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segunda-feira, 3 de outubro de 2022

Hospitais pré-classificados no 1º Ciclo do Programa de Qualificação da Assistência Cardiovascular - QualiSUS Cardio, no âmbito do Sistema Único de Saúde - SUS

DIÁRIO OFICIAL DA UNIÃO

Publicado em: 30/09/2022 | Edição: 187 | Seção: 1 | Página: 108

Órgão: Ministério da Saúde/Gabinete do Ministro

PORTARIA GM/MS Nº 3.670, DE 29 DE SETEMBRO DE 2022

Habilita Hospitais pré-classificados no 1º Ciclo do Programa de Qualificação da Assistência Cardiovascular - QualiSUS Cardio, no âmbito do Sistema Único de Saúde - SUS.

O MINISTRO DE ESTADO DA SAÚDE, no uso das atribuições que lhe conferem os incisos I e II do parágrafo único do art. 87 da Constituição, e

Considerando o Anexo XXXI - Política Nacional de Atenção Cardiovascular de Alta Complexidade, da Portaria de Consolidação GM/MS nº 2, de 28 de setembro de 2017, que consolida as normas sobre as políticas nacionais de saúde do Sistema Único de Saúde;

Considerando os art. 22 a 27 da Portaria de Consolidação SAES/MS nº 1, de 22 de fevereiro de 2022, que consolida as normas sobre atenção especializada à saúde;

Considerando a Portaria GM/MS nº 1.099, de 12 de maio de 2022, que institui o Programa de Qualificação da Assistência Cardiovascular - QualiSUS Cardio; e

Considerando a Portaria GM/MS nº 1.100, de 12 de maio de 2022, que define o 1º Ciclo do Programa de Qualificação da Assistência Cardiovascular, QualiSUS Cardio, no âmbito do Sistema Único de Saúde - SUS, resolve:

Art. 1º Ficam habilitados, no 1º Ciclo do Programa de Qualificação da Assistência Cardiovascular - QualiSUS Cardio, no âmbito do Sistema Único de Saúde - SUS, o estabelecimento de saúde descrito no Anexo I a esta Portaria.

Art. 2º O incremento financeiro federal do QualiSUS Cardio está limitado ao valor estimado anual de R$ 359.610.716,89 (trezentos e cinquenta e nove milhões, seiscentos e dez mil setecentos e dezesseis reais e oitenta e nove centavos).

Art. 3º O incremento financeiro federal do QualiSUS Cardio, deve ser aplicado nos procedimentos descritos no Anexo II a esta Portaria de forma precedente e somados aos demais incrementos financeiros, obedecendo as regras já previstas no Sistema de Informações Hospitalar - SIH/SUS.

§ 1º O incremento do QualiSUS Cardio será aplicado de modo independente e somado ao incremento da Traumato-Ortopedia, quando houver.

§ 2º O cálculo do incremento do QualiSUS Cardio incidirá apenas no procedimento da primeira linha de Autorizações de Internação Hospitalar - AIH abertas com os procedimentos 04.15.01.001-2 - TRATAMENTO C/ CIRURGIAS MULTIPLAS e 04.15.02.003-4 - OUTROS PROCEDIMENTOS COM CIRURGIAS SEQUENCIAIS.

Art. 4º Os recursos orçamentários decorrentes do incremento das habilitações dos hospitais no 1º Ciclo do Programa de Qualificação da Assistência Cardiovascular - QualiSUS Cardio onerarão o Programa de Trabalho 10.302.5018.8585 - Atenção à Saúde da População para Procedimentos de Média e Alta Complexidade - Plano Orçamentário 0005 (Fundo de Ações Estratégicas e Compensação - FAEC).

Art. 5º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação, com efeitos operacionais nos sistemas de informações do SUS e financeiros a partir de outubro de 2022.

MARCELO ANTÔNIO CARTAXO QUEIROGA LOPES

ANEXO I

Estabelecimentos habilitados no Programa de Qualificação da Assistência Cardiovascular - QualiSUS Cardio.

