Destaques

sábado, 3 de outubro de 2015

Análise de Mídia - 03 de setembro de 2015

A conjuntura do setor fabril determina o ritmo do noticiário específico associado à Indústria neste sábado (03).

Informações que ajudam a consolidar a ideia de que o segmento passa por dificuldades se sobressaem. A percepção de que não há indicativos de melhora, também.

Um dos destaques está no editorial ‘Cadê o fundo do poço?’, de O ESTADO DE S.PAULO.

No texto, jornal menciona os números da produção de agosto divulgados ontem pelo IBGE (leia mais em ANÁLISE SETORIAL) e ressalta “a insegurança dos consumidores, o desemprego acima de 8% e a retração, já muito longa, das compras de máquinas e equipamentos”.

Editorial adverte que, “um dia antes do IBGE a CNI divulgava sua sondagem mensal. Segundo essa pesquisa, o uso da capacidade instalada em agosto, de 77,9%, foi o mais baixo da série estatística iniciada em 2003”.

Outro destaque, ainda em O ESTADO DE S.PAULO, é o EDITORIAL ECONÔMICO que afirma: “forçada a reconhecer como perdido este ano, a indústria continua pouco esperançosa”.

Texto alerta para questões bastante sensíveis e avalia o momento como delicado. “Só ‘numa visão otimista’ a CNI prevê recuperação em 2016, disse FLÁVIO CASTELO BRANCO, gerente de Política Econômica, ao divulgar os Indicadores Industriais de agosto, os piores desde 2003”.

Conforme o EDITORIAL ECONÔMICO, “é geral o entendimento de que a situação da indústria piorou muito neste ano e que nem a recuperação relativa das exportações de manufaturados bastará para tirar o setor da grave crise em que está”.

De maneira mais direta, no mesmo texto, O ESTADO DE S.PAULO afirma que “os indicadores de agosto da CNI retratam bem o quadro desanimador para a indústria”.

Também em O ESTADO DE S.PAULO, destaque para breve abordagem que reproduz alguns dos principais itens divulgados ontem pela CNI dentro do Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (Inec).

“Depois de dois meses de ligeira recuperação de confiança, o pessimismo dos consumidores brasileiros voltou a aumentar em setembro”, conclui o ESTADÃO – jornal lista os dados mais relevantes que comprovam a deterioração de cenário – ZERO HORA (RS), CORREIO DA BAHIA (BA) e DIÁRIO DO AMAZONAS (AM) também registram.

Já em O GLOBO, reportagem diferenciada avalia os números da produção industrial de agosto informada ontem pelo IBGE e faz uma série de correlações atreladas a análises de especialistas.

“O setor automotivo cresceu bastante até dois anos atrás, mas carro não é um bem que se compra todos os dias. Com os juros de financiamento mais caros, queda na renda e desemprego, se posterga a decisão de compra. Em razão da demanda insuficiente, a indústria automobilística está com os estoques além do desejado”, afirma FLÁVIO CASTELO BRANCO, gerente executivo da Unidade de Política Econômica da CNI, segundo reproduz O GLOBO.

Nos jornais regionais, registra-se no CORREIO BRAZILIENSE (DF) abordagem sobre a queda na produção industrial, mas um item inserido na mesma página merece atenção.

CORREIO relata que “a Fiesp divulgou nota ontem em que critica o presidente da CNI, ROBSON ANDRADE, por supostos acordos fechados com o governo em que a parte do SISTEMA S, ligada ao setor abriria mão de recursos”.

"Consideramos ser nossa obrigação defender nossos alunos, seus familiares, professores, funcionários, atletas e artistas do SESI e do SENAI, assim como os trabalhadores da indústria e os importantes serviços que essas entidades prestam à sociedade brasileira", resumiu o comunicado, segundo o CORREIO.

"Repudiamos supostos acordos e esperamos o apoio dos companheiros das federações da indústria, do comércio, do transporte e da agricultura de todo o país para manter a integridade dos importantes serviços que o SISTEMA S presta ao Brasil", finalizou a nota oficial.

