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sábado, 24 de outubro de 2015

Análise de Mídia - REVISTAS, sábado 24 de outubro de 2015

Panoramas político e econômico dividem as atenções das revistas que circulam no fim de semana. Pauta variada marca perfil da cobertura.

ÉPOCA, em reportagem de capa, aponta que o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, está desgastado no Congresso, é sabotado pelo PT e ignorado pela presidente Dilma Rousseff e perdeu o grau de confiança. "Os amigos recomendam que saia do governo. Mas não existe, até agora, um sucessor à altura para ele", afirma a revista.

Capa da VEJA destaca que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso produziu, com seus diários, um dos mais extraordinários documentos da política brasileira. Revista traz entrevista com ex-presidente, que fala que a crise ainda vai piorar, afirma que acha difícil o governo Dilma se recuperar e critica que Lula está “enterrando a própria história”.

Reportagem de capa da ISTOÉ alerta que a recessão, o desemprego e o recuo nas políticas sociais estão empurrando milhares de brasileiros para a pobreza extrema.

CARTA CAPITAL adverte que a concentração de riqueza no mundo é hoje semelhante à da Inglaterra de Charles Dickens ou da França de Victor Hugo. Segundo a reportagem, 1% da população mundial detém 50% da riqueza, e o Brasil não escapa à regra.

Na agenda de negócios, ISTOÉ DINHEIRO aponta que, com estilo próprio de gestão, as Lojas Renner, rede gaúcha que se destaca entre as varejistas de moda e consegue manter um ritmo de crescimento de dois dígitos.



Exposição pontual marca a agenda de interesse no noticiário semanal. Está em foco o cenário fabril e há menção a dados da Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Eduardo Oinegue, em artigo na VEJA, relata que o Brasil exportou 225 bilhões de dólares em 2014 com uma pauta diversificada: 7000 itens diferentes, sendo que cinco concentram mais de 40% do valor das vendas - açúcar, carne, soja, petróleo e minério de ferro.

Mas ele pondera que “não se chegará a canto algum sem o fortalecimento da indústria nacional e o estímulo à inovação. A indústria nacional vem perdendo espaço na economia, e seu grau de inovação é limitadíssimo”.

Oinegue aponta que “uma pesquisa recente feita pela Confederação Nacional da Indústria mostrou que, para o empresário, a competição é o principal estímulo à inovação”.

Em um país burocrático, cartorial, extremamente regulamentado, de alta e complexa carga tributária, com baixo nível educacional e baixíssima produtividade, o estímulo à competição tende a zero. Vale mais aplicar os recursos excedentes no rentável mercado de papéis do governo do que arriscar-se no desenvolvimento, fabricação e venda de um produto verdadeiramente inovador”.



Abordagens sobre investimentos em infraestrutura estão em destaque no noticiário de interesse.

ISTOÉ destaca que depois de consolidar as delações premiadas como método de investigação, o Brasil precisa aprimorar a legislação sobre os acordos de leniência para combater a corrupção sem paralisar empresas e gerar desemprego.

Reportagem situa que, de acordo o Cadastro de Empregos com Carteira Assinada (Caged), desde o início da operação que investiga o propinoduto instalado na Petrobras, a construção civil registrou uma perda de 250 mil empregos no País. "Uma das principais causas disso é a Lava Jato, pois estão envolvidas nas investigações as maiores empreiteiras do Brasil e 70% do setor tem contrato com a Petrobras", avalia Vilmar Santos, presidente da Federação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Pesada.

Segundo a reportagem de ISTOÉ, a situação poderia ser evitada se a legislação brasileira sobre os acordos de leniência estivesse preparada. "Os acordos de leniência permitem que as empresas continuem suas obras, sem que haja pacto com o crime", diz o presidente da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro, Eduardo Eugênio Gouvêa Vieira.

VEJA adverte que enquanto o governo e o Congresso medem forças em um embate cujo interesse é a salvação mútua de denúncias graves, “a economia brasileira se paralisa e sangra por falta de investimentos, com aumento dramático do desemprego”. Segundo a reportagem, animosidade entre a presidente Dilma Rousseff e o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, "parecem fruto do descontrole verbal de um de outro".

Em outra reportagem, VEJA adverte que o impasse político inviabiliza a aprovação de reformas e que a recessão na atividade econômica derrubou a arrecadação tributária.

