Destaques

domingo, 18 de outubro de 2015

Análise de Mídia - Revistas - 17 de outubro de 2015

Desdobramentos da operação Lava Jato estão em destaque nas capas das revistas que circulam neste fim de semana.

Veículos abordam a movimentação após novas denúncias envolvendo o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e analisam possibilidade de um acordo para salvar os mandatos do peemedebista e da presidente Dilma Rousseff.

ISTOÉ avalia que a negociação pode ficar “na história das práticas políticas condenáveis”. “Mas o conchavo pode acabar em típico abraço de afogados”.
VEJA afirma que “os vergonhosos acordos de ajuda mútua em Brasília vão ser devorados pela atuação de grande e boa novidade na vida pública brasileira, a Justiça”.

Já CARTA CAPITAL avalia que as novas denúncias complicam a possibilidade de negociação. “No Palácio do Planalto, os canais de diálogo estão abertos, por medo de gestos tresloucados do deputado, mas o enrosco de Cunha é tamanho que um acordo capaz de salvá-lo é tido como inviável”.

ÉPOCA analisa a situação política de Eduardo Cunha depois das denúncias de envolvimento no esquema de corrupção da Petrobras. Revista afirma que, apesar de parecer derrotado, presidente da Câmara “ainda é forte, muito forte - e se tornou ainda mais perigoso para o governo Dilma”.

Em outra frente, ISTOÉ DINHEIRO trata dos bastidores da compra da cervejaria Sabmiller pela AB Inbev, controlada pelo bilionário carioca Jorge Paulo Lemann. Texto adianta que a Coca-Cola é o próximo alvo da empresa belgo-brasileira.




Avanço da pauta política restringe os espaços para a cobertura de interesse da Indústria que aparecem de forma pontual.

Coluna EXPRESSO, na ÉPOCA, assinala que “pesquisa da CNI mostra que quase 40% dos brasileiros com renda superior a cinco salários mínimos e que tomaram empréstimos nos últimos 12 meses o fizeram para honrar dívidas anteriores”.



Espaço setorial também é influenciado pela ampla cobertura política.

Na ISTOÉ DINHEIRO, coluna DINHEIRO EM NÚMEROS assinala que o faturamento do setor atacadista caiu 5,56% em agosto em comparação com julho, informou a Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores (Abad). Em relação a 2014, a queda das receitas foi de 12%.

“Segundo a Abad, a alta do câmbio está acelerando os reajustes de preços pelas indústrias, o que deve reduzir ainda mais as vendas”, aponta o texto.

RICARDO BOECHAT, na ISTOÉ, registra que “a lista dos 500 maiores devedores da União chama atenção além do expressivo valor: R$ 392,2 bilhões. Dela fazem parte grandes indústrias, mineradoras, bancos, corretoras, massas falidas, pessoas físicas e até clubes de futebol. No meio do bolo, na 340ª posição, a Youssef Câmbio e Turismo Ltda (R$ 297,9 milhões). Com o pente fino que a Lava Jato faz nos negócios do doleiro, a chance desse papagaio voar mais alto é enorme”.

De volta à ISTOÉ DINHEIRO, DINHEIRO NA SEMANA também informa que “R$ 392,3 bilhões é a dívida ativa dos 500 maiores devedores do País, segundo o Ministério da Fazenda. Desse montante, R$ 229 bilhões estão em processo de cobrança”.

Revistas repercutem a redução da nota de crédito do Brasil, desta vez pela agência de classificação de risco Fitch.

A agência reduziu a nota de crédito do Brasil de BBB para BBB-, deixando o país a um passo de perder o chamado grau de investimento.

ISTOÉ DINHEIRO destaca que o debate sobre impeachment no STF e o novo rebaixamento agitam Brasília e tornam ainda mais difícil o planejamento das empresas.

Segundo a revista, por mais atraente que possa parecer o discurso do futuro promissor, os executivos de multinacionais perderam a capacidade de fazer planos diante de tanta incerteza.

ISTOÉ DINHEIRO explica que a perda do grau de investimento “é temerosa porque aciona cláusulas de barreiras de fundos de pensão globais, que seriam obrigados a retirar o dinheiro do País, agravando o cenário de câmbio. Com as incertezas, o real acumula uma desvalorização de 40% desde janeiro”.

Coluna SEIS NOTAS, na ÉPOCA, lembra que, “em setembro, a agência Standard & Poor's já havia tirado o grau de investimento do país, cortando sua nota de BBB- para BB+, considerado grau especulativo”.

SOBEDESCE, na VEJA, avalia como “desce”: “Credibilidade - Um mês depois de a Standard & Pooris tirar o selo de bom pagador do Brasil, a agência Fitch também baixou a nota - mas manteve o grau de investimento”.

BRASIL CONFIDENCIAL, na ISTOÉ, registra que a presidente Dilma Rousseff orientou todos os seus ministros a conversarem com empresários de peso. “A missão é mostrar que o Brasil está tentando colocar as contas em ordem e que em breve voltará a crescer. Com isso, espera conter adesão do PIB ao impeachment. Falta combinar com os russos e com as agências de risco”.

Em texto editorial, ÉPOCA afirma que “apesar do histórico do governo, ainda há tempo e espaço de manobra para Dilma acertar o passo na condução econômica”.

Segundo a revista, “o restabelecimento da confiança no futuro, indispensável para a retomada do crescimento, depende, porém, da dura travessia do presente. Como mostram os seguidos rebaixamentos da nota do Brasil, a construção dessa ponte rumo à estabilidade fiscal parece mais e mais improvável aos olhos dos investidores”.

ÉPOCA acrescenta que o governo Dilma “já deu seguidas demonstrações de não ter convicção acerca do caminho traçado por Levy, que envolve, como frisou o ministro, a amarga ‘redução duradoura de despesas, inclusive obrigatórias’”.

ISTOÉ DINHEIRO registra que o governo federal anunciou leilão de 29 usinas hidrelétricas e cria oportunidades para os investidores internacionais ganharem mais espaço no setor. O leilão será no dia 6 de novembro, na sede da Bovespa, em São Paulo.

“Para a equipe econômica, as novas concessões são uma grande oportunidade de engordar os cofres em até R$ 17 bilhões. Nessa rodada, a menor tarifa não será o único critério para escolher o vencedor da disputa”, situa a reportagem.

0 comentários:

Postar um comentário

Calendário Agenda