Novos caminhos para a saúde no Brasil serão tema de encontro em Curitiba

Pesquisadores, acadêmicos, empresários, representantes da indústria, de startups e profissionais da saúde em áreas de pesquisa e desenvolvimento participam do 1º Encontro de Rotas Biotecnológicas com foco em Terapias e Diagnósticos Avançados voltados ao setor da saúde. O evento gratuito acontece no Campus da Indústria, em Curitiba, de 18 a 20 de outubro, em formato híbrido (presencial e online), numa promoção da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep) e do Sebrae/PR, em parceria com o Instituto de Biologia Molecular do Paraná (IBMP), associado à CBDL, Instituto de Pesquisa Pelé Pequeno Príncipe e Faculdades Pequeno Príncipe, e apoio da Fundação Araucária e da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR).

Nos três dias de programação, participantes e entusiastas da ciência e da tecnologia poderão debater temas, conhecer estudos e pesquisas e trocar experiências com convidados de renome nacional e internacional. Dentro da temática principal de biotecnologia em saúde serão apresentadas atualizações e perspectivas sobre terapias e diagnósticos avançados, pesquisas científicas e desenvolvimento tecnológico na área, além de inovações em produtos e processos, informações sobre legislação, fomento, assuntos regulatórios e técnicas relacionadas à medicina de precisão.

A biotecnologia é uma área transversal que impacta diversos segmentos econômicos. Desenvolve tecnologia a partir de organismos vivos, utilizando processos celulares e biomoleculares para criar ou modificar produtos e trazer soluções para melhorar a vida das pessoas. Por meio da biotecnologia é possível, por exemplo, prevenir doenças, melhorar a efetividade de tratamentos, reduzir a gravidade e a mortalidade, além de promover o diagnóstico precoce. Outra aplicação é para reduzir custos, simplificar e acelerar processos de diversos segmentos da cadeia produtiva industrial. A biotecnologia também está presente no desenvolvimento de medicamentos e vacinas, na fermentação de bebidas, destinação de resíduos sólidos e até na produção de novos combustíveis.

Segundo o Relatório de Inteligência Nacional Americano, 20% da atividade econômica mundial até 2040 estará focada em atividades ligadas à biotecnologia. “Temos ciência da relevância do tema para a sociedade nos próximos anos”, diz o presidente da Federação das Indústrias do Paraná, Carlos Valter Martins Pedro. “Por esse motivo, criamos a Rota Estratégica de Biotecnologia, que se reúne regularmente com parceiros e profissionais de mercado para debater o tema. A biotecnologia industrial é um dos segmentos mais promissores e precisamos levar informação para aproximar essa inovação das indústrias paranaenses. Esse é o caminho para o futuro”, reforça.

Para a consultora do Sebrae/PR, Adriana Kalinowski, a biotecnologia atrai oportunidades para as micro e pequenas empresas, pois o Brasil tem um grande potencial de mercado neste setor. “Podemos ver que muitas startups estão percebendo a importância da biotecnologia, pois é um mercado muito ligado à área da saúde, do bem-estar, da bioenergia e também do agronegócio. Com esse encontro, o nosso objetivo é que as empresas consigam identificar essas oportunidades”, afirma.

Já para o gerente de Desenvolvimento de Negócios do IBMP, Lucas Rossetti Nascimento, a biotecnologia voltada à Saúde no Paraná vem sendo destaque e consolidando-se como um ativo importante para geração e nacionalização de tecnologias para terapia e diagnósticos. “Tudo isso é devido ao seu completo ecossistema de pesquisa, desenvolvimento tecnológico e produção cada vez mais em sinergia. A criação deste 1º Encontro vem para coroar toda essa evolução e conquistas, apresentando o trabalho feito por aqui, com envolvimento do IBMP”, afirma.

“Esse evento é fruto de uma demanda que envolve professores universitários, pesquisadores e empresas de biotecnologia para desenvolver e aprimorar a biotecnologia na saúde no Paraná”, destaca Katherine Athayde Teixeira de Carvalho, professora doutora do Instituto de Pesquisa Pelé Pequeno Príncipe e Faculdades Pequeno Príncipe. “O encontro promete ser um divisor de águas entre as terapias e diagnósticos convencionais e a nova era de terapias biológicas baseadas em células e seus derivados, assim como para os diagnósticos incorporando nano-sensores biológicos e biomarcadores”, ressalta. “Isso agregará ao Paraná uma chamada para revisar as políticas de incentivo na área, tanto em pesquisa quanto na implantação de startups e empresas correlatas”, acredita

Centro do debate

Entre os destaques da programação e convidados especiais, o doutor Bruno Solano de Freitas Souza, da Fiocruz e do Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino, apresentará o tema Terapia Celular na Covid 19. Do Instituto Butantan, de São Paulo, o médico Lucas Eduardo Botelho de Souza traz estudos avançados para Terapia com células T geneticamente modificadas. O também doutor Augusto Claudio Cuello, da McGill University, do Canadá, falará sobre Degeneração e regeneração neuronal.

