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quarta-feira, 19 de março de 2014

Novo Ministro promete Plano Arrojado pra Alavancar CT&I Brasileira

                                                                                          Foto ABr.
Clelio Campolina quer aumentar o número de empresas estrangeiras que fazem P&D no Brasil. 
No primeiro discurso como ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Clélio Campolina afirmou que pretende colocar o País entre as grandes potências do setor. Para isso, ele pretende criar um projeto arrojado que combine “crescimento econômico, justiça social e sustentabilidade ambiental”. Uma das principais ações deste planejamento será internalizar a pesquisa e a inovação do capital estrangeiro no Brasil.
“Todos os países desenvolvidos fizeram isso. Os Estados Unidos se industrializaram com empresas europeias fazendo pesquisas por lá. A China está condicionando as empresas a fazer o mesmo. A empresa tem que trazer para o Brasil a pesquisa. Hoje, ele faz a pesquisa lá fora e traz para cá a sua produção”, explica o ministro.
O processo de atração de empresas estrangeiras já vem sendo executado pela pasta. Multinacionais como a Microsoft trouxeram seus centros de pesquisa para o Brasil em virtude de programas como o TI Maior, plano estratégico para o desenvolvimento de software e serviços de Tecnologia da Informação do ministério.
O objetivo de Campolina, no entanto, é conseguir é criar espaço para a chegada de mais empresas. O novo ministro entende que, para trazê-las ao País, será necessário construir um ambiente cooperativo de estímulo e ter condicionantes para facilitar este processo.
“O Brasil é uma fronteira do desenvolvimento mundial. Possuímos diversas potencialidades como a nossa dimensão geográfica, disponibilidade de recursos naturais, o tamanho e as características de sua população, sua base produtiva e o avanço científico recente. Agora, é necessário mostrar que somos um país viável para que o capital estrangeiro, a medida que se convença disso, internalize a pesquisa”, afirma Campolina.
Recursos humanos
Outro pilar do plano arrojado será o processo de qualificação profissional. De acordo com o ministro do MCTI, esta meta é prioritária no conjunto de ações a serem implementados.
“O maior patrimônio de um país, principalmente nas áreas educacionais, científicas e tecnológicas, são seus recursos humanos. O Brasil tem um programa de pós-graduação muito avançado, mas essas coisas precisam ser complementadas, principalmente pela educação básica e essa interface com o sistema produtivo, pois são as empresas que, na prática, materializam a inovação”, argumenta.
Continuidade
Além de destacar que trabalhará intensamente para entregar o plano o mais rápido possível, Campolina fez questão de ressaltar que dará prosseguimento aos programas em execução do MCTI. Ele frisou que seria uma leviandade alterá-los neste momento.
“Planejamento é processo permanente. Vamos avaliar o que está sendo feito e fazermos os ajustes, caso haja necessidade. Não haverá projeto pessoal. Tenho que fazer tudo o que for possível no período em que estiver como ministro. Tentarei deixar a melhor herança possível para aqueles que vierem depois”, finaliza.

terça-feira, 18 de março de 2014

Franco Pallamolla - Presidente da Abimo - fala dos desafios para a inovação no setor médico-hospitalar

Apesar dos avanços e conquistas do Complexo Industrial da Saúde (CIS) quanto à política industrial e incentivos na área, diversos fatores ainda atrasam o desenvolvimento da indústria de materiais e equipamentos para saúde. Com um déficit comercial de US$ 3,7 bilhões em 2012 em oposição a US$ 1,7 bilhão em 2007, o setor apresenta uma tendência preocupante quanto ao crescimento das importações no País. Questões como a dificuldade de diálogo entre indústria e academia, falta de mão de obra especializada e os empecilhos para a inovação, além da falta de uma atuação forte e decisiva do Governo sobre aspectos que fortaleçam o desenvolvimento tecnológico são os principais desafios apontados por ele. Leia a entrevista abaixo: 

Está cada vez mais claro que a  saúde brasileira espera, com ansiedade, por inovações que permitam melhorias nos sistemas e maior acesso à população. Mas por que essa inovação demora tanto a aparecer?
FP: São vários os pontos a serem debatidos e, para isso, é preciso abrir espaço para uma comunicação bastante ampla e eficiente com todos os envolvidos nos processos de inovação. Ou seja, precisamos ouvir as universidades, os empresários e também o governo. Muitas vezes encontramos dificuldade de diálogo ou, ainda, uma dificuldade em saber o que os centros de pesquisa estão fazendo, o que está sendo desenvolvido pelas universidades e o que as empresas precisam.