Coluna ESPLANADA, no CORREIO DA PARAÍBA (PB), afirma que “a cúpula do SISTEMA S (Sesi, Sebrae, etc), da CNI e CNC, acredita que o Planalto vai recuar na tentativa de abocanhar 30% de sua Receita para a Previdência. Oficializou as ofertas de 'contribuição para o Orçamento da União”.

De volta ao CORREIO BRAZILIENSE (DF), e de forma breve, reportagem indica que “ROBSON ANDRADE, presidente CNI, não poupou críticas aos governos a partir de 1990 – governo Collor –, por causarem a perda de espaço do setor no cenário nacional e internacional, durante evento ‘Café com Política’, promovido pela Fundação João Mangabeira, do PSB, na quinta-feira”.

“ANDRADE criticou a falta de uma política industrial no país”, resume o texto. CORREIO reproduz a seguinte frase atribuída ao presidente da CNI: "A gente não consegue planejar o nosso futuro. Eu tenho a convicção de que só vamos ter, de novo, ambiente para desenvolver a indústria e trazer investimentos para o Brasil, se tivermos no país segurança jurídica e mudanças estruturais das nossas legislações".

Com foco na realidade local, CORREIO BRAZILIENSE (DF)avança e publica reportagem dedicada na qual discute os efeitos da crise econômica no Distrito Federal.

“Quando se trata da indústria local, ela se torna evidente, seja nos galpões vazios de mercadorias, na diminuição de postos de trabalho, seja na grande quantidade de lotes com promessas de virarem fábricas”, resume a reportagem.

“Segundo dados da CNI, a indústria local produz R$ 8,4 bilhões anuais, emprega 127 mil pessoas e contribui com 5,7% na produção de riquezas do DF, uma das menores participações entre as unidades da Federação”, informa o CORREIO.



FOLHA DE S.PAULO
Reforma de Dilma fortalece PMDB e ex-presidente Lula

O ESTADO DE S.PAULO
Dilma corta 8 ministérios e PMDB já apoia nova CPMF

O GLOBO
Dilma muda ministério para ganhar fôlego



Jornais registram com bastante destaque e em tom absolutamente pessimista dados divulgados ontem pelo IBGE sobre o comportamento da produção industrial em agosto.

O ESTADO DE S.PAULO resume que “a combinação perversa entre redução de investimentos pelos empresários e menor demanda das famílias levou a indústria ao pior agosto da história”.

A produção caiu 9% em relação a igual mês de 2014. Segundo o ESTADÃO, “poucos segmentos ficaram no azul, mesmo numa época que costuma ser favorável, por causa das encomendas para o fim de ano”.

Na comparação anual, a produção cai há 18 meses, a maior sequência apurada pelo IBGE, adverte o texto.

FOLHA DE S.PAULO alerta, por sua vez, que a produção industrial brasileira completou, em agosto, o terceiro mês seguido de retração.

“E ainda que a queda (1,2% no volume de produtos fabricados no país em relação ao mês anterior) tenha sido menor que a registrada em julho, 1,5%, não há sinais de melhora”, reforça.

No texto, FOLHA lembra que o principal setor a puxar para baixo a produção foi o de bens de capital, que fabrica as máquinas utilizadas pela indústria.

Especialistas analisam as possibilidades de algum tipo de retomada do setor fabril, mas consolidam a percepção geral de que não será possível.

Fatores como o câmbio e o baixo crescimento do PIB são apontados como obstáculos para a indústria.

Destaque ainda para a informação de que o BNDES informou que os desembolsos para financiamentos recuaram 25% no ano até agosto sobre o mesmo período do ano passado.

Os recursos somaram R$ 85 bilhões. O ESTADO DE S.PAULO, O GLOBO e FOLHA DE S.PAULO informam de maneira semelhante que o banco de fomento também afirmou que as consultas de interessados em obter financiamentos caíram 49% no mesmo período, enquanto as aprovações de empréstimos recuaram 45%.

O acesso mais restrito ao crédito tem prejudicado as empresas, principalmente as de pequeno porte, advertem os jornais.