A Bioengenharia de tecido ósseo utilizando células-tronco será o tema da pesquisadora Daniela Franco Bueno, do Hospital Sírio Libanês e do Hospital Municipal Infantil Menino Jesus, de São Paulo. Do Paraná, com foco na indústria farmacêutica, o professor da UFPR, Valderílio Feijó Azevedo, apresenta Medicamentos Biológicos e biossimilares. E, da PUC/PR, a doutora Carmem Lucia Kuniyoshi apresenta produtos de terapia celular avançada – aplicação em pesquisa clínica e uso terapêutico. (Com informações do IBMP - 28.09.22)

CBDL

Decreto internaliza acordo bilateral de zonas francas e áreas aduaneiras especiais entre Brasil e Uruguai


Editado Decreto de execução do Octogésimo Terceiro Protocolo Adicional ao Acordo de Complementação Econômica nº 02 , assinado entre os governos da República Federativa do Brasil e da República Oriental do Uruguai, em 20 de junho de 2022, em Montevidéu, em conformidade com o Tratado de Montevidéu de 1980.

Por meio do referido Protocolo Adicional, o qual se encontra anexo ao Decreto, Brasil e Uruguai estabelecem a desgravação total e imediata, no comércio bilateral, das tarifas de importação relativas a todos os produtos abrangidos pelo Acordo de Complementação Econômica nº 18 (ACE 18) que sejam produzidos em zonas francas e áreas aduaneiras especiais situadas nos territórios de ambos os países. Para gozar das preferências tarifárias, as mercadorias deverão cumprir com o Regime de Origem do MERCOSUL.

Diferentemente dos acordos bilaterais firmados nos últimos anos, o novo Protocolo Adicional tem vigência permanente e estabelece o regime de livre comércio para todos os produtos por ele abarcados, sem quotas ou quaisquer outros tipos de restrições quantitativas.

Dessa forma, o instrumento melhora as condições mútuas de acesso a mercado, possibilita o aumento dos fluxos de comércio e investimentos e confere maior previsibilidade e segurança jurídica ao comércio bilateral de produtos fabricados em zonas francas e áreas aduaneiras especiais de Brasil e Uruguai.

Para mais informações:

Ministério da Economia

Telefones: (61) 3412-2545 - (61) 3412-2547

E-mail: imprensa@economia.gov.br

       Site: https://www.gov.br/siscomex/pt-br/acordos-comerciais/acordos-comerciais

Ministério das Relações Exteriores

Telefones: (61) 2030-6160 - (61) 2030-8006 - (61) 2030-8007

E-mail: imprensa@itamaraty.gov.br

Site: http://www.itamaraty.gov.br/

Pfizer paga US$ 116 milhões por aplicativo que detecta infecções por COVID-19 pelo som da tosse

A gigante farmacêutica Pfizer desembolsou quase US$ 120 milhões para adquirir uma pequena empresa australiana que desenvolveu um aplicativo de smartphone que afirma diagnosticar com precisão o COVID-19 analisando o som de uma tosse.

A ResApp, empresa de saúde digital australiana, vem trabalhando no desenvolvimento de um algoritmo para diagnosticar doenças respiratórias estudando o som da tosse de um paciente há cerca de uma década.

O algoritmo do ResApp foi originalmente treinado para identificar pneumonia em pacientes, mas em 2019, os pesquisadores demonstraram que a tecnologia poderia diferenciar com sucesso entre asma, bronquiolite e garupa.

A equipe da ResApp mudou rapidamente de rumo para adicionar diagnósticos de COVID-19 em seu algoritmo de reconhecimento de tosse quando a pandemia ocorreu em 2020. Os dados iniciais de um teste piloto do algoritmo em 2022 mostraram resultados notavelmente bem-sucedidos na detecção de COVID-19 em pacientes, conforme um relatório do Techtimes.