Por que é tão difícil inovar?
FP: Os empecilhos para inovar não são exclusividade do setor da saúde e nem do Brasil. Outros segmentos e outras nações, desenvolvidas ou não, encontram problemas e batalham para contorná-los dia após dia. Mas, quando falamos em inovação na saúde, temos alguns pontos que merecem destaque, como mencionou recentemente Domingo Braile, presidente do conselho da Braile Biomédica, referência da tecnologia médica no Brasil: “quando falamos na área da saúde estamos falando da máquina mais complexa que existe, que é o corpo humano”.

Esse é um campo de atuação que realmente precisa de cuidados especiais...
FP: Sim, de fato deve-se tomar muito cuidado com as inovações neste setor, afinal tudo precisa ser fundamentado no cuidado com a vida. Mas inovar não necessariamente representa criar algo nunca antes visto.

Como assim?
FP: Inovar pode ser reformular um processo para garantir mais agilidade ou encontrar soluções tecnológicas para aproximar médico e paciente reduzindo o tempo de análise e o diagnóstico de casos específicos.

A inovação deve ser um meio de fomento à indústria e a economia, como um todo?
FP: Evidente. Países inovadores em diferentes segmentos se destacam na economia mundial e garantem melhor posição no mercado como um todo. E é justamente por isso que a inovação deve ser tratada no âmbito da política econômica pública.

Qual é o papel do governo nesse sentido?
FP: Para que universidades e empresas se entendam no que diz respeito à inovação, há a necessidade de uma atuação forte e decisiva do governo sobre aspectos que fortaleçam o desenvolvimento e ofereçam oportunidades a ambos os lados. Enquanto o governo e suas entidades trabalham planos de incentivo, desoneração de impostos e menos entraves burocráticos, as empresas devem otimizar seus processos produtivos. 

Esse debate se estende, também, aos papéis da universidade e da indústria neste cenário?
FP: A parceria entre academia e indústria deve sim existir, ou melhor dizendo, ambos os lados devem coexistir e trabalhar juntos para inovar.

Há, também, de se considerar o papel da Anvisa dentro dos projetos de inovação.
FP: A regulamentação da anuência de patentes enfrenta processos burocráticos que são considerados empecilhos à inovação. A Anvisa tem de ser mais ágil. Não podemos ter processos tão morosos. Isso é uma das coisas que causa o déficit da balança comercial, pois se não tenho as renovações, os importados entram e ganham dos nacionais.

Segundo um levantamento da revista americana Forbes, que listou as 15 graduações mais promissoras em termos de salários e oportunidades de emprego, o grande destaque até 2020 fica por conta da engenharia biomédica.  Essa é mais uma área que pode ser beneficiada pela cultura da inovação?
FP: A falta de mão de obra especializada para realizar e comandar projetos inovadores também atrapalha e torna ainda mais lento o desenvolvimento do Brasil no setor da saúde.  O engenheiro biomédico é aquele que aplica princípios elétricos, mecânicos, químicos, ópticos, de informática e outros para entender, modificar, mensurar ou controlar sistemas biológicos, projetar e fabricar produtos que possam monitorar funções fisiológicas e auxiliar no diagnóstico e tratamento de pacientes.
Trata-se de uma profissão ainda muito nova no Brasil, porém com um amplo campo de trabalho, já que, formado, o profissional pode atuar em toda cadeia da saúde pública ou privada.

A ABIMO destaca-se como uma indutora para a inovação dentro da indústria que representa. Além da organização do Congresso de Inovação em Materiais e Equipamentos para Saúde (CIMES), qual são as outras atuações da ABIMO em prol da inovação?
FP: A ABIMO acredita que incentivar a indústria nacional, independentemente do porte ou da área de atuação, favorece o país, que ganha em tecnologia; e também toda a sociedade, que é beneficiada com novas soluções e oportunidades. Trabalhamos ativamente junto aos órgãos de governo para incluir o setor em suas políticas de fomento e também organizamos anualmente o  Prêmio Inova Saúde, que tem como propósito compartilhar com todo o setor da saúde as conquistas e os progressos da nossa indústria. Além disso, pretendemos inspirar e incentivar todas as companhias a investirem em novas tecnologias, produtos e serviços.
Baseado no artigo do Portal Protec

Menos R$ 1 bilhão em vendas ao Governo, mesmo com a margem de preferência fabricantes nacionais garantiram apenas 10% do total de produtos comprados pelo Governo de 2012 para 2013

Mesmo favorecidas por margens de preferência que permitem vencer licitações do setor público cobrando preços até 25% maiores que os concorrentes estrangeiros, as empresas nacionais perderam, para fornecedores de outros países, a chance de abastecer compras do governo brasileiro equivalentes a R$ 965 milhões, entre abril de 2012 e outubro de 2013.

