nº 48/2019 - Pregão Eletrônico - SRP n.º 15/2019; Processo: 25000.090011/2018-31.
. Item Descrição do Objeto Unid. De Fo r n e c . Quant. Máx. Preço Unitário (US$) Preço Unitário (R$) Preço Total (US$) Preço Total (R$)
. 1 VACINA, MENINGOCÓCICA ACWY, CONJUGADA, INJETÁVEL Dose 1.900.000 21,6193 86,9701 41.076.670,00 165.243.190,00
Partes: DLOG/SE/MINISTÉRIO DA SAÚDE X Empresa Estrangeira SANOFI PASTEUR representada pela Empresa Nacional SANOFI MEDLEY FARMACÊUTICA LTDA., Vigência: 17.07.2019 a 17.07.2020.

Espécie: Ata de Registro de Preços nº 49/2019 - Pregão Eletrônico - SRP n.º 15/2019; Processo: 25000.090011/2018-31.
. Item Descrição do Objeto Unid. De Fo r n e c . Quant. Máx. Preço Unitário (US$) Preço Unitário (R$) Preço Total (US$) Preço Total (R$)
. 1 VACINA, MENINGOCÓCICA ACWY, CONJUGADA, INJETÁVEL Dose 1.100.000 21,6193 86,9701 23.781.230,00 95.667.110,00
Partes: DLOG/SE/MINISTÉRIO DA SAÚDE X Empresa Estrangeira PFIZER EXPORT. BV representada pela Empresa Nacional LABORATÓRIOS PFIZER LTDA., Vigência: 17.07.2019 a 17.07.2020


ASSOCIAÇÃO FARMACÊUTICA VAI RECORRER NA JUSTIÇA CONTRA SUSPENSÃO DE LABORATÓRIOS


Laboratórios públicos que tiveram a comercialização de medicamentos suspensa por determinação do Ministério da Saúde vão ingressar na Justiça para reverter a decisão e tentar reparar os prejuízos sofridos. O presidente da Associação de Laboratórios Farmacêuticos Oficiais do Brasil, que também é presidente da Bahiafarma, Ronaldo Ferreira Dias, disse ao jornal o Estado de S. Paulo que "não vê outra alternativa" a não ser essa para interromper o que considera "um completo disparate jurídico".

"As procuradorias (estaduais) entendem como um completo disparate jurídico. Para suspender um PDP (Parceria para o Desenvolvimento Produtivo) precisa ter uma avaliação de um comitê técnico, de um comitê deliberativo, ter aprovação do grupo executivo do complexo industrial da saúde. Mas todos esses órgãos foram suspensos pela revogação do presidente. Não vejo outra alternativa que não seja medida judicial. Vamos atrás de uma solução jurídica. Por meio do Tribunal Regional de Brasília e convocar a Câmara de Conciliação da AGU", afirmou.

O jornal O Estado de S. Paulo revelou nesta terça-feira, 16, que o ministério suspendeu nas últimas três semanas contratos com sete laboratórios que produzem 19 medicamentos. Os ofícios determinam a suspensão das atividades. Em nota divulgada hoje, o Ministério reiterou que pediu a suspeição, mas descarta risco de desabastecimento. "A suspensão não gera risco de desabastecimento para a população. Além das PDPs, o Ministério da Saúde utiliza outros meios de aquisição dos produtos", informa. Inicialmente, o Ministério nega a suspensão, mas nos parágrafos seguintes da nota confirma a medida.

Para Ronaldo, a nota do Ministério da Saúde "é uma peça de ficção". "É totalmente falacioso o que está nessa nota. Eu não fui chamado a reestruturar nenhum calendário para discutir as PDPs. O ministério suspendeu unilateralmente. Quem está quebrando o contrato é o Ministério da Saúde. É de uma perversidade grande com os laboratórios. Quem está deixando claro que não está cumprindo acordo é o ministério", afirma.

Ronaldo também questiona a informação do Ministério da Saúde, de que os laboratórios que fabricam por PDPs "não fornecem a preço 30% menores" do que os de mercado.