Os resultados do teste demonstraram que o sistema poderia identificar com precisão 92% dos casos positivos de COVID apenas ouvindo o som da tosse. Ele também mostrou uma taxa de especificidade de 80%, o que significa que apenas 2,2 em cada 10 pacientes selecionados tiveram resultados falso-positivos.

A Pfizer começou a procurar uma oportunidade para obter a tecnologia depois que a ResApp tornou públicas essas descobertas.

A gigante farmacêutica se aproximou com uma oferta inicial de cerca de US$ 65 milhões pela tecnologia. No entanto, atualmente foi feito um acordo para a Pfizer adquirir a ResApp por impressionantes US$ 116 milhões, conforme um anúncio formal de compra.

O representante da Pfizer disse em comunicado que os primeiros resultados da tecnologia foram animadores e que o acordo aumenta a presença da Pfizer no campo da saúde digital.

A equipe da ResApp espera que a aquisição da Pfizer permita que a tecnologia se desenvolva e seja amplamente utilizada mesmo em regiões remotas do mundo para ajudar as pessoas.

Por CNBCTV18.com 

30 de setembro de 2022, 15h45IST (Atualizado)

sábado, 1 de outubro de 2022

ALTOS E BAIXOS DO SUS



 

Longevidade 2022: Uso racional dos medicamentos deve ser priorizado no atendimento aos longevos


Um em cada cinco longevos toma medicamentos que podem ser inapropriados e 50% recebem alguma medicação desnecessária. Além disso, 15% têm reação adversa


O envelhecimento mais saudável e a diminuição de riscos para o idoso passam por uma preocupação com o uso racional dos medicamentos. Quem afirma é o geriatra Luiz Antonio Gil Jr., diretor do Instituto Benvita. “Um em cada cinco idosos toma medicamentos que podem ser inapropriados e 50% recebem alguma medicação desnecessária. Além disso, 15% têm reação adversa”, afirmou o especialista, em participação no Longevidade Expo+Fórum 2022. 

Ele elencou outros aspectos fundamentais para que os cuidados com o uso racional de medicamentos faça parte da rotina de atendimento: “Atualmente, cerca de 30% dos idosos têm um procedimento de polifarmácia, com cinco ou mais medicamentos e um em cada três é hospitalizado por problemas relacionados com medicações. Isso tem que ser uma preocupação imediata, pois no futuro, 25% das crianças de hoje chegarão aos 100 anos”.

Luiz Antonio Gil citou, ainda, que a senescência também é fator de atenção. Além de efeitos como a diminuição do tamanho dos rins, do fluxo renal e da filtração glomerular, há as deteriorações auditiva e visual, que dificultam a compreensão sobre como tomar os medicamentos. 

Como ajudar

O diretor do Instituto Benvita explicou os passos necessários para diminuir os riscos impostos por estes obstáculos: “Revisar sempre as medicações e prescrever o mínimo necessário de medicamentos, para facilitar a vida do paciente. Além, é claro, de orientar, reorientar e criar ferramentas para que ele tome o medicamento, garantindo que as orientações foram compreendidas. Se fizermos isso bem feito, a qualidade de vida do idoso será melhor”. 

Quer ver a íntegra do painel? Acompanhe a transmissão da Longevidade Expo+Fórum 2022 no YouTube

 



Transmissão ao vivo de Auditório 3 | Longevidade Expo + Fórum 2022

 


Pré Congresso do 54º Congresso Brasileiro de Patologia Clínica

No próximo dia 03/10, acontecera um evento “Pré Congresso do 54º Congresso Brasileiro de Patologia Clínica”, com excelente agenda onde participarão as equipes do Ministério da Saúde e. ANVISA!

A transmissão do evento ocorrerá ao vivo, a partir de 13h do dia 03/10, também através do YouTube da própria SBPC - https://lnkd.in/d4JwY-e4

https://www.youtube.com/sbpcml



sexta-feira, 30 de setembro de 2022

ESTRATÉGIA GLOBAL PARA AIDS 2021-2026 ACABAR COM AS DESIGUALDADES. ACABAR COM A AIDS

Estados-membros das Nações Unidas adotam nova Declaração Política para enfrentar desigualdades e acabar com a AIDS

Os Estados-membros das Nações Unidas adotaram um conjunto de metas novas e ambiciosas como parte da Declaração Política aprovada na Reunião de Alto Nível da Assembleia Geral das Nações Unidas sobre AIDS, realizada entre 8 e 10 de junho em Nova York. Se a comunidade internacional atingir as metas, 3,6 milhões de novas infecções por HIV e 1,7 milhão de mortes relacionadas à AIDS serão evitadas até 2030.