Alguns setores, porém, aproveitaram a vantagem: fornecedores de máquinas pesadas e caminhões, responsáveis por boa parte do aumento de investimentos em 2013, foram os mais beneficiados pelas compras oficiais com preferências para empresa nacional.

Adotado por vários países - entre eles os Estados Unidos, que chega a aplicar 50% de margem de preferência em compras para as Forças Armadas e representações no exterior -, o privilégio concedido aos fornecedores nacionais turbinou, no ano passado, a indústria têxtil e de calçados. As margens de preferência (usadas especialmente para uniformes e calçados militares e escolares) quase quadruplicaram as vendas desses setores ao Governo, de R$ 98 milhões em 2012 a R$ 356 milhões em 2013, até outubro.

As compras governamentais são cobiçadas pelas empresas de atuação internacional e alvo de um acordo na Organização Mundial do Comércio (OMC), do qual o Brasil - como a maioria dos países emergentes - não quis participar. Faz parte das negociações de livre comércio, como as firmadas entre os Estados Unidos e parceiros pelo mundo e a atual discussão de um tratado comercial entre Mercosul e União Europeia (nessa negociação, o Brasil oferece uma pequena margem, de 3% para os produtores europeus, em relação a preços de países de fora do Mercosul).

Entre abril e dezembro de 2012, as compras do Governo realizadas com a regra de favorecimento aos fornecedores nacionais somaram pouco menos de R$ 2,7 bilhões, a maior parte (R$ 2,2 bilhões) concentradas no último trimestre do ano; em 2013, os dados disponíveis até outubro mostram compras, pelas mesmas regras, de R$ 2,1 bilhões.

Em 2012, o PAC Equipamentos, pelo qual o Governo compra e distribui equipamentos pesados a governos e prefeituras, garantiu 86% das compras com margem de preferência: as escavadeiras e motoniveladoras, com margens de preço de até 25% acima da concorrência, responderam por 55%; os caminhões e outros equipamentos rodoviários (com margens preferenciais de 14% a 20%), 30%. Já em 2013, os destaques foram a compra de produtos médicos (47%) e de confecções, calçados e artefatos (como capacetes), com 17% do total. Caminhões, furgões e equipamentos rodoviários ainda representaram 13% das compras oficiais, quase R$ 270 milhões.

Os dados sobre o desempenho das empresas nacionais favorecidas pelas margens de preferência foram gerados pelo Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, a pedido da gerência-executiva de política industrial da Confederação Nacional da Indústria (CNI), que concluiu, no fim de 2013, um estudo só agora liberado para publicação.

Por meio dele, pode-se ver que nem com permissão para preços mais altos as empresas nacionais se mostraram competitivas em setores como fármacos, medicamentos e equipamentos médicos, uma das áreas prioritárias para o Governo - e desejadas por fornecedores americanos e europeus.

O mecanismo de privilégio aos nacionais, "se bem operado, pode fomentar a diversificação industrial, a agregação de valor e o desenvolvimento tecnológico", defende o estudo da CNI. Ele reconhece, porém, que, mal gerenciado, o sistema de margens de preferência "pode resultar em custos desnecessários para o Estado, a própria indústria e os consumidores".

O estudo da CNI, que não envolveu a importante participação de estatais, especialmente a Petrobras, no esforço de privilegiar fornecedores nacionais, calcula em R$ 72,6 bilhões o total de compras de bens e serviços pelo Governo em 2012, dos quais pouco mais de R$ 48 bilhões em processos licitatórios. O Governo calculava atingir R$ 15 bilhões em compras por meio de margens de preferência; ficou em apenas 14% desse valor, tanto em 2012 quanto no ano passado, até o mês de outubro.

