Marcos
Oliveira/Agência Senado
Em
reunião realizada nesta quarta-feira (28), a Comissão Parlamentar de Inquérito
das Próteses aprovou a convocação de Carlos Lessa, ex-vendedor da empresa Oskar
Iskin, distribuidora de material médico-hospitalar. Autor do requerimento, o
presidente da CPI, senador Magno Malta (PR-ES), fez o pedido considerando as
responsabilidades atribuídas por Miguel Iskin, sócio da empresa, ao
ex-funcionário.
Em
depoimento à CPI, o empresário negou oferecer comissões a médicos em troca da
prescrição de órteses e próteses comercializadas por seu estabelecimento.
Miguel Iskin assegurou ainda que Carlos Lessa, em reportagem divulgada na
televisão sobre a chamada Máfia das Próteses, agiu sem o conhecimento de sua
empresa, conforme teria sido revelado depois em sindicância interna. No vídeo,
aparece o vendedor oferecendo vantagem a um repórter que se passava por médico,
induzindo-o a prescrever material fornecido pela distribuidora.
Magno
Malta afirmou que Carlos Lessa é um elo muito importante nesse episódio,
devendo seu interrogatório servir para que não se cometa injustiça. O senador
também afirmou que tem tentado, inutilmente, falar com os delegados que
conduzem o caso. Ele disse já ter informado aos encarregados da investigação
que quebrou sigilos capazes de elucidar os fatos.
- Ontem,
falei com um delegado. Estão arredios. Já não estão mais ávidos como no começo.
Ontem eu disse: eu preciso me reunir com vocês. Nós quebramos os sigilos, que é
o que vai alimentar o inquérito. Se ficar nessa fuga, eu vou chamar a imprensa
e dizer que não temos como caminhar. E vou ter que acionar diretamente o
Ministério Público - disse.
O senador
Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) também considera Carlos Lessa um elo
significativo dos fatos a serem elucidados. Para o parlamentar, é importante
que o vendedor traga à CPI os autos de sindicância interna a que respondeu
sobre o caso.
Agência
Senado
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