A conjuntura do setor fabril
determina o ritmo do noticiário específico associado à Indústria neste sábado
(03).
Informações que ajudam a
consolidar a ideia de que o segmento passa por dificuldades se sobressaem. A
percepção de que não há indicativos de melhora, também.
Um dos destaques está no
editorial ‘Cadê o fundo do poço?’, de O ESTADO DE S.PAULO.
No texto, jornal menciona os
números da produção de agosto divulgados ontem pelo IBGE (leia mais em ANÁLISE
SETORIAL) e ressalta “a insegurança dos consumidores, o desemprego acima de 8%
e a retração, já muito longa, das compras de máquinas e equipamentos”.
Editorial adverte que, “um dia
antes do IBGE a CNI divulgava sua sondagem mensal. Segundo essa pesquisa, o uso
da capacidade instalada em agosto, de 77,9%, foi o mais baixo da série
estatística iniciada em 2003”.
Outro destaque, ainda em O
ESTADO DE S.PAULO, é o EDITORIAL ECONÔMICO que afirma: “forçada a reconhecer
como perdido este ano, a indústria continua pouco esperançosa”.
Texto alerta para questões
bastante sensíveis e avalia o momento como delicado. “Só ‘numa visão otimista’
a CNI prevê recuperação em 2016, disse FLÁVIO CASTELO BRANCO, gerente de
Política Econômica, ao divulgar os Indicadores Industriais de agosto, os piores
desde 2003”.
Conforme o EDITORIAL
ECONÔMICO, “é geral o entendimento de que a situação da indústria piorou muito
neste ano e que nem a recuperação relativa das exportações de manufaturados
bastará para tirar o setor da grave crise em que está”.
De maneira mais direta, no
mesmo texto, O ESTADO DE S.PAULO afirma que “os indicadores de agosto da CNI
retratam bem o quadro desanimador para a indústria”.
Também em O ESTADO DE S.PAULO,
destaque para breve abordagem que reproduz alguns dos principais itens
divulgados ontem pela CNI dentro do Índice Nacional de Expectativa do
Consumidor (Inec).
“Depois de dois meses de
ligeira recuperação de confiança, o pessimismo dos consumidores brasileiros
voltou a aumentar em setembro”, conclui o ESTADÃO – jornal lista os dados mais
relevantes que comprovam a deterioração de cenário – ZERO HORA (RS), CORREIO DA
BAHIA (BA) e DIÁRIO DO AMAZONAS (AM) também registram.
Já em O GLOBO, reportagem
diferenciada avalia os números da produção industrial de agosto informada ontem
pelo IBGE e faz uma série de correlações atreladas a análises de especialistas.
“O setor automotivo cresceu
bastante até dois anos atrás, mas carro não é um bem que se compra todos os
dias. Com os juros de financiamento mais caros, queda na renda e desemprego, se
posterga a decisão de compra. Em razão da demanda insuficiente, a indústria
automobilística está com os estoques além do desejado”, afirma FLÁVIO CASTELO
BRANCO, gerente executivo da Unidade de Política Econômica da CNI, segundo
reproduz O GLOBO.
Nos jornais regionais,
registra-se no CORREIO BRAZILIENSE (DF) abordagem sobre a queda na produção
industrial, mas um item inserido na mesma página merece atenção.
CORREIO relata que “a Fiesp
divulgou nota ontem em que critica o presidente da CNI, ROBSON ANDRADE, por
supostos acordos fechados com o governo em que a parte do SISTEMA S, ligada ao
setor abriria mão de recursos”.
"Consideramos ser nossa
obrigação defender nossos alunos, seus familiares, professores, funcionários,
atletas e artistas do SESI e do SENAI, assim como os trabalhadores da indústria
e os importantes serviços que essas entidades prestam à sociedade
brasileira", resumiu o comunicado, segundo o CORREIO.
"Repudiamos supostos
acordos e esperamos o apoio dos companheiros das federações da indústria, do
comércio, do transporte e da agricultura de todo o país para manter a
integridade dos importantes serviços que o SISTEMA S presta ao Brasil",
finalizou a nota oficial.
