Desdobramentos
da operação Lava Jato estão em destaque nas capas das revistas que circulam
neste fim de semana.
Veículos
abordam a movimentação após novas denúncias envolvendo o presidente da Câmara,
Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e analisam possibilidade de um acordo para salvar os
mandatos do peemedebista e da presidente Dilma Rousseff.
ISTOÉ
avalia que a negociação pode ficar “na história das práticas políticas
condenáveis”. “Mas o conchavo pode acabar em típico abraço de afogados”.
VEJA
afirma que “os vergonhosos acordos de ajuda mútua em Brasília vão ser devorados
pela atuação de grande e boa novidade na vida pública brasileira, a Justiça”.
Já
CARTA CAPITAL avalia que as novas denúncias complicam a possibilidade de
negociação. “No Palácio do Planalto, os canais de diálogo estão abertos, por
medo de gestos tresloucados do deputado, mas o enrosco de Cunha é tamanho que
um acordo capaz de salvá-lo é tido como inviável”.
ÉPOCA
analisa a situação política de Eduardo Cunha depois das denúncias de
envolvimento no esquema de corrupção da Petrobras. Revista afirma que, apesar
de parecer derrotado, presidente da Câmara “ainda é forte, muito forte - e se
tornou ainda mais perigoso para o governo Dilma”.
Em
outra frente, ISTOÉ DINHEIRO trata dos bastidores da compra da cervejaria
Sabmiller pela AB Inbev, controlada pelo bilionário carioca Jorge Paulo Lemann.
Texto adianta que a Coca-Cola é o próximo alvo da empresa belgo-brasileira.
Avanço
da pauta política restringe os espaços para a cobertura de interesse da
Indústria que aparecem de forma pontual.
Coluna
EXPRESSO, na ÉPOCA, assinala que “pesquisa da CNI mostra que quase 40% dos brasileiros
com renda superior a cinco salários mínimos e que tomaram empréstimos nos
últimos 12 meses o fizeram para honrar dívidas anteriores”.
Espaço
setorial também é influenciado pela ampla cobertura política.
Na
ISTOÉ DINHEIRO, coluna DINHEIRO EM NÚMEROS assinala que o faturamento do setor
atacadista caiu 5,56% em agosto em comparação com julho, informou a Associação
Brasileira de Atacadistas e Distribuidores (Abad). Em relação a 2014, a queda
das receitas foi de 12%.
“Segundo
a Abad, a alta do câmbio está acelerando os reajustes de preços pelas
indústrias, o que deve reduzir ainda mais as vendas”, aponta o texto.
RICARDO
BOECHAT, na ISTOÉ, registra que “a lista dos 500 maiores devedores da União
chama atenção além do expressivo valor: R$ 392,2 bilhões. Dela fazem parte
grandes indústrias, mineradoras, bancos, corretoras, massas falidas, pessoas
físicas e até clubes de futebol. No meio do bolo, na 340ª posição, a Youssef
Câmbio e Turismo Ltda (R$ 297,9 milhões). Com o pente fino que a Lava Jato faz
nos negócios do doleiro, a chance desse papagaio voar mais alto é enorme”.
De
volta à ISTOÉ DINHEIRO, DINHEIRO NA SEMANA também informa que “R$ 392,3 bilhões
é a dívida ativa dos 500 maiores devedores do País, segundo o Ministério da
Fazenda. Desse montante, R$ 229 bilhões estão em processo de cobrança”.
Revistas
repercutem a redução da nota de crédito do Brasil, desta vez pela agência de
classificação de risco Fitch.
A
agência reduziu a nota de crédito do Brasil de BBB para BBB-, deixando o país a
um passo de perder o chamado grau de investimento.
ISTOÉ
DINHEIRO destaca que o debate sobre impeachment no STF e o novo rebaixamento
agitam Brasília e tornam ainda mais difícil o planejamento das empresas.
Segundo
a revista, por mais atraente que possa parecer o discurso do futuro promissor,
os executivos de multinacionais perderam a capacidade de fazer planos diante de
tanta incerteza.
ISTOÉ
DINHEIRO explica que a perda do grau de investimento “é temerosa porque aciona
cláusulas de barreiras de fundos de pensão globais, que seriam obrigados a
retirar o dinheiro do País, agravando o cenário de câmbio. Com as incertezas, o
real acumula uma desvalorização de 40% desde janeiro”.
Coluna
SEIS NOTAS, na ÉPOCA, lembra que, “em setembro, a agência Standard & Poor's
já havia tirado o grau de investimento do país, cortando sua nota de BBB- para
BB+, considerado grau especulativo”.
SOBEDESCE,
na VEJA, avalia como “desce”: “Credibilidade - Um mês depois de a Standard
& Pooris tirar o selo de bom pagador do Brasil, a agência Fitch também
baixou a nota - mas manteve o grau de investimento”.
BRASIL
CONFIDENCIAL, na ISTOÉ, registra que a presidente Dilma Rousseff orientou todos
os seus ministros a conversarem com empresários de peso. “A missão é mostrar
que o Brasil está tentando colocar as contas em ordem e que em breve voltará a
crescer. Com isso, espera conter adesão do PIB ao impeachment. Falta combinar
com os russos e com as agências de risco”.
Em
texto editorial, ÉPOCA afirma que “apesar do histórico do governo, ainda há
tempo e espaço de manobra para Dilma acertar o passo na condução econômica”.
Segundo
a revista, “o restabelecimento da confiança no futuro, indispensável para a
retomada do crescimento, depende, porém, da dura travessia do presente. Como
mostram os seguidos rebaixamentos da nota do Brasil, a construção dessa ponte
rumo à estabilidade fiscal parece mais e mais improvável aos olhos dos
investidores”.
ÉPOCA
acrescenta que o governo Dilma “já deu seguidas demonstrações de não ter
convicção acerca do caminho traçado por Levy, que envolve, como frisou o
ministro, a amarga ‘redução duradoura de despesas, inclusive obrigatórias’”.
ISTOÉ
DINHEIRO registra que o governo federal anunciou leilão de 29 usinas
hidrelétricas e cria oportunidades para os investidores internacionais ganharem
mais espaço no setor. O leilão será no dia 6 de novembro, na sede da Bovespa,
em São Paulo.
“Para
a equipe econômica, as novas concessões são uma grande oportunidade de engordar
os cofres em até R$ 17 bilhões. Nessa rodada, a menor tarifa não será o único
critério para escolher o vencedor da disputa”, situa a reportagem.
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