"Isso é uma mentira. Temos inúmeros exemplos. Tem estudos demonstrando que a PDP é mundialmente instrumento que mais reduz o preço de medicamentos. O laboratório transfere a tecnologia e o preço do remédio cai. Muitas multinacionais deixaram de vender no Brasil por causa das reduções de preços que as PDPs causaram", finalizou.

IstoÉ Dinheiro Online | Geral | BR


Governo suspende contratos com laboratórios públicos para a produção de 19 medicamentos do SUS



Dentre os medicamentos que tiveram a produção suspensa, está a insulina, fornecida a pacientes com diabetes atendidos pelo SUS - Foto: Divulgação

O Ministério da Saúde rompeu contratos com laboratórios de produção de remédios públicos e federais que eram distribuídos gratuitamente para a população. Ao todo 19 medicamentos deixarão de ser entregues pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e mais de 30 milhões de pacientes que dependem desses tratamentos ficarão desassistidos.

Os laboratórios com contratos cancelados são: Biomanguinhos, Butantã, Bahiafarma, Tecpar, Farmanguinhos e Furp. Eles fabricam os remédios como parte de uma parceria com o ministério e fornecem os fármacos a preços 30% menores do que os praticados pelo mercado.
Por meio de nota, o Ministério da Saúde confirmou que a fabricação dos 19 medicamentos está em “fase de suspensão”. Segundo a pasta, por recomendação da Controladoria-Geral da União e pelo Tribunal de Contas da União, por causa de decisões judiciais, problemas com o cronograma de produção e falta de avanços esperados.

De acordo como ministério, trata-se de uma “medida regular”, além de “estar prevista no marco regulatório das PDPs e realizada com normalidade”.

O governo busca favorecer os laboratórios privados e achacar os públicos. No mesmo comunicado, o ministério diz que “vem realizando compras desses produtos por outros meios” e que tem gasto um recurso de ao menos R$ 1 bilhão para o setor.

Na enrolação clássica deste governo, o ministério diz também que os laboratórios públicos podem apresentar “medidas para reestruturar o cronograma de ações e atividades”.

Mas, o presidente da Bahiafarma e da Associação dos Laboratórios Oficiais do Brasil (Alfob), Ronaldo Dias, disse ao jornal Estadão, no entanto, que os ofícios apresentados pelo governo deixam claro que as parcerias acabaram.

“Os ofícios dizem que temos direito de resposta, mas que a parceria acabou. Nunca os laboratórios foram pegos de surpresa dessa forma unilateral. Não há precedentes”, afirmou Dias.

Lista dos remédios que terão distribuição interrompida:
1.            Adalimumabe, Solução Injetável (40mg/0,8mL), produzido por TECPAR
2.            Adalimumabe, Solução Injetável (40mg/0,8mL), produzido por Butantan
3.            Bevacizumabe, Solução injetável (25mg/mL), produzido por TECPAR
4.            Etanercepte, Solução injetável (25mg; 50mg), produzido por TECPAR
5.            Everolimo, Comprimido (0,5mg; 0,75mg; 1mg), produzido por Farmanguinhos
6.            Gosserrelina, Implante Subcutâneo (3,6mg; 10,8mg), produzido por FURP
7.            Infliximabe, Pó para solução injetável frasco com 10mL (100mg), produzido por TECPAR
8.            Insulina (NPH e Regular), Suspensão injetável (100 UI/mL), produzido por FUNED
9.            Leuprorrelina, Pó para suspensão injetável (3,75mg; 11,25mg), produzido por FURP
10.          Rituximabe, Solução injetável frasco com 50mL (10mg/mL), produzido por TECPAR
11.          Sofosbuvir, Comprimido revestido (400mg), produzido por Farmanguinhos
12.          Trastuzumabe, Pó para solução injetável (150mg; 440mg), produzido por Butantan
13.          Cabergolina, Comprimido (0,5mg), produzido por Bahiafarma Farmanguinhos
14.          Insulina (NPH e Regular), Suspensão injetável (100 UI/mL), produzido por Bahiafarma
15.          Pramipexol, Comprimido (0,125mg; 0,25mg; 1mg), produzido por Farmanguinhos
16.          Sevelâmer, Comprimido (800mg), produzido por Bahiafarma Farmanguinhos
17.          Trastuzumabe, Pó para solução injetável (150mg), produzido por TECPAR
18.          Vacina Tetraviral, Pó para solução injetável, produzido por Bio-manguinhos
19.          Alfataliglicerase, Pó para solução injetável (200 U), produzido por Bio-manguinhos

quarta-feira, 17 de julho de 2019

Saretta questiona Ministério da Saúde sobre suspensão de laboratórios que fabricam medicamentos