Reportagem relata que “o governo cortou o equivalente a 19 bilhões de reais em investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), essencialmente na área de infraestrutura; outros 12 bilhões de reais foram economizados com a redução de despesas administrativas, como hospedagem e passagens aéreas, serviços de manutenção e alimentação; programas tratados como prioritários também sofreram corte, caso do Pronatec, de ensino tecnológico, e do Fies, o financiamento estudantil”.

Na reportagem, VEJA avalia que “parece muito, mas o esforço foi insuficiente diante do aumento de 13 bilhões de reais em subsídios concedidos a diferentes setores e da queda de 23 bilhões de reais nas receitas advindas da cobrança de tributos de empresas e famílias e de contribuições para a Previdência”.

“Ao mesmo tempo, projetos para reavivar a economia não saíram como planejado. As concessões de rodovias, ferrovias, portos e aeroportos ao setor privado atrasaram, e a simplificação tributária (na cobrança do ICMS e do PIS/Cofins) ainda está em discussão no Congresso”, acrescenta.

“O ministro Levy, mesmo mal tendo conseguido cortar gastos, é diariamente responsabilizado pela recessão e vive um processo constante de fritura política”, afirma VEJA.

CARTA CAPITAL publica série de reportagens especiais sobre infraestrutura e logística.

Em um dos textos, CARTA CAPITAL destaca que o governo federal mantém firme o propósito de conceder à iniciativa privada dezenas de projetos logísticos, cujos valores somados chegam a R$ 198,4 bilhões.

“Além do conturbado cenário político e econômico, as novas condições de financiamento dos empreendimentos e o impacto da Operação Lava Jato sobre o setor de infraestrutura criam obstáculos extras”, situa a reportagem. Revista informa que os leilões das primeiras concessões de terminais portuários, por meio de outorga, poderão ser realizados ainda neste ano.

Em outra abordagem, CARTA CAPITAL aponta que os investimentos em infraestrutura ainda estão concentrados no orçamento do banco estatal de fomento e que a participação do mercado de capitais ainda é incipiente. Texto analisa como criar mecanismos de financiamento fora das tradicionais linhas do BNDES.

DINHEIRO EM AÇÃO, na ISTOÉ DINHEIRO, aponta que “enquanto a discussão sobre o impeachment da presidente Dilma Rousseff perdeu espaço nas manchetes, a nova preocupação do mercado é sobre a consistência do ajuste fiscal projetado para 2016. Há um consenso crescente de que um superávit primário depende de recursos extraordinários, como os oriundos da arrecadação da CPMF e os da taxação sobre grandes fortunas e repatriação de capital”.

Coluna segue: “Se confirmados, esses prognósticos podem levar a um novo rebaixamento da classificação de risco do Brasil. O impacto dessa decisão, porém, ainda é objeto de discussão. Vários analistas avaliam que boa parte da temida saída de recursos já ocorreu ao longo dos últimos meses, o que limitaria a volatilidade quando da confirmação da notícia”.

BRASIL CONFIDENCIAL, na ISTOÉ, aponta que “uma pesquisa de opinião encomendada por petistas sobre a avaliação do governo Dilma Rousseff comprova o que Lula sempre diz: a falta de dinheiro incomoda mais que a corrupção. Segundo o levantamento, a maior parte dos entrevistados em todo Brasil aponta a crise econômica como principal motivo de desaprovação da atual gestão. Já a corrupção aparece em segundo lugar, cinco pontos atrás”.

Segundo BRASIL CONFIDENCIAL, “as iniciativas de enxugar ministérios e cortar gastos da máquina pública surtiram maior aprovação na região Sul do país, considerada, ao lado do Sudeste, a mais politizada. As entrevistas mostraram o aumento da avaliação de ‘ótimo e bom’ de 10 para 15 pontos, entre agosto e outubro. Já na região Nordeste, a queda continua incessante: de 17 para 13 pontos”.

Ainda conforme BRASIL CONFIDENCIAL, “a pesquisa qualitativa contratada por petistas demonstra que a proposta da reforma administrativa que mais agradou a população foi o corte de 10% no salário da presidente Dilma, do vice, Michel Temer, e dos ministros. O resultado surpreendeu”.

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