Coluna ESPLANADA, no CORREIO
DA PARAÍBA (PB), afirma que “a cúpula do SISTEMA S (Sesi, Sebrae, etc), da CNI
e CNC, acredita que o Planalto vai recuar na tentativa de abocanhar 30% de sua
Receita para a Previdência. Oficializou as ofertas de 'contribuição para o
Orçamento da União”.
De volta ao CORREIO
BRAZILIENSE (DF), e de forma breve, reportagem indica que “ROBSON ANDRADE,
presidente CNI, não poupou críticas aos governos a partir de 1990 – governo
Collor –, por causarem a perda de espaço do setor no cenário nacional e
internacional, durante evento ‘Café com Política’, promovido pela Fundação João
Mangabeira, do PSB, na quinta-feira”.
“ANDRADE criticou a falta de
uma política industrial no país”, resume o texto. CORREIO reproduz a seguinte
frase atribuída ao presidente da CNI: "A gente não consegue planejar o
nosso futuro. Eu tenho a convicção de que só vamos ter, de novo, ambiente para
desenvolver a indústria e trazer investimentos para o Brasil, se tivermos no
país segurança jurídica e mudanças estruturais das nossas legislações".
Com foco na realidade local,
CORREIO BRAZILIENSE (DF)avança e publica reportagem dedicada na qual discute os
efeitos da crise econômica no Distrito Federal.
“Quando se trata da indústria
local, ela se torna evidente, seja nos galpões vazios de mercadorias, na
diminuição de postos de trabalho, seja na grande quantidade de lotes com
promessas de virarem fábricas”, resume a reportagem.
“Segundo dados da CNI, a indústria
local produz R$ 8,4 bilhões anuais, emprega 127 mil pessoas e contribui com
5,7% na produção de riquezas do DF, uma das menores participações entre as
unidades da Federação”, informa o CORREIO.
FOLHA DE S.PAULO
Reforma de Dilma fortalece
PMDB e ex-presidente Lula
O ESTADO DE S.PAULO
Dilma corta 8 ministérios e
PMDB já apoia nova CPMF
O GLOBO
Dilma muda ministério para
ganhar fôlego
Jornais registram com bastante
destaque e em tom absolutamente pessimista dados divulgados ontem pelo IBGE
sobre o comportamento da produção industrial em agosto.
O ESTADO DE S.PAULO resume que
“a combinação perversa entre redução de investimentos pelos empresários e menor
demanda das famílias levou a indústria ao pior agosto da história”.
A produção caiu 9% em relação
a igual mês de 2014. Segundo o ESTADÃO, “poucos segmentos ficaram no azul,
mesmo numa época que costuma ser favorável, por causa das encomendas para o fim
de ano”.
Na comparação anual, a
produção cai há 18 meses, a maior sequência apurada pelo IBGE, adverte o texto.
FOLHA DE S.PAULO alerta, por
sua vez, que a produção industrial brasileira completou, em agosto, o terceiro
mês seguido de retração.
“E ainda que a queda (1,2% no
volume de produtos fabricados no país em relação ao mês anterior) tenha sido
menor que a registrada em julho, 1,5%, não há sinais de melhora”, reforça.
No texto, FOLHA lembra que o
principal setor a puxar para baixo a produção foi o de bens de capital, que
fabrica as máquinas utilizadas pela indústria.
Especialistas analisam as
possibilidades de algum tipo de retomada do setor fabril, mas consolidam a
percepção geral de que não será possível.
Fatores como o câmbio e o
baixo crescimento do PIB são apontados como obstáculos para a indústria.
Destaque ainda para a
informação de que o BNDES informou que os desembolsos para financiamentos
recuaram 25% no ano até agosto sobre o mesmo período do ano passado.
Os recursos somaram R$ 85
bilhões. O ESTADO DE S.PAULO, O GLOBO e FOLHA DE S.PAULO informam de maneira
semelhante que o banco de fomento também afirmou que as consultas de
interessados em obter financiamentos caíram 49% no mesmo período, enquanto as
aprovações de empréstimos recuaram 45%.
O acesso mais restrito ao
crédito tem prejudicado as empresas, principalmente as de pequeno porte,
advertem os jornais.