As margens de preferência, que já beneficiam 11 setores, desde 2012, por lei, não podem durar mais de cinco anos; em dezembro, foram estendidos para 2015 os benefícios para as indústrias têxtil e de calçados, que perderiam as margens de preferência em 2013. No caso dos fabricantes de roupas e sapatos, a nova regra favorável aos produtores nacional fez caírem as compras de produtos estrangeiros (99% dos quais, chineses) de R$ 43 milhões em 2012 para R$ 7 milhões em 2013, até outubro.

A falta de competitividade do produtor nacional, ou ausência de fabricantes no País, levaram os estrangeiros a aumentar sua participação no fornecimento de fármacos, medicamentos e equipamentos médicos, de 2012 para 2013. No caso dos fármacos e remédios, os fabricantes garantiram o fornecimento de apenas 10% do total de produtos comprados pelo Governo. Além disso, em 95% dos casos nos quais a margem mínima poderia ser usada, ela foi insuficiente para beneficiar fornecedores nacionais, porque os concorrentes estrangeiros apresentaram preços pelo menos 25% menores que os dos laboratórios no País.

O trabalho da CNI é um bom ponto de partida para avaliar as vantagens e insuficiências da política de compras governamentais. Não há, ainda, uma avaliação do custo desse programa, com os adicionais de preços pagos aos fornecedores no País, mas os valores envolvidos, até agora, são pequenos em relação ao total de compras do Governo, até mesmo em relação ao total das licitações, único modelo de compras ao qual se aplicam as margens de preferência.
Sergio Leo é jornalista e especialista em relações internacionais pela UnB
(Fonte: Valor Econômico - 17/03/2014)

segunda-feira, 17 de março de 2014

Bahiafarma e Natulab

Natulab e Bahiafarma negociam pesquisa de novos medicamentos

As duas entidades já assinaram um acordo de cooperação para uma Parceria de Desenvolvimento Produtivo (PDP).

A notícia foi publicada pelo site:

O Grupo Natulab e a Fundação Baiana de Pesquisa Científica e Desenvolvimento Tecnológico, Fornecimento e Distribuição de Medicamentos (Bahiafarma) estão em negociação para o desenvolvimento e pesquisa de novos medicamentos. A novidade foi anunciada no dia 25 de fevereiro (terça-feira), durante a visita da presidente da Bahiafarma, Julieta Palmeira, às instalações da Natulab, em Santo Antônio de Jesus. Ela acompanhou o governador Jaques Wagner, que pela primeira vez esteve no novo complexo industrial do grupo.

Além de Julieta Palmeira, participaram da visita o presidente da Assembleia Legislativa, Marcelo Nilo, Luiz Gonzaga, chefe de gabinete da Secretária da Indústria Comércio e Mineração (SICM) e Alfredo Boa Sorte, Superintendente da Secretaria da Saúde, entre outras autoridades.

O projeto de expansão fabril da Natulab impressionou Julieta, que falou das parcerias com o laboratório. “Estamos vivendo um momento de reconstrução da produção de medicamentos na Bahia. Já iniciamos conversas e temos acordos de cooperação assinados para trabalharmos juntos”, disse.

Segundo o gerente de Pesquisa e Desenvolvimento de Medicamentos, Olavo Rodrigues, as instituições têm dois projetos que estão em processo de negociação: um para implantação de um laboratório compartilhado no Parque Tecnológico da Bahia, junto à Secretária de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti) e uma Parceria de Desenvolvimento Produtivo (PDP), submetido ao Ministério da Saúde.

A Bahiafarma realiza pesquisa científica e desenvolvimento tecnológico no campo farmacêutico, e, quando estiver em funcionamento, vai distribuir medicamentos essenciais para órgãos e entidades que integram o Sistema Único de Saúde (SUS). “A SICM vai oferecer suporte para o desenvolvimento e expansão das duas indústrias”, falou Luiz Gonzaga, representante da secretaria.

Marconi Sampaio, Presidente do Grupo Natulab, diz que a parceria vai beneficiar, principalmente, a população das classes C, D e E, que terá à disposição a novos medicamentos distribuídos pelo SUS. “Nosso projeto é facilitar o acesso para os mais carentes. A meta é desenvolvimento e pesquisa para produtos que devem ser disponibilizados na rede pública de saúde”, concluiu.