O ESTADO DE S. PAULO analisa a situação do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) no âmbito do que chama de “jogo político” e de denúncias que começam a se consolidar contra ele dentro da operação Lava Jato. “É uma daquelas questões que, quanto mais cedo for resolvida, maior contribuição dará para amenizar a crise política”, resume.

FOLHA DE S. PAULO opina sobre a reforma ministerial e reforça que a presidente Dilma Rousseff (PT) “rendeu-se, em um pragmatismo tardio e melancólico, à condição de refém do PMDB”.

O GLOBO também aborda a reforma ministerial e adverte que “a presidente procurou revestir o encolhimento da máquina burocrática com alguma pompa, ao lançar a Comissão Permanente de Reforma de Estado quase uma contradição em termos tratando-se de um governo lulopetista”.
COLUNAS
CELSO MING, em O ESTADO DE S. PAULO, opina sobre os mais recentes números da produção industrial e alerta: o setor segue “morro abaixo”. “Não dá para dizer que a recuperação está logo adiante, porque não há confiança e o rombo das contas públicas bloqueia qualquer iniciativa de avanço. A reforma ministerial que deveria dar força à presidente Dilma, para garantir as bases para uma virada, foi a decepção que se anunciava”, resume.

SÉRGIO VALE, economista-chefe da MB Associados, escreve em O ESTADO DE S. PAULO que “a indústria tem acumulado tantos recordes negativos que não caberiam todos nesse texto: desde fevereiro de 2014 não se vê expansão na comparação interanual; o pico de produção foi em junho de 2013 com queda acumulada nesse período do dado dessazonalizado de 15% e houve recorde de queda na produção de bens de capital de pouco mais de 33% no mês de agosto”.

“Enfim, poderia continuar listando mais dados negativos que vão se tornando comuns a cada nova divulgação do IBGE. Há perspectiva de melhora? Por enquanto, não”, afirma VALE, que aposta: 2016 continuará sendo ano de acumular quedas.

DIRETO DA FONTE, em O ESTADO DE S.PAULO: “Joaquim Levy descobriu que a CPMF está sendo chamada de "patinho feio" dos impostos. E, imaginem, gostou. Segundo se apurou, o ministro da Fazenda tem dito que, na fábula de Hans Christian Andersen, o patinho vira... um lindo cisne, para a alegria geral e irrestrita de todos”.

“E por falar em pato, tem curioso querendo saber onde Paulo Skaf, da Fiesp, comprou os bonecos amarelinhos infláveis postos do lado de fora do Congresso, em protesto contra aCPMF. Desconfia-se de produto chinês”, completa DIRETO DA FONTE.

PAINEL, na FOLHA DE S.PAULO, informa que, "ainda que a chegada da "turma do Lula" ao coração da articulação política do governo Dilma Rousseff tenha sido bem recebida no Congresso, ninguém acredita que a mexida na Esplanada garantirá ao Planalto a volta da CPMF".

"Agraciada com o maior naco de poder desde que se aliou ao PT, a cúpula do PMDB deixa claro que a proposta dificilmente supera, até o fim do ano, sequer o primeiro rito da tramitação, a apreciação pela Comissão de Constituição e Justiça da Câmara", reforça PAINEL.

Sobre o mesmo assunto, PAINEL adverte que "o tema enfrenta forte resistência de empresários. E o governo tem ciência de sua fragilidade na bancada peemedebista, com declarados dissidentes".

MONICA BERGAMO, na FOLHA DE S.PAULO, antecipa que, "autor do perfil Dilma Bolada, Jeferson Monteiro quer conversar com Dilma Rousseff para explicar o fim de seu apoio ao governo federal. O publicitário diz que suas críticas não são à pessoa, mas à presidente da República". À coluna ele diz: "É uma linha muito tênue, mas espero que ela entenda".

PANORAMA POLÍTICO, em O GLOBO: "Ao reduzir o seu salário e o dos ministros em 10%, a presidente Dilma faz um contraponto com o Poder Judiciário. Para atendê-lo, o Congresso aprovou reajuste de 78%. Dilma vetou esse índice e propôs um aumento de 41,4%, escalonado até 2019. Os governistas avaliam que a redução salarial da presidente vai pressionar o Judiciário e a oposição, quando for votado o veto aos 78%".