Por Jocimar Soares
Saretta questiona Ministério da Saúde sobre suspensão de laboratórios que fabricam medicamentos

Assunto foi tratado nessa semana na Assembleia Legislativa.

O deputado Neodi Saretta fez um apelo ao Ministério da Saúde (MS) para que volte atrás da suspensão do contrato com laboratórios que fabricam 19 medicamentos fornecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Saretta, que é presidente da Comissão de saúde, disse lamentar essa decisão que afeta mais de 30 milhões de pacientes em todo o país. “Lamentável essa decisão. É um retrocesso contra a saúde pública”, disse.

Entre os medicamentos estão os destinados ao tratamento de câncer, diabetes, transplantes, artrite, hepatite C e vacina tetraviral. Ainda na tribuna, Saretta questionou o Governo Federal sobre qual o interesse nessa atitude. “O que leva um governo a fazer um ato como esse prejudicando milhões de brasileiros? É de interesse de quem essa suspensão? Qual é o laboratório estrangeiro que fabricará esses medicamentos? A quem interessa essa decisão?”, indagou o deputado.

Através de uma indicação, o deputado pede ao Ministério da Saúde que mantenha os contratos com os laboratórios públicos nacionais para produção de medicamentos distribuídos gratuitamente pelo SUS, bem como, que sejam mantidos os contratos e projetos de Parceria para Desenvolvimento Produtivo (PDP). O deputado explicou que, devido a política adotada, em breve haverá desabastecimento do estoque de medicamentos utilizados para tratamento de doenças graves.

Os laboratórios produtores são públicos e federais. Entre eles estão Biomanguinhos, Butantã, Bahiafarma, Tecpar, Farmanguinhos e Furp. Eles fabricam os remédios como parte de uma parceria com o ministério e fornecem os fármacos a preços 30% menores do que os do mercado. “Fica o apelo para que o Ministério da Saúde volte atrás dessa decisão e não prejudique milhões de brasileiros que precisam desses medicamentos”, finalizou Saretta.

(Fonte: Susana Rigo/Assessoria de Imprensa do deputado Neodi Saretta)


JUSTIÇA BLOQUEIA R$ 500 MI DA ELI LILLY EM CUMPRIMENTO DE AÇÃO CAUTELAR MOTIVADA POR NOTÍCIAS DE QUE A EMPRESA ESTÁ DEIXANDO SUAS OPERAÇÕES NO BRASIL


A Eli Lilly anunciou, em dezembro passado, o fechamento da fábrica e a expansão de seus negócios mediante importação de medicamentos

A 2ª Vara do Trabalho de Paulínia atendeu parcialmente os pedidos do Ministério Público do Trabalho (MPT) e determinou a indisponibilidade de bens imóveis da Eli Lilly, multinacional norte-americana do setor farmacêutico, no limite de até R$ 500 milhões. O objetivo é garantir o pagamento do tratamento de saúde de centenas de trabalhadores expostos a contaminantes na fábrica da empresa em Cosmópolis.

A ação cautelar, assinada por cinco procuradores do MPT, foi motivada por notícias de que a empresa está deixando as suas operações no Brasil, o que, no entendimento do MP, traz risco de descumprimento de uma decisão proferida em 2018 em ação civil pública, pela qual a multinacional e sua subsidiária, Antibióticos Brasil Ltda. (ABL), foram obrigadas a manter ampla cobertura de saúde a ex-trabalhadores diretos e terceirizados, além dos filhos destes que nasceram durante ou após a prestação de serviços, de forma vitalícia. Veja abaixo nota da ABL sobre a decisão.