A Declaração Política apela aos países para que forneçam acesso a opções de prevenção combinadas, eficazes e centradas nas pessoas a 95% de todas as pessoas expostas a situações de risco de contrair HIV em todos os grupos epidemiologicamente relevantes, grupos de idade e contextos geográficos. O documento também demanda aos países a garantia de que 95% das pessoas que vivem com HIV conheçam seu status sorológico, 95% das pessoas que conheçam seu status sorológico estejam sob tratamento antirretroviral, e 95% das pessoas em tratamento antirretroviral estejam com a carga viral suprimida.

“Nesta Década de Ação, se quisermos cumprir a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, todos os Estados-membros devem se comprometer novamente a acabar com a epidemia de AIDS até 2030”, disse Volkan Bozkir, Presidente da Assembleia Geral das Nações Unidas.

“Para acabar com a AIDS, precisamos acabar com as injustiças que causam novas infecções por HIV e evitam que as pessoas tenham acesso aos serviços”, disse Amina J. Mohammed, Secretária-Geral Adjunta das Nações Unidas.

A Declaração Política observa com preocupação que as populações-chave—gays e outros homens que fazem sexo com homens, profissionais do sexo, pessoas que fazem uso de drogas injetáveis, pessoas trans e pessoas em privação de liberdade—têm maior probabilidade de serem expostas ao HIV e enfrentarem violência, estigma, discriminação e leis que restringem sua liberdade ou acesso aos serviços. Os Estados-membros concordaram com a meta de garantir que, até 2025, menos de 10% dos países tenham estruturas jurídicas e políticas restritivas que levem à negação ou limitação do acesso aos serviços. Também se comprometeram a garantir que, até 2025, menos de 10% das pessoas que vivem com, em risco de ou afetadas pelo HIV enfrentem estigma e discriminação, inclusive tornando mais conhecido o conceito de indetectável = intransmissível (pessoas vivendo com HIV que atingiram a supressão viral não transmitem o HIV).

“Gostaria de agradecer aos Estados-membros. Eles adotaram uma Declaração Política ambiciosa para colocar o mundo de volta no caminho certo para acabar com a pandemia da AIDS que assola comunidades há 40 anos”, disse Winnie Byanyima, Diretora Executiva do UNAIDS.

Ao expressar preocupação com o número de novas infecções por HIV entre adolescentes, especialmente na África Subsaariana, os Estados-membros assumiram o compromisso de reduzir o número de novas infecções por HIV entre meninas adolescentes e mulheres jovens para menos de 50 mil até 2025. Também se comprometeram a eliminar todas as formas de violência sexual e de gênero, incluindo violência contra parceiro íntimo, pela adoção e aplicação de leis que abordam as formas múltiplas e cruzadas de discriminação e violência enfrentadas por mulheres que vivem com, em risco e afetadas pelo HIV.

Outro compromisso foi o de reducir, até 2025, para não mais de 10% o número de mulheres, meninas e pessoas afetadas pelo HIV que vivenciam desigualdades de gênero e violência sexual e de gênero. Além disso, foram firmados compromissos para garantir que todas as mulheres possam exercer seu direito à sexualidade, incluindo sua saúde sexual e reprodutiva, livre de coerção, discriminação e violência.

Também foi pedido aos países também que usem dados epidemiológicos nacionais para identificar outras populações prioritárias que estão em maior risco de exposição ao HIV, como pessoas com deficiência, minorias étnicas e raciais, povos indígenas, comunidades locais, pessoas que vivem na pobreza, migrantes, pessoas refugiadas, pessoas deslocadas internamente, militares, pessoas em emergências humanitárias e em situações de conflito e pós-conflito. Os países também se comprometeram a garantir que 95% das pessoas que vivem com, em risco de e que são afetadas pelo HIV sejam protegidas contra pandemias, incluindo a pandemia de COVID-19.