MIRIAM LEITÃO, em O GLOBO: "O que faz a presidente cavar mais fundo no fosso onde já está? O que a faz organizar, sob a tutela do ex-presidente Lula, uma reforma ministerial na qual costura uma ligação com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, no momento em que ele está se desintegrando? O maior divórcio da presidente hoje é com a opinião pública, e ela é que a sustenta, e não meia dúzia de mal afamados (...)".

Em tom ainda mais crítico, MIRIAM LEITÃO completa: " (...) O que quer exatamente a presidente do Brasil? Seus truques que enganaram milhões miram, sua popularidade se transformou em alta rejeição, seu modelo econômico apresentado como nova ciência criou armadilhas que engolem o segundo mandato. Seu partido continua girando na órbita do ex-presidente Lula e não hesitará em rifá-la se for o interesse da primeira estrela. Sombras cercam seu mandato pelo lado das mentiras contábeis e pelas dúvidas razoáveis sobre o dinheiro que financiou sua campanha. Diante da lamentável cena nacional, ela chama seus tutores e reabre a barganha para garantir a permanência no cargo".



O ESTADO DE S.PAULO informa que a desaceleração econômica paralisou obras e arrefeceu o mercado de trabalho para os engenheiros.

“Depois de uma década de evolução favorável do emprego, o mercado de trabalho começou a desacelerar. Segundo dados do Caged, do Ministério do Trabalho, o saldo de postos de trabalho passou de 7 mil em 2012 para 2,8 mil em 2013”, resume o jornal.

ESTADÃO completa ainda que, “no ano passado, a conta ficou negativa, com perda de 3,1 mil postos de trabalho na engenharia. Em São Paulo, maior mercado da área, foram feitas, de janeiro a maio, 1,1 mil homologações de engenheiros - 58% mais do que no mesmo período do ano passado”.



As primeiras páginas dos principais jornais do país destacam o anúncio oficial da reforma administrativa e das mudanças nos ministérios.

A presidente Dilma Rousseff é uma das referências do noticiário, mas reportagens, editoriais e colunas destacam, sobretudo, o papel assumido pelo ex-presidente Lula durante o processo.

Na interpretação da mídia, Lula e o PMDB saem fortalecidos porque conseguiram impor a Dilma nomes e estratégias para o novo gabinete que tomará posse na próxima semana.

O ESTADO DE S.PAULO especula que Lula vai se movimentar agora para convencer a presidente Dilma Rousseff a substituir o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, por Henrique Meirelles.

Para Lula, Levy tem "prazo de validade", que vence quando o governo conseguir aprovar as principais medidas do ajuste fiscal no Congresso, resume o ESTADÃO.

O ex-presidente já conversou sobre o assunto com a própria Dilma, que, no entanto, não gosta de Meirelles. Os dois foram colegas no governo do petista e protagonizaram duros embates. Lula sugeriu Meirelles para Dilma antes mesmo da nomeação de Levy. Não emplacou. Agora, porém, avalia que a mudança na Fazenda não pode passar do primeiro semestre de 2016.

Manchete da FOLHA DE S.PAULO resume que as mudanças têm como um dos objetivos “assegurar o apoio de sua base no Congresso e os votos necessários para barrar um processo de impeachment”.

Jornais analisam as medidas de austeridade comunicadas ontem pela presidente Dilma, como a redução dos salários dela, do vice Michel Temer e dos ministros, o alcance dos cortes em cargos comissionados e a extinção/fusão de pastas.

A ideia de recriação da CPMF volta a impulsionar o noticiário de maneira determinante. No contexto da reforma ministerial – e principalmente diante de declarações atribuídas ao novo ministro da Saúde, Marcelo Castro –, o assunto se impõe.

Foco da cobertura também recai bastante sobre novos desdobramentos da operação Lava Jato.

Destaque para a informação de que o ministro Teori Zavascki, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou, a Polícia Federal a colher depoimento do ex-presidente Lula como “informante” nas investigações do esquema de corrupção na Petrobras.