Em nota divulgada à imprensa em dezembro de 2018, a Eli Lilly anunciou o fim das suas operações no Brasil, com o fechamento da fábrica e expansão de seus negócios mediante importação de 100% dos medicamentos para o País. “O objetivo de expansão dos negócios no Brasil demonstra-se desconectado da estratégia de fechamento de uma fábrica em pleno funcionamento para dar lugar à importação de produtos, que traz incontáveis custos operacionais, logísticos e tributários.

Essa contradição, apenas aparente, torna nítido o intuito da ré Eli Lilly do Brasil de, simultaneamente, promover a blindagem de seu patrimônio, mediante o fechamento de sua única fábrica e o encerramento da fabricação de medicamentos em solo brasileiro, e continuar auferindo lucro através da mera importação de produtos”, pontuam os procuradores.

A juíza Cláudia Cunha Marchetti determinou a decretação da indisponibilidade dos bens imóveis em nome da Eli Lilly, via Central Nacional de Indisponibilidade de Bens (CNIB), e a realização de pesquisas para que sejam localizados bens da multinacional, com o objetivo de realizar futura averbação premonitória, caso os bens listados não atinjam o valor de R$ 500 milhões.

“É certo (...) que o fechamento de sua única unidade fabril no Brasil poderá importar, também, no deslocamento de seu patrimônio para terras estrangeiras e, consequentemente, na alienação de seus bens móveis e imóveis existentes em solo brasileiro”, afirmou a magistrada na sua decisão.

Documentos

A decisão também determina à Eli Lilly e ABL que, no prazo de 30 dias (a contar de sua intimação), apresentem documentos que constem contratos com empresas terceirizadas e relação de terceirizados que prestaram serviços na fábrica, além de Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), Relação Anual de Informações Sociais (Rais), fichas de registro e outros documentos que “possam ser utilizados para a individualização dos beneficiários da ação civil pública ajuizada, ou justifiquem a impossibilidade de fazê-lo”.

“Apenas mediante a apresentação da relação de beneficiários será possível dar cumprimento à obrigação de proporcionar o tratamento de saúde de forma vitalícia a todos os trabalhadores prejudicados pela conduta irregular das empresas. Tal obrigação foi imposta pelo Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região como antecipação de tutela, ou seja, deve ser cumprida independente do julgamento de recursos, eis o motivo do pedido cautelar para exibição dos documentos”, explicam os procuradores.

O Caso

A Eli Lilly e a ABL foram alvo da uma ação civil pública no ano de 2008, após a instrução de um inquérito que apontou as consequências da exposição de funcionários a contaminantes no processo produtivo da fábrica, mas também pela exposição a gases e metais pesados advindos da queima de lixo tóxico de terceiros pelo seu incinerador.

Segundo relatado pelos trabalhadores, mais de 500 pessoas passaram pela fábrica desde o ano de 1977, quando iniciou suas operações em Cosmópolis. De lá pra cá, todos estão recebendo tratamento pelo SUS (Sistema Único de Saúde), já que a empresa não admite a contaminação de seres humanos na planta e, por isso, não se responsabiliza pelo custeio do tratamento de saúde. Existem processos individuais contra a Lilly na Justiça do Trabalho.

Os laudos técnicos apontam a presença de substâncias perigosas nas águas subterrâneas no terreno da fábrica, tais como benzeno, xileno (solvente), estireno (usado para a fabricação de veneno contra ratos), naftaleno (também conhecido como naftalina) e tolueno (caracteriza a cola de sapateiro). Por conta disso, as próprias empresas realizaram uma autodenúncia à Cetesb, admitindo a contaminação da água e do solo da região. Há processos ativos contra as companhias em outros ramos do Judiciário.

Em duas instâncias da Justiça do Trabalho, as rés foram condenadas ao pagamento de indenização por danos morais coletivos de R$ 500 milhões, além de efetivarem o custeio do tratamento irrestrito de saúde a todos os empregados, ex-empregados, autônomos e terceirizados. Foi determinada a execução imediata desse item pela 1ª instância, mediante a apresentação e habilitação dos beneficiários.

Empresa avisa que pretende recorrer

Em nota, a empresa informou que ainda não foi intimada da decisão, e quando isso ocorrer, vai recorrer.