10 h POSSE DOS NOVOS MINISTROS NO PLANALTO


quinta-feira, 13 de março de 2014

Senado Convida (10 de abril): VI Fórum Nacional de Políticas de Saúde no Brasil

Caso não visualize esse email adequadamente acesse este link
                                                                    
Convite
Com satisfação convidamos para participar do 
“VI Fórum Nacional de Políticas de Saúde no Brasil",
a acontecer no dia 10 de abril de 2014 (5ª feira), das 9 às 14 horas
no Senado Federal - Auditório do Interlegis.
O evento terá como temática políticas e programas 
de atenção à saúde da mulher.

ADESÃO GRATUITA
Saiba mais e Inscreva-se 

Patrocínio:

 

Mais informações:



A atividade que segue faz parte do PROGRAMA AÇÃO RESPONSÁVEL, assuntos da agenda prioritária do Governo Federal. Este trabalho é
feito com 100 participantes presenciais, videoconferência em tempo real com as Assembléias Legislativas e vídeo streaming. Deste Seminário
será compilado documento encaminhado a Presidência da República, Casa Civil e Congresso Nacional, no propósito de ser subsídio a
Diretrizes de Política Pública ao Setor.  Participem e Divulguem!

quarta-feira, 12 de março de 2014

COMISSÃO DE SEGURIDADE SOCIAL E FAMÍLIA elege hoje os Vice-Presidentes


terça-feira, 11 de março de 2014

Audiência Pública sobre Pesquisa Clínica, dia 18 de Março, às 11h no Senado


segunda-feira, 10 de março de 2014

Presidente Dilma e ministro Chioro iniciam vacinação contra HPV

Cerimônia realizada em escola de São Paulo marca o início da vacinação no país. A meta é vacinar 80% do público-alvo, formado por 5,2 milhões de meninas de 11 a 13 anos, em 2014. O vírus HPV é a principal causa do câncer do colo de útero.

A presidenta da República, Dilma Rousseff, e o ministro da Saúde, Arthur Chioro, participaram nesta segunda-feira (10), em São Paulo, da cerimônia de lançamento da vacinação contra HPV, que será realizada nos postos de saúde e em escolas públicas e privadas de todo o país. A meta do Ministério da Saúde é vacinar 80% do público-alvo, formado por 5,2 milhões de meninas de 11 a 13 anos, em 2014.

Durante a cerimônia, que aconteceu no Centro de Ensino Unificado Professora Elisabeth Gaspar Tunala, Butantã, a presidente Dilma Rousseff ressaltou a importância da vacinação, lembrando que vírus HPV é a principal causa do câncer do colo de útero, terceiro tipo mais frequente entre as mulheres.  “Hoje estamos adotando uma medida de saúde pública para garantir às meninas uma vida saudável. Cada menina tem sua individualidade, mas é obrigação do Estado proteger todas elas”, afirmou a presidenta.

A presidenta Dilma também destacou a importância da parceria entre o Ministério da Saúde e o Instituto Butantan para o desenvolvimento da vacina. “Esta parceria, além de garantir proteção à saúde das meninas, assegura o emprego de muitos brasileiros”, observou a presidenta.

O ministro Arthur Chioro também ressaltou a importância da vacina para proteger às meninas contra o HPV e reafirmou a necessidade de que todas as doses sejam aplicadas. “Não adianta tomar apenas uma dose. Para garantir proteção, é preciso tomar as três doses, inclusive a terceira, daqui a cinco anos”, afirmou o ministro. Ele lembrou que a meta do Ministério da Saúde é imunizar 80% das meninas para garantir uma maior cobertura vacinal. “Estudos australianos indicaram que os meninos passaram a ser protegidos, indiretamente, com a vacinação do grupo feminino. Naquele país, houve drástica redução da transmissão do HPV entre homens, após a introdução da vacina”, observou o ministro.

ESCOLA - O Ministério da Saúde recomenda que a primeira dose (de um total de três) seja aplicada nas escolas públicas e privadas que aderiram à estratégia. A vacina – que passa a integrar o calendário nacional - também estará disponível nas 36 mil salas de vacinação da rede pública de saúde durante todo o ano. A segunda será aplicada com intervalo de seis meses e a terceira, de reforço, cinco anos após a primeira dose.

As secretarias municipais de Saúde foram orientadas a programar a vacinação nas escolas a partir desta segunda-feira (10). As instituições de ensino devem informar, com antecedência, aos pais ou responsáveis a data de vacinação. Tanto no ambiente escolar como nos postos de saúde, a vacina será aplicada por profissionais de saúde.