O pedido para ouvir o ex-presidente foi feito pela PF e teve parecer favorável por parte do procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

Lula será ouvido no inquérito que tramita no STF e investiga 39 pessoas por suposta construção de um esquema para distribuição dos recursos ilícitos a políticos de ao menos três partidos: PP, PMDB e PT.

Zavascki autorizou os depoimentos dos demais nomes apontados pela Polícia Federal e endossados pelo parecer da PGR, entre eles o dos ex-ministros Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência, governo Dilma Rousseff), Ideli Salvatti (Secretaria de Relações Institucionais, governo Dilma) e José Dirceu (Casa Civil, governo Lula).

Ainda entre os itens relacionados à Lava Jato, destaque também para o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que reiterou, por meio de nota, depoimento prestado à CPI da Petrobras em que negou ter conta no exterior.

O peemedebista reafirmou, atacando o governo e o PT, que as denúncias divulgadas a seu respeito nos últimos dias são "seletivas".

Na FOLHA DE S.PAULO, breve registro avança sobre outras frentes da Lava Jato e revela que o ministro Teori Zavascki, do STF, decidiu ontem suspender o andamento, na Justiça do Paraná, do chamado eletrolão, que investiga esquema de corrupção na Eletronuclear e suposto pagamento de propina em contrato da obra da usina Angra 3.

A decisão foi tomada após o surgimento de indícios de envolvimento do senador Edison Lobão (PMDB-MA), ex-ministro de Minas e Energia dos governos Lula e Dilma, reforça o jornal paulista.

Em outra frente, jornais registram de forma ampla que o ministro Augusto Nardes, do TCU, relator de processo que avalia o balanço da União, recomendou aos colegas da Corte que deem parecer pela rejeição das contas do governo da presidente Dilma Rousseff em 2014.

O TCU julgará o processo na próxima quarta-feira.

Como resposta às pressões do TCU e da sociedade, o governo baixou um decreto com regras para disciplinar a contratação de serviços de instituições financeiras pelos órgãos e entidades do Poder Executivo federal.

Publicado no Diário Oficial da União (DOU), a norma tem o objetivo de evitar o uso dos bancos públicos para pagar despesas públicas, sobretudo gastos sociais do governo, operação que ficou conhecida como "pedaladas" fiscais.



Assuntos de interesse se reposicionam, mas o que prevalece é a disposição dos jornais por avançar sobre a conjuntura macroeconômica.

Na FOLHA DE S.PAULO, por exemplo, informação é que os bancos públicos encerraram o primeiro semestre deste ano com estagnação nas operações para pequenas e médias empresas.

“Segundo o Banco Central, o comportamento reflete principalmente a alta da inadimplência entre pequenas e médias empresas. Desde agosto do ano passado, o atraso nos pagamentos das dívidas tem sido maior nas instituições estatais do que nas privadas”, resume.

Entre junho de 2014 e junho de 2015, a expansão anual do estoque de crédito para essas empresas nos bancos estatais passou de 13,4% para 0,03%. Nesse período, a parcela de dívidas atrasadas subiu de 3,6% para 5,1%, adverte a FOLHA.

Jornais também registram que os bancários prometem entrar em greve a partir do dia 6 de outubro em 20 estados (além do Distrito Federal).

Segundo a Febraban (federação dos bancos), o consumidor tem à disposição vários canais alternativos para realizar as transações. A categoria recebeu aumento real de 20,07% no período entre 2004 e 2014.

Complementando o dia, há ainda repercussões de mercado relacionadas aos impactos na Bolsa e no câmbio das mudanças nos ministérios confirmadas ontem pela presidente Dilma Rousseff.

O GLOBO relata que o dólar caiu a R$ 3,94, e a Bovespa registrou, ontem, a maior alta desde o ano passado.

sexta-feira, 2 de outubro de 2015

Segundo Diálogo Deliberativo nacional da EVIPNet Brasil discute sobre o uso de evidências científicas na tomada de decisão

A EVIPNet Brasil realizou, no dia 30/09/2015, em Brasília-DF, o Diálogo Deliberativo da síntese  Estimulando o uso de evidências científicas na tomada de decisão. Participaram da mesa de discussão 11 representantes da gestão, academia e sociedade civil, além de ouvintes dos grupos de trabalho da Rede para Políticas Informadas por Evidências.