"Sobre o processo original, a companhia apresentou embargos de declaração contra a decisão do Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região, que ainda estão pendentes.
Após decidido esse recurso, a companhia terá a oportunidade de recorrer da decisão ao Tribunal Superior do Trabalho", traz trecho da nota.

Sobre o fechamento da fábrica, a Lilly explicou que está buscando realinhar as atividades globais de manufatura de produtos sólidos, que incluem comprimidos e cápsulas. "Esta é uma continuação de nossos esforços nos últimos anos para equilibrar a capacidade de produção com as necessidades do nosso portfólio. Como resultado disso, estamos finalizando as operações da nossa planta de manufatura e embalagem no Brasil, o que ocorrerá apenas no curso dos próximos três a quatro anos", destacou.

Além disso, a planta de produção de medicamentos sólidos de Madri, na Espanha, deixará de fabricar medicamentos e focará suas atividades na embalagem de produtos vendidos fora dos Estados Unidos. Mesmo com essa mudança, a companhia garante que manterá mais de 500 postos de trabalho ativos no Brasil. A parte administrativa e de vendas da afiliada brasileira não sofrerá impacto desta decisão e continuará a operar normalmente, segundo a assessoria de imprensa.

Nota da ABL

A ABL (Antibióticos do Brasil Ltda) informou por meio de nota que ainda não foi notificada do ajuizamento da medida cautelar – execução provisória suplementar à ação civil pública, promovida pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) de Paulínia e, tampouco, da liminar concedida.

A ABL esclarece ainda que foi criada em 2003, pertence a um grupo italiano e reforça que as atividades não têm nenhuma ligação com a Eli Lilly. A ABL foi arrolada no processo apenas por estar instalada na área que antes pertencia a Eli Lilly, como subsidiária, ou seja, só será responsável caso a Eli Lilly não cumpra a determinação judicial.

A ABL informou na nota que quando for notificada, e se assim for os termos constantes na liminar, não terá qualquer restrição em apresentar documentos de seus arquivos, a partir do início de suas operações em Cosmópolis, em agosto de 2003, destinados à identificação de eventuais beneficiários do plano de saúde, sendo confirmada a decisão proferida pelo Tribunal Regional do Trabalho de Campinas.

A ABL ratifica na nota ser uma empresa com responsabilidade socioambiental como valor intrínseco às suas atividades e todo o processo produtivo de antibióticos destinados para uso hospitalar, segue um rígido controle de qualidade em todas as suas etapas, atestado por órgãos responsáveis do Brasil e do exterior. “A empresa tem o compromisso de salvar vidas humanas”, finaliza.


ALFAEPOETINA 4.000UI - MS ADITIVA 25% O CONTRATO COM A BLAU NO VALOR TOTAL DE R$ 17.986.929,12


EXTRATO DE TERMO ADITIVO Nº 3/2019 - UASG 250005
Número do Contrato: 174/2018. Processo: 25000402144201784. PREGÃO SRP Nº 76/2017.
Contratante: MINISTÉRIO DA SAÚDE -CNPJ Contratado: 58430828000160.
Contratado: BLAU FARMACÊUTICO S.A. -. Objeto: Acréscimo de 25% ao quantitativo de Alfaepoetina 4.000UI. Fundamento Legal: Lei nº 8.666/1993, artigo 65, I. Vigência: 15/07/2019 a 21/08/2019.
Valor Total: R$17.986.929,12. Fonte: 6153000000 - 2019NE800506. Data de Assinatura: 15/07/2019.
(SICON - 16/07/2019) 250110-00001-2019NE800085


terça-feira, 16 de julho de 2019

Iquego reduz despesa em R$1 mi e tenta retomar produção


Enquanto o governo de Jair Bolsonaro extingue contratos com laboratórios públicos, a administração de Ronaldo Caiado, em Goiás, tenta recuperar a Indústria Química do Estado de Goiás (IQUEGO). “Reduzimos a despesa mensal de R$1,9 milhão para R$850 mil”, relatou o presidente da empresa, Denes Pereira. No entanto, o destino da empresa é a privatização.

Para o presidente, a meta buscada na atual gestão é tornar a indústria pública “autosuficiente”, ou seja, equilibrar as receitas e despesas. Para isso, diz ele, busca parcerias para produção e distibuição de novos produtos.