“As gritantes desigualdades expostas pelo encontro das pandemias de HIV e COVID-19 são um alerta para o mundo priorizar e investir integralmente na efetivação do direito humano à saúde para todas as pessoas, sem discriminação”, disse a Winnie Byanyima.

Os Estados-membros também se comprometeram a aumentar e financiar de forma integral a resposta à AIDS. Eles concordaram em investir 29 bilhões de dólares anualmente até 2025 em países de baixa e média renda. Isso inclui o investimento de pelo menos 3,1 bilhões de dólares em capacitação social, incluindo a proteção dos direitos humanos, redução do estigma e da discriminação e reforma da legislação. Os Estados-membros também se comprometeram a incluir a prestação de serviços de HIV liderada por pares, inclusive por meio de contratos sociais e outros mecanismos de financiamento público.

Com um foco na expansão do acesso às tecnologias mais recentes para prevenção, monitoramento, diagnóstico, tratamento e vacinação da tuberculose (TB), os Estados-membros concordaram em garantir que 90% das pessoas que vivem com HIV recebam tratamento preventivo para tuberculose, além do compromiso em reduzir as mortes por tuberculose relacionadas à AIDS em 80% até 2025.

Os países também se comprometeram a garantir a acessibilidade e disponibilidade global de medicamentos seguros, eficazes e de qualidade garantida, incluindo genéricos, vacinas, diagnósticos e outras tecnologias de saúde para prevenir, diagnosticar e tratar a infecção por HIV, suas infecções oportunistas e outras comorbidades por meio do uso de flexibilidades existentes no âmbito do Acordo TRIPS (Acordo sobre Aspectos dos Direitos de Propriedade Intelectual Relacionados ao Comércio) e garantir que as disposições sobre direitos de propriedade intelectual nos acordos comerciais não prejudiquem as flexibilidades existentes, conforme descrito na Declaração de Doha sobre o Acordo TRIPS e Saúde Pública.

“A resposta à AIDS ainda está deixando milhões para trás—pessoas LGBTI, profissionais do sexo, pessoas que usam drogas, migrantes, pessoas em privação de liberdade, adolescentes, jovens, mulheres e crianças—que também merecem uma vida normal, com os mesmos direitos e dignidade que a maioria das pessoas gozam nesta sala”, disse Yana Panfilova, mulher vivendo com HIV e membro da Rede Global de Pessoas Vivendo com HIV (GNP+).

A Reunião de Alto Nível está sendo realizada de forma virtual e presencial em Nova York e conta com a participação de chefes de estado e governo, ministros e delegados, além de pessoas vivendo com HIV, organizações da sociedade civil, populações-chave, comunidades afetadas pelo HIV, organizações internacionais, cientistas e pesquisadores, pesquisadoras e o setor privado. O UNAIDS apoiou as consultas regionais e a participação da sociedade civil na Reunião de Alto Nível. As organizações da sociedade civil demandaram aos Estados-Membros a adoção de uma resolução mais forte.

“Embora tenhamos feito algum progresso significativo como comunidade global, ainda estamos errando o alvo e as pessoas estão pagando o preço com suas vidas. Há uma única razão pela qual estamos perdendo nosso objetivo: é a desigualdade”, disse Charlize Theron, fundadora do Charlize Theron Africa Outreach Project (Projeto de Solidariedade Charlize Theron na África, na tradução livre para o português) e Mensageira da Paz das Nações Unidas.

Os Estados-membros também se comprometeram a apoiar e alavancar os 25 anos de experiência e conhecimento do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS) e a financiar integralmente o programa para que continue liderando os esforços globais contra a AIDS e dando suporte aos esforços de preparação para pandemias futuras e para a saúde global.

Ao tomar em conta a Estratégia Global de AIDS 2021-2026: Fim das Desigualdades, Fim da AIDS, adotada por consenso em 25 de março de 2021 pela Junta de Coordenação do Programa do UNAIDS (PCB), e o relatório do Secretário-Geral das Nações Unidas “Superar as desigualdades e voltar ao camino certo para acabar com a AIDS até 2030”, lançado em 31 de março de 2021, o UNAIDS teria parabenizado compromissos ainda mais fortes com educação sexual abrangente, saúde e direitos sexuais e reprodutivos, orientação sexual e identidade de gênero, aceitação irrestrita de opções de prevenção de HIV baseadas em evidências, como redução de danos, um apelo à descriminalização da transmissão do HIV, trabalho sexual, uso de drogas e leis que criminalizam as relações sexuais entre pessoas do mesmo gênero e maior flexibilização das regras de propriedade intelectual para o acesso a medicamentos, vacinas e tecnologias que salvam vidas.