O ESTADO DE S. PAULO analisa a
situação do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) no
âmbito do que chama de “jogo político” e de denúncias que começam a se
consolidar contra ele dentro da operação Lava Jato. “É uma daquelas questões
que, quanto mais cedo for resolvida, maior contribuição dará para amenizar a
crise política”, resume.
FOLHA DE S. PAULO opina sobre
a reforma ministerial e reforça que a presidente Dilma Rousseff (PT)
“rendeu-se, em um pragmatismo tardio e melancólico, à condição de refém do
PMDB”.
O GLOBO também aborda a
reforma ministerial e adverte que “a presidente procurou revestir o
encolhimento da máquina burocrática com alguma pompa, ao lançar a Comissão
Permanente de Reforma de Estado quase uma contradição em termos tratando-se de
um governo lulopetista”.
COLUNAS
CELSO MING, em O ESTADO DE S.
PAULO, opina sobre os mais recentes números da produção industrial e alerta: o
setor segue “morro abaixo”. “Não dá para dizer que a recuperação está logo
adiante, porque não há confiança e o rombo das contas públicas bloqueia
qualquer iniciativa de avanço. A reforma ministerial que deveria dar força à
presidente Dilma, para garantir as bases para uma virada, foi a decepção que se
anunciava”, resume.
SÉRGIO VALE, economista-chefe
da MB Associados, escreve em O ESTADO DE S. PAULO que “a indústria tem
acumulado tantos recordes negativos que não caberiam todos nesse texto: desde
fevereiro de 2014 não se vê expansão na comparação interanual; o pico de
produção foi em junho de 2013 com queda acumulada nesse período do dado
dessazonalizado de 15% e houve recorde de queda na produção de bens de capital
de pouco mais de 33% no mês de agosto”.
“Enfim, poderia continuar
listando mais dados negativos que vão se tornando comuns a cada nova divulgação
do IBGE. Há perspectiva de melhora? Por enquanto, não”, afirma VALE, que
aposta: 2016 continuará sendo ano de acumular quedas.
DIRETO DA FONTE, em O ESTADO
DE S.PAULO: “Joaquim Levy descobriu que a CPMF está sendo chamada de
"patinho feio" dos impostos. E, imaginem, gostou. Segundo se apurou,
o ministro da Fazenda tem dito que, na fábula de Hans Christian Andersen, o
patinho vira... um lindo cisne, para a alegria geral e irrestrita de todos”.
“E por falar em pato, tem
curioso querendo saber onde Paulo Skaf, da Fiesp, comprou os bonecos
amarelinhos infláveis postos do lado de fora do Congresso, em protesto contra
aCPMF. Desconfia-se de produto chinês”, completa DIRETO DA FONTE.
PAINEL, na FOLHA DE S.PAULO,
informa que, "ainda que a chegada da "turma do Lula" ao coração
da articulação política do governo Dilma Rousseff tenha sido bem recebida no
Congresso, ninguém acredita que a mexida na Esplanada garantirá ao Planalto a
volta da CPMF".
"Agraciada com o maior
naco de poder desde que se aliou ao PT, a cúpula do PMDB deixa claro que a
proposta dificilmente supera, até o fim do ano, sequer o primeiro rito da
tramitação, a apreciação pela Comissão de Constituição e Justiça da
Câmara", reforça PAINEL.
Sobre o mesmo assunto, PAINEL
adverte que "o tema enfrenta forte resistência de empresários. E o governo
tem ciência de sua fragilidade na bancada peemedebista, com declarados
dissidentes".
MONICA BERGAMO, na FOLHA DE
S.PAULO, antecipa que, "autor do perfil Dilma Bolada, Jeferson Monteiro
quer conversar com Dilma Rousseff para explicar o fim de seu apoio ao governo
federal. O publicitário diz que suas críticas não são à pessoa, mas à presidente
da República". À coluna ele diz: "É uma linha muito tênue, mas espero
que ela entenda".
PANORAMA POLÍTICO, em O GLOBO:
"Ao reduzir o seu salário e o dos ministros em 10%, a presidente Dilma faz
um contraponto com o Poder Judiciário. Para atendê-lo, o Congresso aprovou
reajuste de 78%. Dilma vetou esse índice e propôs um aumento de 41,4%,
escalonado até 2019. Os governistas avaliam que a redução salarial da
presidente vai pressionar o Judiciário e a oposição, quando for votado o veto
aos 78%".