Hoje, o produto que é o carro-chefe da IQUEGO é o glicosímetro que é vendido para várais prefeituras, entre elas as de São Paulo e Guarulhos. Pereira relata que já reuniu-se com a secretária de saúde da prefeitura de Goiânia, Fátima Mrué, para negociar o mesmo produto.

“Outra meta é voltar com a produção de antiretrovirais”, diz o presidente, usado para o tratamento de pacientes de doenças sexualmente transmissíveis.

A grande vantagem que a IQUEGO tem no mercado é poder contratar com o serviço sem licitação, em virtude da característica pública da empresa. E, também, a produção com custos menores 25% baseado na isenção de impostos.

Privatização
No entanto, a recuperação da empresa vai encontrar, em breve, o processo de privatização que é compromisso do Programa de Recuperação Fiscal que o governo goiano busca com gestão federal. Na lista de privatizações, aparecem a Metrobus, a Iquego, a Celg GT e a Saneago. Esta, no entanto, Caiado já definiu que quer vender 49% das ações da empresa.

Rompimento de contrato
O Ministério da Saúde resolveu suspender, em junho passado, os contratos com laboratórios públicos nacionais. São eles: Biomanguinhos, Butantã, Bahiafarma, Tecpar, Farmanguinhos e Furp. O jornal Estado de São Paulo informou que a produção de 19 medicamentos foi afetada pela decisão do governo de Jair Bolsonaro. “De acordo com a Associação dos Laboratórios Oficiais do Brasil, a interrupção abrupta pode causar um prejuízo de R$ 1 bilhão na cadeia produtiva nacional”, informou o Estadão.

Experiência
Antes de assumir a presidência da indústria, Denes Pereira foi presidente da COMURG, nos dois primeiros anos da gestão de Iris Rezende na prefeitura de Goiânia. Lá, também executou um programa semelhante de redução de custos. Ele preside o PRTB, partido que apoiou o governador Ronaldo Caiado na eleição de 2.018.



ALFOB PUBLICOU O COMUNICADO ABAIXO SOBRE AS SUSPENSÕES DAS 19 PDPS


Ministério da Saúde ataca soberania nacional na produção pública de medicamentos

A suspensão unilateral, por parte do Ministério da Saúde, de 19 contratos de Parcerias para o Desenvolvimento Produtivo (PDPs) celebrados por laboratórios públicos brasileiros não apenas coloca em risco o abastecimento de medicamentos estratégicos para pelo menos 30 milhões de pacientes, a valores, em média, 30% menores que os cobrados no mercado, mas também configura um ataque sem precedentes contra a soberania nacional na área da produção pública de medicamentos e produtos para a saúde e contra o próprio Sistema Único de Saúde (SUS).

A política de fomento aos laboratórios públicos e ao desenvolvimento de PDPs, que preveem a incorporação, por parte dos laboratórios farmacêuticos oficiais brasileiros, da tecnologia empregada para fabricação de medicamentos, vacinas e outros produtos para a saúde, foi desenvolvida como forma de prover sustentabilidade de longo prazo ao SUS. Ao adquirir tecnologia e ser capaz de produzir, por conta própria, insumos estratégicos para abastecer o mercado nacional de saúde, a rede de laboratórios públicos deixa o SUS menos exposto a eventuais problemas de fornecimento e a variações inesperadas de preços de medicamentos no mercado internacional – bem como à manipulação de valores por parte dos laboratórios privados.

Celebrado internacionalmente, o SUS é considerado o maior e mais complexo sistema de saúde pública do mundo. Parte importante de seu sucesso está calcado na previsibilidade média de alocação de recursos públicos – um dos pilares da importância dos laboratórios oficiais para a saúde pública brasileira. Ao atacar as PDPs consolidadas pelos laboratórios públicos, o Ministério da Saúde causa insegurança jurídica, põe em risco centenas de milhões de reais investidos em plantas industriais, pesquisa e equipamentos e, em última análise, prejudica a assistência farmacêutica a milhões de pacientes que dependem de medicamentos de uso contínuo fornecidos pelo SUS para sobreviver.