Os pais ou responsáveis que não quiserem que a adolescente seja vacinada deverão preencher e enviar à escola o termo de recusa distribuído pela instituição de ensino antes da vacinação. No caso das unidades de saúde, é importante que a adolescente apresente a caderneta de vacinação. Para assegurar a aplicação das três doses, o serviço de saúde vai registrar cada adolescente imunizada, monitorar a cobertura vacinal e realizar, se necessário, a busca ativa das meninas.

ESQUEMA VACINAL - O esquema adotado pelo Ministério da Saúde é chamado de “estendido” e composto por três doses. Recomendado pela Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS/OMS) e utilizado em países como Canadá, México, Colômbia e Suíça, o modelo garante maior duração da proteção fornecida pela vacina.

Ao iniciar a imunização, seja na escola ou no posto de saúde, a adolescente receberá orientações sobre a administração da segunda dose, que ocorrerá na unidade de saúde. Neste ano, serão vacinadas meninas de 11 a 13 anos.

Em 2015, a vacina passa a ser oferecida para as adolescentes de 9 a 11 anos e, em 2016, às meninas que completam nove anos. Com isso, o Brasil, em apenas dois anos, protegerá a faixa etária (meninas de 9 a 13 anos) que melhor se beneficia da proteção da vacina.

PROTEÇÃO -  O Ministério da Saúde adquiriu 15 milhões de doses para o primeiro ano de vacinação. A vacina utilizada é a quadrivalente, que confere proteção contra quatro subtipos (6, 11, 16 e 18) do HPV, dos quais dois (subtipos 16 e 18) são responsáveis por cerca de 70% dos casos de câncer de colo do útero em todo mundo.Usada como estratégia de saúde pública em 51 países, a quadrivalente é recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e tem eficácia de 98% contra o vírus HPV.

A vacinação é o primeiro de uma série de cuidados que a mulher deve adotar para a prevenção do HPV e do câncer do colo do útero. Ela não substitui a realização do exame preventivo e nem o uso do preservativo nas relações sexuais. O Ministério da Saúde orienta que mulheres na faixa etária dos 25 aos 64 anos façam o exame preventivo, o Papanicolau, a cada três anos, após dois exames anuais consecutivos negativos.

CAMPANHA – O Ministério da Saúde iniciou, neste sábado (8), veiculação da campanha publicitária para orientar a população sobre a importância da prevenção contra o câncer do colo de útero em TV, rádios e jornais. Com o tema “Cada menina é de um jeito, mas todas precisam de proteção”, as peças convocam as adolescentes para se vacinar e alertam as mulheres sobre a prevenção.

As informações são veiculadas por meio de cartazes, spot de rádio, filme para TV, anúncio em revistas, outdoors e campanhas na internet, especialmente nas redes sociais. O investimento do Ministério da Saúde na campanha publicitária é de R$ 20 milhões.

PRODUÇÃO NACIONAL - Para a produção da vacina contra o HPV, o Ministério da Saúde firmou Parceria para o Desenvolvimento Produtivo (PDP) com o Instituto Butantan e o laboratório privado Merck Sharp & Dohme (MSD). Será investido R$ 1,1 bilhão na compra de 41 milhões de doses da vacina durante cinco anos – período necessário para a total transferência de tecnologia ao laboratório brasileiro. A PDP possibilitou uma economia estimada de R$ 83,5 milhões na compra da vacina em 2014. O Ministério da Saúde pagará R$ 31,02 por dose, o menor preço já praticado no mercado.

O HPV é um vírus transmitido pelo contato direto com pele ou mucosas infectadas por meio de relações sexuais. Por tratar-se de um vírus que se transmite com muita facilidade, considera-se que o HPV seja a infecção sexualmente transmitida mais comum no mundo, com quase todas as pessoas sexualmente ativas tendo contato com o vírus em algum momento da sua vida.

Na grande maioria, o HPV cura-se espontaneamente, mas em algumas mulheres eles produzem lesões que podem desencadear o câncer de colo do útero. O HPV também pode ser transmitido da mãe para filho no momento do parto. Estima-se que 270 mil mulheres, no mundo, morrem devido ao câncer de colo do útero. No Brasil, o Instituto Nacional do Câncer estima o surgimento de 15 mil novos casos e cerca de 4,8 mil óbitos nesse ano.