MIRIAM LEITÃO, em O GLOBO:
"O que faz a presidente cavar mais fundo no fosso onde já está? O que a
faz organizar, sob a tutela do ex-presidente Lula, uma reforma ministerial na
qual costura uma ligação com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, no momento em
que ele está se desintegrando? O maior divórcio da presidente hoje é com a
opinião pública, e ela é que a sustenta, e não meia dúzia de mal afamados
(...)".
Em tom ainda mais crítico,
MIRIAM LEITÃO completa: " (...) O que quer exatamente a presidente do Brasil?
Seus truques que enganaram milhões miram, sua popularidade se transformou em
alta rejeição, seu modelo econômico apresentado como nova ciência criou
armadilhas que engolem o segundo mandato. Seu partido continua girando na
órbita do ex-presidente Lula e não hesitará em rifá-la se for o interesse da
primeira estrela. Sombras cercam seu mandato pelo lado das mentiras contábeis e
pelas dúvidas razoáveis sobre o dinheiro que financiou sua campanha. Diante da
lamentável cena nacional, ela chama seus tutores e reabre a barganha para
garantir a permanência no cargo".
O ESTADO DE S.PAULO informa
que a desaceleração econômica paralisou obras e arrefeceu o mercado de trabalho
para os engenheiros.
“Depois de uma década de
evolução favorável do emprego, o mercado de trabalho começou a desacelerar.
Segundo dados do Caged, do Ministério do Trabalho, o saldo de postos de
trabalho passou de 7 mil em 2012 para 2,8 mil em 2013”, resume o jornal.
ESTADÃO completa ainda que,
“no ano passado, a conta ficou negativa, com perda de 3,1 mil postos de
trabalho na engenharia. Em São Paulo, maior mercado da área, foram feitas, de
janeiro a maio, 1,1 mil homologações de engenheiros - 58% mais do que no mesmo
período do ano passado”.
As primeiras páginas dos
principais jornais do país destacam o anúncio oficial da reforma administrativa
e das mudanças nos ministérios.
A presidente Dilma Rousseff é
uma das referências do noticiário, mas reportagens, editoriais e colunas
destacam, sobretudo, o papel assumido pelo ex-presidente Lula durante o
processo.
Na interpretação da mídia,
Lula e o PMDB saem fortalecidos porque conseguiram impor a Dilma nomes e
estratégias para o novo gabinete que tomará posse na próxima semana.
O ESTADO DE S.PAULO especula
que Lula vai se movimentar agora para convencer a presidente Dilma Rousseff a
substituir o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, por Henrique Meirelles.
Para Lula, Levy tem
"prazo de validade", que vence quando o governo conseguir aprovar as
principais medidas do ajuste fiscal no Congresso, resume o ESTADÃO.
O ex-presidente já conversou
sobre o assunto com a própria Dilma, que, no entanto, não gosta de Meirelles.
Os dois foram colegas no governo do petista e protagonizaram duros embates.
Lula sugeriu Meirelles para Dilma antes mesmo da nomeação de Levy. Não
emplacou. Agora, porém, avalia que a mudança na Fazenda não pode passar do
primeiro semestre de 2016.
Manchete da FOLHA DE S.PAULO
resume que as mudanças têm como um dos objetivos “assegurar o apoio de sua base
no Congresso e os votos necessários para barrar um processo de impeachment”.
Jornais analisam as medidas de
austeridade comunicadas ontem pela presidente Dilma, como a redução dos
salários dela, do vice Michel Temer e dos ministros, o alcance dos cortes em
cargos comissionados e a extinção/fusão de pastas.
A ideia de recriação da CPMF
volta a impulsionar o noticiário de maneira determinante. No contexto da
reforma ministerial – e principalmente diante de declarações atribuídas ao novo
ministro da Saúde, Marcelo Castro –, o assunto se impõe.
Foco da cobertura também recai
bastante sobre novos desdobramentos da operação Lava Jato.
Destaque para a informação de
que o ministro Teori Zavascki, relator do processo no Supremo Tribunal Federal
(STF), autorizou, a Polícia Federal a colher depoimento do ex-presidente Lula
como “informante” nas investigações do esquema de corrupção na Petrobras.