Como órgão representante dos laboratórios públicos, a Associação dos Laboratórios Farmacêuticos Oficiais do Brasil (Alfob) critica veementemente o ato unilateral promovido pelo Ministério da Saúde – que não foi formalmente notificado aos laboratórios públicos e que está desalinhado, inclusive, com os esforços de outros ministérios do mesmo governo, como o de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações e o da Economia, que têm promovido esforços no sentido de aquisição de tecnologia por parte da indústria nacional.

A Alfob salienta que:

1. As PDPs, nos últimos oito anos, resultaram em mais de R$ 20 bilhões em economia para o Tesouro Nacional. Elas constituem fator de Soberania Nacional, ao reduzir a dependência tecnológica e vulnerabilidade do Brasil perante a indústria farmacêutica internacional. Defender as PDPs é defender o Direito Constitucional à Saúde, por meio do acesso a vacinas e medicamentos de última geração para o tratamento de câncer, hepatite, diabetes, artrite reumatoide, e outros produtos relevantes para a saúde dos brasileiros e brasileiras;

2. A Portaria 2531, de 12 de novembro de 2014, determina, de forma inequívoca, que a suspensão das PDP’s pelo Ministério da Saúde será submetida a posterior análise das Comissões Técnicas de Avaliação e decisão do Comitê Deliberativo (Art. 64);

3. Em seus artigos 18 e 19, a Portaria estabelece que o Comitê Deliberativo será interministerial e que poderá contar com a participação de outros órgãos públicos e privados e especialistas para tomadas de decisão que afetam a toda a cadeia produtiva do Complexo Industrial da Saúde;

4. A interrupção das PDP’s e a realização de “compras por pregão” no mercado privado constitui flagrante irregularidade perante o estatuto legal – e contraria, inclusive, decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que assegurou a legalidade e inviolabilidade das Comissões e Comitês Públicos;

5. A Portaria 2531, em seu Artigo 10, esclarece que, em sua Fase II, ocorre “início da fase de implementação da proposta de projeto de PDP aprovada”. Em termos concretos e exatos, a Fase II requer investimentos vultosos e irreversíveis, gerando a quebra de contratos prejuízos financeiros e obstáculos para a realização de novos investimentos em unidades de produção.

Diante do exposto, a Alfob decidiu contestar juridicamente a iniciativa do Ministério da Saúde pelo seu caráter impróprio, atemporal e unilateral, contrariando frontalmente o disposto em legislação federal. Estados afetados pela decisão também já começaram promover ações jurídicas buscando reparação junto ao governo federal quanto aos investimentos em estrutura, pessoal e pesquisa realizados em torno das PDPs firmadas.

Ministério da Saúde suspende contratos para fabricar 19 remédios de distribuição gratuita


Foram suspensas Parcerias para Desenvolvimento Produtivo de medicamentos para câncer, diabete e transplantes, o que pode afetar mais de 30 milhões de pacientes no País; 7 laboratórios públicos, além de 8 detentores de tecnologia, são afetados

Patrik Camporez, O Estado de S.Paulo
16 de julho de 2019 | 03h00

BRASÍLIA - O Ministério da Saúde suspendeu, nas últimas 3 semanas, contratos com 7 laboratórios públicos nacionais para a produção de 19 medicamentos distribuídos gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Documentos obtidos pelo Estado apontam suspensão de projetos de Parcerias para o Desenvolvimento Produtivo (PDPs) destinados à fabricação de remédios para pacientes que sofrem de câncer e diabete e transplantados. Os laboratórios que fabricam por PDPs fornecem a preços 30% menores do que os de mercado. E já estudam ações na Justiça. Veja aqui a lista.

Associações que representam laboratórios públicos estimam perda anual de R$ 1 bilhão com fim dos contratos Foto: MARCOS D'PAULA/ESTADÃO

Associações que representam os laboratórios públicos falam em perda anual de ao menos R$ 1 bilhão para o setor e risco de desabastecimento – mais de 30 milhões de pacientes dependem dos 19 remédios. A lista inclui alguns dos principais laboratórios: Biomanguinhos, Butantã, Bahiafarma, Tecpar, Farmanguinhos e Furp. 