LUISA VILA FALA SOBRE HPV NO CANAL LIVRE DO DOMINGO(9)

Para informação o Canal Livre de ontem (9) tratou do tema do HPV com a presença de Dra. Luiza Vila e um Oncologista do A.C.Camargo. A chamada do jornal de sábado pode ser vista no link: 

Ministro levou esposa para carnaval em jato da FAB , sem registro no rol da comitiva oficial...

O ministro da Saúde, Arthur Chioro, levou sua esposa, Roseli Regis dos Reis, para o carnaval de três capitais utilizando avião da Força Aérea Brasileira (FAB). O deslocamento foi entre as cidades de São Paulo, Recife, Salvador e Rio de Janeiro, onde Chioro participou de ações do ministério de mobilização e promoção do uso da camisinha durante a folia. As informações são do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o ministro, ele fez questão de ter a esposa ao lado para “evitar qualquer situação de exposição indevida". Segundo o decreto 4.244/2002, os jatos da FAB podem ser requisitados quando houver "motivo de segurança e emergência médica, em viagens a serviço e deslocamentos para o local de residência permanente". O decreto, porém, não diz quem pode ou não viajar acompanhando as autoridades.

Durante sua parada em Salvador, o casal foi ao camarote Expresso 2222, do ex-ministro da Cultura Gilberto Gil e sua mulher, Flora Gil. Segundo a assessoria da pasta, o camarote foi parceiro do ministério na campanha, "para a qual contribuiu com apoio à distribuição de preservativos e veiculação de peças e depoimentos da campanha publicitária". Ainda em Salvador, o ministro também passou no camarote do governador Jaques Wagner (PT).

A assessoria de Chioro afirma que a esposa do ministro o acompanhou nos compromissos oficiais "sem qualquer custo adicional aos cofres públicos". Segundo a pasta, os hotéis foram pagos com as diárias de R$ 2.541,88 recebidas pelo ministro.

Na agenda oficial do ministro, porém, Roseli não aparece entre os integrantes da comitiva que voou entre Recife e Salvador e depois entre a capital baiana e o Rio de Janeiro.

sábado, 8 de março de 2014

Meninas podem tomar vacina contra HPV sem autorização dos pais, diz Ministério da Saúde

Vacina começa a ser ofertada no SUS a partir de 10 de março para meninas entre 11 e 13 anos.

Meninas entre 11 e 13 anos podem ser vacinadas contra o HPV

A inclusão oficial da vacina contra o HPV (Papiloma Vírus Humano) — usada na prevenção do câncer de colo do útero, no calendário nacional de imunizações começará a partir de 10 de março para meninas entre 11 e 13 anos. Além dos 36 mil postos de saúde da rede pública, a vacina também estará disponível em escolas públicas e privadas que mostrarem interesse em imunizar suas alunas.

Para atingir a meta de vacinar 80% do público-alvo, formado por 5,2 milhões de meninas, o Ministério da Saúde está incentivando secretarias estaduais e municipais de saúde, em parceria com as secretarias de educação, a promoverem a vacinação nas escolas.

Caso a instituição ofereça a vacinação, a escola terá o direito de definir seu próprio calendário e informar aos pais. Além disso, o Ministério da Saúde ressaltou que os responsáveis que não concordarem com a imunização devem preencher um termo de recusa e entregar na escola. Segundo a pasta, a autorização não é necessária porque a vacina é um direito da adolescente previsto em lei.

No caso do posto de saúde, para receber a dose, basta apresentar o cartão de vacinação ou o documento de identificação. Cada adolescente deverá tomar três doses para completar a proteção, sendo a segunda seis meses depois da primeira, e a terceira cinco anos após a primeira dose. Para o primeiro ano de campanha, o Governo Federal adquiriu 15 milhões de doses. A pasta reforça que a vacina estará disponível o ano todo nos postos de saúde.

Em 2015, a vacina passa a ser oferecida para as adolescentes de nove a 11 anos e, em 2016, às meninas de nove anos. 

Vírus HPV
O vírus HPV é uma das principais causas do câncer de colo do útero, terceiro tipo mais frequente entre as mulheres. O SUS vai ofertar a vacina quadrivalente, recomendada pela Opas (Organização Pan-Americana de Saúde), que confere proteção contra quatro subtipos (6, 11, 16 e 18). Os subtipos 16 e 18 são responsáveis por cerca de 70% dos casos de câncer de colo do útero em todo o mundo.
Fabiana Grillo, do R7

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