Esse foi o segundo Diálogo Deliberativo nacional, com o objetivo de considerar as evidências à luz das visões e conhecimentos dos interessados ou afetados pelo tema. O diálogo seguiu a metodologia das ferramentas SUPPORT e foi regido pela regra de Chatham House, ou seja, as informações podem ser compartilhadas livremente, mas a identidade e afiliação dos participantes devem ser mantidas em sigilo.
Durante o diálogo, os participantes apontaram a necessidade de institucionalização do uso de evidências científicas e de maior transparência no processo de formulação de políticas como estratégias importantes na tomada de decisões em saúde. Consideraram também que a evidência não é neutra, pois a atividade de pesquisa também é permeada por interesses econômicos e sócio-políticos.
Com relação à tradução do conhecimento como forma de solucionar o problema do baixo uso de evidências na tomada de decisão, ressaltou-se a responsabilidade do jornalismo nesse processo. Também se apontou que é preciso diversificar linguagens e produtos para públicos-alvo diversos, para que se mantenha a equidade no acesso à informação.
Os participantes fizeram sugestões para expandir o alcance da síntese de evidências, sempre reforçando a importância da articulação entre pesquisadores e gestores num esforço de promoção da saúde global, não só no combate a problemas pontuais de saúde, de modo a alinhar o discurso com a prática.
O Diálogo Deliberativo terá um sumário, a ser divulgado futuramente.


Novos ministros de Dilma Rousseff: veja quem entra e quem sai

Presidente fez primeira mudança nove meses após assumir 2º mandato.
Ela cortou 8 ministérios, criou 2 e promoveu 10 mudanças em pastas.

Do G1, em São Paulo

A presidente da República, Dilma Rousseff, anunciou nesta sexta-feira (2) a primeira reforma ministerial do segundo mandato.




Veja a lista de novos ministros
(clique nos nomes para ler o perfil de cada um)
- Secretaria de Governo: Ricardo Berzoini (PT)
- Trabalho e Previdência: Miguel Rossetto (PT)
- Secretaria de Portos: Helder Barbalho (PMDB)
- Casal Civil: Jaques Wagner (PT)
- Ciência e Tecnologia: Celso Pansera (PMDB)
- Comunicações: André Figueiredo (PDT)
- Defesa: Aldo Rebelo (PCdoB)
- Educação: Aloizio Mercadante (PT)
- Saúde: Marcelo Castro (PMDB)
- Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos: Nilma Lino Gomes (sem partido)