Além disso, devem ser encerrados contratos com oito laboratórios internacionais detentores de tecnologia, além de laboratórios particulares nacionais. Isso porque cada laboratório público, para desenvolver um produto, conta com dois ou três parceiros. Depois, esses laboratórios públicos têm o compromisso de transferir a tecnologia de produção do medicamento ao governo brasileiro. Essa lista inclui referências da indústria como a GlaxoSmithKline Brasil Ltda. (GSK) e a Libbs, além de Oxygen, Nortec, Biomm, Cristália, ITF, Axis e Microbiológica Química e Farmacêutica Ltda.

Informe

Ofício foi enviado no dia 26 e é assinado pelo secretário de Ciência e Tecnologia


Transitório
Procurado, o Ministério da Saúde informou que as PDPs continuam vigentes. Segundo a pasta, foi encaminhado aos laboratórios um ofício que solicita “manifestação formal sobre a situação de cada parceria”. O órgão federal ainda informou que “o chamado ‘ato de suspensão” é por um período transitório”, enquanto ocorre “coleta de informações”.

Estado, porém, teve acesso a um dos ofícios em que o ministério é categórico ao informar o encerramento da parceria. O documento, do dia 26 de junho, é assinado por Denizar Vianna Araujo, secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos em Saúde. a Bahiafarma é informada que, com base em um parecer da Advogacia-Geral da União e da Controladoria-Geral da União, “comunicamos a suspensão da referida PDP do produto Insulina Humana Recombinante Regular e NPH, celebrada com a Fundação Baiana de Pesquisa Científica e Desenvolvimento Tecnológico, Fornecimento e Distribuição de Medicamentos e solicitamos manifestação formal da instituição pública quanto à referida decisão, no prazo improrrogável de dez dias úteis”. 

O presidente da Bahiafarma e da Associação dos Laboratórios Oficiais do Brasil (Alfob), Ronaldo Dias, disse que os laboratórios já estão tratando as parcerias como suspensas. “Os ofícios dizem que temos direito de resposta, mas que a parceria acabou. Nunca os laboratórios foram pegos de surpresa dessa forma unilateral. Não há precedentes”, afirmou. 

Consequências
O entendimento da associação de laboratórios é que a entrega de remédios já programada continua garantida. Isso significa que não deve haver interrupção imediata no fornecimento. 

Segundo ele, a maior parte pretende fazer um questionamento jurídico. “A primeira medida que a gente pretende tomar é no âmbito judicial. Nossa linha deve ser alegar a arbitrariedade da forma que isso se deu.”

Já o representante de um laboratório de São Paulo, que falou com o Estado sob a condição de não ter o nome divulgado, disse que a suspensão das parcerias vai criar um problema de saúde e afetar uma cadeia econômica “imensa”, expondo o Brasil à insegurança jurídica.

Ele cita como exemplo uma planta industrial no valor de R$ 500 milhões, construída em uma parceria de um laboratório privado com o Instituto Butantã e financiada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). “Essa planta toda fica obsoleta. Toda cadeia econômica está severamente afetada”, disse.

Associação fala em ‘desmonte de milhões de reais’
O presidente da Bahiafarma e da Associação dos Laboratórios Oficiais do Brasil (Alfob), Ronaldo Dias, vê retrocesso para a indústria nacional de medicamentos e um risco para a saúde de milhões de pacientes. O laboratório é um dos que tiveram seus contratos suspensos. “É um verdadeiro desmonte de milhões de reais de investimentos que foram feitos pelos laboratórios ao longo dos anos, além de uma insegurança jurídica nos Estados e entes federativos. Os laboratórios não têm mais como investir a partir de agora. A insegurança que isso traz é o maior golpe da história dos laboratórios públicos.”

O representante do setor destaca que as Parcerias para o Desenvolvimento Produtivo (PDPs) também funcionam como um regulador de preço no mercado. Ele explica que a Bahiafarma, por exemplo, vende insulina a um preço três vezes menor que laboratórios estrangeiros. Dias ressalta que um processo de compra de medicamento no Ministério da Saúde costuma demorar até 11 meses para ser concluído. Por isso, haveria até risco de desabastecimento. 



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