O pedido para ouvir o
ex-presidente foi feito pela PF e teve parecer favorável por parte do
procurador-geral da República, Rodrigo Janot.
Lula será ouvido no inquérito
que tramita no STF e investiga 39 pessoas por suposta construção de um esquema
para distribuição dos recursos ilícitos a políticos de ao menos três partidos:
PP, PMDB e PT.
Zavascki autorizou os
depoimentos dos demais nomes apontados pela Polícia Federal e endossados pelo
parecer da PGR, entre eles o dos ex-ministros Gilberto Carvalho
(Secretaria-Geral da Presidência, governo Dilma Rousseff), Ideli Salvatti
(Secretaria de Relações Institucionais, governo Dilma) e José Dirceu (Casa
Civil, governo Lula).
Ainda entre os itens relacionados
à Lava Jato, destaque também para o presidente da Câmara, Eduardo Cunha
(PMDB-RJ), que reiterou, por meio de nota, depoimento prestado à CPI da
Petrobras em que negou ter conta no exterior.
O peemedebista reafirmou,
atacando o governo e o PT, que as denúncias divulgadas a seu respeito nos
últimos dias são "seletivas".
Na FOLHA DE S.PAULO, breve
registro avança sobre outras frentes da Lava Jato e revela que o ministro Teori
Zavascki, do STF, decidiu ontem suspender o andamento, na Justiça do Paraná, do
chamado eletrolão, que investiga esquema de corrupção na Eletronuclear e
suposto pagamento de propina em contrato da obra da usina Angra 3.
A decisão foi tomada após o
surgimento de indícios de envolvimento do senador Edison Lobão (PMDB-MA), ex-ministro
de Minas e Energia dos governos Lula e Dilma, reforça o jornal paulista.
Em outra frente, jornais
registram de forma ampla que o ministro Augusto Nardes, do TCU, relator de
processo que avalia o balanço da União, recomendou aos colegas da Corte que
deem parecer pela rejeição das contas do governo da presidente Dilma Rousseff
em 2014.
O TCU julgará o processo na
próxima quarta-feira.
Como resposta às pressões do
TCU e da sociedade, o governo baixou um decreto com regras para disciplinar a
contratação de serviços de instituições financeiras pelos órgãos e entidades do
Poder Executivo federal.
Publicado no Diário Oficial da
União (DOU), a norma tem o objetivo de evitar o uso dos bancos públicos para
pagar despesas públicas, sobretudo gastos sociais do governo, operação que
ficou conhecida como "pedaladas" fiscais.
Assuntos de interesse se
reposicionam, mas o que prevalece é a disposição dos jornais por avançar sobre
a conjuntura macroeconômica.
Na FOLHA DE S.PAULO, por
exemplo, informação é que os bancos públicos encerraram o primeiro semestre
deste ano com estagnação nas operações para pequenas e médias empresas.
“Segundo o Banco Central, o
comportamento reflete principalmente a alta da inadimplência entre pequenas e
médias empresas. Desde agosto do ano passado, o atraso nos pagamentos das
dívidas tem sido maior nas instituições estatais do que nas privadas”, resume.
Entre junho de 2014 e junho de
2015, a expansão anual do estoque de crédito para essas empresas nos bancos
estatais passou de 13,4% para 0,03%. Nesse período, a parcela de dívidas
atrasadas subiu de 3,6% para 5,1%, adverte a FOLHA.
Jornais também registram que
os bancários prometem entrar em greve a partir do dia 6 de outubro em 20
estados (além do Distrito Federal).
Segundo a Febraban (federação
dos bancos), o consumidor tem à disposição vários canais alternativos para
realizar as transações. A categoria recebeu aumento real de 20,07% no período
entre 2004 e 2014.
Complementando o dia, há ainda
repercussões de mercado relacionadas aos impactos na Bolsa e no câmbio das
mudanças nos ministérios confirmadas ontem pela presidente Dilma Rousseff.
O GLOBO relata que o dólar
caiu a R$ 3,94, e a Bovespa registrou, ontem, a maior alta desde o ano passado.
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