Sete ministros já faziam parte do primeiro escalão e foram apenas remanejados. Celso Pansera, Marcelo Castro e André Figueiredo são os três nomes novos.
Houve a redução de 39 para 31 ministérios, com a fusão de algumas pastas e extinção de outras. Confira todas as mudanças na tabela abaixo.
Composição por partidos
O PT, partido da presidente Dilma, ficará com o comando de nove pastas. Já o PMDB, principal legenda da base aliada, ampliou espaço, saindo de seis para sete pastas.
PTB, PSDPPPRB, PR, PCdoB e PDT terão o comando de uma pasta cada.
Outros oito ministérios serão chefiados por ministros sem partido, de perfil técnico.
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MINISTÉRIO
MINISTRO ANTERIOR
MINISTRO ATUAL
1
Advocacia Geral da União
Luís Anácio Adams
Luís Anácio Adams
2
Agricultura
Kátia Abreu
Kátia Abreu
3
Assuntos estratégicos
Vitor Pinto Chaves (interino)
Ministério extinto
4
Aviação Civil
Eliseu Padilha
5
Banco Central
Alexandre Tombini
6
Casa Civil
Aloízio Mercadante
7
Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos
Novo ministério, resultado da fusão entre Direitos Humanos, Igualdade Racial e Mulheres
Nilma Lino Gomes
8
Ciência e Tecnologia
Celso Pansera
9
Cidades
Gilberto Kassab
Gilberto Kassab
10
Comunicação Social
Edinho Silva
Edinho Silva
11
Comunicações
André Figueiredo
12
Controladoria-Geral da União
Valdir Simão
13
Cultura
Juca Ferreira
Juca Ferreira
14
Defesa
Jaques Wagner
Aldo Rebelo
15
Desenvolvimento Agrário
Patrus Ananias
Patrus Ananias
16
Desenvolvimento Agrário e Comércio Exterior
Armando Monteiro
Armando Monteiro
17
Desenvolvimento Social
Tereza Campello
18
Direitos Humanos
Ministério fundido ao de Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos
19
Educação
Renato Janine
20
Esportes
George Hilton
21
Fazenda
Joaquim Levy
22
Igualdade Racial
Nilma Gomes
Ministério fundido ao Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos
23
Integração Nacional
Gilberto Occhi
Gilberto Occhi
24
Justiça
José Cardozo
José Cardozo
25
Meio Ambiente
Izabella Teixeira
26
Micro e Pequena Empresa
Ministério fundido à Secretaria Geral de Governo
27
Minas e Energia
Eduardo Braga
Eduardo Braga
28
Pesca e Aquicultura
Helder Braga
Ministério fundido à Agricultura
29
Planejamento
Nelson Barbosa
30
Política para as Mulheres
Eleonora Menicucci
Ministério fundido ao de Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos
31
Portos
32
Previdência Social
Carlos Gabas
Ministério fundido ao Trabalho e Emprego
33
Relações Exteriores
Mauro Vieira
Mauro Vieira
34
Relações Institucionais
Vago
Ministério fundido à Secretaria Geral de Governo
35
Marcelo Castro
36
Secretaria Geral da Presidência
Miguel Rossetto
Ministério fundido à Secretaria Geral de Governo
37
Secretaria de Governo
Novo ministério, resultado da fusão entre Relações Institucionais e Secretaria Geral da Presidência
Ricardo Berzoini
38
Segurança Institucional
José Elito
Perdeu o status de ministério. As atribuições foram para a Secretaria Geral de Governo
39
Trabalho, Emprego e Previdência
Manoel Dias
Miguel Rossetto
40
Transportes
Antônio Rodrigues
Antônio Rodrigues
41
Turismo
Henrique Eduardo Alves

MARCELO CASTRO, novo Ministro da Saúde defende cobrança permanente da CPMF

Marcelo Castro, defendeu nesta sexta-feira (2) que a cobrança da CPMF seja permanente, e não pelo período de quatro anos como propôs o governo federal em pacote fiscal enviado ao Congresso Nacional.

Em cerimônia na qual foi anunciado novo titular da pasta, o deputado federal disse ainda que propôs ao ministro da Fazenda, Joaquim Levy, que o chamado "imposto do cheque" seja cobrado das duas pontas de uma movimentação financeira: tanto de quem efetua como de quem recebe um depósito financeiro.

"Todos (do governo) gostaram da proposta, porque nós não vamos aumentar a alíquota, não vamos onerar ninguém individualmente, vamos arrecadar dobrado e vamos levar esses recursos para Estados e municípios que estão vivendo hoje em grande dificuldade", disse.

Em oposição ao presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o ministro que também é filiado ao PMDB defendeu o tributo e disse que é necessário que tenha uma mobilização no país para "salvar a saúde do país".

Para ele, o presidente da Casa Legislativa será convencido a "ajudar" a aprovar a recriação do imposto já que, segundo o novo ministro, ele é um "patriota".

"Ele com certeza vai ajudar, porque ele é um patriota e vai sabe que um dos problemas mais graves do país é a saúde", disse.

No mês passado, Cunha já disse ser contra a CPMF e avaliou que ela não será aprovada na Câmara dos Deputados.

Pela proposta do governo federal, o imposto terá alíquota de 0,20%, será destinado ao custeio da Previdência e tem expectativa de arrecadar R$ 32 bilhões por ano.Marcelo Castro, defendeu nesta sexta-feira (2) que a cobrança da CPMF seja permanente, e não pelo período de quatro anos como propôs o governo federal em pacote fiscal enviado ao Congresso Nacional.


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