Em 2020, 27,4 milhões das 37,6 milhões de pessoas vivendo com HIV estavam em tratamento, contra apenas 7,8 milhões em 2010. Estima-se que a implantação de tratamento acessível e de qualidade tenha evitado 16,2 milhões de mortes desde 2001. As mortes relacionadas à AIDS caíram 43% desde 2010—em 2020, foram registradas para 690 mil mortes. O progresso na redução de novas infecções por HIV também tem acontecido, mas tem sido marcadamente mais lento—uma redução de 30% desde 2010, com 1,5 milhão de pessoas infectadas por HIV em 2020, em comparação com as 2,1 milhões de pessoas em 2010.

Saiba mais sobre a Reunião de Alto Nível sobre o fim da AIDS (em inglês).

https://unaids.org.br/

História da saúde, sentido do trabalho, Jornada Científica, Agenda 2030, música e bolo marcam aniversário de 41 anos do INCQS/Fiocruz

Publicado em 19/09/2022.

Por Penélope Toledo(INCQS/Fiocruz)


Fotos: Pedro Paulo Gonçalves (INCQS/Fiocruz)

Após quase três anos fechado devido à pandemia da Covid-19, o auditório Sérgio Arouca, do Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS/Fiocruz), voltou a receber público no aniversário de 41 anos do Instituto, celebrado de 12 a 16 de setembro. As comemorações incluíram palestras, ciência e música e podem ser conferidas no canal do INCQS no YouTube.


Palestra de abertura, em 12 de setembro, com Milton Teixeira

A abertura contou com a participação do vice-presidente de Gestão e Desenvolvimento Institucional da Fiocruz, Mário Moreira, e da presidente da Asfoc Sindicato Nacional, Mychelle Alves, que também é trabalhadora do Instituto. Ainda na abertura, o professor, arquiteto, historiador e radialista Milton Teixeira contou, de forma divertida e irreverente, a história da saúde no Rio de Janeiro, abrangendo os períodos colonial, Império e da República até a criação do Instituto Oswaldo Cruz, que deu origem à Fiocruz.


Jornada Científica

Outra palestra marcou o segundo dia de festividade, que também teve o início da Jornada Científica, onde estudantes e bolsistas apresentaram suas pesquisas em formato de pôster e oralmente. O administrador de empresas, mestre em Planejamento Estratégico, empresário do segmento de estruturação financeira de projetos, gestor e mentor empresarial Celso Morishita ministrou, de maneira leve e intimista, a exposição 'Propósito de vida e Talento no Trabalho'.


Antonio Eugenio de Almeida, diretor do INCQS/Fiocruz, e o palestrante Celso Morishita

Os desafios da vigilância sanitária para o cumprimento da Agenda 2030, plano global da Organização das Nações Unidas (ONU) para o desenvolvimento visando a melhoria do planeta, foi tema da 5ª edição do Visa em Foco, única atividade virtual das comemorações. O evento reuniu o coordenador da Estratégia Fiocruz para a Agenda 2030, Paulo Gadelha; a gerente da Gerência de Laboratórios de Saúde Pública (Gelas/Anvisa), Graziela Araújo; a chefe do Laboratório de Medicamentos, Cosméticos e Saneantes do INCQS/Fiocruz, Mychelle Alves Monteiro; a vice-diretora de Qualidade de Bio-Manguinhos/Fiocruz, Rosane Cuber; e a  Coordenadora do Núcleo Técnico de Produtos Biológicos do INCQS/Fiocruz, Maria Aparecida Boller.


5ª edição do Visa em Foco

As festividades foram encerradas em 16 de setembro, com apresentação da Escola de Música de Manguinhos (Espaço Casa Viva RedeCCAP), com quem o Instituto tem parceria.


Apresentação da Escola de Música de Manguinhos

Calendário Agenda